161 ARTIGO COMPLETO FATORES-CHAVE PARA CONSTRUÇÃO DO RELACIONAMENTO DE CONFIANÇA ENTRE EMPRESAS

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "161 ARTIGO COMPLETO FATORES-CHAVE PARA CONSTRUÇÃO DO RELACIONAMENTO DE CONFIANÇA ENTRE EMPRESAS"

Transcrição

1 XI CONGRESSO INTERNACIONAL DE ADMINISTRAÇÃO DA ESPM E XI SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE ADMINISTRAÇÃO E MARKETING 161 ARTIGO COMPLETO FATORES-CHAVE PARA CONSTRUÇÃO DO RELACIONAMENTO DE CONFIANÇA ENTRE EMPRESAS Maria Fernanda Almeida Prado Escola Superior de Propaganda e Marketing - ESPM/SP Luciana Florêncio de Almeida Escola Superior de Propaganda e Marketing - ESPM/SP MKT-2 Marketing Contato do autor: mprado11@its.jnj.com

2 FATORES-CHAVE PARA CONSTRUÇÃO DO RELACIONAMENTO DE CONFIANÇA ENTRE EMPRESAS RESUMO No ambiente corporativo, a construção de confiança entre parceiros comerciais vem se constituindo uma estratégia relevante como forma de estabelecer relações diferenciadas, consistentes e duradouras. Porém, as premissas de confiança, ou quais os fatores são necessários e precursores para que se desenvolva confiança em um relacionamento entre empresas nem sempre são conhecidos pelos gestores. Este estudo tem por objetivo identificar quais são esses fatores-chave na construção de um relacionamento de confiança, fazendo uma revisão sistemática integrativa em uma série de artigos publicados sobre o tema. A contribuição do trabalho é, ao claramente identificar tais fatores, permitir que gestores adotem estratégias de marketing de relacionamento mais adequadas para sua carteira de clientes, melhor compreendendo as condições necessárias para gerar relacionamentos de confiança entre parceiros estratégicos. Palavras-chave: Marketing B2B; Marketing de relacionamento; Confiança. 1. Introdução O marketing de relacionamento foi ganhando relevância para a estratégia dos negócios, como consequência de diversos fatores, dentre eles a redução das fronteiras entre mercados e fabricantes (DAY, 2000), uma crescente fragmentação da demanda (BUTTLE, 1999), ciclos de vida mais curto dos produtos, rápida mudança nos padrões dos clientes e consumidores cada vez mais exigentes e sofisticados (GRÖNROOS, 1994; BUTTLE, 1999). Para que o marketing de relacionamento cumpra seu papel principal, definido por Doyle e Roth (1992) como sendo o de ganhar a posição de fornecedor preferencial, faz-se necessário o desenvolvimento de uma relação de confiança entre os parceiros comerciais envolvidos. Comparando as referências teóricas pesquisadas, parece ser esse o ponto crítico para que um relacionamento entre empresas seja distinto e diferenciado de outros: a existência de confiança. Para Morgan e Hunt (1994), o marketing de relacionamento acontece mediante a premissa de comprometimento e confiança entre empresas. Segundo a literatura de intercâmbio social, a construção de uma relação pautada pela confiança entre os parceiros seria capaz de fortalecer seus laços (SOHAL; WONG, 2002) e bloquear adversários (WILSON, 1995). Confiança tem sido definida como a vontade de contar com um parceiro de troca, em quem se julga crível a promessa de que vai cumprir com as obrigações do relacionamento (SCHURR; OZANNE, 1985). Porém, pouco se tem investigado sobre o que levam duas empresas a confiarem em si, a ponto de estabelecerem uma relação duradoura, capaz de bloquear adversários. O presente artigo pretende estudar justamente este fenômeno, através de uma revisão não exaustiva da literatura, a fim de identificar, no conhecimento científico acumulado sobre o tema, proposições que expliquem a origem de um relacionamento pautado pela confiança. Desta forma, foram selecionados vinte e cinco artigos científicos acerca do tema relacionamento de confiança, revisitando os seminais amplamente referenciados sobre o assunto, bem como os mais recentemente publicados, que foram então analisados sob uma 1

3 revisão sistemática integrativa, que mapeou o que foi descrito, de forma explicita ou implícita, a respeito das premissas de confiança em um relacionamento corporativo. Em um cenário altamente competitivo, estabelecer relacionamentos sólidos com seus principais clientes passa a ser fundamental para sustentar o ciclo de vida dos produtos, cada vez mais reduzidos. O objetivo desta pesquisa consistiu em mapear a literatura sobre marketing de relacionamento com enfoque nos fatores que possam determinar a formação de confiança. Neste contexto, foram encontrados seis fatores mais recorrentemente citados, de forma implícita ou explicita, como geradores de confiança em um relacionamento entre empresas: vulnerabilidade e incertezas do mercado, competência e qualidade do produto e serviço prestado, tempo e repetição do relacionamento, valores compartilhados, aspectos pessoais dos agentes do relacionamento, e finalmente, metas e recompensas compartilhadas. O artigo está estruturado em cinco partes: (1) esta introdução, seguida de (2) uma fundamentação teórica, (3) descrição metodológica, (4) análise dos achados e (5) conclusão, abordando as limitações deste estudo. 2. Fundamentação Teórica Como a proposta é mapear os diferentes fatores que constroem a relação de confiança entre parceiros comerciais, faz-se necessário aprofundar o entendimento estabelecido por estudos anteriores a respeito de marketing de relacionamento e confiança. 2.1 Marketing de Relacionamento A adoção de estratégias de marketing de relacionamento passou a ser um fator crítico para sustentar uma vantagem competitiva (SHARMA et al., 1999). Möller e Halinen (2000) teorizaram que a diferença entre o marketing tradicional e o de relacionamento consiste que, no primeiro modelo, a relação entre os interlocutores de um determinado negócio não é tema foco da estratégia, e sim visto como um processo, enquanto no marketing de relacionamento a relação entre estes integrantes de uma cadeia é o objeto foco de interesse. Para Morgan e Hunt (1994), o marketing de relacionamento se resume a todas as atividades de marketing voltadas a estabelecer, desenvolver e manter bem-sucedidas relações de troca. Os autores escrevem sobre o papel de compromisso e confiança no marketing de relacionamento entre empresas, em que atribuem a existência de compromisso somente quando a relação é considerada igualmente relevante para as partes. Apresentam a visão de que um parceiro empenhado suporta indefinidamente a relação e está disposto a trabalhar para mantê-la. Ademais, os autores postulam que os custos de terminar uma parceria, somados aos benefícios de mantê-la, influenciariam diretamente no comprometimento deles perante sua relação; que os valores compartilhados entre as empresas também seriam um fator de retenção do relacionamento e confiança entre as partes; e, finalmente, que a comunicação fluida ajudaria na construção da confiança, assim como a rejeição ao comportamento oportunista. Para Wilson (1995), o processo de relacionamento perene entre empresas acontece em áreas de alto impacto para o negócio, evoluindo de maneira natural, ao longo do tempo, à medida 2

4 que compradores e vendedores desenvolvem confiança e amizade, suportadas por produtos e serviços de qualidade. Pelo critério descrito pelo autor, fica evidente na Figura 1, qual perfil de fornecedor é elegível a parcerias comerciais estratégicas, com as quais faz sentido a construção de um relacionamento duradouro. No quadrante superior direito, estão agrupados os fornecedores que reúnem duas características fundamentais: os que agregam alto valor ao produto oferecido pelo comprador, concomitantemente com baixo risco de transacionar com ele. Figura 1 Seleção de parceiros potenciais para relacionamentos estratégicos Baixo Risco para o comprador associado a fazer negócios com o fornecedor Fonte: WILSON, Alto Segundo Moorman, Zaltman e Deshpandé (1993), a construção de um relacionamento bemsucedido com parceiros estratégicos leva-os a estabelecer um compromisso, fundamental para conquistar resultados valiosos para cada parte. Tal consciência entre eles os estimula a se esforçarem para manter o relacionamento firmado, em que o compromisso passa a ser central para todas as trocas entre empresas parceiras. 2.2 Confiança Alto Valor agregado pela empresa fornecedora ao produto ou serviço oferecido pelo comprador Para o mundo dos negócios, confiança é um importante fundamento do relacionamento que leva ao comportamento cooperativo. A rigor, em alianças estratégicas entre empresas há a presença de um relacionamento pautado em confiança que, segundo a definição de Morgan e Hunt (1994), dá-se quando uma das partes acredita na intenção e integridade de um parceiro comercial. Ou, como definido por Moorman, Zaltman e Deshpandé (1993, p. 82), a confiança é definida como uma vontade de contar com um parceiro comercial em quem se acredita. A confiança tem sido vista como uma crença, um sentimento, ou expectativa sobre a confiabilidade de um parceiro de troca, como consequência de sua competência, fiabilidade, ou intencionalidade percebida (ANDERSON, WEITZ, 1990; DWYER, SCHURR, OH, 1987; PRUITT, 1981; SCHURR, OZANNE, 1985). A confiança está associada também à ideia de alta integridade, qualidade consistente, competência, honestidade e responsabilidade (DWYER, LAGACE, 1986; LARZELERE, HUSTON, 1980). E ela é tão importante para a troca relacional que Spekman (1988, p. 79) postula que ela seja a pedra angular da parceria estratégica. A confiança em um parceiro é baseada na idéia de que ele manterá a sua palavra, cumprirá com as obrigações que prometeu e será sincero. A confiança na boa intenção de um parceiro é uma crença de que o parceiro está interessado no bem-estar da empresa e não vai tomar ações inesperadas que teriam um impacto negativo para o relacionamento (DONEY; BARRY; ABRATT, 2007). 3

5 Falcone e Castelfranchi (2001) apontaram diferentes componentes da confiança: sinceridade, credibilidade, cooperação e vigilância. Claramente, esses quatro componentes são diferentes e a combinação dos quatro, e não a presença isolada deles, é que constroem um relacionamento consistente e de confiança. Há autores que determinam que a construção da confiança antecede o relacionamento (ARGYLE, 1991), e outros que a definem como resultado dele (OLIVER, 1998). Ring e Van de Ven (1994) sugerem que o processo em si do desenvolvimento dos relacionamentos entre as organizações deva ser o principal objeto de estudo, para melhor entender como a confiança é estabelecida entre as partes. 3. Metodologia O método utilizado na condução deste estudo foi qualitativo. Através de uma revisão bibliográfica sobre vinte e cinco artigos que estudaram o fenômeno do relacionamento entre empresas, pode-se mapear e avaliar os aspectos citados que envolviam os fatores determinantes da confiança entre parceiros comerciais. O critério de escolha dos artigos deu-se com base na revisão dos seminais de Marketing de Relacionamento, amplamente citados e referenciados em outras publicações, que em seu escopo abordam, de forma explícita ou implícita, o aspecto da construção da confiança entre parceiros comerciais. A estes, somou-se artigos mais recentes que também revisitam o tema incluindo esta ótica, reforçando achados referentes a origem da confiança. A revisão sistemática aplica uma estratégia que permite avaliar uma seleção de artigos e sintetizar os aspectos relevantes sobre um tópico específico. Segundo Rother (2007) a revisão bibliográfica sistemática integrativa, adotada em ciências biológicas, deve percorrer sete passos, que foram assim descritos pelo autor e propostos por tal estudo: i. Formulação da pergunta: quais os fatores-chave que dão origem a um relacionamento de confiança? ii. iii. iv. Localização dos estudos: através de ferramenta de busca de artigos científicos, sobre o tema relacionamento entre empresas e confiança, foram localizados diversos estudos, através dos quais outras citações e estudos seminais também foram encontrados. Avaliação crítica dos estudos: após a leitura de diversos artigos, vinte e cinco faziam conexão direta com o problema pesquisado, de forma explicita ou implícita, abordando causa e efeito do relacionamento de confiança entre empresas. Coleta dos dados: todos os trechos destes artigos que analisavam a origem ou premissas do relacionamento de confiança foram destacados, e originaram um documento único consolidado para consulta e analise. v. Analise e apresentação dos dados: para cada premissa encontrada nos trechos selecionados, um agrupamento foi feito a fim de separar os fatores que eram suportados por mais de duas publicações, como precursores do relacionamento de confiança. 4

6 vi. vii. Interpretação dos dados: seis fatores foram identificados e repetidos consistentemente por mais de três artigos. No conjunto dos trechos selecionados e agrupados, uma interpretação de cada um dos seis fatores foi descrito. Aprimoramento e atualização da revisão: os seis fatores precursores do relacionamento de confiança entre empresas foram então agrupados e analisados em conjunto pela primeira vez. Desta forma, pode-se oferecer uma compreensão mais abrangente de um fenômeno particular, e traçar uma análise sobre o conhecimento já constituído em pesquisas anteriores sobre o tema estudado. O método possibilitou a síntese de vários estudos publicados, gerando novos conhecimentos, pautados em resultados anteriores. 4. Análise dos Resultados A análise dos vinte e cinco artigos permitiu identificar os fatores que, segundo os autores pesquisados, mais frequentemente apontam para a origem da confiança entre empresas. Na busca pela compreensão do que forma ou antecede a confiança entre parceiros, várias são as premissas apontadas por diferentes autores, sendo as mais recorrentes encontradas ao longo da pesquisa os seguintes: a. Vulnerabilidade e incertezas de mercado, b. Estabelecimento de metas e recompensas conjuntas, c. Fatores pessoais, d. Tempo da relação, e. Valores compartilhados, e f. Competência e qualidade oferecida Esses fatores que foram mais frequentemente encontrados como responsáveis pela gênese do relacionamento de confiança, aparecem citados e explanados na revisão de vinte e cinco artigos amplamente sobre o tema, conforme demonstrado na Tabela 1. 5

7 Tabela 1 Revisão teórica sobre a origem da confiança em um relacionamento entre parceiros corporativos Autores, citados cronologicamente Fatores-chave para a origem da confiança Vulnerabilidade e Incerteza Meta e Recompensa Fatores Pessoais Tempo da Relação Valores Compartilhados Competência e Qualidade Citações SWAN et al, X 2 SCHURR e OZANNE, X 3 DWYER et al, X X 4 GAMBETTA, X X 5 HEIDE e JOHN, X 6 MOORMAN e ZALTMAN, X 7 COLEMAN, X ANDERSON e WEITZ, 1990 CROSBY, EVANS e COWLES, 1990 BERRY, PARASURAMAN, ZEITHAML, X X X X 11 DOYLE e ROTH, X 12 MOORMAN et al, X X 13 MOORMAN et al, X X 14 MORGAN e HUNT, X X 15 RING e VAN de VEM, X 16 ROUSSEAU, X 17 CASTELFRANCHI e FALCONE, X 18 DONEY et al, X X X 19 CHUA, INGRAM E MORRIS, X 20 GULATI e SYTCH, X 21 HERZIG et al, X 22 LINDGREEN et al, X X 23 VANNESTE e PURANAM, X 24 GREVE et. al, X 25 WANG, TOMLINSON e NOE, 2010 Fonte: Autora, atualizado em Maio de X 6

8 Vulnerabilidade e Incertezas O ponto de vista que sugere a vulnerabilidade e a incerteza de mercado como condições críticas para que a confiança seja necessária, foi descrito de formas similares por diversos autores. Em geral, a literatura que aborda esse tema aponta que a confiança é desnecessária quando uma empresa pode controlar as ações de um parceiro de troca ou tem conhecimento completo sobre suas decisões, ou ainda quando não tenha transferido recursos críticos para ele. Vulnerabilidade, incerteza e dependência seriam, dessa forma, fundamentais para a busca de parceiros de confiança (MOORMAN, DESHPANDÉ, ZALTMAN, 1993). A literatura sobre confiança sugere que partes confiantes devem ser vulneráveis em certa medida, para que a confiança torne-se operacional. Em outras palavras, os resultados sobre suas decisões devem ser incertos, porém importantes de serem atingidos para sugerir uma parceria estratégica (MOORMAN et al, 1993; DONEY, BARRY, ABRATT, 2007). Em negócios entre empresas, compradores tendem a reduzir a percepção de risco em torno da sua compra, selecionando empresas em que possam confiar, aquelas capazes de entregar o produto ou serviço contratado de forma fiável, e que demonstrem interesse no bem-estar do comprador (DONEY, BARRY, ABRATT, 2007). Meta e Recompensa Quanto à importância do fator meta na formação de confiança, os autores preconizam que somente parceiros relevantes para o atingimento de seus objetivos são alvos de um relacionamento duradouro, em que há a disposição de confiar. Com esses há intencionalidade de estabelecer metas em conjunto, que podem ser de curto ou longo prazo, para guiar o relacionamento. Para tanto, os autores distinguem também entre confiança presente e confiança futura, e o papel da meta difere nestes dois casos. O primeiro tipo trata-se da confiança na ocorrência de uma ação atual de quem se confia. O último tipo é a crença de que um parceiro irá ter uma meta futura e, sempre que ele tiver essa meta, combinado a certas condições de mercado, irá executá-la de forma esperada. Nesse caso, significa afirmar que o parceiro em quem se confia irá agir sempre de maneira previsível, uma vez que algumas condições sejam satisfeitas. Na confiança futura, o componente meta é menos relevante do que na confiança presente, variável essa fundamental quando o resultado da parceria precisa ser conquistado em caráter imediato (CASTELFRANCHI, FALCONE, 2001; HERZIG et al., 2009). Para além da meta, recompensa também aparece na literatura como importante fator preditor para uma relação de confiança. Telser (1980, p. 28) escreveu que uma pessoa é confiável, se e somente se for mais vantajoso para ela do que não ser confiável. O contexto de vantajoso nesse conceito significa ganho de riqueza. O desafio do efeito da recompensa é que, se não bem tratado, pode ser um gatilho para comportamentos oportunistas, que é tudo o que um relacionamento de confiança quer evitar. Metas e recompensas não atingidas tornam vulnerável a relação (GAMBETTA, 1988). Fatores Pessoais Há referências que apontam também para fatores pessoais como relevantes na construção de confiança entre parceiros comerciais (DOYLE; ROTH, 1992). Swan, Trawick e Silva (1985) sugeriram em suas pesquisas a existência de comportamentos pessoais críticos para o estabelecimento de confiança em uma relação comercial: 7

9 franqueza: tudo o que é dito numa relação pode ser provado; segurança: não se promete o que não se pode cumprir; competência: existe habilidade e conhecimento para entregar o que se promete; orientação para o cliente: o vendedor entende o que o cliente precisa e aconselha mais do que vende ; empatia: fator pessoal da relação, em que se alinham interesses e percepções em comum. Doney, Barry e Abratt (2007) avaliaram comportamentos sociais como antecedentes da relação de confiança, o que incluiria nutrir uma relação interpessoal (interação social), compartilhamento de informação (comunicação aberta), e demonstração de compreensão e preocupação com as necessidades do comprador (orientação ao cliente.) Finalmente, características relacionadas à experiência técnica do parceiro comercial foram investigadas por Moorman et al. (1993), dada a influência que exercem sobre a geração de confiança. Os autores verificaram em seu estudo que a confiança dos clientes era alta quando: a) a experiência do vendedor era grande, ou (b) quando o expertise da empresa contratante sobre a área de relação da parceria fosse baixo. A pesquisa feita por Crosby, Evans e Cowles (1990) apoia esse ponto de vista, mostrando que a perícia percebida do vendedor é um preditor significativo de confiança, principalmente em mercados complexos. A despeito desse conhecimento técnico, há ainda habilidades e motivações pessoais não técnicas que também são mencionadas por diversos autores, como a confiabilidade percebida que reflete a coerência do parceiro; orientação coletiva e não individualista (ZALTMAN; MOORMAN, 1988); tato, agilidade e prontidão (ZEITHAML; PARASURAMAN; BERRY, 1990). Tempo da Relação Outra premissa relevante e consistentemente discutida entre os estudiosos diz respeito às interações ao longo do tempo, e como elas afetam a confiança em um relacionamento (RING; VAN de VEM, 1994). Muitos estudos empíricos que medem a confiança identificaram o seu crescimento com o desenrolar de uma relação (ANDERSON, WEITZ, 1990; CHUA, INGRAM, MORRIS, 2008; GULATI, SYTCH, 2008; WANG, TOMLINSON, NOE, 2010). Outros assumem que a confiança aumenta com o tempo, ao examinar os efeitos da duração da relação (GREVE et al., 2010; VANNESTE, PURANAM, 2009). Muito se escreveu sobre o efeito dos episódios de interação entre empresas como motores de mudança do relacionamento. Quando a relação começa, ela é incompleta, o que torna importante a frequência da interação. Gambetta (1988) argumenta que a confiabilidade que realmente importa em um relacionamento é a experiência que as empresas ganham nas suas relações umas com as outras, ao longo do tempo. Valores Compartilhados Compartilhar valores é outra premissa importante descrita pelos autores, de tal forma que contribui significativamente para o desenvolvimento de um relacionamento pautado por compromisso e confiança. Para Lindgreen et al. (2009), adequar-se ao modelo de valor do cliente, identificando elementos que são relevantes para ele ao longo do processo de compra, 8

10 e alinhando-se a suas expectativas, é uma premissa crucial para gerar relacionamentos consistentes e de confiança. A questão que paira é se valores compartilhados antecedem ou são decorrência de um relacionamento de confiança. Morgan e Hunt (1994), em seu estudo sobre os mediadores do marketing de relacionamento, identificaram cinco importantes antecedentes de compromisso e confiança no relacionamento, sendo eles: os custos de término de um relacionamento e troca de fornecedor, os benefícios percebidos do relacionamento, os valores partilhados entre as partes, a comunicação e proteção de comportamentos oportunistas no mercado. Dessa forma, postularam a relevância da existência prévia de compartilhamento de valores éticos, dentre outros fatores, para que a confiança se constitua entre dois parceiros comerciais. Segundo os autores, os valores compartilhados seria o único de todos os antecedentes citados a ser um precursor direto tanto de compromisso, quanto de confiança no relacionamento. Os valores partilhados seriam identificados pela medida em que os parceiros têm crenças em comum sobre comportamentos, objetivos e políticas. Dentro do contexto de valor, estudiosos também descreveram a cultura organizacional comum dos parceiros como formadoras do senso de valores compartilhados. Cultura organizacional foi definida por Deshpande e Webster (1989) como o padrão de valores e crenças que ajudam as pessoas a entender o funcionamento organizacional e que fornecem normas de comportamento na empresa. Quanto mais similares forem as culturas organizacionais entre parceiros comerciais, maior o compartilhamento de valores, e, segundo a literatura, maior a propensão para um relacionamento de confiança (MORGAN; HUNT, 1994). Competência e Qualidade Outras variáveis que também impactam a percepção de valor para o cliente estão correlacionadas com a reputação da empresa, a qualidade do produto ou serviço oferecido, suas táticas de negócio, que também podem promover o desenvolvimento de compromisso e confiança em trocas relacionais (MORGAN; HUNT, 1994). A literatura sugere que os compradores buscam evidências das capacidades e competências do prestador de serviços. Esta evidência é sempre revelada após várias transações, fornecendo um histórico de experiências a partir do qual o comprador pode prever o desempenho futuro. Em essência, a qualidade do produto ou serviço tem um aspecto funcional (nível de entrega), técnico (confiabilidade) e econômico (valor) (DONEY, BARRY, ABRATT, 2007). A qualidade do produto, do serviço prestado e táticas rotineiras de ação, são formas tangíveis de conceituar a competência de um parceiro, cruciais quando se espera desenvolver relacionamento e ainda mais confiança entre ambos. Para Lindgreen et al. (2009), que estudou o mercado de alta tecnologia e inovação, adequar-se ao modelo de valor do cliente, identificando elementos que são relevantes para ele ao longo do processo de compra, e alinhando-se a suas expectativas, é uma premissa crucial para gerar relacionamentos consistentes e de confiança. 5. Considerações Finais O objetivo deste artigo foi identificar a origem da confiança, ou quais os fatores-chave que, segundo abordado na literatura, seriam capazes de fomentar a confiança numa relação entre empresas. A pesquisa realizada nas publicações dos últimos trinta anos de estudo nesta área identificou distintos fatores descritos, como premissas importantes para levar um 9

11 relacionamento para o estágio de confiança e compromisso: vulnerabilidade e incertezas de mercado, definição de metas e recompensas conjuntas, fatores pessoais dos atores que transacionam em nome de suas respectivas empresas, o tempo do relacionamento ou a repetição de episódios de compras, valores compartilhados entre as empresas, além de competência e qualidade do fornecedor. Tais fatores parecem não ter que coexistir simultaneamente para gerar confiança entre parceiros comerciais. Mas, o que os estudiosos nos mostram, é que em certa medida, alguns destes precedem ou criam as condições necessárias para um relacionamento promissor e duradouro entre empresas. Não está clara a existência de uma hierarquia entre os seis fatores mapeados, ou se há alguma correlação entre eles, nem tampouco se alguns tenham uma conexão ou relevância maior com diferentes tipos de negócios. Neste sentido, há uma clara oportunidade de explorar como esses fatores-chave se interagem, ou ainda como se comportam frente a distintos segmentos de mercado. De todos os seis fatores-chave, aparentemente o pessoal surge com maior frequência em diversos autores, o que também sugere ser uma área importante a continuar a ser investigada, na construção de relacionamento de confiança corporativo. Embora este estudo seja exploratório sobre o que se pesquisou até então sobre o tema, esperase que ele contribua no sentido de destacar e agrupar sobre o que foi achado, as variáveis e condições que uma empresa precisa oferecer no intuito de construir relações de confiança com seus parceiros estratégicos, capaz de conferir um diferencial competitivo frente a seus concorrentes. A limitação deste estudo está na abordagem restrita aos artigos pesquisados, que de alguma forma abordavam o tema da confiança no contexto de marketing de relacionamento. Há uma oportunidade em pesquisar especificamente a gênese da confiança entre empresas, explorando os fatores-chave aqui encontrados em diferentes contextos de mercado, ciclos de vida de negócios, ou mesmo abordando diferentes agentes que interagem nesta relação, capturando nuances do que gera tal status no relacionamento em negócios. REFERÊNCIAS ANDERSON, Erin; WEITZ, Barton. Determinants of Continuity in Conventional Industrial Channel Dyads. Marketing Science, Vol. 8, Outono, p , ARGYLE, Michael. Cooperation: the basis of sociability. London: Routledge, BUTTLE, F. The Scope of relationship management. International Journal of Customer Relationship Management. Vol.1, n.4, p , CHUA, R.; INGRAM, P.; MORRIS, M. From the head and the heart: locating cognition-and affect-based trust in managers professional networks. Academy of Management Journal V. 51, n. 3, p , COLEMAN, James S. Foundations of Social Theory. Cambridge, MA: The Belknap Press,

12 CROSBY, Lawrence A., EVANS, Kenneth R., COWLES, Deborah. Relationship Quality in Services Selling: An Interpersonal Influence Perspective. Journal of Marketing. Vol. 54, Julho, p , DAY, G.S. Managing market relationships. Academy of Marketing Services. V. 28, n.1, p , DESHPANDÉ, Rohit; WEBSTER, Frederick E; FARLEY, John. Corporate Culture, Customer Orientation and Innovativeness in Japanese Firms: A Quadrat Analysis. Cambridge, MA: Marketing Science Institute, Working Paper, p , DONEY, Patricia M.; BARRY, James M.; ABRATT, Russell. Trust determinants and outcomes in global B2B services, European Journal of Marketing, Vol. 41, n.9/10, p , DOYLE, Stephen; ROTH, George T. Selling and Sales Management in Action: the use of insight coaching to improve relationship selling. Journal of Personal Selling and Sales Management. Vol. 12, Inverno, p , DWYER, Robert F.; LAGACE, Rosemary R. On the nature and role of buyer-seller trust. Chicago: American Marketing Association, p , DWYER, Robert F.; SCHURR, Paul H.; OH, Sejo. Developing Buyer-Seller relationships. Journal of Marketing. Vol. 51, p , FALCONE, R.; CASTELFRANCHI, C. Social Trust: A Cognitive Approach. Kluwer, p , GAMBETTA, D. Can we trust trust? In Trust: Making and Breaking Cooperative Relations, (ed). Basil Blackwell: Cambridge, MA; p , GREVE, H. et al. Built to last but falling apart: cohesion, friction, and withdrawal from interfirm alliances. Academy of Management Journal. V.53, n. 2, p , GRÖNROOS, Christian. From Marketing Mix to Relationship Marketing. Management Decision, Vol. 32, n.2, p. 4 20, GULATI, R; SYTCH, M. Does familiarity breed trust? Revisiting the antecedents of trust. Managerial and Decision Economics. V.29, p , HEIDE, Jan B.; JOHN, George. The Role of Dependence Balancing in Safeguarding Transaction-Specific Assets in Conventional Channels. Journal of Marketing, V.52, Janeiro, p , HERZIG, A. et. al. A logic of trust and reputation. Oxford University Press, Vol. 18, n.1, LARZELERE, Robert E.; HUSTON, Ted L. The Dyadic Trust Scale: Toward Understanding Interpersonal Trust in Close Relationships. Journal of Marriage and the Family, Vol. 42, Agosto, p ,

13 LINDGREEN, et al. High-tech, innovative products: identifying and meeting business customers value needs. Journal of Business and Industrial Marketing. Vol. 24, n. 34, p , MÖLLER, Kristian; HALINEN, Aino. Relationship Marketing theory: its roots and direction. Journal of Marketing Management. Vol. 16, p , MOORMAN, C.; ZALTMAN, G.; DESHPANDE, R. Relationship between providers and users of market research: the dynamics of trust within and between organizations. Journal of Marketing Research. Vol. 29, p , MOORMAN, Christine; DESHPANDÉ, Rohit; ZALTMAN, Gerald. Factors affecting trust in marketing research relationships. Journal of Marketing, Vol. 57, Janeiro, p , MORGAN, Robert M.; HUNT, Shelby. D. The Commitment-Trust Theory of Relationship Marketing. Journal of Marketing. Vol. 58, n. 3, p , OLIVER, A. L. Networking network studies: an analysis of conceptual configurations in the study of inter-organizational relationships. New York: Organization Studies, PURANAM, P; VANNESTE, B.S. Trust and governance: untangling a tangled web. Academy of Management Review, V. 34, n.1, p , 2009 PRUITT, Dean G. Negotiation Behavior. New York: Academic Press, Inc., RING, P. S.; VAN de VEN, A. H. Developmental process of cooperative interorganizational relationships. Academy of Management Review. V. 19, n. 1, p , ROTHER, E. T. Revisão sistemática x revisão narrativa. Acta Paulista de Enfermagem, São Paulo, v. 20, n. 2, p. v-vi, jun ROUSSEAU, D. et al. Not so different after all: a cross-discipline view of trust. Academy of Management Review, V.23, p , SCHURR, P.H.; OZANNE, J.L. Influence on exchange processes: buyers preconceptions of a seller s trustworthiness and bargaining toughness. Journal of Consumer Research. Vol. 11, n. 4, p , SHARMA, A., et al. Antecedents and consequences of relationship marketing: insights from business service salespeople. Industrial Marketing Management. Vol.28, n.5, p , SOHAL, Amrik; WONG, Amy. An examination of the relationship between trust, commitment and relationship quality. International Journal of Retail & Distribution Management. Vol. 30, n. 1, p , SPEKMAN, Robert E. Strategic Supplier Selection: Understanding Long-Term Buyer Relationships. Business Horizons, Julho/Agosto, p , SWAN, John; NOLAN James. Gaining customer trust. Journal of Personal Selling and Sales Management. November, SWAN, John; TRAWICK, Frederick; SILVA, David. How industrial salespeople gain customer trust. Industrial Marketing Management,

14 TELSER, L. A Theory of Self-enforcing Agreements. J-Bus, Janeiro, V. 53, p , WANG, S.; TOMLINSON, E.; NOE, R. The role of mentor trust and protegé internal locus of control in formal mentoring relationships. Journal of Applied Psychology. Vol. 95, n. 2, p , WILSON, D.T. An integrated model of buyer-seller relationships. Journal of the Academy of Marketing Science, Vol. 23, n. 4, p , ZALTMAN, Gerald; MOORMAN, Christine. The Role of Personal Trust in the Use of Research. Journal of Advertising Research, Vol. 28, Outubro / Novembro, p.16 24, ZEITHAML, Valarie; PARASURAMAN, A.; BARRY, Leonard. Delivering Quality Service. New York: The Free Press,

ESCOLA SUPERIOR DE PROPAGANDA E MARKETING PROGRAMA DE MESTRADO PROFISSIONAL EM COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR MARIA FERNANDA DE ALMEIDA PRADO

ESCOLA SUPERIOR DE PROPAGANDA E MARKETING PROGRAMA DE MESTRADO PROFISSIONAL EM COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR MARIA FERNANDA DE ALMEIDA PRADO ESCOLA SUPERIOR DE PROPAGANDA E MARKETING PROGRAMA DE MESTRADO PROFISSIONAL EM COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR MARIA FERNANDA DE ALMEIDA PRADO FATORES-CHAVE PARA CONSTRUÇÃO DE RELACIONAMENTO DE CONFIANÇA NO

Leia mais

AS RELAÇÕES DE CONFIANÇA NOS RELACIONAMENTOS INTERORGANIZACIONAIS

AS RELAÇÕES DE CONFIANÇA NOS RELACIONAMENTOS INTERORGANIZACIONAIS AS RELAÇÕES DE CONFIANÇA NOS RELACIONAMENTOS INTERORGANIZACIONAIS DE BORTOLI, Cássia Zanon 1 ; TAVARES, Carlos Eduardo Moreira 2 ; ALVES, Juliano Nunes 3. Palavras chave: confiança, relacionamentos interorganizacionais.

Leia mais

Social Capital and Value Creation: The Role of Intrafirm Networks. Capital Social na criação de Valor: O Papel das Redes Intrafirmas

Social Capital and Value Creation: The Role of Intrafirm Networks. Capital Social na criação de Valor: O Papel das Redes Intrafirmas 1 Social Capital and Value Creation: The Role of Intrafirm Networks Capital Social na criação de Valor: O Papel das Redes Intrafirmas (Tsai & Ghoshal, 1998) Resumo: usando dados coletados junto a múltiplos

Leia mais

5.1. Sugestões para pesquisas futuras

5.1. Sugestões para pesquisas futuras 5 Conclusão A presente pesquisa trata o problema de identificação e avaliação de competências organizacionais capazes de alavancar vantagem competitiva sustentada em empresas fabricantes de produtos de

Leia mais

OBJETIVO 1: Identificar os atributos levados em consideração na seleção de prestadores de serviços de apoio logístico:

OBJETIVO 1: Identificar os atributos levados em consideração na seleção de prestadores de serviços de apoio logístico: 6 Conclusões O objeto do presente estudo centrou-se no tema gestão do valor para o cliente, por meio da análise de valor percebido pelos clientes de serviços de apoio logístico no mercado brasileiro de

Leia mais

interacção entre redes organizacionais locais

interacção entre redes organizacionais locais interacção entre redes organizacionais locais Vasco Eiriz Natália Barbosa resumo: abstract: 23 interacção entre redes organizacionais locais 1. introdução et al. 25 estudos regionais nº 16 2. revisão

Leia mais

III - Entendendo o Comportamento de Compra do Produtor Rural

III - Entendendo o Comportamento de Compra do Produtor Rural III - Entendendo o Comportamento de Compra do Produtor Rural Roberto Fava Scare Leonardo Silva Antolini A produção agropecuária, sendo uma atividade econômica que visa o processamento de insumos e não

Leia mais

Impacto da Propaganda e da Promoção de Preço no Valor da Marca de Prestadoras de Serviço de Banda Larga

Impacto da Propaganda e da Promoção de Preço no Valor da Marca de Prestadoras de Serviço de Banda Larga Impacto da Propaganda e da Promoção de Preço no Valor da Marca de Prestadoras de Serviço de Banda Larga Cássia Tavares Streb (cassiasps@yahoo.com.br) Marta Olivia Rovedder de Oliveira (marta.oliveira@ufsm.br)

Leia mais

A prática do marketing de relacionamento baseada em compromisso e confiança e a retenção de clientes como estratégia empresarial

A prática do marketing de relacionamento baseada em compromisso e confiança e a retenção de clientes como estratégia empresarial A prática do marketing de relacionamento baseada em compromisso e confiança e a retenção de clientes como estratégia empresarial Gabriel Sperandio Milan (UFRGS) gabmilan@terra.com.br Resumo Este artigo

Leia mais

Soluções em Analytics. Soluções analíticas e preditivas na tomada de decisão dos mais diferenciados negócios.

Soluções em Analytics. Soluções analíticas e preditivas na tomada de decisão dos mais diferenciados negócios. Soluções em Analytics Soluções analíticas e preditivas na tomada de decisão dos mais diferenciados negócios. Previsibilidade é a palavra-chave para tomar melhores decisões para sua empresa Uma empresa

Leia mais

Figura 5 Ciclo de vantagem competitiva sustentável no mercado de saúde

Figura 5 Ciclo de vantagem competitiva sustentável no mercado de saúde 5 Conclusão A análise realizada ao longo deste estudo foi voltada para responder a pergunta problema proposta pelo autor: no atual contexto, que práticas de gestão levam as empresas de serviço em Saúde

Leia mais

Relatório de Competências. Manuel Vega. Natural

Relatório de Competências. Manuel Vega. Natural Relatório de Competências Manuel Vega Natural Este Relatório é um produto da PDA International. PDA International é líder no fornecimento de avaliações comportamentais aplicadas para a seleção, gestão

Leia mais

Relatório de Competências

Relatório de Competências Relatório de Competências Natural Este Relatório é um produto da PDA International. PDA International é líder no fornecimento de avaliações comportamentais aplicadas para a seleção, gestão e desenvolvimento

Leia mais

Administração e Planejamento Estratégico: Uma introdução

Administração e Planejamento Estratégico: Uma introdução Planejamento Administração e Planejamento Estratégico: Uma introdução Planejamento é a prática que as pessoas e organizações usam para administrar suas relações com o futuro. Maximiano 2000 Situação Estratégica

Leia mais

RESUMO EXPANDIDO 1 PROPÓSITO CENTRAL DO TRABALHO

RESUMO EXPANDIDO 1 PROPÓSITO CENTRAL DO TRABALHO Avaliação Da Satisfação Das Consumidoras Do Varejo de Roupas e Calçados Feminino de Candelária/RS Lilian Alves (lilianalves@mx2.unisc.br) Dr. Carlos Alberto Mello Moyano (carlos@unisc.br) Universidade

Leia mais

SERVIÇOS COMPREENSÃO E DIMENSÕES DA QUALIDADE.

SERVIÇOS COMPREENSÃO E DIMENSÕES DA QUALIDADE. SEMANA DA ENGENHARIA 2015 Instituto de Engenharia do Paraná SERVIÇOS COMPREENSÃO E DIMENSÕES DA QUALIDADE. Rogério Mainardes 11 de dezembro de 2015 PREMISSAS BÁSICAS DAS MARCAS As pessoas devem confiar

Leia mais

Conceito: estratégia de produção. Gestão da Produção Aula 3. Conceito: estratégia de produção. Conceito: estratégia de produção 03/04/2014

Conceito: estratégia de produção. Gestão da Produção Aula 3. Conceito: estratégia de produção. Conceito: estratégia de produção 03/04/2014 Gestão da Produção Aula 3 Estratégia de Produção: Origens e Novas Orientações Uma estratégia de produção é formada a partir de um conjunto de metas, políticas e restrições auto impostas, que descrevem

Leia mais

ADMINISTRAÇÃO MERCADOLÓGICA II

ADMINISTRAÇÃO MERCADOLÓGICA II ADMINISTRAÇÃO MERCADOLÓGICA II Turmas: Marketing, Tecnologia Da Informação e Gestão Ambiental Prof. Milton Farina Segundo Semestre Aula do dia 31/08/2010 Livro: Administração de Marketing -Kotler/ Keller

Leia mais

Gestão Estratégica de Marketing e Marketing Estratégico Aula 17/08/17

Gestão Estratégica de Marketing e Marketing Estratégico Aula 17/08/17 Gestão Estratégica de Marketing e Marketing Estratégico Aula 17/08/17 2º semestre / 2017 Profa Kavita Hamza kavita@usp.br Estratégias de Crescimento Mintzberg (1994) Estratégias de Crescimento O objeto

Leia mais

(Ética Empresarial) Ética Empresarial: quando

(Ética Empresarial) Ética Empresarial: quando (Ética Empresarial) Ética Empresarial: quando Primeiras pesquisas: década de 70 multinacionais Década de 90 livros, revistas, ONGS. Ampliação da atividade econômica, aumento no rendimento das empresa e

Leia mais

Relatório de Competências

Relatório de Competências Relatório de Competências Natural Este Relatório é um produto da PDA International. A PDA International é líder no fornecimento de avaliações comportamentais aplicadas para recrutar, reter, motivar e desenvolver

Leia mais

Índice de mortalidade de médias e pequenas empresas. Brasil: 70% USA: 50% Pesquisa Small Business Administrator: 98% falta ou falha de planejamento.

Índice de mortalidade de médias e pequenas empresas. Brasil: 70% USA: 50% Pesquisa Small Business Administrator: 98% falta ou falha de planejamento. Plano de negócio Índice de mortalidade de médias e pequenas empresas Brasil: 70% USA: 50% Pesquisa Small Business Administrator: 98% falta ou falha de planejamento. O que é Plano de Negócio? Descrição

Leia mais

Capítulo 5. Mercados Consumidores e Comportamento de Compra do Consumidor

Capítulo 5. Mercados Consumidores e Comportamento de Compra do Consumidor Capítulo 5 Mercados Consumidores e Comportamento de Compra do Consumidor 1 Comportamento de Compra do Consumidor Comportamento de compra do consumidor refere-se ao comportamento dos consumidores finais

Leia mais

Análise do Mercado Consumidor

Análise do Mercado Consumidor Gestão de Marketing Análise do Mercado Consumidor Responsável pelo Conteúdo: Prof. Dr.Gleber Antonio de Paula Revisão Textual: Profa. Esp. Alessandra Fabiana Cavalcante Unidade Análise do Mercado Consumidor

Leia mais

Estratégia de Orientação para o Mercado e Relacionamento com o Cliente em Médias e Grandes Empresas: uma Análise de Correlação Canônica

Estratégia de Orientação para o Mercado e Relacionamento com o Cliente em Médias e Grandes Empresas: uma Análise de Correlação Canônica P R O P A D / U F P E Estratégia de Orientação para o Mercado e Relacionamento com o Cliente em Médias e Grandes Empresas: uma Market Driven Strategy and Customer Relationship within Mid-sized and Large

Leia mais

3. O Framework é um manual/guia de como elaborar o relato integrado? Justifique.

3. O Framework é um manual/guia de como elaborar o relato integrado? Justifique. Questões Relato Integrado 1. O que é A4S? De que forma essa organização influenciou a criação do relato integrado. A4S é o projeto do príncipe de Gales Accounting for Sustainability, foi a organização

Leia mais

Painel Competitivo P-ESO19 Gestão de Stakeholders

Painel Competitivo P-ESO19 Gestão de Stakeholders Painel Competitivo P-ESO19 Gestão de Stakeholders XXXVI EnAnpad Rio de Janeiro Setembro 2012 Agenda 1 2 Performance financeira provoca performance CSR Consequências para as indústrias 3 4 Direções futuras

Leia mais

Relatório de Competências de Nataly Lopez (Perfil Natural) Autoconfiança. Autocontrole. Busca de Informação. Capacidade de Negociação.

Relatório de Competências de Nataly Lopez (Perfil Natural) Autoconfiança. Autocontrole. Busca de Informação. Capacidade de Negociação. IMPORTANTE: Em ótimas condições do ambiente, a grande maioria das pessoas pode ter a capacidade de desempenhar-se adequadamente em quaisquer das seguintes competências. Referimo-nos a "ótimas condições"

Leia mais

1. INTRODUÇÃO Contextualização do Problema

1. INTRODUÇÃO Contextualização do Problema 1. INTRODUÇÃO 1.1. Contextualização do Problema Os resultados promissores obtidos nos planejamentos táticos militares da década de 1950 com as novas técnicas de gerenciamento de projetos, conjugando-os

Leia mais

ADMINISTRAÇÃO DE MARKETING

ADMINISTRAÇÃO DE MARKETING UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE - FURG INSTITUTO DE CIÊNCIAS ADMINISTRATIVAS, ECONÔMICAS E CONTÁBEIS ICEAC PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO PPGA MESTRADO EM ADMINISTRAÇÃO DISCIPLINA DE ADMINISTRAÇÃO

Leia mais

AULA 6 ASSUNTO: VALORES ORGANIZACIONAIS. AMBIENTE ORGANIZACIONAL ANÁLISE SWOT

AULA 6 ASSUNTO: VALORES ORGANIZACIONAIS. AMBIENTE ORGANIZACIONAL ANÁLISE SWOT AULA 6 ASSUNTO: VALORES ORGANIZACIONAIS. AMBIENTE ORGANIZACIONAL ANÁLISE SWOT PROF. Carlos Alberto OBJETIVOS ORGANIZACIONAIS A NATUREZA DOS OBJETIVOS ORGANIZACIONAIS Objetivo organizacional é uma meta

Leia mais

GESTÃO ESTRATÉGICA DE CUSTOS. Prof. Dr. Welington Rocha

GESTÃO ESTRATÉGICA DE CUSTOS. Prof. Dr. Welington Rocha 1 GESTÃO ESTRATÉGICA DE CUSTOS Prof. Dr. Welington Rocha 2 Primeiro Mandamento Respeitarás a Santíssima Trindade da Contabilidade 3 Aplicar a Santíssima Trindade à Gestão da Qualidade 4 Custos da Qualidade

Leia mais

VAREJO DE MODA: táticas ticas vencedoras. Integração Vertical e Relações Verticais. Elias Frederico

VAREJO DE MODA: táticas ticas vencedoras. Integração Vertical e Relações Verticais. Elias Frederico VAREJO DE MODA: Visão de negócio, estratégias e táticas ticas vencedoras Integração Vertical e Relações Verticais Elias Frederico MERCADO DA MODA Características do mercado da moda Volatilidade Curto ciclo

Leia mais

A Percepção de Clientes Universitários quanto ao Relacionamento com suas Operadoras de Telefonia Móvel

A Percepção de Clientes Universitários quanto ao Relacionamento com suas Operadoras de Telefonia Móvel A Percepção de Clientes Universitários quanto ao Relacionamento com suas Operadoras de Telefonia Móvel Autoria: Eduardo Botti Abbade, Greice de Bem Noro RESUMO O objetivo deste estudo foi identificar a

Leia mais

GERÊNCIA DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO SISTEMAS DE INFORMAÇÃO NAS ORGANIZAÇÕES GSI 2016/1

GERÊNCIA DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO SISTEMAS DE INFORMAÇÃO NAS ORGANIZAÇÕES GSI 2016/1 GERÊNCIA DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO SISTEMAS DE INFORMAÇÃO NAS ORGANIZAÇÕES GSI 2016/1 Revisão O que é um sistema de informações? O que é um requisito? Qual é o papel do analista de requisitos em um sistema

Leia mais

Instruções para elaboração de TCC - CBPM PLANO DE DESENVOLVIMENTO DE EQUIPE DE PROCESSO

Instruções para elaboração de TCC - CBPM PLANO DE DESENVOLVIMENTO DE EQUIPE DE PROCESSO INSPER INSTITUTO DE ENSINO E PESQUISA PROGRAMAS CERTIFICATES Instruções para elaboração de TCC - CBPM PLANO DE DESENVOLVIMENTO DE EQUIPE DE PROCESSO I - APRESENTAÇÃO Estas instruções para elaboração de

Leia mais

DEDICATÓRIA. A todos que amo e que me amam, e aos que um dia me amarão e por mim serão amados.

DEDICATÓRIA. A todos que amo e que me amam, e aos que um dia me amarão e por mim serão amados. ii DEDICATÓRIA A todos que amo e que me amam, e aos que um dia me amarão e por mim serão amados. iii AGRADECIMENTOS Muitas são as pessoas a quem tenho que agradecer pela conclusão deste trabalho. Na verdade,

Leia mais

EAD COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL Desenvolvimento da Liderança Prof. Joel Dutra aula de

EAD COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL Desenvolvimento da Liderança Prof. Joel Dutra aula de EAD 521 - COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL Desenvolvimento da Liderança Prof. Joel Dutra aula de 10.05.17 Objetivo Discussão sobre o processo de desenvolvimento da liderança na organização contemporânea. 2

Leia mais

FEA USP. EAD376 - Economia da Estratégia. Análise de Ambiente Interno e Posicionamento para a Vantagem Competitiva

FEA USP. EAD376 - Economia da Estratégia. Análise de Ambiente Interno e Posicionamento para a Vantagem Competitiva FEA USP EAD376 - Economia da Estratégia Análise de Ambiente Interno e Posicionamento para a Vantagem Competitiva Ref:Besanko et al. A Economia da Estratégia. Capitulo 13; Prof. Dr. James T. C. Wright Planejamento

Leia mais

7.1 Contribuições para a teoria de administração de empresas

7.1 Contribuições para a teoria de administração de empresas 7 Conclusões Esta tese teve por objetivo propor e testar um modelo analítico que identificasse como os mecanismos de controle e as dimensões da confiança em relacionamentos interorganizacionais influenciam

Leia mais

Formulação De Estratégias Para A Inovação Sustentável: Contribuindo À Competitividade Nas Organizações Prestadoras De Serviços

Formulação De Estratégias Para A Inovação Sustentável: Contribuindo À Competitividade Nas Organizações Prestadoras De Serviços Formulação De Estratégias Para A Inovação Sustentável: Contribuindo À Competitividade Nas Organizações Prestadoras De Serviços Taís Pentiado Godoy (taispentiado@yahoo.com.br) Clandia Maffini Gomes (clandia@smail.ufsm.br)

Leia mais

CRIAÇÃO E DIALÉTICA DO

CRIAÇÃO E DIALÉTICA DO GESTÃO DO CONHECIMENTO CRIAÇÃO E DIALÉTICA DO CONHECIMENTO CRIAÇÃO E DIALÉTICA DO CONHECIMENTO O que é dialética? CRIAÇÃO E DIALÉTICA DO CONHECIMENTO A dialética é, propriamente falando, a arte de discutir

Leia mais

DETERMINANTES DA SATISFAÇÃO DOS CONSUMIDORES NO SERVIÇO DE CALL CENTER: UM ESTUDO EMPÍRICO COM CONSUMIDORES BRASILEIROS

DETERMINANTES DA SATISFAÇÃO DOS CONSUMIDORES NO SERVIÇO DE CALL CENTER: UM ESTUDO EMPÍRICO COM CONSUMIDORES BRASILEIROS Seminário: DETERMINANTES DA SATISFAÇÃO DOS CONSUMIDORES NO SERVIÇO DE CALL CENTER: UM ESTUDO EMPÍRICO COM CONSUMIDORES BRASILEIROS Universidade de São Paulo - Instituto de Matemática e Estatística MAE0535

Leia mais

Relato de Sustentabilidade GRI

Relato de Sustentabilidade GRI Relato de Sustentabilidade GRI Conteúdo O que são relatórios de sustentabilidade: para que servem GRI, quem é, quantas empresas utilizam Princípios, indicadores e metodologia de aplicação O que é relato

Leia mais

Colaboração e Inovação tecnológica. Pedro Pereira de Carvalho

Colaboração e Inovação tecnológica. Pedro Pereira de Carvalho Colaboração e Inovação tecnológica 1 Quase todas as inovações exigem algum tipo de arranjo cooperativo para seu desenvolvimento ou comercialização, mas o índice de insucesso dessas alianças permanece alto.

Leia mais

Material para avaliação. Professor Douglas Pereira da Silva

Material para avaliação. Professor Douglas Pereira da Silva Material para avaliação Gestão de Negócios Professor Douglas Pereira da Silva 5 Forças de Porter DPS Gestão Negócios ADM 2016.2 2 Condições de fatores de produção De acordo com Porter, as condições dos

Leia mais

Agency Theory: An Assessment and Review. Teoria da Agência: Uma Avaliação e Revisão. (Eisenhardt, K. M., 1989)

Agency Theory: An Assessment and Review. Teoria da Agência: Uma Avaliação e Revisão. (Eisenhardt, K. M., 1989) 1 Agency Theory: An Assessment and Review Teoria da Agência: Uma Avaliação e Revisão (Eisenhardt, K. M., 1989) Resumo: revisão da Teoria da Agência, suas contribuições à teoria organizacional e trabalho

Leia mais

Acordo de Acionistas NORMA DE da CPFL Energia S.A. ENGAJAMENTO

Acordo de Acionistas NORMA DE da CPFL Energia S.A. ENGAJAMENTO Acordo de Acionistas NORMA DE da CPFL Energia S.A. ENGAJAMENTO Atual DE Denominação PÚBLICOS Social DE da Draft II Participações INTERESSE S.A. Sumário Introdução 3 Objetivo da Norma 4 Conceitos básicos

Leia mais

Mestrado Acadêmico: Tópicos Especiais em Desenvolvimento de Produtos

Mestrado Acadêmico: Tópicos Especiais em Desenvolvimento de Produtos 6. Mestrado Acadêmico: Tópicos Especiais em Desenvolvimento de Produtos Istefani Carísio de Paula, Dr. Engenharia de Produção UFRGS 1 2 Revisão da aula anterior Análise final do artigo Chesbrough & Rosenbloom

Leia mais

Os quatro paradigmas da Comunicação Estratégica e o ensino em Portugal

Os quatro paradigmas da Comunicação Estratégica e o ensino em Portugal Os quatro paradigmas da Comunicação Estratégica e o ensino em Portugal Evandro Samuel Oliveira Universidade do Minho, CECS e Universidade de Leipzig. evandro.oliveira@uni-leipzig.de; oliveira. evandro@gmail.com

Leia mais

Ilustrações Guilherme Jorge

Ilustrações Guilherme Jorge Ilustrações Guilherme Jorge 56 gestão empresarial GESTÃO ESTRATÉGICA DO SUPRIMENTO E VANTAGEM COMPARATIVA EM RECURSOS POR PAULO RENATO DE SOUSA E PAULO RESENDE A área de compras e a gestão do suprimento

Leia mais

A percepção do consumidor na qualidade de serviço

A percepção do consumidor na qualidade de serviço A percepção do consumidor na qualidade de serviço Wallace Prudenciato (Unesp) wallace@tilibra.com.br Resumo Este artigo tem por objetivo avaliar os serviços de manutenção no processo produtivo de uma empresa

Leia mais

Proposta para incluir aspectos de Sustentabilidade no Processo de Desenvolvimento de Produtos

Proposta para incluir aspectos de Sustentabilidade no Processo de Desenvolvimento de Produtos Proposta para incluir aspectos de Sustentabilidade no Processo de Desenvolvimento de Produtos LEÓN C. A. V. a, CORDEIRO, G. A. a, DEPAULA, C. P. a, PACHECO JR, M. A. a, COOPER, R. E. a a. Universidade

Leia mais

9 Conclusões e considerações finais

9 Conclusões e considerações finais 139 9 Conclusões e considerações finais Discutiu-se nesta tese a operacionalização da flexibilidade de manufatura, a partir das perspectivas teórica e empírica. Dentre as principais contribuições da tese,

Leia mais

Uma empresa dedicada ao desenvolvimento humano e organizacional

Uma empresa dedicada ao desenvolvimento humano e organizacional Uma empresa dedicada ao desenvolvimento humano e organizacional Quem somos Nossas soluções objetivam a transformação humana e das culturas organizacionais, fortalecendo laços entre organizações e colaboradores.

Leia mais

Grade Horária de Provas Finais Administração e Ciências Econômicas

Grade Horária de Provas Finais Administração e Ciências Econômicas 30/11/2016 (Quarta-Feira) 2º A Estatística I 2º B Estatística I 2º C Estatística I Estudos Culturais: Na Arena das Narrativas Multiculturais Cross-Cultural Management Painéis Avaliação de Empresas Consumer

Leia mais

GESTÃO DE MARKETING Business to Business Profa. Eveline Jannarelli

GESTÃO DE MARKETING Business to Business Profa. Eveline Jannarelli 1 GESTÃO DE MARKETING Business to Business Profa. Eveline Jannarelli Fevereiro/2016 E-mail: Eveline@oficinadaestrategia.com.br Breve apresentação Formada em Administração de Empresas pela FAAP e Mestre

Leia mais

Pós GRADUAÇÃO. Marketing Industrial. Gestão inovadora da empresa gráfica. Introdução ao Marketing Industrial. Prof.

Pós GRADUAÇÃO. Marketing Industrial. Gestão inovadora da empresa gráfica. Introdução ao Marketing Industrial. Prof. Pós GRADUAÇÃO Marketing Industrial Introdução ao Marketing Industrial Prof. Alexandre Marques Gestão inovadora da empresa gráfica Marketing Industrial Introdução e Conceitos Fundamentais Uma forma de entender

Leia mais

Realidades: Mundo e Grupos Rotários

Realidades: Mundo e Grupos Rotários Gestão e Mobilização de Pessoas Dia Profissional Rotaract Clubes Distrito 4660 Por Jader Schmidt Gaklik Gestor Estratégico de Negócios e Pessoas 24/02/2019 1 Realidades: Mundo e Grupos Rotários Ritmo das

Leia mais

Reunião 6. O Plano de Negócios

Reunião 6. O Plano de Negócios Reunião 6 O Plano de Negócios Pauta O que é um plano de negócios? Por que planejar o seu negócio? Qual a estrutura de um plano de negócio? Como construir um plano de negócio? O Plano de Negócios É um conjunto

Leia mais

RESUMO. Exercício Resolvido

RESUMO. Exercício Resolvido 1 RESUMO A ESPM (Escola Superior de Propaganda e Marketing) em parceria com a Rapp Brasil desenvolveu o primeiro indicador de satisfação do cliente no Brasil, o INSC (Índice Nacional de Satisfação do Cliente),

Leia mais

QUALIDADE DO SERVIÇOS DE SAÚDE DO SESI EM PERNAMBUCO

QUALIDADE DO SERVIÇOS DE SAÚDE DO SESI EM PERNAMBUCO QUALIDADE DO SERVIÇOS DE SAÚDE DO SESI EM PERNAMBUCO Cecília de Melo Dias Universidade Federal de Pernambuco - PROPAD - Programa de Pós-Graduação em Administração Núcleo de Estudos sobre Marketing e Tecnologia

Leia mais

Inválido para efeitos de certificação

Inválido para efeitos de certificação UNIDADE CURRICULAR: Inovação e Competências Organizacionais CURRICULAR UNIT: Inovation and organizational competencies Ficha de Unidade Curricular DOCENTE RESPONSÁVEL E RESPETIVAS HORAS DE CONTATO NA UNIDADE

Leia mais

3 Método Tipo de pesquisa

3 Método Tipo de pesquisa 3 Método 3.1. Tipo de pesquisa Conduziu-se uma pesquisa de caráter exploratório com o objetivo de analisar a manifestação da influência das comunidades virtuais no comportamento de compra de seus participantes

Leia mais

Copyright Empreendedorismo

Copyright Empreendedorismo Empreendedorismo Empreendedorismo é o envolvimento de pessoas e processos O empreendedor é aquele que percebe uma oportunidade e cria meios (nova empresa, área de negócio, etc.) para persegui-la. O processo

Leia mais

GESTÃO E APRENDIZAGEM MEDIADA

GESTÃO E APRENDIZAGEM MEDIADA INsights Reflective Thinking Systems CENTRO DE DESENVOLVIMENTO COGNITIVO DO PARANÁ GESTÃO E APRENDIZAGEM MEDIADA A Educação Profissional baseada nos princípios da Aprendizagem Mediada David Ron Sasson

Leia mais

5 Discussão dos resultados

5 Discussão dos resultados 5 Discussão dos resultados Este capítulo aborda os principais resultados da pesquisa e sua influência na resposta às perguntas intermediárias, levando-se em consideração o referencial teórico e as limitações

Leia mais

Gestão de Vendas Como administrar a sua empresa para transformá-la em uma máquina de vender

Gestão de Vendas Como administrar a sua empresa para transformá-la em uma máquina de vender Gestão de Vendas Como administrar a sua empresa para transformá-la em uma máquina de vender DICAS Para a sua leitura: Os itens do índice são clicáveis, então sinta-se à vontade para ler o conteúdo que

Leia mais

RESUMO EXPANDIDO 1 PROPÓSITO CENTRAL DO TRABALHO

RESUMO EXPANDIDO 1 PROPÓSITO CENTRAL DO TRABALHO Práticas Colaborativas de Conhecimento e Inovação Para a Inclusão Financeira de Pequenos Negócios No Brasil: Um Estudo em Redes de Cooperativas De Crédito Renan Nunes da Silva (renansilvas@gmail.com) Alsones

Leia mais

A Economia das Organizações Híbridas

A Economia das Organizações Híbridas A Economia das Organizações Híbridas MENARD, Claude Aluno: Murilo S. de Carvalho Formas Híbridas MERCADO HÍBRIDAS HIERÁRQUICA TRANSAÇÕES regidas pelos contratos. Redes como formas híbridas Ciências sociais

Leia mais

Pós-Graduação em Finanças e Economia: Especialização em Estratégia & Economia. Ementas das Disciplinas

Pós-Graduação em Finanças e Economia: Especialização em Estratégia & Economia. Ementas das Disciplinas Pós-Graduação em Finanças e Economia: Especialização em Estratégia & Economia Ementas das Disciplinas DISCIPLINAS BÁSICAS MATEMÁTICA BÁSICA 30H-AULA O propósito dessa disciplina é alinhar os conhecimentos

Leia mais

PMO VALUE RING. Americo Pinto. Diretor de Pesquisa PMO TOOLS Technologies

PMO VALUE RING. Americo Pinto. Diretor de Pesquisa PMO TOOLS Technologies PMO VALUE RING Americo Pinto Diretor de Pesquisa PMO TOOLS Technologies O QUE É O PMO VALUE RING? O PMO VALUE RING é uma metodologia para criar ou reestruturar PMOs. Ela foi criada em conjunto com profissionais

Leia mais

Mensagens Corporativas

Mensagens Corporativas Estratégia Global de Marca da Prudential Mensagens Corporativas Nossa Arquitetura de Mensagens Conselho de Administração Robbins 091107 1 Alinhar nossas Mensagens Corporativas EXPECTATIVA Nossa hierarquia

Leia mais

Confiança e comprometimento nos relacionamentos entre Clubes de Futebol e Veículos de Comunicação 1

Confiança e comprometimento nos relacionamentos entre Clubes de Futebol e Veículos de Comunicação 1 Confiança e comprometimento nos relacionamentos entre Clubes de Futebol e Veículos de Comunicação 1 Resumo Mauro Myskiw 2 Universidade Estadual do Oeste do Paraná UNIOESTE O objetivo deste trabalho foi

Leia mais

RELATO INTEGRADO E SUSTENTABILIDADE

RELATO INTEGRADO E SUSTENTABILIDADE VIII Congresso de Sistemas Lean Em busca da excelência do fluxo de valor RELATO INTEGRADO E SUSTENTABILIDADE Prof Julio Vieira Neto D.Sc. 29 e 30 de junho Florianópolis - Mercure Convention Hotel INVESTIDORES

Leia mais

mercado de cartões de crédito, envolvendo um histórico desde o surgimento do produto, os agentes envolvidos e a forma de operação do produto, a

mercado de cartões de crédito, envolvendo um histórico desde o surgimento do produto, os agentes envolvidos e a forma de operação do produto, a 16 1 Introdução Este trabalho visa apresentar o serviço oferecido pelas administradoras de cartões de crédito relacionado ao produto; propor um produto cartão de crédito calcado na definição, classificação

Leia mais

Administração Pública

Administração Pública Administração Pública Gestão de Riscos Professor Rafael Ravazolo www.acasadoconcurseiro.com.br Administração Pública GESTÃO DE RISCOS Organizações de todos os tipos e tamanhos enfrentam influências e

Leia mais

António José Mendes Ferreira

António José Mendes Ferreira INFORMAÇÃO PESSOAL António José Mendes Ferreira Covilhã (Portugal) tozeferr@hotmail.com POSTO DE TRABALHO A QUE SE CANDIDATA Docente EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL 09/12/2016 Presente Investigador CEFAGE Ano

Leia mais

Conhecimento e Inovação Nas Empresas. Renata Lèbre La Rovere Aula 6

Conhecimento e Inovação Nas Empresas. Renata Lèbre La Rovere Aula 6 Conhecimento e Inovação Nas Empresas Renata Lèbre La Rovere Aula 6 Estrutura da Aula Conceitos de Proximidade (Amin e Cohendet) Economia do conhecimento : conceitos e evidências (Cooke et al.) Clusters

Leia mais

Fernando Martins Lisboa, Portugal

Fernando Martins Lisboa, Portugal Fernando Martins Banco de Portugal Departamento de Estudos Económicos +351 21 313 03 78 Av. Almirante Reis, 71-6. o andar fmartins@bportugal.pt 1150-012 Lisboa, Portugal Formação académica Instituto Superior

Leia mais

Graduação em Administração

Graduação em Administração Graduação em Administração Disciplina: Planejamento Estratégico Aula 8 Rivalidade e Dinâmica Competitiva São José dos Campos, abril de 2011 Definições Concorrentes empresas que operam no mesmo mercado,

Leia mais

A lógica do serviço revisitada quem cria valor? quem ajuda a criar?

A lógica do serviço revisitada quem cria valor? quem ajuda a criar? A lógica do serviço revisitada quem cria valor? quem ajuda a criar? Hanken Swedish School of Economics - Finland, Helsinki The Nordic School of Service Marketing Prof. Christian Gronroos Tradução e síntese:

Leia mais

Como identificar e prospectar tecnologias e tendências tecnológicas

Como identificar e prospectar tecnologias e tendências tecnológicas Como identificar e prospectar tecnologias e tendências tecnológicas ABINEE Mauricio Benedetti IPD Eletron Onde está a tecnologia? Importância da tecnologia A tecnologia está presente tanto em produtos

Leia mais

ANÁLISE DA PRODUÇÃO CIENTÍFICA SOBRE PRÁTICAS CONTEMPORÂNEAS DE MARKETING

ANÁLISE DA PRODUÇÃO CIENTÍFICA SOBRE PRÁTICAS CONTEMPORÂNEAS DE MARKETING ANÁLISE DA PRODUÇÃO CIENTÍFICA SOBRE PRÁTICAS CONTEMPORÂNEAS DE MARKETING Lenoir Hoeckesfeld 1, Dr. Aléssio Sarquis 2 (orientador), Cassiano Luiz Barbosa 3 RESUMO: Este estudo objetiva analisar as características

Leia mais

ADMINISTRAÇÃO GERAL CONCEITOS BÁSICOS

ADMINISTRAÇÃO GERAL CONCEITOS BÁSICOS ADMINISTRAÇÃO GERAL CONCEITOS BÁSICOS Atualizado em 27/10/2015 CONCEITOS BÁSICOS Administração, em seu conceito tradicional, é definida como um conjunto de atividades, princípios, regras, normas que têm

Leia mais

ADM. Professor Douglas Pereira da Silva. DPS Gestão Negócios ADM

ADM. Professor Douglas Pereira da Silva. DPS Gestão Negócios ADM ADM Gestão de Negócios Professor Douglas Pereira da Silva 1 A constituição do talento humano Conhecimento SABER Aprender a aprender Aprender continuadamente Aumentar o conhecimento Habilidade SABER FAZER

Leia mais

GST0045 GESTÃO DA CADEIA DE SUPRIMENTO Aula 06: Níveis de Serviços e Estratégias Logísticas

GST0045 GESTÃO DA CADEIA DE SUPRIMENTO Aula 06: Níveis de Serviços e Estratégias Logísticas GST0045 GESTÃO DA CADEIA DE SUPRIMENTO Aula 06: Níveis de Serviços e Estratégias Logísticas Níveis de Serviços e Estratégias Logísticas Ao final desta aula o aluno deverá ser capaz de: Conhecer os fatores-chaves

Leia mais

DESAFIOS NA CARREIRA EXECUTIVA. Prof. Joel Dutra

DESAFIOS NA CARREIRA EXECUTIVA. Prof. Joel Dutra DESAFIOS NA CARREIRA EXECUTIVA Prof. Joel Dutra Consultor: Joel Souza Dutra PERFIL: Professor-Livre Docente da Faculdade de Economia e Administração da Universidade de São Paulo FEA-USP, onde ministra

Leia mais

2017 2º SEMESTRE PROGRAMA

2017 2º SEMESTRE PROGRAMA 2017 2º SEMESTRE PROGRAMA OBJETIVOS: Apresentar e discutir o fenômeno de Cluster e Redes de Negócios e sua influência na estratégia empresarial, evidenciando seus exemplos práticos. JUSTIFICATIVA: Os temas

Leia mais

Renata Barbieri Coutinho. Expectativas e Questionamentos dos Sucessores ou Membros da Família que Trabalham na Empresa Familiar

Renata Barbieri Coutinho. Expectativas e Questionamentos dos Sucessores ou Membros da Família que Trabalham na Empresa Familiar Renata Barbieri Coutinho Expectativas e Questionamentos dos Sucessores ou Membros da Família que Trabalham na Empresa Familiar Dissertação de Mestrado Dissertação apresentada ao Programa de Pósgraduação

Leia mais

Impacto do e-health na prestação de cuidados de saúde. Francisco George Tatiana Plantier

Impacto do e-health na prestação de cuidados de saúde. Francisco George Tatiana Plantier Impacto do e-health na prestação de cuidados de saúde Francisco George Tatiana Plantier Itinerário rio Visão global do e-health Facilidades e obstáculos Riscos e desafios Estrutura 1. Introdução: definição

Leia mais

On Strategic Networks. Em Redes estratégicas. (Jarillo, 1988)

On Strategic Networks. Em Redes estratégicas. (Jarillo, 1988) 1 On Strategic Networks Em Redes estratégicas (Jarillo, 1988) Resumo: em paralelo à aceitação teórica da importância das leis da competição para a formulação estratégica, fortalece-se a ideia de que o

Leia mais

Rua Itapeva 474 5º andar São Paulo SP fgv.br/eesp

Rua Itapeva 474 5º andar São Paulo SP fgv.br/eesp MASTER IN ECONOMICS AND MANAGEMENT O Master in Economics and Management é um curso de pós-graduação lato sensu (especialização) que tem como objetivo de capacitar seus participantes nas modernas ferramentas

Leia mais

UM ESTUDO BIBLIOMÉTRICO EM BASE DE DADOS INTERNACIONAIS 1 A BIBLIOMETRIC STUDY BASED ON INTERNATIONAL DATA

UM ESTUDO BIBLIOMÉTRICO EM BASE DE DADOS INTERNACIONAIS 1 A BIBLIOMETRIC STUDY BASED ON INTERNATIONAL DATA UM ESTUDO BIBLIOMÉTRICO EM BASE DE DADOS INTERNACIONAIS 1 A BIBLIOMETRIC STUDY BASED ON INTERNATIONAL DATA Marjory Aparecida Miolo 2, Gabriela Cappellari 3, Jorge Oneide Sausen 4 1 Projeto de pesquisa

Leia mais

para ideias de todos os tamanhos Código de Ética para ideias de todos os tamanhos

para ideias de todos os tamanhos Código de Ética para ideias de todos os tamanhos Código de Ética Código de Ética O Código de Ética da Neoband w reflete seus princípios, seus valores e sua cultura através de um conjunto de normas de conduta incorporado por dirigentes e funcionários

Leia mais

1 Introdução. 1.1 Contextualização

1 Introdução. 1.1 Contextualização 1 Introdução 1.1 Contextualização Identidade clara, boa imagem, prestígio elevado, boas práticas, estima e posicionamento bem definido são tipicamente sinônimos de reputação corporativa. Os gestores das

Leia mais

OPERADORES LOGÍSTICOS E SEUS CLIENTES: UM ESTUDO EMPÍRICO

OPERADORES LOGÍSTICOS E SEUS CLIENTES: UM ESTUDO EMPÍRICO Nádia do Amor Divino de Lima OPERADORES LOGÍSTICOS E SEUS CLIENTES: UM ESTUDO EMPÍRICO Dissertação de Mestrado Dissertação apresentada como requisito parcial para obtenção do grau de Mestre pelo Programa

Leia mais

Ficha de Unidade Curricular Ano lectivo /15

Ficha de Unidade Curricular Ano lectivo /15 Ficha de Unidade Curricular Ano lectivo - 2014/15 Unidade curricular: Curricular Unit: Fundamentos de Marketing Marketing Fundamentals Docente responsável e respectivas horas de contacto na unidade curricular

Leia mais

3 Metodologia de pesquisa

3 Metodologia de pesquisa 3 Metodologia de pesquisa Neste capítulo serão abordados os procedimentos metodológicos desta pesquisa como o tipo de pesquisa, a seleção dos sujeitos, a coleta, o tratamento de dados e as limitações do

Leia mais