5 o ano Ensino Fundamental Data: / / Revisão de Língua Portuguesa Nome:

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1 5 o ano Ensino Fundamental Data: / / Revisão de Língua Portuguesa Nome: As pessoas são diferentes fisicamente, na forma de pensar, de sentir e de agir; então, saber lidar com essas diferenças é fundamental para o bom relacionamento entre todos. Texto I Um ou mais alunos xingam, agridem fisicamente ou isolam um colega, além de colocar apelidos grosseiros. Esse tipo de perseguição intencional definitivamente não pode ser encarado só como uma brincadeira natural da faixa etária ou como algo banal, a ser ignorado pelo professor. É muito mais sério do que parece. Trata-se de bullying. A situação se torna ainda mais grave quando o alvo é uma criança ou um jovem com algum tipo de deficiência que nem sempre têm habilidade física ou emocional para lidar com as agressões. Tais atitudes costumam ser impulsionadas pela falta de conhecimento sobre as deficiências, sejam elas físicas ou intelectuais, e, em boa parte, pelo preconceito trazido de casa. Em pesquisa recente sobre o tema, realizada com 18 mil estudantes, professores, funcionários e pais, em 501 escolas em todo o Brasil, a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) constatou que 96,5% dos entrevistados admitem o preconceito contra pessoas com deficiência. Colocar em prática ações pedagógicas inclusivas para reverter essa estatística e minar comportamentos violentos e intolerantes é responsabilidade de toda a escola. CONVERSAR ABERTAMENTE SOBRE A DEFICIÊNCIA DERRUBA BARREIRAS Quando a professora Maria de Lourdes Neves da Silva, da EMEF Professora Eliza Rachel Macedo de Souza, na capital paulista, recebeu Gabriel, a reação dos colegas da 1ª série foi excluir o menino na época com 9 anos de idade do convívio com a turma. A fisionomia dele assustava as crianças. Resolvi explicar que o Gabriel sofreu má-formação ainda na barriga da mãe. Falamos sobre isso

2 numa roda de conversa com todos. Eles ficaram curiosos e fizeram perguntas ao colega sobre o cotidiano dele. Depois de tudo esclarecido, os pequenos deixaram de sentir medo, conta. Hoje, com 13 anos, Gabriel continua na escola e estuda na turma da professora Maria do Carmo Fernandes da Silva, que recebe capacitação do Centro de Formação e Acompanhamento à Inclusão (Cefai), da Secretaria Municipal de Educação de São Paulo, e está sempre discutindo a questão com os demais educadores. A exclusão é uma forma de bullying e deve ser combatida com o trabalho de toda a equipe, afirma. De fato, um bom trabalho para reverter situações de violência passa pela abordagem clara e direta do que é a deficiência. De acordo com a psicóloga Sônia Casarin, diretora do S.O.S. Down Serviço de Orientação sobre Síndrome de Down, em São Paulo, é normal os alunos reagirem negativamente diante de uma situação desconhecida. Cabe ao professor estabelecer limites para essas reações e buscar erradicá-las não pela imposição, mas por meio da conscientização e do esclarecimento. Não se trata de estabelecer vítimas e culpados quando o assunto é o bullying. Isso só reforça uma situação polarizada e não ajuda em nada a resolução dos conflitos. Melhor do que apenas culpar um aluno e vitimizar o outro é desatar os nós da tensão por meio do diálogo. Esse, aliás, deve extrapolar os limites da sala de aula, pois a violência moral nem sempre fica restrita a ela. O Anexo Eustáquio Júnio Matosinhos, ligado à EM Newton Amaral Franco, em Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte, encontrou no diálogo coletivo a solução para uma situação provocada por pais de alunos. Este ano, a escola recebeu uma criança de 4 anos com deficiência intelectual e os pais dos coleguinhas de turma foram até a Secretaria de Educação pedir que o menino fosse transferido. A vice-diretora, Leila Dóris Pires, conta que a solução foi fazer uma reunião com todos eles. Convidamos o diretor de inclusão da secretaria e um ativista social cadeirante para discutir a questão com esses pais. Muitos nem sabiam o que era esse conceito. A atitude deles foi motivada por total falta de informação e, depois da reunião, a postura mudou. Disponível em: < Acesso em: 20 ago..

3 1) Ao ler o texto, podemos concluir que seu principal assunto é: a) o bullying contra alunos com deficiência. b) o preconceito racial entre outro. c) o bullying praticado na Internet. d) a exclusão de alunos portadores da síndrome de Down. 2) Explique este trecho: Colocar em prática ações pedagógicas inclusivas para reverter essa estatística e minar comportamentos violentos e intolerantes é responsabilidade de toda a escola. 3) De acordo com o texto, o que deve ser feito para acabar com o bullying contra crianças especiais? 4) O vocábulo banal significa: a) anormal. b) comum. c) interessante. d) raro. 5) O que levou as crianças da Escola Municipal Professora Eliza Rachel Macedo de Souza a excluírem Gabriel?

4 6) Sobre o texto, é incorreto afirmar: a) O trecho Um ou mais alunos xingam, agridem fisicamente ou isolam um colega, além de colocar apelidos grosseiros pode ser considerado como conceito do termo bullying. b) Em...que nem sempre têm habilidade física ou emocional para lidar com as agressões, a palavra destacada por ser substituída, sem prejuízo de sentido, por enfrentar. c) Em Tais atitudes costumam ser impulsionadas pela falta de conhecimento sofre as deficiências, as palavras negritadas referem-se ao bullying. d) O trecho Extrapolar os limites da sala de aula, quer dizer que o assunto deve permanecer apenas na escola. 7) Releia a seguinte frase: É muito mais sério do que parece. Podemos concluir que ela é uma frase: a) verbal. b) nominal. 8) Leia esta passagem do texto, observando a palavra destacada. Hoje, com 13 anos, Gabriel continua na escola e estuda na turma da professora Maria do Carmo Fernandes da Silva. Essa palavra une duas informações. Cite-as. 9) A palavrinha e, na situação anterior, configura-se como: a) verbo. b) conjunção. c) preposição. d) pronome.

5 10) Releia este trecho: Cabe ao professor estabelecer limites para essas reações e buscar erradicá-las não pela imposição, mas por meio da conscientização e do esclarecimento. a) A palavra mas pode ser substituída por outra conjunção sem que haja prejuízo de sentido. Reescreva o trecho fazendo a substituição referida. b) Dentre os termos negritados, identifique as preposições e a relação que elas estabelecem em cada oração. c) Explique como se dá a formação das locuções prepositivas destacadas no trecho. d) Em erradicá-las, há um pronome pessoal: ( ) do caso reto. ( ) do caso oblíquo. 11) Comente o seu ponto de vista sobre comportamentos violentos e intolerantes.

6 Leia este texto que trata de outro tipo de preconceito. Texto II PRECONCEITO NÃO ESTÁ COM NADA Júnior era um garoto de nove anos que estava concluindo a 4ª série. Ele era branco, não rosado, branco mesmo, com o cabelo bem clarinho. Em sua sala, ele era o único assim. Por isso, todos zombavam dele. Davam-lhe apelidos. Às vezes, ele sorria com a brincadeira das outras crianças, mas o sorriso estava do lado de fora. Por dentro, ele ficava muito triste. Ele já estava querendo parar de estudar. Um dia, resolveu conversar com a professora. Dona Marta teve uma ótima ideia: pediu ao Júnior que se preparasse para revelar aos colegas como ele se sentia quando o tratavam daquela maneira. Então Dona Marta deu uma aula sobre diversidade racial. Depois, o Júnior falou como ele se sentia sobre esse assunto. Toda a classe ficou em silêncio e entendeu que machucar os sentimentos dos outros não é algo bom. 12) Explique as semelhanças e as diferenças entre o Texto I e o Texto II. 13) Nesta passagem do Texto II: Por isso, todos zombavam dele, o que o termo negritado significa? 14) O trecho Davam-lhe apelidos faz referência a quem?

7 15) Reescreva o trecho do exercício anterior, substituindo o pronome oblíquo destacado por um pronome pessoal. Faça as adequações necessárias. Leia este quadrinho. CABRAL, Isabel. Palavra aberta. São Paulo: Atual, ) Identifique os pronomes demonstrativos utilizados e justifique o seu emprego. Lembrem-se sempre, amigos: o preconceito não tá com nada! Nunca vai existir uma boa razão para ofender os outros. Ofender os outros só porque são diferentes de nós é uma coisa muito feia! Se as pessoas perceberem que esse negócio de preconceito é uma bobagem, o Brasil vai ser melhor. Revista Nosso amiguinho. Casa publicadora Brasileira Editora de livros e revistas. Ano 53 N o 9 Março de (Adaptado)