ENFERMAGEM SAÚDE DA MULHER. Planejamento Familiar Parte 1. Profª. Lívia Bahia

Transcrição

1 ENFERMAGEM SAÚDE DA MULHER Planejament Familiar Parte 1 Prfª. Lívia Bahia

2 A atuaçã ds prfissinais de saúde, n que se refere a Planejament Familiar, deve estar pautada n Artig 226, Parágraf 7, da Cnstituiçã da República Federativa d Brasil, prtant, n princípi da paternidade respnsável e n direit de livre esclha ds indivídus e/u casais; 7º Fundad ns princípis da dignidade da pessa humana e da paternidade respnsável, planejament familiar é livre decisã d casal, cmpetind a Estad prpiciar recurss educacinais e científics para exercíci desse direit, vedada qualquer frma cercitiva pr parte de instituições ficiais u privadas.

3 Prjet de lei que regulamenta planejament familiar fi aprvad pel Cngress Nacinal e sancinad pela Presidência da República; A Lei estabelece que as instâncias gestras d Sistema Únic de Saúde (SUS), em tds s seus níveis, estã brigadas a garantir à mulher, a hmem u a casal, em tda a sua rede de serviçs, assistência à cncepçã e cntracepçã cm parte das demais ações que cmpõem a assistência integral à saúde;

4 Planejament familiar -> cnjunt de ações de regulaçã da fecundidade que garanta direits iguais de cnstituiçã, limitaçã u aument da prle pela mulher, pel hmem u pel casal; É pribida a utilizaçã das ações de planejament para qualquer tip de cntrle demgráfic;

5 Direits Reprdutivs: O direit das pessas decidirem, de frma livre e respnsável, se querem u nã ter filhs, quants filhs desejam ter e em que mment de suas vidas; O direit de acess a infrmações, meis, métds e técnicas para ter u nã ter filhs; O direit de exercer a sexualidade e a reprduçã livre de discriminaçã, impsiçã e vilência;

6 civil, idade u cndiçã física; Planejament Familiar Direits Sexuais: O direit de viver e expressar livremente a sexualidade sem vilência, discriminações e impsições, e cm ttal respeit pel crp d(a) parceir(a); O direit de esclher (a) parceir(a) sexual; O direit de viver plenamente a sexualidade sem med, vergnha, culpa e falsas crenças; O direit de viver a sexualidade, independentemente de estad

7 O direit de esclher se quer u nã quer ter relaçã sexual; O direit de expressar livremente sua rientaçã sexual: heterssexualidade, hmssexualidade, bissexualidade; O direit de ter relaçã sexual, independentemente da reprduçã; O direit a sex segur para prevençã da gravidez e de denças sexualmente transmissíveis (DST) e Aids; O direit a serviçs de saúde que garantam privacidade, sigil e um atendiment de qualidade, sem discriminaçã; O direit à infrmaçã e à educaçã sexual e reprdutiva;

8 Neste sentid, Planejament Familiar deve ser tratad dentr d cntext ds direits reprdutivs, tend, prtant, cm principal bjetiv garantir às mulheres e as hmens um direit básic de cidadania, previst na Cnstituiçã Brasileira: direit de ter u nã filhs/as; A atuaçã ds prfissinais de saúde na assistência à anticncepçã envlve, necessariamente, três tips de atividades: Atividades educativas Acnselhament Atividades clínicas

9 Atividades Educativas Acnselhament Atividades Clínicas Objetiv de ferecer à clientela s cnheciments necessáris para a esclha e psterir utilizaçã d métd anticncepcinal mais adequad; Prpiciar questinament e reflexã sbre s temas relacinads cm a prática da anticncepçã, inclusive a sexualidade; É entendid cm um "prcess de escuta ativa individualizad e centrad n indivídu; Pressupõe a capacidade de estabelecer uma relaçã de cnfiança entre s interlcutres; A idéia demarcada n acnselhament é a trca. Td e qualquer cntat da mulher cm s serviçs de saúde deve ser utilizad em benefíci da prmçã, prteçã e recuperaçã da sua saúde. A primeira cnsulta deve ser feita após as atividades educativas incluind: a anamnese, exame físic geral e gineclógic e análise da esclha e prescriçã d métd anticncepcinal.

10 Esclha d métd anticncepcinal Na decisã sbre métd anticncepcinal a ser usad devem ser levads em cnsideraçã s seguintes aspects: A esclha da mulher, d hmem u d casal; Características ds métds; Fatres individuais e situacinais relacinads as usuáris d métd;

11 Características ds métds: Eficácia; Efeits secundáris Aceitabilidade; Dispnibilidade; Facilidade de us; Reversibilidade; Prteçã à Denças Sexualmente Transmissíveis (DST) e infecçã pel HIV;

12 Eficácia Tds s métds anticncepcinais apresentam uma taxa de falha que é calculada cm númer de gestações nã desejadas entre s usuáris de um determinad métd anticncepcinal ns primeirs 12 meses de us; Dessa frma, duas taxas pdem ser encntradas para cada métd: uma mstra a taxa de falha entre s usuáris de uma frma geral de us, ist é, sem cnsiderar tdas as dificuldades que pssam ter sid encntradas durante us (us habitual). Outra taxa é aquela que leva em cnta apenas s usuáris que fizeram us crret e cnsistente d métd esclhid (us crret);

13 (Brasil, 2002)

14 Efeits secundáris A incuidade, u seja, a ausência de quaisquer efeits secundáris adverss, seria cndiçã ideal, ainda nã cnseguida ns anticncepcinais até s dias atuais; Determinads métds casinam mais efeits secundáris adverss que utrs, send direit da/ usuária/ ser crretamente infrmada/ a respeit dessas diferenças; O prfissinal de saúde deve estar capacitad para prevenir e tratar tais efeits, assim cm avaliar s riscs que us de determinads métds pssam acarretar à saúde.

15 Aceitabilidade; A aceitaçã d métd, grau de cnfiança que nele se tem, a mtivaçã para seu us e uma crreta rientaçã d prfissinal de saúde sã imprtantes fatres para sucess d métd esclhid; Pr utr lad, a inadaptaçã psiclógica e cultural a determinad métd pde ser a mair causa de seu fracass u de mudança para utr métd;

16 Dispnibilidade O acess gratuit as métds anticncepcinais é cndiçã fundamental para que a esclha d métd se realize livremente, sem restrições. Iss é imprtante cnsiderand-se que grande parte da ppulaçã nã tem cndiçã de pagar pel métd; Assim, nas situações em que a ferta de determinad métd nã seja pssível, é da mair imprtância cnsiderar seu cust, avaliand a pssibilidade da/ usuária/ arcar cm ele;

17 Facilidade de us De nada adiantará a indicaçã de um métd que tenha tdas as qualidades anterirmente descritas se sua utilizaçã fr difícil, cmplexa u nã assimilada pr grande parte da ppulaçã; A mair parte das dificuldades relacinadas a us d métd pdem ser reslvidas cm adequad suprte d prfissinal de saúde;

18 Reversibilidade O ideal é que s métds anticncepcinais sejam cmpleta e imediatamente reversíveis, e que uma vez interrmpid seu us, haja recuperaçã ttal da fertilidade crrespndente à faixa etária d/a usuári/a;

19 Prteçã à Denças Sexualmente Transmissíveis (DST) e infecçã pel HIV; Trna-se urgente estimular a prática da dupla prteçã, u seja, a prevençã simultânea das denças sexualmente transmissíveis, inclusive a infecçã pel HIV/AIDS, e da gravidez indesejada; Iss pde se traduzir n us ds preservativs masculin e feminin u na pçã de utilizá-ls em assciaçã a utr métd anticncepcinal da preferência d indivídu u casal;

20 Fatres individuais relacinads as usuáris d métd Cndições ecnômicas; Estad de saúde; Características da persnalidade da mulher e/u d hmem; Fase da vida; Padrã de cmprtament sexual; Aspirações reprdutivas; Fatres utrs, cm med, dúvidas e vergnha;

21 Critéris clínics de elegibilidade Devem ser utilizads para rientar /a usuári/a n prcess de esclha d métd anticncepcinal; 4 categrias que estabelecem a cnveniência u restriçã a us de um métd anticncepcinal (OMS):

22 Categria 1: O métd pde ser usad sem restriçã; Categria 2: O métd pde ser usad cm restrições. As cndições listadas na categria 2 significam que métd em questã pde ser utilizad cm alguma precauçã. Sã situações nas quais as vantagens de usar métd geralmente superam s riscs. Essas cndições fazem cm que métd nã seja a primeira esclha e, se usad, deve ser acmpanhad mais de pert; Categria 3: Os riscs decrrentes d seu us, em geral superam s benefícis d us d métd. Quand há uma cndiçã da categria 3 para um métd, este deve ser métd de última esclha e, cas seja esclhid, é necessári um acmpanhament rigrs da/ usuária/; Categria 4: O métd nã deve ser usad, pis apresenta um risc inaceitável.