ORIENTAÇÃO TÉCNICA N.º 16/2017

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1 ORIENTAÇÃO TÉCNICA N.º 16/2017 REGULAMENTO ESPECÍFICO DO DOMÍNIO DA COMPETITIVIDADE E INTERNACIONALIZAÇÃO Equipaments especificamente afets a atividades de Investigaçã e Desenvlviment (I&D) ELEGIBILIDADE AMORTIZAÇÕES 1. Enquadrament Ns terms d Regulament Específic d Dmíni da Cmpetitividade e Internacinalizaçã (RECI) regulad pela Prtaria n.º 57-A/2015, de 27 de fevereir, na sua atual redaçã, em matéria de equipaments afets a atividades de investigaçã e desenvlviment (I&D), sã cnsideradas cm despesas elegíveis: Sistema de Incentivs às Empresas Tiplgia de investiment Investigaçã e desenvlviment tecnlógic (SI IDT): Aquisiçã de instruments, equipament científic e técnic u sftware específic para prjet, na medida em que fr utilizad n prjet, e durante a sua execuçã (subalíneas v) e vi) da alínea a) d nº 1 d artig 72.º d RECI); Amrtizações crrespndentes a períd da sua utilizaçã n prjet sempre que s instruments, equipament científic e técnic u sftware específic adquirids para prjet pssam ter utilizaçã prdutiva u cmercial após a cnclusã d prjet (nº 4 d artig 72.º d RECI). Sistema de Api à Investigaçã Científica e Tecnlógica (SAICT): Aquisiçã de instruments e equipament científic e técnic, imprescindíveis a prjet, cas sejam utilizads durante td seu temp de vida útil n prjet (subalínea iii) d nº 1 d artig 111º d RECI); 1

2 Amrtizações de instruments e equipament científic e técnic, imprescindíveis a prjet, quand períd de vida útil esteja cntid n períd de execuçã mas nã se esgtem n mesm (subalínea iv) d nº 1 d artig 111º d RECI). Cnsiderand que as atividades de I&D, pelas suas características e especificidades, determinam que a vida útil de equipaments específics usads n seu desenvlviment pssa ser diferente da que resulta quand a sua utilizaçã é nutr tip de atividades, s equipaments afets a desenvlviment da atividade de I&D sfrem, em regra, um desgaste superir a que nrmalmente crre cm a generalidade ds utrs equipaments uma vez que: esta atividade, para ser cmpetitiva e invadra, tem de se scrrer sistematicamente de equipaments de tp e vanguarda, sujeits a uma bslescência técnica muit mais acentuada, pr frça da rápida invaçã tecnlógica inerente a este tip de atividade; s equipaments estã sujeits a uma utilizaçã intensiva, que cntribui, de frma inequívca para seu desgaste rápid cm acentuar da velcidade da sua depreciaçã; acresce ainda desgaste anrmal que s bens destinads a investigaçã sfrem em virtude d aument significativ d númer de utilizações para testes e experimentaçã. Assim, atents s aspets nrmativs mais relevantes d Sistema de Nrmalizaçã Cntabilística para as Administrações Públicas (SNC-AP), cnfrme aprvad pel Decret-Lei n.º 192/2015, de 11 de setembr, sbre a plítica cntabilística aplicável a equipaments afets a atividades de I&D, a adtar pelas entidades nã empresariais d sistema de investigaçã e invaçã (ENESII), e tend em cnta a especificidade destes equipaments e cntabilizaçã da sua depreciaçã e definiçã da sua vida útil, fi slicitad parecer à Cmissã de Nrmalizaçã Cntabilística (CNC), nmeadamente quant à pssibilidade de utilizaçã de depreciações aceleradas. Da cnsulta resultu, que face a dispst ns nrmativs cntabilístic aplicáveis, cabe a órgã de gestã da entidade (de natureza pública u privada) definir a plítica cntabilística a aplicar as ativs fixs tangíveis. 2

3 Neste enquadrament a presente Orientaçã visa estabelecer uma base interpretativa e prcessual cmum, n âmbit ds apis cncedids a abrig d RECI, em matéria relativa à plítica cntabilística, aplicável as custs de depreciaçã/amrtizaçã ds equipaments afets às atividades de I&D em prjets desenvlvids pelas entidades nã empresariais d sistema de investigaçã e invaçã (ENESII). 2. Prcediments cntabilístics a adtar Os órgãs de gestã das ENESII, de natureza pública u privada sem fins lucrativs, pdem, cas entendam, adtar s seguintes prcediments, de acrd cm a legislaçã em vigr: a) Definiçã da vida útil d equipament: As depreciações sã calculadas, quand ativ estiver dispnível para us, de uma frma cnsistente de períd para períd, numa base dudecimal, de acrd cm as vidas úteis estimadas. Para este efeit, e desde que nã se mstrem cntrárias às estimativas d órgã de gestã da ENESII, sã tidas em cnsideraçã as vidas úteis das tabelas de referência, nmeadamente: ENESII de natureza pública: classificadr cmplementar 2 Cadastr e vidas úteis ds ativs fixs tangíveis, intangíveis e prpriedades de investiment e enquant vigrarem s plans de cntas setriais, a Prtaria N.º 671/2000, de 17 de abril (CIBE); e ENESII de natureza privada: as tabelas anexas a Decret-Regulamentar nº 25/2009, de 14 de setembr, cm as suas psterires alterações. Cas nã sejam adtadas estas tabelas de referência órgã de gestã da ENESII terá que justificar, casuisticamente, as razões que explicam uma eventual diminuiçã d temp de vida útil, em funçã d us esperad para equipament em cncret face às características e a períd de execuçã da peraçã, n âmbit da qual equipament é apiad. b) Determinaçã d métd de depreciaçã: 3

4 Utilizaçã d métd das qutas degressivas (u d sald decrescente) para ativs fixs tangíveis que estejam especificamente afets a atividades de I&D. A sua adçã fundamenta-se n fact da investigaçã e desenvlviment envlver de frma sistemática a utilizaçã de equipaments bastante invadres, sujeits a uma bslescência técnica acentuada, send que, neste cas, benefíci ecnómic btid cm esse ativ ns primeirs ans da sua vida útil é mair face a btid ns últims ans, em que s efeits da bslescência sã mais acentuads. Esta pçã para este tip de equipaments permitirá, assim, ajustar ritm de depreciaçã a nível de utilidade que a ENESII cnsegue bter a lng da vida útil d bem. 3. Requisits de Elegibilidade Para efeits de elegibilidade da despesa devem verificar-se as seguintes cndições: A definiçã pr parte ds órgãs de gestã das ENESII da plítica cntabilística a adtar para s equipaments afets a atividades de I&D, incluind aspets que se apliquem a tiplgias de equipaments (p.e., aplicaçã de métd das qutas degressivas apenas para equipaments afets a atividades de I&D), tal cm previst n nrmativ cntabilístic. A cmpetência para estimar a vida útil ds equipaments e definir métd de depreciaçã aplicável cabe a órgã de gestã da ENESII e devem, quer a estimativa da vida útil, quer métd de depreciaçã, ser validads pel respetiv Revisr Oficial de Cntas (ROC), u quand aplicável, Cntabilista Certificad (CC). N recnheciment cntabilístic cm gast das despesas a imputar a prjet, atentas as nrmas cntabilísticas aplicáveis, deve ser respeitada a cnsistência na aplicaçã de regras u princípis para a definiçã de métds de depreciaçã, bem cm n apurament da vida útil u da taxa anual de depreciaçã. Cas órgã de gestã da ENESII entenda que a alteraçã destes princípis se revela necessária para que a infrmaçã financeira traduza uma imagem real e aprpriada da psiçã financeira da entidade e das respetivas alterações d desempenh financeir e ds fluxs de caixa, as alterações devem ser cntabilizadas cm uma alteraçã de uma estimativa cntabilística, ist é, prspectivamente. Neste cntext, pdend a validaçã de despesa ser anterir a fech de cntas de um determinad an civil, deve órgã de gestã da ENESII indicar a Organism Intermédi (OI) / Autridade de Gestã (AG) qual 4

5 métd de depreciaçã que pretende adtar para cálcul das despesas imputáveis a prjet, devidamente validad pel respetiv ROC/CC, send que esta pçã tem naturalmente que ser cnsistente cm as práticas cntabilísticas da entidade adquirente ds equipaments. Ns cass em que a utilizaçã anual d bem nã cincida cm an civil, valr das depreciações a imputar à peraçã cfinanciada, deve ser prprcinal a n.º de meses utilizad na peraçã. 30 de nvembr de