UTILIZAÇÃO DA SILAGEM DE CANA-DE-AÇÚCAR PARA VACAS EM LACTAÇÃO

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1 UTILIZAÇÃO DA SILAGEM DE CANA-DE-AÇÚCAR PARA VACAS EM LACTAÇÃO Marcos Inácio Marcondes 1 ; Mateus Pies Gionbelli 2 ; Felipe Leite de Andrade 3 ; Rafael Alberto Vergara Vergara 3 ; Tadeu Eder da Silva 4 ; Eusébio Manuel Galindo Burgos 3 1 Professor adjunto, DZO/UFV, marcos.marcondes@ufv.br; 2 Doutorando em Zootecnia, DZO/UFV, mateus@zootecnista.com.br; 3 Mestrando em Zootecnia, DZO/UFV; 4 Graduando em Zootecnia, DZO/UFV INTRODUÇÃO Foi na Nova Guiné que o homem teve o primeiro contato com a cana-de-açúcar. De lá, a planta foi para a Índia e mais tarde para a Europa, sendo trazida para América por Cristóvão Colombo. A cana-deaçúcar é, talvez, o único produto de origem agrícola destinado à alimentação que ao longo dos séculos foi alvo de disputas e conquistas, mobilizando homens e nações. A planta que dá origem ao produto encontrou lugar ideal no Brasil. Durante o Império, o país dependeu basicamente do cultivo da cana e da exportação do açúcar. O Brasil é o maior produtor mundial de cana-de-açúcar e maior exportador de álcool e açúcar. De acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB), a produção de cana-de-açúcar na safra 2011/2012 deverá ser de 588,9 milhões de toneladas (5,6% menor do que a safra anterior). Deste total, cerca de 51% será destinado à produção de etanol e 49% à produção de açúcar. Não são encontradas informações sobre a quantidade de cana-de-açúcar produzida que é destinada à alimentação animal. O potencial do uso da cana-de-açúcar como alimento para ruminantes em regiões tropicais e temperadas já foi discutido em uma série de revisões (Chapman et al., 1964; James, 1975; Preston, 1977; Pigden, 1978; Valadares Filho et al., 2008), onde são encontrados relatos reportando o uso da cana-de-açúcar para alimentação de bovinos desde que é cultivada. No Brasil, os primeiros estudos utilizando a cana-de-açúcar como forragem só foram realizados em 1940, por Athanassof (1940), que a associou à mandioca e observou melhores resultados para mantença do que para a produção de leite. Em função da elevada capacidade de produção de matéria seca por unidade de área, a cana-de-açúcar ganha destaque na capacidade

2 244-1 st International Symposium of Dairy Cattle de fornecimento de energia para ruminantes, conforme pode ser visto em simulação realizada por Alzamánet al. (1998) (Figura 1). Figura 1 - Potencial calorífico como energia metabolizável estimado de alguns alimentos para ruminantes (adaptado de Alzamánet al., 1998). Com a implantação do Programa Nacional do Álcool (Pró-Álcool), na década de 70, a cultura da cana-de-açúcar recebeu grande incentivo no Brasil, resultando em avanço nas técnicas de cultivo e no lançamento de variedades com maior potencial de produção de biomassa e de açúcar. Por consequência, houve, também, a expansão da cultura para regiões tradicionais de pecuária e de produção de grãos, criando a oportunidade do seu uso no confinamento de bovinos de corte e leite. Devido à facilidade e à tradição de cultivo, a cana-de-açúcar é adotada como volumoso suplementar para a seca em bovinos, apresentando, sobretudo, vantagens competitivas em relação a outras fontes forrageiras. A cana-de-açúcar é tida como uma das opções mais interessantes para minimização dos custos de rações para ruminantes e maximização da projeção da receita líquida na atividade (Nussio et al., 2002). A alta produtividade de massa verde (80 a 120 t/ha), o baixo custo por unidade de matéria seca (MS), a manutenção do valor nutritivo até seis meses após a maturação e o período de colheita coincidente com o período de escassez de forragem nas pastagens

3 III Simpósio Nacional de Bovinocultura de Leite (Silva, 1993), aliados à facilidade de obtenção de mudas e plantio, e à possibilidade de atingir taxas de ganhos de peso razoáveis, têm atraído os pecuaristas para a utilização da cana-de-açúcar como alimento volumoso para bovinos (Tabelas 1 e 2). Tabela 1 - Avaliação do potencial de utilização de cana-de-açúcar in natura na alimentação de vacas leiteiras Referência Relação % cana CMS Produção de leite V:C na dieta (%PV) (kg/dia) Pires (1999) 50:50 50:50 50:50 12, , ,6 18,1 14,8 Fernandes et al. (2001) 72: ,28 10,1 Sousa et al. (2002) 60:40 60:40 60: ,77 3,11 3,01 18,6 19,7 20,6 Magalhães et al. (2004) Mendonça et al. (2004) Costa et al. (2005) Santos et al. (2006) 60:40 60:40 60:40 60:40 50:50 60:40 50:50 40:60 43,4:56,6 41,5:58,5 39,5:60, ,4 41,5 39,5 3,51 3,44 3,27 2,9 3,1 2,7 3,0 3,3 2,73 2,82 2,76 25,0 24,4 21,4 19,0 20,1 16,9 18,8 19,8 22,4 22,6 22,4 Um dos principais problemas da utilização da cana-de-açúcar in natura na alimentação de ruminantes é a necessidade da colheita diária. A produção de silagem de cana-de-açúcar resolve esse problema, pois permite a racionalização da mão-de-obra, através da concentração do processo de corte da cana em uma determinada época do ano ou período de tempo, a maior facilidade de manejo diário na fazenda e a maximização da utilização de maquinário. Os primeiros relatos da produção de silagem de cana-de-açúcar para alimentação de bovinos são da década de 30, nos Estados Unidos, como volumoso para alimentar o rebanho bovino durante o inverno na região da Flórida (Kirk e Crown, 1942). No Brasil, as informações são bastante escassas, sendo os primeiros trabalhos científicos com silagem de cana-de-açúcar oriundos do final da década de 90 (Andrade et al., 1999ab).

4 246-1 st International Symposium of Dairy Cattle Tabela 2 - Avaliação do potencial de utilização de cana-de-açúcar in natura na alimentação bovinos de corte Referência Sexo 1 Relação V:C Fernandes et al. (2007) Babilônia (1999) Aferriet al. (2005) Rodrigues et al. (1994) Fernandes et al. (2006) Silva et al. (2006) Rangel et al. (2005) FE MC MI MI MI MI MI MC MC MC MI MI MI FE MC MI MI MI MI FE FE FE 40:60 40:60 40: :81 19:81 19: :60 40:60 40:60 20:80 40:60 60:40 45:55 60:40 75:25 % cana na dieta FE = fêmeas; MC = machos castrados; MI = machos não castrados. CMS (%PV) 2,19 2,27 2,37 2,47 2,50 2,48 2,51 2,45 2,08 2,29 2,40 2,30 2,20 2,19 2,27 2, GMD (kg/dia) 1,32 1,30 1,65 0,998 1,005 0,957 0,914 1,169 1,107 1,204 0,832 0,823 0,599 1,32 1,30 1,65 1,128 0,908 1,063 0,802 0,657 0,601 Neste capítulo serão abordados os principais aspectos relacionados à produção de silagem de cana-de-açúcar e sua utilização para vacas em lactação; desde os motivos que levam à ensilagem da cana-de-açúcar, o efeito dos aditivos comumente utilizados sobre a qualidade da silagem e os relatos de trabalhos avaliando o desempenho de vacas de leite consumindo silagem de cana-de-açúcar. PORQUE PRODUZIR SILAGEM DE CANA-DE-AÇÚCAR A alta produtividade da cana-de-açúcar e a coincidência do seu ponto de amadurecimento (maiores teores de açúcar na matéria seca) com a época de menor produtividade das pastagens fazem com que a mesma seja uma boa opção de forragem in natura para uso na seca. Entretanto, fatores como excesso de produção ou disponibilidade de mão-de-obra e máquinas para o seu corte diário, podem favorecer a

5 III Simpósio Nacional de Bovinocultura de Leite decisão pela ensilagem, apesar da menor digestibilidade e consumo da cana ensilada, quando comparada com a cana in natura (Thiago & Vieira, 2002). A ensilagem da cana-de-açúcar é uma técnica que permite que grandes áreas sejam cortadas em um curto espaço de tempo, na época em que a cana apresenta seu maior valor nutritivo, coincidindo ainda com a estação do ano mais propícia à movimentação de máquinas no campo (Ferreira, 2004). Nos casos de incêndios acidentais dos canaviais e da ocorrência de geadas, a ensilagem da cana pode ser ainda a única forma de evitar perda total da forragem. Nessas situações, se a utilização da cana não for feita de forma rápida, as reações químicas provocadas pelas geadas ou queimadas modificarão a qualidade da cana, provocando queda rápida e irreversível de sua qualidade. A sobra de cana-de-açúcar ao final da estação seca pode gerar um excedente de forragem, uma vez que as pastagens e capineiras têm seu crescimento acelerado com o início da estação das águas. No início do período das águas é comum observar também alto índice de tombamento nos talhões, tornando dificultoso o corte da cana-de-açúcar em épocas chuvosas. Esse problema foi relatado inclusive em outros países (Preston et al., 1976), e junto com a observação de maior valor nutritivo da cana-de-açúcar quando atinge a maturidade (Alvarez & Preston, 1976; Banda & Valdez, 1976), motivaram precursores para o desenvolvimento de estudos com produção de silagem de cana-deaçúcar em países de clima tropical (Preston et al., 1976). A utilização da cana-de-açúcar in natura fora do período de safra também sofre restrições pela baixa qualidade nutricional que a forragem apresenta, em virtude do baixo teor de sacarose (Matsuoca e Hoffmann, 1993). Além disso, a utilização dessa forrageira em grandes propriedades fica impossibilitada, uma vez que o tempo e mão-de-obra necessária para colheita de grandes quantidades de cana-de-açúcar fresca prejudicaria o manejo regular das mesmas. Quando comparados os custos de produção da silagem de canade-açúcar em relação à utilização de cana-de-açúcar in natura, observam-se maiores custos com a ensilagem. Numa simulação realizada em 2010 (Amaral & Bernardes, 2010), foi observado um custo de R$ 66,60 para cada tonelada de matéria verde de silagem de canade-açúcar sem aditivo e R$ 37,50 para cada tonelada de matéria verde de cana in natura cortada manualmente. De acordo com os autores, a

6 248-1 st International Symposium of Dairy Cattle utilização de aditivos microbiológicos, cal e uréia, pode reduzir em cerca de 10% os custos de produção da silagem de cana-de-açúcar, pelo fato de reduzirem as perdas de matéria verde. Os maiores custos observados para a silagem de cana-deaçúcar, se comparada à cana in natura, ocorrem em função de dois fatores principais: as perdas de matéria seca que ocorrem no processo de ensilagem e os custos com maquinário, mão-de-obra e enlonamento para o processo de ensilagem. Em função dos fatos observados, a ensilagem de cana-deaçúcar mostra-se como uma opção estratégica na produção de volumosos. Se por um lados são observados maiores custos em relação à cana in natura, por outro lado se observam algumas vantagens, como, por exemplo: o talhão da cana poderá ser manejado de forma homogênea, ou seja, as práticas agronômicas serão realizadas no mesmo período de tempo, de forma a colher-se a cana para a ensilagem no melhor ponto, além da inexistência da necessidade do corte diário da cana-de-açúcar. Esses fatores tem feito com que a prática da ensilagem de cana-de-açúcar tenha ganhado espaço entre produtores nos últimos anos, de forma que algumas empresas passaram a produzir aditivos específicos para produção de silagem de cana-de-açúcar. Esses fatos tem incentivado experimentos com silagem de canade-açúcar em diversas regiões do país. Entretanto, apesar da grande quantidade de trabalhos com silagem de cana-de-açúcar desenvolvidos nos últimos anos, poucas vezes se observa a avaliação do desempenho animal, principalmente vacas de leite, recebendo silagem de cana-deaçúcar. O PROCESSO DE ENSILAGEM Silagem pode ser definida como uma forragem úmida, sem ar e preservada por fermentação. Essa fermentação é realizada por bactérias que agem principalmente sobre açúcares, amido e celulose da forragem picada. As bactérias se alimentam de carboidratos na forragem picada e rapidamente produzem ácido lático e acético, principalmente (Harris Jr., 2003). Preservar culturas forrageiras de alto teor de umidade pode apresentar problemas, por isso é ideal que a forragem verde contenha em torno de 30 a 40% de matéria seca no momento da ensilagem (Hawkinset al., 1970; McGuffey & Owens, 1979).

7 III Simpósio Nacional de Bovinocultura de Leite Num processo normal de colheita de forragem, esta é frequentemente de qualidade inferior ao material disponível para a colheita, devido às condições de chuva, problemas mecânicos, colheita em época errada, entre outros. Da mesma forma, a silagem produzida não apresentará a mesma qualidade do material colhido. Todo processo de conservação de forragens implica em perdas de qualidade e quantidade do produto original (nesse caso, cana fresca picada). O processo de ensilagem é normalmente dividido em cinco fases (Figura 2). As fases 1, 2 e 3 não são claramente definidas. A fase 1 corresponde ao período final de respiração das células vegetais, a produção de calor e dióxido de carbono. A fase 2 é importante pois é onde o meio é preparado para a diminuição do ph e início da fermentação. À medida que o ph torna-se menor, as bactérias produtoras de ácido acético diminuem rapidamente. Dessa forma, durante a fase 3, inicia-se a produção de ácido lático. Os primeiros dias da silagem também incluem a fixação da forragem no silo e o aumento das taxas de perda, que atingem o pico por volta do 5º dia (Harris Jr., 2003). A fase 4 geralmente começa 3 a 5 dias após a ensilagem, e requer de 15 a 20 dias para conclusão. O sucesso da produção de silagem é determinado durante esta fase. Há um aumento gradual do teor de ácido lático até a acidez se tornar alta (ph = 3,8 a 4,2), suficiente para cessar a ação bacteriana. A fase 5 representa a conservação da silagem durante um período indefinido. Se quantidades adequadas de ácido acético e lático forem produzidas durante as primeiras fases, a fase 5 é apenas um período no qual a silagem permanece constante (Harris Jr., 2003).

8 250-1 st International Symposium of Dairy Cattle Fase 1 Respiração celular Produção de CO2 Produção de calor 21 ºC 8,0 Fase 2 Produção de ácido acético 33 ºC Fase 3 Início da produção de ácido lático FERMENTAÇÃO ACÉTICA 4,2 Temperatura Fase 4 Fermentação acética ph 29 ºC 4,0 3,8 FERMENTAÇÃO LÁTICA Fase 5 Depende das fases anteriores Se quantidades suficientes de ácido acético e lático forem produzidas nas fases anteriores, a silagem permanece constante nesse período Pouco ácido provoca aumento da decomposição, redução da palatabilidade e possível deterioração Taxa de perda IDADE DA SILAGEM (dias) Figura 2 - Fases da produção de silagem (adaptado de Harris Jr, 2003). O sucesso do processo de ensilagem está intimamente associado ao ph da forragem fermentada. A formação de ácidos acético e lático, bem como a presença de amônia e aminas, pode também influenciar o ph. Em geral, um ph final de 3,5 a 4,5 é necessário para um bom armazenamento da silagem. Para ensilar a cana com sucesso, é importante observar a época do corte (deveria ser durante a seca, quando a cana está com altos teores de açúcar e matéria seca ao redor de 30%), a eficiência de corte da cana pelas máquinas (tamanho de partículas entre 2 e 5 cm), boa compactação no silo (de preferência usando trator) e fechamento do mesmo em três dias no máximo, usando-se lona plástica e cobrindo o silo com 10 a 20 cm de terra, garantindo com isto, uma total expulsão do ar (fermentação anaeróbica). Quantidades adequadas de carboidratos solúveis são necessárias nas forrageiras a serem ensiladas para que haja

9 III Simpósio Nacional de Bovinocultura de Leite fermentação adequada, pois é a partir desses carboidratos que o processo de ensilagem é iniciado e sustentado. Na presença de carboidratos solúveis, as bactérias produtoras de ácido lático multiplicam-se rapidamente, resultando na produção de ácido lático, ácido acético e CO 2 e etanol. Na cana-de-açúcar, as quantidades de carboidratos solúveis são muito altas. Esse teor de carboidratos solúveis favorece a produção de álcool e CO 2 através da rápida proliferação de leveduras. O excesso de etanol produzido causa perda de MS e reduz a palatabilidade da silagem. Esse problema não é observado na silagem de milho, uma vez que o milho possui somente de 3 a 4% de açúcares na matéria seca. Segundo Rooke & Hatfield (2003), a rota metabólica predominante das leveduras é a piruvato descarboxilase acetaldeído e a subsequente redução do acetaldeído a etanol. Essa rota fermentativa ocasiona perdas de 48,9% de matéria seca e 0,2% de energia. No entanto, nem todo etanol produzido estará presente na silagem no momento da alimentação dos animais (McDonald et al., 1991). Preston et al. (1976) constataram que a cana-de-açúcar ensilada sem aditivos apresenta fermentações alcoólicas e perda do valor nutritivo. Estes mesmos autores verificaram redução de cerca de 30% no conteúdo total de açúcares para a cana ensilada em relação à cana fresca, e teor alcoólico de 5,5% na matéria seca da silagem produzida. A Figura 3 mostra a evolução temporal das concentrações de carboidratos solúveis e etanol na silagem de cana-de-açúcar (Pedroso, 2003). Pode-se visualizar valores opostos para carboidratos solúveis e etanol, de forma que nos primeiros 15 dias de ensilagem, cerca de 85% dos carboidratos solúveis foram transformados em etanol. Há que se ressaltar também, que as quantidades de etanol mostradas na Figura 3 são oriundas de leveduras, não sendo considerado o etanol produzido por bactérias heteroláticas.

10 252-1 st International Symposium of Dairy Cattle Tempo de ensilagem (dias) Figura 3 - Evolução das concentrações de etano e carboidratos solúveis em água na silagem de cana-de-açúcar em função do tempo de ensilagem (Pedroso, 2003). Queda acentuada do ph (4,2 para 2,9) e redução dos valores de graus brix (13,8 para 9,0) foram observados por González & MacLeod (1976) quando ensilaram cana-de-açúcar pura. Esses autores observaram, também, produção significativa de ácido acético e etanol. Alii et al. (1982) verificaram que cerca de 50% da sacarose da cana fresca foi consumida por leveduras, produzindo álcool, sendo que o restante das perdas desse carboidrato teria ocorrido principalmente em função do consumo de açúcares durante a fase aeróbica pela respiração da planta e, em menor quantidade, pela produção de ácidos pelas bactérias anaeróbicas. Silva et al. (2008) fizeram um ensaio retirando níveis crescentes de carboidratos solúveis da cana-de-açúcar antes do momento de ensilagem para verificar as variações na produção de etanol na silagem. Para isso, prensaram a cana-de-açúcar moída para retirada do caldo e fizeram sua reconstituição nos níveis de 0, 50 ou 100% com água. A restituição resultou em níveis de 41,6, 34,0 e 23,0% de carboidratos solúveis com base na matéria seca. Após a abertura dos silos, esses autores observaram que a produção de etanol seria nula se a cana de

11 III Simpósio Nacional de Bovinocultura de Leite açúcar contivesse apenas 12,4% de carboidratos solúveis, com base na matéria seca (Figura 4). Porém, na maioria dos casos, quando a canade-açúcar é ensilada, os teores de carboidratos solúveis estão acima de 40%, provocando assim elevadas produções de etanol. Figura 4 - Relação entre as concentrações de carboidratos solúveis na planta de cana-de-açúcar (% da MS) e as concentrações de etanol na silagem (% da MS) (Silva et al., 2008). Num dos trabalhos pioneiros de avaliação do desempenho animal utilizando silagem de cana-de-açúcar em condições tropicais, James (1973) observou redução de um terço no consumo de matéria seca e redução no ganho de peso em bovinos alimentados com silagem de cana em comparação com cana in natura. O autor sugeriu que a redução do consumo tenha ocorrido pelo fato de que a produção de ácido acético na cana-de-açúcar ensilada teve um efeito negativo sobre o consumo voluntário. É possível, portanto, que os problemas atribuídos à ensilagem de cana-de-açúcar possam ser atribuídos para a produção de ácido acético e, principalmente, formação de grandes quantidades de álcool. É conhecido que, a fermentação de açúcares na presença de quantidades adequadas de nitrogênio produz menos álcool. Além disso, sugeriu-se que se o ph inicial do material ensilado for maior, haveria um favorecimento de bactérias, ao invés de leveduras (Preston et al., 1976). Uma fermentação controlada em condições anaeróbias poderia ser uma forma de melhorar o valor nutritivo da silagem, pelo aumento no

12 254-1 st International Symposium of Dairy Cattle conteúdo de proteína verdadeira (por crescimento microbiano) e concentração de ácido lático. Aumentos desse tipo podem ser observados quando milho é ensilado, com aumento do conteúdo de proteína na silagem, em relação à planta in natura (Henderson & Geasler, 1970). Em silagem de cana, porém, os resultados são contraditórios (Preston et al., 1976; Schmidt et al., 2007; Balieiro Neto et al., 2007; Santos et al., 2008). Em função desses problemas, uma série de trabalhos tem sido realizados, buscandoalternativas que controlem adequadamente a população e a atividade de leveduras, sem prejuízo a qualidade da silagem e desempenho animal. ADITIVOS NA ENSILAGEM DE CANA-DE-AÇÚCAR Segundo Nussio & Schmidt (2004), na ensilagem dacana-deaçúcar, a obtenção de resultados técnicos e econômicos positivos depende, invariavelmente, da escolha correta do aditivo a ser usado. Nesse sentido, resultados de estudos com vários aditivos químicos e bacterianos são encontrados na literatura na ensilagem de culturas como milho e sorgo. Além da produção de etanol, aqui já discutida, a fermentação por leveduras gera produção significativa de água, ATP e CO 2. Na ensilagem da cana-de-açúcar perdas por gases tem muita importância, pois são altamente correlacionadas ao teor de etanol (90,3%) e à recuperação de MS (89,3%) (Pedroso et al., 2005). O principal foco dos estudos com ensilagem de cana-de-açúcar é a busca de aditivos que, associados à ensilagem, inibam a fermentação alcoólica dessa forragem com vistas à redução dessas perdas (Nussio & Schmidt, 2004). Diversos aditivos químicos e biológicos têm sido avaliados para controlar perdas na ensilagem. Além disso, a associação entre aditivos químicos e biológicos, e associações entre aditivos do mesmo tipo também tem sido realizadas. Com o objetivo de avaliar o efeito do uso de aditivos químicos, biológicos ou associação com outros alimentos, um banco de dados independente foi construído com base em trabalhos encontrados na

13 III Simpósio Nacional de Bovinocultura de Leite literatura nacional. Foram utilizados 59 trabalhos, publicados entre 1999 e Uma avaliação descritiva sobre o uso de aditivos na ensilagem de cana-de-açúcar é apresentada na Tabela 3, onde podem ser verificados os ganhos obtidos com o uso de aditivos na ensilagem de cana-de-açúcar, tanto para composição química como para parâmetros fermentativos. Tabela 3 - Efeito da utilização de aditivos químicos, biológicos ou da associação com outros alimentos sobre a composição química e parâmetros fermentativos da silagem de cana-de-açúcar Item 1 Silagem de cana-deaçúcar Silagem de cana-de-açúcar com aditivos químicos Silagem de canade-açúcar com aditivos biológicos Silagem de canade-açúcar associada com outros alimentos n MS 24,5 26,2 25,9 29,8 MO 95,5 92,8 94,9 94,1 PB 3,31 5,96 3,43 6,61 EE 1,84 1,55-7,40 FDN 65,6 59,9 64,8 52,8 CNF 17,8 21,7 21,3 21,6 LIG 7,53 7,84 8,72 6,53 DIVMS 46,6 53,5 48,6 70,6 ph 3,53 3,99 3,45 3,68 N-NH 3 4,53 11,6 7,10 5,08 Etanol 7,24 4,73 7,06 5,93 Leveduras 4,95 5,01 4,51 3,00 1 n = número de médias de tratamentos consideradas (valor válido para matéria seca); MS = matéria seca; MO = matéria orgânica; PB = proteína bruta, EE = extrato etéreo, FDN = fibra em detergente neutro, CNF = carboidratos não-fibrosos, LIG = lignina, DIVMS = digestibilidade in vitro da matéria seca, N-NH 3 = nitrogênio amoniacal. 1 Almeida Filho e Oliveira (2011); Alves et al. (2010); Bergamaschine et al. (2010a); Bergamaschine et al. (2010b); Carnevalli et al. (2010); Carvalho et al. (2010a); Carvalho et al. (2010b); Fabris et al. (2010); Fernandes et al. (2010); Franzói et al. (2010); Lopes et al. (2010); Oliveira et al. (2010); Rabelo et al. (2010); Ribeiro et al. (2010); Roth et al. (2010); Schmidt et al. (2010); Siqueira et al. (2010); Van Cleef et al. (2010); Amaral et al. (2009); Valeriano et al. (2009); Ávila et al. (2008); Mendes et al. (2008); Santos et al. (2008); Sousa et al. (2008); Balieiro Neto et al. (2007); Bernardes et al. (2007); Ferreira et al. (2007); Pedroso et al. (2007); Pontes (2007); Santos (2007); Schmidt et al. (2007); Siqueira et al. (2007a); Siqueira et al. (2007b); Bravo-Martins et al. (2006); Freitas et al. (2006a); Freitas et al. (2006b); Pedroso et al. (2006); Queiroz (2006); Santos et al. (2006); Balieiro Neto et al. (2005); Ezequiel et al. (2005); Ferreira (2005); Oliveira et al. (2005); Roth et al. (2005); Siqueira et al. (2005a); Siqueira et al. (2005b); Sousa et al. (2005); Freitas et al. (2004); Pedroso (2003); Pinto et al. (2003); Evangelista et al. (2002a); Evangelista et al. (2002b); Lima et al. (2002a); Lima et al. (2002b); Molina et al. (2002); Silveira et al. (2002); Andrade et al. (2001); Andrade et al. (1999a); Andrade et al. (1999b).

14 256-1 st International Symposium of Dairy Cattle Aditivos Químicos Aditivos químicos na ensilagem de cana-de-açúcar têm sido utilizados com vários propósitos. São observadas várias tentativas de encontrarem aditivos e doses que propiciem a produção de silagem de cana-de-açúcar com poucas perdas e com alta qualidade nutricional. São encontrados dados para os seguintes produtos: hidróxido de sódio (NaOH), benzoato de sódio, sorbato de potássio, cal (CaO), calcário (CaCO 3 ), gesso agrícola (CaSO 4 ), sal comum (NaCl), ácido propiônico, ácido fosfórico, ácido fórmico,uréia, amiréia, zeolita e sulfato de amônio. O NaOH tem sido utilizado com o objetivo de aumentar o ph inicial da cana-de-açúcar no momento da ensilagem, uma vez que sugere-se que valores de ph inicial maiores favoreçam a prevalência de bactérias, enquanto que menores valores de ph favoreceriam as leveduras (Preston et al., 1976). Outro objetivo da utilização do NaOH na ensilagem de cana-de-açúcar é a hidrólise de carboidratos fibrosos, tornando assim maior o teor de carboidratos não fibrosos e aumentando a digestibilidade do produto final. Os primeiros trabalhos com NaOH como aditivo para a ensilagem iniciaram-se no final da década de 70 e 80 (Castrillón et al.,1978; Alcântara, 1989) e envolviam a utilização de hidróxido de sódio na ensilagem da cana-de-açúcar. Segundo esses autores, autilização de NaOH reduzia significativamente a produção de etanol e os teores de FDN, e resultava em silagens com maior ph e maior teor de ácido lático, cinzas e carboidratos solúveis. Alguns agentes germicidas utilizados na indústria de alimentos, como o benzoato de sódio e o sorbato de potássio, têm sido utilizados como aditivos para silagens (Pedroso, 2003). O benzoato de sódio possui ação específica contra leveduras (Warth, 1998). São observados resultados favoráveis à utilização de benzoato de sódio na ensilagem de gramíneas, com redução da população de leveduras (Lättemäe & Lingvall, 1996). Os ácidos sórbico e benzóico foram avaliados em laboratório por Woolford (1975), onde o ácido sórbico, na forma de sorbato de potássio, mostrou poder inibidor sobre clostridia, leveduras e mofos. O ácido benzóico, na forma de benzoato de sódio, foi altamente eficiente contra clostridia, porém precisou ser aplicado em altas concentrações para ser efetivo contra leveduras. No Brasil, poucos estudos foram realizados com esses aditivos, principalmente devido ao alto custo dos mesmos, impossibilitando sua adoção pela maioria dos produtores.

15 III Simpósio Nacional de Bovinocultura de Leite A cal (CaO), ou óxido de cálcio, possui efeito semelhante ao NaOH, e é utilizada com objetivo de reduzir os constituintes da parede celular por hidrólise alcalina e contribuir para a preservação de nutrientes solúveis por inibir o desenvolvimento de leveduras que atuam sobre a massa ensilada, amenizando a perda de valor nutritivo durante a ensilagem e após a abertura do silo (Balieiro Neto et al., 2007). O calcário (CaCO 3 ), assim como o gesso agrícola (CaSO 4 ) são utilizados na silagem de cana-de-açúcar também como agentes alcalinizantes, atuando de forma semelhante ao CaO e ao NaOH. O início da utilização do calcário em silagens se deu nos Estados Unidos, nos anos 60, em combinação com a uréia (Klostermanet al., 1960; Simkinset al., 1965; Johnson et al., 1967). Sugere-se que o calcário seja eficiente em melhorar a fermentação e a aceitabilidade das silagens (Essig, 1968). O uso do sal comum na ensilagem de cana-de-açúcar é recente, e os resultados observados não demonstram eficácia de sua utilização (Rabelo et al., 2010), de forma que este não pode ainda ser considerado um aditivo eficiente para melhorar a ensilagem de cana-de-açúcar. Ácidos orgânicos ou inorgânicos fracos, como o ácido propiônico e o ácido fosfórico, respectivamente, também têm sido sugeridos como aditivos para ensilagem de cana-de-açúcar, atuando como antimicrobianos e acidificadores, sendo também utilizados como diminuidores da atividade das leveduras (Carvalho et al., 2010, Van Cleef et al; 2010). A uréia é associada à ensilagem de cana-de-açúcar como forma de melhorar o padrão de fermentação e o teor de proteína bruta. É proposto que a adição de uréia possa aumentar também o teor de proteína verdadeira na silagem, por reduzir a proteólise da planta (Buchanan-Smith, 1982). O uso da uréia na ensilagem da cana-de-açúcar no Brasil foi estudado por Schmidt et al. (2004) e Pedroso et al. (2007), não sendo observada tendência definida da utilização desse aditivo quanto a redução de perdas ocasionadas por leveduras. Pedroso et al. (2007) observaram redução das perdas de matéria seca de 18,2% (controle) e de até 6,56% nas silagens com 1,5% de uréia. No entanto, não houve efeito sobre o teor de etanol das silagens. Todavia, no estudo de Schmidt et al. (2004), usando a dose de 0,5% de uréia comparada à silagem controle, não foi verificada diferença em relação às perdas de matéria seca, sendo os resultados encontrados de 31,6 e 30,2% nas silagens controle e tratadas com 0,5% de uréia, respectivamente.

16 258-1 st International Symposium of Dairy Cattle A adição de uma fonte de amido na ensilagem de cana-deaçúcar junto com a uréia, na forma de amiréia, tem por objetivo induzir uma redução da exigência de carboidratos solúveis, garantindo processo fermentativo satisfatório, impedindo o desenvolvimento de microrganismos indesejáveis e tornando a silagem de gramíneas tropicais um alimento de valor nutricional adequado e de baixo custo de produção (Balsalobreet al., 2001). Resultados positivos com o uso de amiréia foram observados (Lopes & Evangelista, 2010), porém, sem haver diferenças consideráveis em relação ao tratamento com a mesma quantidade de uréia. Uma avaliação descritiva da utilização dos principais aditivos químicos na ensilagem de cana-de-açúcar é apresentada na Tabela 4. Os dados apresentados levam em consideração apenas médias de tratamentos nas quais os aditivos foram utilizados de forma pura, sem associação a outros aditivos ou alimentos. Pode ser observado (Tabela 4) que os aditivos químicos mais tradicionais, como os alcalinizantes (NaOH, CaO, CaCO 3 ) e a uréia, proporcionam bons resultados na ensilagem de cana-de-açúcar, quando comparados à silagem não aditivada. Esses aditivos reduzem o teor de carboidratos fibrosos da silagem, por meio de hidrólise, resultando em maiores estimativas da digestibilidade da matéria seca, realizada por meio da digestibilidade in vitro. É possível que enquanto o NaOH, a CaO e o CaCO 3 tem ação química sobre a parede celular, a adição de uréia durante a ensilagem da cana-de-açúcar promove um maior crescimento bacteriano, tendo como consequência uma maior degradação da FDN até a estabilização da silagem. Acentuada redução nos teores de etanol com o uso de NaOH, CaO, CaCO 3 e uréia pode também ser observada. Além disso, os maiores teores de matéria seca nas silagens com estes aditivos são de grande importância, uma vez que com a redução nas perdas de matéria seca, o custo das silagens aditivadas fica menor do que o das silagens sem aditivos (Amaral e Bernardes, 2010), além de haverem também ganhos na composição bromatológica. A ensilagem de cana-de-açúcar aditivada com NaOH, CaO, CaCO 3 e uréia produz bons resultados, e o uso desses aditivos parece estar consolidado. Quanto ao uso de gesso agrícola (CaSO 4 ), benzoato de sódio, ácido propiônico, sorbato de potássio e amiréia, são necessários ainda maiores estudos para que esses compostos possam ser efetivamente utilizados por produtores.

17 III Simpósio Nacional de Bovinocultura de Leite Tabela 4 - Efeito da utilização de alguns aditivos químicos sobre a composição química e parâmetros fermentativos da silagem de cana-de-açúcar Item 1,2 n 3 Composição química (%) 4 MS MO PB FDN FDA LIG N-NH 3 ph Etanol DIVMS Controle 24,1 94,8 2,80 69,6 44,7 9,11 5,55 3,53 9,87 43,9 NaOH(0,5 4%) ,8 90,6 2,93 53,4 38,1 7,93 6,77 4,43 5,20 63,0 (%) 7% -4% 5% -23% -15% -13% 22% 25% -47% 44% Controle 23,1 95,7 3,83 64,7 40,2 6,11-3,51 5,84 53,2 CaO(0,5 2%) ,0 90,4 2,91 54,9 34,4 6,66-4,29 0,81 72,1 (%) 21% -6% -24% -15% -14% 9% - 22% -86% 36% Controle 28,3 96,4 3,95 67,6 43,3 7,40-3,44 4,62 48,7 CaCO 3 (1 1,5%) ,1 94,4 3,04 55,3 35,6 5,55-3,70 1,46 60,2 (%) 13% -2% -23% -18% -18% -25% - 8% -68% 24% Controle - 98,2 3,98 7,1 43, ,40 4,78 48,7 CaSO 4 (1%) ,7 3,85 61,8 39, ,43 4,60 52,1 (%) - -4% -3% 770% -11% - - 1% -4% 7% Controle 26,6 94,6 2,95 70,5 45,8 7,41 2,57 3,65 6,89 42,5 Benzoato(0,05 0,2%) ,5 93,7 3,26 64,0 43,2 7,70 3,63 3,66 6,36 45,0 (%) 3% -1% 11% -9% -6% 4% 41% 0% -8% 6% Controle 24,4 94,7 3,47 67,3 44,8 7,06-3,58 5,35 46,2 Propionato(0,1-1%) ,4 93,8 3,62 63,8 42,9 7,66-3,63 5,70 47,6 (%) 0% -1% 4% -5% -4% 8% - 1% 7% 3% Controle 25,8 95,2 3,30 69,8 44,9 6,90-3,56 5,64 46,4 Sorbato K (0,02-0,03%) ,4 93,1 4,09 62,2 42,9 7,45-3,69 2,42 47,6 (%) 10% -2% 24% -11% -4% 8% - 4% -57% 3% Controle 22,0-2,75 69,6 39,6 5,07 4,35 3,43-46,5 Zeólita(0,5%) ,4-2,71 69,5 40,1 5,23 5,50 3,46-46,9 (%) -3% - -1% 0% 1% 3% 26% 1% - 1% Controle 23,2 95,1 4,98 71,8 41,5 11,90 2,06 3, Amiréia(1,5%) ,0 95,6 10,30 67,0 41,0 12,30 16,10 4, (%) 8% 1% 107% -7% -1% 3% 682% 13% - - Controle 25,2 95,2 3,29 69,4 44,8 7,78 3,03 3,61 7,00 42,8 Uréia (0,5%) 14 23,3 93,1 8,11 63,9 42,4 6,52 13,70 3,65 4,20 48,1 Uréia (1,0%) ,2 95,5 12,90 62,4 40,6 8,14 16,60 3,93 4,09 50,2 Uréia (1,5%) 14 28,4 95,6 14,40 62,7 41,9 8,68 19,40 4,80 3,47 49,3 média (%) 3% 0% 259% -9% -7% 0% 447% 14% -44% 15% 1 NaCl, ácido fosfórico e ácido fórmico não foram incluídos; 2 O número entre parênteses corresponde à quantidade de aditivo em % da matéria seca total do material ensilado; 3 Número de estudos avaliados; 4 MS = matéria seca, MO = matéria orgânica, PB = proteína bruta, FDN = fibra em detergente neutro, FDA = fibra em detergente ácido, LIG = lignina, N-NH 3 = nitrogênio amoniacal, DIVMS = digestibilidade in vitro da matéria seca; 5 Ribeiro et al. (2010);Siqueira et al. (2010);Pedroso et al. (2007);Siqueira et al. (2007a);Siqueira et al. (2007b);Freitas et al. (2006b);Ezequiel et al. (2005);Siqueira et al. (2005a);Siqueira et al. (2005b);Freitas et al. (2004);Andrade et al. (1999a); 6 Alves et al. (2010);Carvalho et al. (2010a);Carvalho et al. (2010b);Fabris et al. (2010);Fernandes et al. (2010); Franzói et al. (2010); Rabelo et al. (2010); Roth et al. (2010);Santos et al. (2008);Balieiro Neto et al. (2007);Pontes (2007);Santos (2007);Balieiro Neto et al. (2005); 7 Amaral et al. (2009);Santos et al. (2008);Santos (2007); 8 Santos et al. (2008);Santos (2007); 9 Siqueira et al. (2010);Bernardes et al. (2007); Pedroso et al. (2007); Schmidt et al. (2007);Siqueira et al. (2007a);Siqueira et al. (2007b);Siqueira et al. (2005a);Siqueira et al. (2005b);Pedroso (2003); 10 Pedroso et al. (2007);Pedroso (2003); 11 Pedroso (2003); 12 Ferreira et al. (2007);Molina et al. (2002); 13 Lopes et al. (2010); 14 Alves et al. (2010); Carnevalli et al. (2010); Franzói et al. (2010);Lopes et al. (2010);Oliveira et al. (2010);Ribeiro et al. (2010);Siqueira et al. (2010);Ferreira et al. (2007);Pedroso et al. (2007);Pontes (2007);Schmidt et al. (2007);Siqueira et al. (2007a);Siqueira et al. (2007b);Bravo-Martins et al. (2006);Pedroso et al. (2006);Queiroz (2006);Santos et al. (2006);Roth et al. (2005);Siqueira et al. (2005a);Siqueira et al. (2005b);Sousa et al. (2005);Pedroso (2003);Lima et al. (2002b);Molina et al. (2002);Andrade et al. (2001); Andrade et al. (1999b).

18 260-1 st International Symposium of Dairy Cattle O sal comum e a zeólita parecem não apresentar efeitos positivos na ensilagem de cana-de-açúcar, até porque os fundamentos da utilização destes compostos são contraditórios. Desta forma, é pouco provável que surjam estudos provando que o uso dos mesmos seja viável. Aditivos Biológicos A cana-de-açúcar in natura picada, assim como as demais forragens naturais, contém naturalmente muitos tipos de bactérias, chamadas bactérias epífitas, sendo algumas prejudiciais e outras benéficas ao processo fermentativo. A adição de um inoculante microbiano no processo de ensilagem visa acionar um rápido crescimento de bactérias produtoras de ácido lático, a fim de dominar a fermentação, produzindo uma silagem de qualidade. As principais bactérias utilizadas em inoculantes para silagens incluem: Lactobacillus plantarum, L. acidophilus, L. buchneri, Pediococcus acidilactici, P. pentacaceus e Enterococcus faecium.os inoculantes microbianos contêm geralmente uma ou mais dessas bactérias, que foram selecionadas por sua capacidade de dominar a fermentação. De forma geral, o uso de aditivos microbiológicos em silagens tem o objetivo de inibir o crescimento de microrganismos aeróbios (especialmente aqueles associados à instabilidade aeróbia, ex. leveduras e Listeria), inibir ocrescimento de organismos anaeróbios indesejáveis como enterobactérias e clostrídeos, inibir a atividade de proteases e deaminases da planta e de microrganismos, adicionar microrganismos benéficos para dominar a fermentação, formar produtos finais benéficos para estimular o consumo e a produção do animal e melhorar a recuperação de matéria seca da forragem conservada (Kung Jr. et al., 2003). A obtenção de sucesso no uso de aditivos microbiológicos em silagens depende da habilidade da bactéria inoculada de crescer rapidamente na massa de forragem ensilada, da presença de substrato adequado e da população de bactérias inoculadas em relação à população epífita da forragem. São necessárias aproximadamente 10 8 bactérias ácido láticas por grama de forragem para que o ph decline rapidamente. No entanto, essa concentração é muito superior à suprida pelos aditivos microbiológicos e, neste caso, o inoculante deve apresentar rápida taxa de crescimento na forragem recém armazenada (Muck, 1988).

19 III Simpósio Nacional de Bovinocultura de Leite Muitas vezes, no entanto, os inoculantes utilizados não propiciam a resposta esperada nas silagens (Zopollato et al., 2009). Algumas hipóteses para o insucesso da utilização de inoculantes em silagens são sugeridas por alguns autores (Muck & Kung Jr., 1997; Kung Jr. et al, 2003), e dentre elas destacam-se: a atividade competitiva de população epífita da planta originada a partir de cepas selvagens, o baixo teor de açúcares da forragem, os efeitos do antecedente histórico da cultura agrícola utilizada como fonte de forragem, excesso de oxigênio, extremos de atividade de água na massa ensilada, problemas na aplicação do produto. Em busca realizada na literatura nacional, foram encontrados resultados da utilização de seis diferentes tipos de cepas bacterianas na ensilagem de cana-de-açúcar, sendo elas: Lactobacillus plantarum (n = 15), L. buchneri (n = 22), L. paracasei (n = 1), L. brevis (n = 1), L. diolivorans (n = 1); Pediococcus (n = 3) e Propionibacterium adicipropionici (n = 2). Uma avaliação descritiva do efeito desses aditivos sobre a composição química da silagem de cana-de-açúcar é apresentada na Tabela 5. Outra avaliação, por meio de meta-análise, foi realizada para verificar o efeito de L. plantarum e L. buchneri sobre a composição química da silagem de cana-de-açúcar e é apresentada no próximo item desta revisão. Cabe ressaltar que os dados apresentados na Tabela 5 levam em consideração apenas o efeito do aditivo puro, sem associação com outros aditivos. É comum observar na literatura trabalhos que fazem uso da associação entre aditivos microbiológicos, químicos, ou ainda entre aditivos microbiológicos e químicos. Outro fato a ser ressaltado é que na compilação de dados apresentada na Tabela 5 não foi considerado o efeito da dose do aditivo microbiano utilizado. Embora diferenças consideráveis nas doses utilizadas possam ser observadas entre os trabalhos avaliados, autores que avaliaram o efeito de dose do inoculante para silagens de cana-deaçúcar não encontraram diferenças em nenhum dos parâmetros avaliados (Freitas et al., 2004; Oliveira, 2005; Freitas et al. 2006b). Taylor & Kung Jr. (2002), testando níveis de aplicação de L. buchneri em concentrações de 10 5 a 10 6 unidades formadoras de colônia (ufc)/gde forragem, constataram que níveis iguais ou superiores a 5 x 10 5 ufc/g foram suficientes no controle do desenvolvimento de leveduras e no aumento da estabilidade aeróbia de silagens de grãos úmidos de milho, sendo este nível o normalmente recomendado por fabricantes de inoculantes para silagens de cana-de-açúcar.

20 262-1 st International Symposium of Dairy Cattle Tabela 5 - Efeito da utilização de alguns aditivos microbianos sobre a composição química e parâmetros fermentativos da silagem de cana-de-açúcar Item 1 n 2 Composição química (%) 3 MS MO PB FDN FDA LIG N-NH 3 ph Etanol DIVMS Controle 25,6 94,4 3,08 68,4 43,6 7,60 6,55 3,52 7,60 45,9 L. plantarum ,3 93,7 3,55 63,0 41,4 8,70 7,39 3,43 12,69 50,6 (%) -5% -1% 15% -8% -5% 14% 13% -3% 67% 10% Controle 25,6 95,0 3,09 67,2 43,9 7,40 6,00 3,54 6,01 44,5 L. buchneri ,3 95,0 3,44 64,0 41,0 8,24 8,48 3,46 5,55 47,8 (%) 7% 0% 11% -5% -7% 11% 41% -2% -8% 7% Controle 28,6 94,8 3,60 60,4 37,9-11,00 3, L. paracasei ,4 94,5 4,20 66,8 37,8-10,50 3, (%) -1% 0% 17% 11% 0% - -5% -3% - - Controle 28,6 94,8 3,60 60,4 37,9-11,00 3, L. brevis ,5 94,7 4,00 60,0 33,1-7,30 3, (%) 0% 0% 11% -1% -13% - -34% 0% - - Controle 23,0 97,6 4,00 73,7 45, ,56 7,91 - L. diolivorans ,6 96,8 4,51 70,6 44, ,42 6,83 - (%) -6% -1% 13% -4% -2% % -14% - 1 Pediococcus e Propionibacterium adicipropionici não foram incluídos pois só foram encontrados estudos nos quais estes aditivos estavam associados a outros; 2 Número de estudos avaliados; 3 MS = matéria seca, MO = matéria orgânica, PB = proteína bruta, FDN = fibra em detergente neutro, FDA = fibra em detergente ácido, LIG = lignina, N-NH 3 = nitrogênio amoniacal, DIVMS = digestibilidade in vitro da matéria seca; 4 Almeida Filho e Oliveira (2011); Schmidt et al. (2010); Siqueira et al. (2010); Valeriano et al. (2009); Pedroso et al. (2007); Schmidt et al. (2007); Siqueira et al. (2007a); Siqueira et al. (2007b); Freitas et al. (2006a); Freitas et al. (2006b); Siqueira et al. (2005a); Siqueira et al. (2005b); Freitas et al. (2004); Pedroso (2003); Molina et al. (2002); 5 Almeida Filho e Oliveira (2011); Carnevalli et al. (2010); Carvalho et al. (2010a); Carvalho et al. (2010b); Siqueira et al. (2010); Valeriano et al. (2009); Ávila et al. (2008); Mendes et al. (2008); Santos et al. (2008); Sousa et al. (2008); Pedroso et al. (2007); Schmidt et al. (2007); Siqueira et al. (2007a); Siqueira et al. (2007b); Freitas et al. (2006a); Queiroz (2006); Oliveira et al. (2005); Siqueira et al. (2005a); Siqueira et al. (2005b); Sousa et al. (2005); Pedroso (2003); Molina et al. (2002); 6 Valeriano et al. (2009); 7 Valeriano et al. (2009); 8 Queiroz (2006). Conforme pode ser observado na Tabela 5, L. buchneri e L. plantarum são os inoculantes mais utilizados para a produção de silagens de cana-de-açúcar. Lactobacillus buchneri são bactérias heterofermentativas, que utilizam ácido lático e glicose como substrato para produção de ácido acético e propiônico, os quais são efetivos no controle de fungos, sob baixo ph (Muck, 2008). Oude Elferink et al. (2001) demonstraram a

21 III Simpósio Nacional de Bovinocultura de Leite capacidade do L. buchneri de degradar, em condições anaeróbias, ácido lático em ácido acético e 1,2-propanodiol, em quantidades equimolares. Vale ressaltar que a redução do ácido lático representa diminuição de substrato potencialmente fermentável por leveduras. No caso da silagem da cana-de-açúcar, esse efeito apresenta grande interesse durante o processo fermentativo e na pós-abertura. Ranjit & Kung Jr. (2000) estudaram a inoculação de L. buchneri na ensilagem de milho e avaliaram as características fermentativas e a estabilidade aeróbia dessas silagens. A inoculação com L. buchneri reduziu a população de leveduras na abertura dos silos de 6,05 (controle) para 2,02 log ufc/g de silagem, como resultado da maior concentração de ácido acético 3,6 (inoculada) vs 1,82% nas silagens não-inoculadas. Em virtude da menor população de leveduras, o ph das silagens tratadas com L. buchneri sofreu menores elevações, reduzidas perdas de carboidratos solúveis e de ácido lático e maior tempo para elevação da temperatura. O 1,2-propanediol, também formado ao longo da rota de transformação do ácido lático em ácido acético (Oude Elferink et al., 2001), pode ser convertido, por outros microrganismos, à ácido propiônico, que apresenta efeito anti-fúngico documentado (Driehuis et al., 1999). Além disso, outras substâncias anti-microbianas como bacteriocinas também podem ser produzidas por L. buchneri (Yildirim, 2001). Zopolatto et al. (2009), sugeriram que o L. buchneri seja capaz de produzir bons resultados para silagens de cana-de-açúcar, embora os resultados ainda sejam inconclusivos. Lactobacillus plantarum são bactérias homofermentativas, que caracterizam-se pela taxa de fermentação mais rápida, menor proteólise, maior concentração de ácido lático, menores teores de ácidos acético e butírico, menor teor de etanol, e maior recuperação de energia e matéria seca (Muck, 2008). Os resultados com L. plantarum para ensilagem de cana-de-açúcar no Brasil ainda são inconsistentes, embora esse microorganismo seja o mais utilizado na ensilagem de gramíneas tropicais. Já foi documentado, também, que o L. plantarum possa aumentar a produção de etanol nas silagens de cana-de-açúcar (Zopolattoet al., 2009), o que é prejudicial às mesmas. O gênero Propionibacterium é caracterizado pela produção dos ácidos acético e propiônico durante a fermentação de carboidratos solúveis e ácido lático (McDonald et al., 1991). Filya et al. (2004)

22 264-1 st International Symposium of Dairy Cattle estudaram a associação do Propionibacterium acidipropionici associado, ou não, ao L. plantarum na fermentação e na estabilidade aeróbia de silagens de trigo, de sorgo e de milho e observaram que o P. acidipropionici foi eficiente no controle do desenvolvimento de leveduras e fungos filamentosos nas fases de fermentação e de estabilidade aeróbia. A utilização de L. plantarum de forma isolada seria benéfica quanto ao período de fermentação (Kung et al., 2003), enquanto as bactérias do gênero Propionibacterium tiveram efeito pronunciado sobre a estabilidade aeróbia, em virtude do controle de levedurase fungos. Associação com outros alimentos A associação de alimentos secos à cana-de-açúcar para ensilagem tem por objetivo obter fermentação lática com pequena perda energética, em vez da fermentação alcoólica, mais frequentemente encontrada. Para obter isso, a adição de outros alimentos, geralmente farelos, visa gerar um composto com composição química inicial que favoreça um adequado processo fermentativo, além de melhorar o valor nutritivo da silagem. No banco de dados construído para a realização dessa revisão, foi encontrada a associação de vários alimentos à cana-de-açúcar para a ensilagem, sendo eles: milho desintegrado com palha e sabugo (rolão de milho ou MDPS), casca de café, casca de soja, polpa cítrica, farelo de trigo, farelo de soja, farelo de algodão, farelo de mandioca, milho grão moído, mandioca, resíduo de colheita de soja e planta inteira de soja. Uma avaliação da utilização destes alimentos na ensilagem de cana-de-açúcar é apresentada na Tabela 6. De forma geral, pode ser observado que a associação de outros alimentos na ensilagem de cana-de-açúcar proporciona elevação da matéria seca final da silagem, além de melhora no valor nutritivo (Tabela 6). O maior teor de matéria seca na silagem se deve a dois fatores: o aumento do teor de matéria seca do material a ser ensilado pela adição de alimentos secos e; a melhora do processo fermentativo, uma vez que a composição química do composto a ser fermentado é mais favorável à fermentação do que a cana-de-açúcar in natura. Os resultados mostrados na Tabela 6, apesar de em pequeno número, demonstram o potencial da utilização de alimentos secos na ensilagem de cana-de-açúcar. Por outro lado, há que se considerar também a maior necessidade de mão-de-obra para homogeneização do

23 III Simpósio Nacional de Bovinocultura de Leite material a ser ensilado, e o aumento dos custos de produção, uma vez que os alimentos farelados normalmente possuem maior custo do que a cana in natura. É importante ressaltar, também, que a ensilagem de um material de alta qualidade com a cana-de-açúcar proporcionará uma perda de qualidade e quantidade do material ensilado, podendo não ser vantajoso financeiramente, apesar na melhora geral da qualidade da silagem. Nesse sentido, a utilização de resíduo de colheita de soja, ou planta inteira de soja, podem ser alternativas interessantes, ficando, porém, seu uso restrito à disponibilidade dos mesmos.

24 266-1 st International Symposium of Dairy Cattle Tabela 6 - Efeito da associação de alguns alimentos sobre a composição química e parâmetros fermentativos da silagem de cana-de-açúcar Item 1,2 n 3 Composição química (%) 4 MS PB FDN FDA LIG N-NH 3 ph Etanol DIVMS Controle 24,7 3,81 63,6 46,3 7,20 8,09 3,74 6,90 24,7 MDPS (4-12%) ,4 3,88 56,6 40,8 7,20 5,89 3,50 6,40 28,4 (%) 15% 2% -11% -12% 0% -27% -6% -7% 15% Controle 27,2 2,08 58,1 54,0-3,27 3, Casca de café (4 12%) ,9 3,13 62,9 53,9-3,73 3, (%) 10% 50% 8% 0% - 14% 7% - - Controle 27,0 2,41 59,2 55,4-3,13 3, Polpa cítrica (4 45%) ,8 2,56 53,8 43,2-2,22 3, (%) 10% 6% -9% -22% - -29% 6% - - Controle 27,0 2,41 59,2 55,4-3,13 3, Farelo de trigo (4 12%) ,7 3,93 52,0 46,5-6,04 3, (%) 14% 63% -12% -16% - 93% 4% - - Controle 27,2 2,81 58,1 54,1-3,19 3, Farelo de soja (4 14%) ,2 5,82 47,5 41,2-4,47 3, (%) 22% 107% -18% -24% - 40% 10% - - Controle 27,1 2,71 58,3 55,3-3,02 3, Farelo de algodão (4 14%) ,8 6,23 53,7 45,5-6,40 3, (%) 25% 130% -8% -18% - 112% 4% - - Controle 20, ,90 3, Farelo de mandioca (7 28%) , ,30 3, (%) 47% % 0% - - Controle 21,7 3,67 62,6 38,9 8,50 9,90 3,35 14,50 57,6 Resíduo de colheita de soja(10%) ,2 11,03 50,5 32,1 6,55 4,87 3,71 4,93 70,6 (%) 35% 201% -19% -17% -23% -51% 11% -66% 23% Controle 24,0 3,39 68,8 41,6 6,10 10,40 3,40-24,0 Soja planta inteira (25 75%) ,1 13,40 49,9 32,9 5,77 8,25 4,10-28,1 (%) 17% 295% -27% -21% -5% -21% 21% - 17% 1 Casca de soja, milho grão moído e mandioca não foram incluídos por não haverem trabalhos com avaliação destes alimentos sem associação à outros aditivos, MDPS = milho desintegrado com palha e sabugo; 2 O número entre parênteses corresponde à quantidade do alimento em % da matéria seca total do material ensilado; 3 Número de estudos avaliados; 4 MS = matéria seca, PB = proteína bruta, FDN = fibra em detergente neutro, FDA = fibra em detergente ácido, LIG = lignina, N-NH 3 = nitrogênio amoniacal, DIVMS = digestibilidade in vitro da matéria seca; 5 Bernardes et al. (2007);Santos et al. (2006);Evangelista et al. (2002a);Andrade et al. (1999a); 6 Evangelista et al. (2002a);Lima et al. (2002a); 7 Evangelista et al. (2002a);Lima et al. (2002a);Silveira et al. (2002); 8 Lima et al. (2002a); 9 Evangelista et al. (2002b);Lima et al. (2002b); 10 Evangelista et al. (2002b); 11 Oliveira et al. (2010); 12 Freitas et al. (2006a);Freitas et al. (2006b);Freitas et al. (2004); 13 Alves et al. (2010);Bergamaschine et al. (2010a);Bergamaschine et al. (2010b);Franzói et al. (2010).

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