O Desendividamento argentino e o caso contra os abutres. Jorge Argüello Embaixador da República Argentina em Portugal
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1 O Desendividamento argentino e o caso contra os abutres Jorge Argüello Embaixador da República Argentina em Portugal
2 Reestruturações em perspectiva Os defaults tem sido comuns na história, inclusive nos países relativamente mais ricos. Defaults soberanos e processos de reestruturação da divida Em % dos países Alguns defaults e processos de reestruturação soberanos nos últimos 200 anos 1802, 1868, 1914, 1932, 1938, , 1898, 1914, 1931, 1937, 1961, 1964, 1983, , 1932, , , 1969, , 1833, 1844, 1854, 1867, 1914, 1928, , 1873, , 1915, 1931, 1940, 1959, 1965, 1978, 1982, , 1820, 1824, 1837, 1877, 1936, 1839, 1885, 1917, 1947, 1957, 1991, , 1837, 1841, 1845, 1852, , 1890, 1951, , 1989, 2001 Base de dados de Reinhart e Gogoff 1
3 Risco Sistémico: qual é o futuro das reestruturações? Os abutres têm minado o império da lei e tem tornado praticamente impossíveis as reestruturações da divida. J. Stiglitz - 1 de Agosto de 2014 Se os credores se apercebem agora que manter uma posição inflexível aumenta as suas possibilidades de receber a totalidade do valor nominal posteriormente, reestruturar a divida soberana e recuperar o funcionamento normal de uma economia endividada será mais difícil. A. Krueger - 9 de Julho de 2014 A sentencia contra a Argentina torna mais difícil as reestruturações. Porquê motivo os credores aceitariam no futuro uma troca? Esta é uma extorsão apoiada pelo poder judicial norte-americano M. Wolf - 24 de Junho de
4 A divida da Argentina Divida Pública Total da Argentina, em milhões de dólares Golpe de Estado Plano de Convertibilidade auspiciado pelo FMI Base de dados de Estadística O. Ferreres 3
5 Uma crise de dívida Dívida externa e desemprego Dívida Externa Pública milhões de dólares Taxa de desemprego Deuda Externa Pública - En millones de Dólares Desempleo - en % (2º eje) (*) 2013: Deuda pública hasta III.13 4
6 A crise de 2001 O modelo económico baseado no financiamento externo submeteu o país a uma grande crise económica, financeira e política. 5
7 A mudança de modelo 1 Desvalorização, acumulação de reservas e soberania monetária 2 Renegociação da dívida e recuperação da soberania económica 3 Redistribuição da renda e dinamismo do mercado interno 6
8 Regularização da dívida pública 2005 Março Primeira troca de dívida com credores privados - Aceitação 76% 2006 Março Pagamento antecipado ao FMI - U$S milhões 2008 Setembro Decreto inicio negociações com o Clube de Paris Fevereiro Setembro Troca de dívida de Empréstimos Garantidos Troca de dívida ajustada por CER 2010 Maio Segunda troca de dívida - Aceitação 92,4% 2013 Outubro Acordo com empresas demandantes perante o CIADI U$S 677 milhões Março Maio Acordo com REPSOL U$S milhões. Acordo com o Clube de Paris U$S milhões. 7
9 Regularização da dívida pública Dívida Bruta do Sector Público % do PIB 1,8 1,6 1,4 1,2 1 0,8 0,6 0,4 0, % 39,5% 15,9% Dívida Líquida apenas 10,8% é com o sector privado. 8
10 Endividamento e desendividamento % Var. Divida/PBI
11 O litigio abutre 10
12 Modus operandi abutre 11
13 Risco Sistémico: qual é o futuro das reestruturações? The recent litigation involving Argentina has generated significant concerns regarding the impact that the New York court decisions may have on the overall restructuring process FMI - 2 de Setembro de 2014 Voluntary sovereign debt restructuring will become substantially more difficult, if not impossible, if holdout creditors are allowed to use novel interpretations of boilerplate bond provisions to interfere with the performance of a restructuring plan accepted by most creditors and to dramatically tilt the incentives away from consensual, negotiated restructuring in the first place. Governo dos EUA - 4 de Abril de
14 Outros antecedentes dos Fundos Abutre Peru Equador Turquia Ucrânia Rússia 13
15 Consenso anti - abutre No passado 9 de Setembro a Assembleia Geral das Nações Unidas aprovou a Resolução 68/304 que marca o inicio de um processo de construção de um novo marco jurídico multilateral que regula as reestruturações de dívida soberana. O Conselho Executivo do Fundo Monetário Internacional (FMI) apoiou as reformas propostas num recente relatório com o objectivo de evitar interrupções de reestruturação da dívida - como aquela em curso entre o governo argentino e fundos abutre. Na sua declaração final, após a Cimeira realizada na Austrália, o G20 destacou a necessidade de incluir esta problemática na sua agenda de reformas para o sistema financeiro global. 14
16 As diferentes posturas 15
17 O silencio dos endividados 16
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