Conhecimento e Inovação Nas Empresas. Renata Lèbre La Rovere Aula 6
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- Vítor Gabriel Leão Varejão
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1 Conhecimento e Inovação Nas Empresas Renata Lèbre La Rovere Aula 6
2 Estrutura da Aula Conceitos de Proximidade (Amin e Cohendet) Economia do conhecimento : conceitos e evidências (Cooke et al.) Clusters e conhecimento (Bathelt et al.) Buzz na economia urbana (Storper e Venables) Grupo Inovação Instituto de Economia da UFRJ 2
3 Amin e Cohendet: Geography of Knowledge Formation in Firms Espaço não é apenas territorial, como também organizacional Anos 80 e 90: Foco nos sistemas nacionais de inovação e nos elementos institucionais do território Estudos sobre clusters e vantagens das aglomerações Estudos sobre comunidades de prática Grupo Inovação Instituto de Economia da UFRJ 3
4 Conceitos de Proximidade Estudos levam à noção de que território define oportunidades dos empreendedores e capacidade de inovação Mas não há nada que comprove a dualidade entre lugar (aderente) e espaço (impessoal) O conceito de ba de Nonaka e Konno mostra que há vários tipos de espaço de relacionamento Organizações modernas, ao reduzir distância cognitiva, criam seus próprios espaços relacionais (ou organizacionais) Grupo Inovação Instituto de Economia da UFRJ 4
5 Conceitos de Proximidade O resultado é que a fronteira entre relações locais e globais fica tênue Harris (1998) mostra papel organizações globais na disseminação de valores comuns (exs. Companhia das Indias, Companhia de Jesus durante as grandes navegações) Como as organizações antigas, empresas modernas globais funcionam em rede, têm mecanismos complexos de governança Grupo Inovação Instituto de Economia da UFRJ 5
6 Conceitos de Proximidade Organizações globais podem ficar aprisionadas em trajetórias devido à acumulação de competências mas também buscam inovar mobilizando e envolvendo suas equipes Atributos de redes globais que levam à geração de conhecimento apontados pela literatura sobre empresas globais são os mesmos que são apontados na literatura sobre clusters Portanto, é necessário levar em consideração os dois tipos de proximidade: geográfica e relacional (ou organizacional) Grupo Inovação Instituto de Economia da UFRJ 6
7 Cooke et al.: The emergent knowledge economy Crescimento da literatura sobre economia do conhecimento ou do aprendizado Debate suscitado por globalização e difusão das TICs Parte da literatura foca nos aspectos espaciais da economia do conhecimento, em particular cluster high-tech, spillovers locais e relações globais-locais Grupo Inovação Instituto de Economia da UFRJ 7
8 Cooke et al.: The emergent knowledge economy Diferentes formas de compreender economia do conhecimento: Conhecimento como insumo Conhecimento como produto Conhecimento codificado Difusão do conhecimento via TICs Criação de conhecimento Grupo Inovação Instituto de Economia da UFRJ 8
9 Cooke et al.: The emergent knowledge economy Economia do conhecimento não se refere apenas a setores de base tecnológica Há limites à codificação e à difusão eletrônica do conhecimento Distinção informação e conhecimento: informação se constitui de conjuntos de dados passivos que são mobilizados por conhecimento; conhecimento é capacidade cognitiva que habilita seus possuidores para ação manual e intelectual Grupo Inovação Instituto de Economia da UFRJ 9
10 Cooke et al.: The emergent knowledge economy Proximidade e geografia são importantes no processo de inovação e de geração de conhecimento Várias abordagens sobre proximidade têm em comum a constatação que economia do conhecimento tem distribuição espacial desigual no espaço Duas visões de espaço: Marshall (externalidades positivas de aglomerações especializadas) e Jacobs (externalidades positivas de aglomerações diversificadas) Economia do conhecimento tem vários indicadores possíveis Grupo Inovação Instituto de Economia da UFRJ 10
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17 Clusters e conhecimento (Bathelt et. al 2004) Vários autores apontam para o conhecimento tácito como sendo local e o conhecimento como sendo global Esta visão não explica por que interações e transações dentro de um cluster podem ser limitadas Dicotomia tácito=local versus codificado=global deve ser substituída por análise das relações de troca de conhecimento Grupo Inovação Instituto de Economia da UFRJ 17
18 Clusters e conhecimento Criação de conhecimento nas firmas se desenvolve de diversas formas, dentro dos limites das competências À medida que firma cresce estoque de conhecimento também cresce e se torna menos coerente Custos de coordenação e de mudança fazem com que firma acabe se concentrando num leque de competências específico Grupo Inovação Instituto de Economia da UFRJ 18
19 Clusters e conhecimento Firmas multidivisionais, ao mesmo tempo que apresentam tensões no desenvolvimento de inovações, podem ter vantagens na combinação de ideias de vários campos Mas à medida que inovações se esgotam devido ao foco das competências da firma, firmas buscam cooperação com outras firmas para desenvolver inovações Esta cooperação tem limites dados pelo aumento da distância cognitiva resultante da cooperação Clusters podem ser modo de equilibrar criação de conhecimento dentro e fora da firma Grupo Inovação Instituto de Economia da UFRJ 19
20 Clusters e conhecimento Estudos sobre clusters mostram que relações input-output internas ao cluster são raramente expressivas Quadro institucional, comunicação interfirmas e desenvolvimento de competências localizadas nos clusters são elementos decisivos para inovação e crescimento Qualidade exclusiva do cluster: burburinho ( Buzz ) Buzz consiste de informação específica, atualização de informações, aprendizado não intencional em encontros organizados e acidentais, aplicação de interpretações comuns a respeito de tecnologias, compartilhamento de hábitos e tradições dentro de determinado campo tecnológico que contribuem para o estabelecimento de convenções e outros arranjos institucionais Grupo Inovação Instituto de Economia da UFRJ 20
21 Clusters e conhecimento Buzz contribui para o estabelecimento de laços de confiança Clusters podem se tornar catalisadores para o estabelecimento de comunidades de prática Porém, não há evidência empírica de que redes locais prevalecem sobre redes globais Redes externas ao território são importantes para transmitir conhecimento Pipelines : termo usado para designar canais de conhecimento externo Tanto buzz como pipelines são fundamentais na construção de conhecimento do cluster Grupo Inovação Instituto de Economia da UFRJ 21
22 Clusters e conhecimento Firmas tendem a formar pipelines para complementar suas competências específicas Conhecimento que chega via pipelines será assimilado de acordo com a capacidade de absorção da firma Quanto mais desenvolvidas as pipelines, maior será a qualidade do buzz Há limites no número de pipelines que cada firma é capaz de administrar Implicações de política: estabelecimento de redes externas deve ser encorajado para garantir sobrevivência do cluster no longo prazo Grupo Inovação Instituto de Economia da UFRJ 22
23 Clusters e conhecimento (Bathelt et. al 2004) Grupo Inovação Instituto de Economia da UFRJ 23
24 Buzz e economia urbana (Storper e Venables) 3 forças por detrás da urbanização: Ligações para frente e para trás entre empresas Aglomeração da força de trabalho Interações que promovem inovação tecnológica Nestas três forças, o contato cara a cara é importante Jacobs: cidades são ambiente variado Marshall: aglomerações permitem troca de conhecimento Questão: como esta troca se realiza no contato cara a cara? Grupo Inovação Instituto de Economia da UFRJ 24
25 Buzz e economia 3 forças por detrás da urbanização: urbana Ligações para frente e para trás entre empresas Aglomeração da força de trabalho Interações que promovem inovação tecnológica Nestas três forças, o contato cara a cara é importante Jacobs: cidades são ambiente variado Marshall: aglomerações permitem troca de conhecimento Questão: como esta troca se realiza no contato cara a cara? Grupo Inovação Instituto de Economia da UFRJ 25
26 Grupo Inovação Instituto de Economia da UFRJ 26
27 Buzz e economia urbana Motivação para o contato cara a cara Incentivos em projetos cooperativos Formação de grupos Indivíduos num ambiente com buzz interagem e cooperam com outros indivíduos de alta capacidade, estão aptos a comunicar ideias complexas e são altamente motivados. Colher estes benefícios requer co-localização em vez de interlúdios ocasionais do contato cara a cara Grupo Inovação Instituto de Economia da UFRJ 27
28 Buzz e economia Exemplos: projetos de C&T, interação universidade-empresa, urbana Cidades apresentam fertilização cruzada entre redes de empresas Cidades com buzz derivam sua força aglomeradora de externalidades de aglomeração e desenvolvem atividades intensivas em informação como: funções criativas e culturais; serviços financeiros; pesquisa, ciência e tecnologia; atividades de poder e influência ligadas ao setor público Grupo Inovação Instituto de Economia da UFRJ 28
29 Buzz e economia urbana Grupo Inovação Instituto de Economia da UFRJ 29
30 Buzz e economia urbana Conclusões: Duas forças contraditórias: Codificação conhecimento reduz necessidade do contato cara a cara e permite localização de atividades industriais em regiões remotas Surtos de inovação envolvem processos complexos e esforço de coordenação Grupo Inovação Instituto de Economia da UFRJ 30
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