SUMÁRIO. Empresas no Simples. Inadimplência. Síntese. Inflação PIB. Crédito. Empreendedorismo. Juros. Expediente. Emprego. Confiança.

Transcrição

1 Setembro/2018

2 < > 02 SUMÁRIO Síntese Inflação Empresas no Simples Inadimplência 09 PIB Juros Exportações Confiança Emprego Crédito 14 Empreendedorismo 13 Expediente Núcleo de Inteligência Institucional da Unidade de Gestão Estratégica do Sebrae Nacional

3 SÍNTESE Cenário externo A retomada da economia continua morosa diante das incertezas do cenário eleitoral. A redução do desemprego ainda é lenta e continua baseada na criação de vagas informais. Apesar da queda do desemprego nos últimos meses, as contratações sem carteira assinada continuam superando as contratações com carteira. O contexto eleitoral interno e o ambiente externo continuam trazendo incertezas para a economia. A expansão do número de empresas optantes pelo Simples Nacional segue firme e atinge a marca de 12,4 milhões em setembro. > 03

4 > 04 PIB A retomada da economia continua morosa diante das incertezas do cenário eleitoral. Variação mensal do Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) - em % Série dessazonalizada - jan/17 a ago/18 O crescimento da atividade econômica medido pelo Índice de Atividade Econômica do 3,45 Banco Central (IBC-Br) avançou pelo terceiro mês seguido, após a queda ocorrida em 0,66 maio, decorrente da paralisação dos caminhoneiros. Em agosto, o IBC-Br cresceu 0,26 0,17 0,37 0,15-0,48 0,47%, após crescer 0,65% em julho. 1,15 0,60 0,30-0,65 0,65 0,47-0,64-3,33 O volume de serviços se expandiram em 1,2% e as vendas no varejo, 1,3% em agosto, segundo o IBGE. Por outro lado, a produção industrial recuou por mais um mês (-0,3% Fonte: Banco Central do Brasil. no mês). Com esses resultados, as estimativas do Boletim Focus do Banco Central para o PIB em 2018 apontam para um crescimento 1,34% do PIB em 2018 (estimativa de 19/10/18). A previsão de crescimento para 2019 está em 2,49%. Entre altos e baixos, a economia brasileira segue se recuperando lentamente e à luz de incertezas quanto ao horizonte de retomada da economia. PIB (a.a.%) ,5 4,0 1,9 3,0 1,0 0,5 1, ,5-3,5-6 Fonte: Sistema de Contas Nacionais, IBGE e Estimativas do Boletim Focus, 19/10/ ,5

5 INFLAÇÃO Evolução da taxa de inflação mensal e meta - IPCA (% a.a) O nível de preços cedeu por mais um mês e apresentou deflação em agosto. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo IPCA teve forte queda e ficou em -0,09% em agosto, de acordo com o IBGE. Nos últimos 12 meses, a alta acumulada em agosto foi de 4,19%, mantendo a inflação dentro do centro da meta (4,5%). Os preços relacionados a Artigos de residência (alta de 0,56%), Saúde e cuidados pessoais (alta de 0,53%) e Habitação (alta de 0,44%) foram os que mais pesaram na Fonte: IBGE e Boletim Focus (BCB), 11/10/2018. inflação de agosto. IPCA por grupos de produtos e serviços (%) - ago/18 O grupo Transportes foi o que apresentou maior deflação no mês (-1,22%), seguido por Alimentação e bebidas (-0,34%). No recorte por região metropolitana, Goiânia registrou o maior IPCA acumulado em 12 meses (5,08%), enquanto o menor índice foi observado em São Luís (1,4%). As estimativas do Boletim Focus do Banco Central (31/08/18) para o IPCA em 2018 apontam o IPCA em 4,16% ao final do ano, abaixo da meta de inflação (4,5%). Para 2019, as estimativas para o índice de inflação estão em 4,11%. Fonte: IBGE. > 05

6 JUROS O desemprego ainda elevado e o cenário eleitoral bastante incerto também podem influenciar a manutenção da taxa básica de juros da economia, Selic, em 6,5%. Estimativas do Boletim Focus do Banco Central (31/08/18) apontam para a Selic em 6,5% ao final de 2018, no cenário de inflação evoluindo em linha com o esperado. Para 2019, a previsão é de que os juros subam para Fonte: Banco Central do Brasil (BCB). Evolução anual da taxa básica de juros (a.a%) 8%. A evolução da atividade econômica e as expectativas para a inflação devem continuar orientando novas decisões sobre a condução do corte dos juros. Fonte: Banco Central do Brasil e Boletim Focus (BCB), 11/10/2018. Valores estimados para 2018 e ,50 9,25 9,50 7,25 juros devem se manter no mesmo patamar ao final de , e 2019 e de que a economia se recupere em ritmo mais lento, os 14,00 Taxa básica de juros - Selic (a.a%) Com a expectativa de que a inflação se mantenha no centro da meta em > 06

7 > 07 EXPORTAÇÕES Saldo da balança comercial brasileira 2017 x 2018 (em US$ bilhões) valores acumulados Refletindo o reaquecimento da demanda interna, as importações continuam se expandindo na comparação anual. Foram US$ 102,4 bilhões nos primeiros sete meses 67,0 Jan/Dez 62,0 Jan/Nov jan x jan-set/18 (em US$ bilhões) - valores acumulados Exportações Importações Saldo 179,7 160,6 136,3 113,6 as médias de dias anteriores e posteriores à paralisação. 58,5 Exportações, importações e saldo da balança comercial brasileira bilhões). caminhoneiros reduziu cerca de 30% das exportações brasileiras na comparação com Jan/Out Fonte: Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, MDIC. do ano, um crescimento de 22,0 % frente ao mesmo período de 2017 (US$ 84,0 O Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC) estima que a greve dos Jan/Set 29,0 24,0 Jan/Mai 42,5 33,9 21,4 18,2 Jan/Abr Jan/Jul 14,4 12,2 Jan/Mar Jan/Jun 7,3 5,8 Jan/Fev Exterior e Serviços (MDIC). 2,7 2,8 até julho de 2017 (US$ 126,5 bilhões), segundo o Ministério da Indústria, Comércio Jan As exportações brasileiras somaram US$ 136,5 bilhões, 7,9% superior ao acumulado 36,2 29,8 período do ano anterior (US$ 42,5 bilhões). 53,3 44, ,1 39, acumulado até julho foi de US$ 34,0 bilhões, 19,9% inferior ao saldo do mesmo Jan/Ago A balança comercial brasileira mantém trajetória de alta. O superávit da balança 93,5 102,5 83,8 74,4 69,5 54,7 56,2 34,4 33,9 42,4 24,0 29,8 28,6 18,2 17,0 14,2 12,2 5,8 2,8 Jan 121,2 135,3 39,4 44,3 Jan/Fev Jan/Mar Jan/Abr Jan/Mai Jan/Jun Jan/Jul Jan/Ago Jan/Set Fonte: Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, MDIC.

8 CONFIANÇA A confiança na economia ainda não demonstra reação, o que pode ser atribuído em parte à instabilidade do período eleitoral. Desde maio, quando ocorreu a paralisação dos caminhoneiros, a percepção dos empresários sobre o ambiente de negócios tem Otimismo oscilado com tendência de queda. Essa tendência também pode ser resultante da Pessimismo incerteza do ambiente externo (alta de juros nos EUA e embate comercial). Com o recuo dos índices de confiança, os setores da economia permanecem na zona de pessimismo (abaixo dos 100 pontos), de acordo com os índices de confiança Fonte: IBRE, FGV. medidos pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Índice de confiança do consumidor - em pontos (dessazonalizado) Pelo lado dos consumidores, a lentidão da retomada do emprego também diminui as expectativas em relação ao futuro da economia. Otimismo Com isso, empresários e consumidores continuam pessimistas em relação aos rumos Pessimismo da economia e podem adiar decisões de consumo e novos investimentos. Isso pode prolongar ainda mais a recuperação da economia. Fonte: IBRE, FGV. > 08

9 > 09 INADIMPLÊNCIA Inadimplência do sistema financeiro (%) - jan/16 a ago/18 A inadimplência do sistema financeiro (atrasos superiores a 90 dias) se 4,0 3,9 manteve estável nos últimos meses. A taxa ficou em 3,1% em junho, o que 3,5 3,4 3,0 3,0 representa queda de 0,6 ponto percentual em 12 meses, quando estava em 3,7%. Quando comparada por tipo de cliente, a taxa de inadimplência das empresas segue recuando em velocidade superior à taxa de inadimplência das famílias. Jän.16 Jul.16 Fonte: Banco Central do Brasil (BCB). A inadimplência das empresas que chegou a 3,6% em junho do ano passado, atingiu 2,6% em junho deste ano, o que representa uma redução de 1 ponto Jän.17 Jul.17 Jän.18 Jul.18 Inadimplência do sistema financeiro por tipo de cliente (%) - jan/16 a ago/18 4,3 4,1 percentual na comparação anual. 3,9 4,0 A inadimplência de pessoas físicas atingiu 3,5% em junho deste ano, 0,4 3,5 3,4 ponto percentual abaixo do registrado em junho do ano passado (3,9%). 2,7 2,5 Apesar da taxa de juros básica da economia, Selic, estar em patamares Pessoa Jurídica baixos, o custo para empresas tomar crédito permanece elevado. Além disso, o desemprego alto também tem impedido uma recuperação mais Jän.16 Fonte: Pnad Contínua, IBGE. consistente das vendas, dificultando a Fonte: Banco Central do Brasil (BCB). situação financeira das empresas. Jul.16 Jän.17 Pessoa Física Jul.17 Jän.18 Jul.18

10 > 10 CRÉDITO Após longo período de queda do saldo total de crédito do sistema financeiro Saldo total de crédito na economia como percentual do PIB (%) - jan/16 a ago/18 como proporção do PIB, nos últimos meses essa trajetória foi interrompida. 53,3 Em agosto, o saldo de crédito como proporção do PIB atingiu 46,7% (1,1 ponto percentual abaixo do registrado em junho de 2017), de acordo com o 47,2 46,7 Jul.18 Apr.18 Jän.18 Okt.17 Jul.17 Apr.17 Jän.17 Jul.16 Okt.16 empresas continua em patamares inferiores ao registrado no ano passado. Apr.16 O saldo total das operações de crédito das micro, pequenas e médias Jän.16 Banco Central do Brasil. Fonte: Banco Central do Brasil (BCB). O montante destinado às empresas de menor porte representou 34,4% do saldo total de operações a empresas em junho. No entanto, esse saldo Saldo de operações de crédito do sistema financeiro a pessoas jurídicas por porte da empresa (em R$ bilhões) - jan/16 ago/18 Micro Pequenas e Médias representa pouco mais da metade do saldo destinado às empresas maiores. Grandes 932 O saldo de operações das micro, pequenas e médias empresas alcançou R$ bilhões no mês, um recuo de 19,5% em relação ao registrado em junho 674 de Já as grandes empresas observaram um crescimento de 8,6% em 12 Fonte: Banco Central do Brasil (BCB). Jul.18 Jun.18 Mai.18 Apr.18 Mär.18 Feb.18 Jän.18 Dez.17 Nov.17 Okt.17 Sep.17 Aug.17 Jul.17 Jun.17 Mai.17 Apr.17 Mär.17 Feb.17 Jän.17 Nota: Os critérios do Banco Central para classificação por porte são: Micro, Pequena e Média Empresa (MPME) - receita bruta anual até R$300 milhões ou ativo total até R$240 milhões; Grande Empresa receita bruta anual acima de R$300 milhões ou ativo total superior a R$240 milhões. Aug meses.

11 EMPREGO Em agosto de empregos registrado em junho, as contratações de trabalhadores formais Saldo mensal de empregos formais por porte ago/17 a ago/18 voltaram a superar as demissões em julho, segundo dados do Caged do Ministério do Trabalho. Foram criadas 47,3 mil vagas formais de trabalho no mês, o melhor resultado para julho dos últimos seis anos. As MPE criaram 33,9 mil postos formais de trabalho em julho, 72% das vagas criadas no mês. O setor de serviços puxou mais uma vez o resultado positivo das MPE (15,8 mil novas vagas). O comércio foi o único setor que registrou saldo negativo de MPE no mês (destruição de 743 postos de trabalho). Saldo líquido de empregos gerados em ago/2018 Nota: O saldo considera somente declarações "dentro" do prazo. Fonte: Sebrae, a partir de dados do Caged/MTb. Fonte: Sebrae, a partir de dados do Caged/MTb. Criação de empregos formais por setor e porte jan-ago/18 Nota: Considera apenas as Declarações "dentro" do prazo. SIUP = Serviços Industriais de Utilidade Pública Fonte: Sebrae, a partir de dados do Caged/MTb. > 11

12 > 12 EMPREGO Apesar da queda gradual do desemprego, no 2º trimestre houve aumento dos subocupados (pessoas que trabalham menos de 40 horas por semana, -0,6 12,3 12,1 12,7 Aug.15 Sep.15 Okt.15 Nov.15 Dez.15 Jän.16 Feb.16 Mär.16 Apr.16 Mai.16 Jun.16 Jul.16 Aug.16 Sep.16 Okt.16 Nov.16 Dez.16 Jän.17 Feb.17 Mär.17 Apr.17 Mai.17 Jun.17 Jul.17 Aug.17 Sep.17 Okt.17 Nov.17 Dez.17 Jän.18 Feb.18 Mär.18 Apr.18 Mai.18 Jun.18 Jul.18 Aug.18 relação a agosto de ,6-0,5-0,5 13,1 12,2-0,4 12,0 12,4 0,6 12,8 13,3 13,7 12,6 3,1 11,9 11,8 10,9 9,5 9,0 11,6 2,9 3,1 2,1 no país, o que equivale a 406 mil desempregados a menos na economia em 2,7 Apesar da queda do desemprego, há ainda 12,7 milhões de desempregados 2,1 Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua do IBGE. 8,7 agosto a taxa de desemprego cedeu para 12,1%, segundo a Pesquisa 11,2 Taxa de desemprego (%) jan/2015 a ago/2018 O desemprego segue recuando gradualmente. No trimestre encerrado em Fonte: Pnad Contínua, IBGE e Expectativas do mercado. Taxa de desemprego por UF (%) 2º trim/2018 mas gostariam de trabalhar mais) e de desalentados (pessoas que desistiram de procurar emprego) na comparação com o mesmo período do ano anterior. Os subocupados saíram de 6,0 milhões para 6,5 milhões e os Brasil: 12,4% desalentados passaram de 4,1 milhões para 4,8 milhões em 1 ano. No recorte estadual, as maiores taxas de desemprego registradas no 2º trimestre foram no Amapá (21,3%), Alagoas (17,3%) e Pernambuco (16,9%). Os estados que apresentaram menor taxa de desemprego foram Santa Catarina (6,5%), Mato Grosso do Sul (7,6%) e Rondônia (8,2%). Fonte: Pnad Contínua, IBGE. Nota: As estatísticas referentes ao recorte geográfico estadual da Pnad Contínua são disponibilizadas trimestralmente.

13 Pequenos Negócios > 13 EMPREENDEDORISMO A redução do desemprego ainda é lenta e continua baseada na criação de População economicamente ativa por posição na ocupação (em milhares) jan/13 a ago/18 vagas informais. Apesar da queda do desemprego nos últimos meses, as contratações sem carteira assinada continuam superando as contratações com carteira. No trimestre encerrado em agosto, o número de empregados com carteira assinada caiu 1% em relação ao mesmo período de 2017 (44 mil trabalhadores a menos), enquanto o de empregados sem carteira assinada cresceu 4% na mesma base de comparação (434 mil trabalhadores a mais), segundo os dados da Pnad Contínua do IBGE. Os empreendedores com negócio (empregadores e conta própria) continuam em expansão. No último ano, houve o incremento de 657 mil empreendedores com negócio (aumento de 2%). Acompanhando o processo lento de restabelecimento da economia e o quadro de incerteza política, a informalidade deve continuar puxando a dinâmica do mercado de trabalho ainda nos próximos meses. Fonte: Pnad Contínua, IBGE. Nota: Empreendedor com negócio = empregador + conta própria

14 Pequenos Negócios > 14 EMPRESAS NO SIMPLES Empresas optantes pelo Simples Nacional jan/12 a set/18 (em milhões) O número de empresas optantes pelo Simples chegou a 12,4 milhões em setembro, sendo 7,4 milhões de MEI e 5,0 milhões de ME e EPP. O total de empresas no Simples registrou alta de 1,2% em setembro frente à Total Optantes MEI ME e EPP 14,0 12,4 12,0 10,0 agosto. O MEI avançou 1,7% na mesma comparação. No recorte estadual, Rio de Janeiro e Sergipe registraram a maior taxa de crescimento mensal no total de empresas no Simples (1,4%). Com relação aos inscritos no MEI, São Paulo apresentou crescimento mensal de 1,9% no mês. 7,4 8,0 6,0 6,0 5,0 4,04,2 2,0 1,8 - Jän.12 Sep.12 Mai.13 Jän.14 Sep.14 Mai.15 Jän.16 Sep.16 Mai.17 Jän.18 Fonte: Sebrae a partir dos dados da Estatísticas SINAC/ Receita Federal do Brasil. Crescimento mensal do número de empresas optantes pelo Simples (%) - set/18 em relação ago/18 Brasil: 1,2% Fonte: Sebrae a partir dos dados da Estatísticas SINAC/ Receita Federal do Brasil. Crescimento mensal do número de MEI (%) - set/18 em relação ago/18 Brasil: 1,7% Fonte: Sebrae a partir dos dados da Estatísticas SINAC/ Receita Federal do Brasil. Sep.18

15 Panorama Sebrae é um produto do Núcleo de Inteligência Institucional da Unidade de Gestão Estratégica do Sebrae Mais informações podem ser obtidas com Aretha Zarlenga