Avaliação de Projetos Sociais
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- Victorio Eger Morais
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1 Avaliação de Projetos Sociais Alice DiGam
2 h"p:// cores- sera- que- voce- enxerga- faca- o- teste- e- descubra/
3 Da Avaliação Quando tratamos de um projeto social com fim público, viabilizado pela abstenção ou pagamentos de impostos por parte de alguns ou ainda pela boa fé de outros, sem dúvida precisamos compreender o a abrangência da responsabilidade social das organizações em seu sentido mais amplo. Não basta ser organização para ser socialmente responsável. A sua responsabilidade é promover projetos ou promover projetos com qualidade? A sua responsabilidade é ser eficiente? Como saber o que de fato você vem desenvolvendo? A forma mais apropriada e pontual para responder estas perguntas é fazendo avaliação. E é por este motivo que a avaliação em projetos e programas sociais é tão importante.
4 Por quê Avaliar? Aos programas de políticas públicas cabe trabalhar a boa utilização dos recursos disponíveis para que fossem maximizados os lucros sociais e, simultaneamente, minimizados os dispêndios de recursos e tempo. Há uma nova realidade de gestão dos recursos. O uso eficiente deles significa manter a ideia de que é importante pensar e agir com qualidade, operar com custo mínimo atendendo o máximo possível da demanda.
5 O processo avaliativo leva a um auto-conhecimento, a uma estruturação de caráter ético, da técnica do setor administrativo e financeiro da organização. O exercício avaliativo pressupõe metas claras e, sobretudo, a IDONEIDADE, COMPETÊNCIA TÉCNICA E EXPERIÊNCIAS. AVALIAÇÃO
6 Do Avaliador Quem pode ser o avaliador e quais devem ser as suas competências? No Brasil, as universidades ainda não possuem programas e nem desenvolvem atividades stricto ou latto sensu que ofereçam formação profissional em avaliação Nos EUA esta discussão já está mais avançada; discute-se até a possibilidade da criação de categoria própria para este profissional, códigos de ética e conduta, mas esta influência ainda não chegou ao nosso país (WORTHEN et all, 2004). ü Deve conhecer metodologias de pesquisa; ü Deve possuir habilidade para negociação; ü Preferencialmente hábil para articulação de pessoas.
7 Avaliação Interna ou Externa? Gerente META Normalmente interessado nas metas pois responde à uma visão extratégica da ação. Tendência em alterar o resultado da ação. Corpo Tecnico LIVRE DE META Lida com o resultado alcançado pela ação muitas vezes de forma dissociada da visão extratégica da organização ORIENTAÇÕES para escolher o tipo de avaliação: Quem encomendou a avaliação? Quais os resultados que esperam dessa avaliação? O que se pretende saber? Quem vai receber os resultados? O que farão com os resultados? qual metodologia que melhor se aplica para o projeto em questão? qual será o tempo de sua execução? qual é o seu custo (valores referentes à reformas em equipamentos, aquisição de equipamentos, novas contratações etc.)?
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9 Geografia da Avaliação PROJETO FASE 1 FASE 2 FASE 3 Desenho Tomadas de decisão AVALIAÇÃO EX-ANTE/ DIAGNÓSTICO Implementação Execução AVALIAÇÃO DE MONITORAMENTO/ ACOMPANHAMENTO Término do Programa AVALIAÇÃO DE RESULTADOS/ IMPACTOS
10 O Espírito da Coisa O processo avaliativo em projetos sociais carrega consigo diversos componentes. Um bom processo avaliativo deve estar composto minimamente dos Es mais importantes para o sucesso dos projetos sociais: EFICIÊNCIA, EFICÁCIA e EFETIVIDADE, sem desprezar a tão importante, REPLICABILIDADE. eficiência eficácia efetividade Custo mínimo para o maior número e qualidade de beneficiários Em relação aos objetivos e metas Em relação as demandas sociais: sua capacidade de alterar as situações encontradas.
11 Método de Avaliação Formativo Os métodos mais interessantes são aqueles que capazes de permear todos os campos do projeto. Isto significa que a avaliação não pode ser compreendida como uma etapa do projeto, mas sim permeando todas as etapas deste projeto. É um exercício contínuo. Idealização Deliberação Plano Projeto Projeto Ex-ante Monitoramento Post-facto
12 Avaliação Ex-Ante Deve se antecipar ao projeto para conhecer o chamado ponto zero, que é o contexto anterior ao próprio projeto. Esse contexto envolve: uma situação problema, que está situada num contexto determinado e específico; um público-alvo com demandas e potencialidades a serem desenvolvidas; um determinado local com historicidade e contexto próprios; uma organização gestora; um projeto. Todos estes são conhecimentos necessários para mensurar a VIABILIDADE, COERÊNCIA e EXEQUIBILIDADE do projeto e ACEITABILIDADE e ENVOLVIMENTO por parte do público-alvo e comunidade.
13 Acompanhamento Avaliativo O acompanhamento avaliativo é um processo de MONITORAMENTO do projeto desde sua implantação, de forma que possibilite CORREÇÕES no decorrer da ação. Deve abranger: objetivos e o público alvo a que se destina a ação; capacidade de inovação e adequação às demandas; processos decisórios; flexibilidade e sagacidade para introduzir alternativas para maximizar os resultados e impactos do programa; coerência entre objetivos, estratégias e resultados; avanço no alcance da qualidade; otimização de recursos; percepção de disfunções.
14 Avaliação Post-Facto Processo avaliativo que compreende os RESULTADOS e IMPACTOS do projeto. ocorre após o término das ações do projeto; o momento de aplicação é definido pelo projeto, podendo ser realizado imediatamente após as ações ou após um determinado período, possibilitando a medição dos impactos a curto, médio ou longo prazo; podem sugerir alguma mudança ou redefinição do projeto; podem determinar efeitos líquidos atribuíveis, diretamente, ao projeto.
15 Métodos de Avaliação SOMATIVA Propsota para Pensar a verificação dos efeitos e resultados do projeto após a sua finalização: para pensar a continuidade do projeto. Público envovlido externo (dirigentes e consumidores). Objetivos valor ou mérito do programa. Fase do Projeto não necessariamente, mas ênfase no fim.
16 PARTICIPATIVA Propsota para Pensar desenvolvimento do projeto sob um maior número perspectivas. Público envovlido todos os envovlidos, internos e externos: formuladores, gestores, implementadores e beneficiários. Objetivos melhoria do programa. Fase do Projeto todo o desenvovlimento do projeto.
17 IMPACTO Propsota para Pensar a eficiência do programa. Público envovlido todos, mas especialmente beneficiários. Objetivos averiguar a eficiência da ação, isto é, se o programa atingiu seus resutados e com qual qualidade e amplitude. Fase do Projeto resultados da ação.
18 DESEMPENHO Propsota para Pensar o mérito dos projetos no alcance das comunidades distantes, na promoção da participação social, perspecitiva deinovação e operar em baixo-custo. Público envovlido todos, mas especialmente beneficiários. Objetivos averiguar se o programa agiu com eficácia, ou seja, com que custos ele conseguiu atingir seus objetivos propostos. Fase do Projeto não necessariamente, mas ênfase no fim.
19 BALANÇO SOCIAL Propsota para Pensar a eficácia do projeto, especialmente relativa à aplicação orçamentária-financeira. Público envovlido empresas que desenvolvem projetos sociais e/ou de resposnsabilidade social e consumidores. Objetivos mensurar a atuação socialemnte resposnável do empresariado. Fase do Projeto apuração contábil das atividades do projeto em todas assuas fases.
20 AVALIADORES
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22 Na verdade, essa pesquisa tem por objetivo trazer à tona o que os participantes pensam a respeito do que está sendo pesquisado, não é só a minha visão de pesquisador em relação ao problema, mas é também o que o sujeito tem a me dizer a respeito. (Martinelli, 1998:21) Como Fazê-lo? Devemos primeiramente reconhecer que os avaliadores serão, em algum grau, membros partícipes da pesquisa. Assim como os sujeitos participantes, o avaliador é dotado de subjetividades, de bagagens adquiridas ao longo dos anos, e que são imprescindíveis ao processo cognitivo de apreensão da realidade. Conhecer qual o interesse real é preciso apreender no entrevistado. Reconhecer que este entrevistado é um sujeito coletivo e que, portanto, também detém uma referência grupal da sua comunidade. Captar os significados que os sujeitos atribuem à experiência de serem beneficiários pelo projeto, em sua localidade. Analisar as referências de cidadania que estão embutidas em suas narrativas. Procurar explicitar de que forma esta narrativa pode ser formatada, com vistas a oferecer retornos à sociedade de um modo geral. E Respondendo: Ø De que forma o avaliador poderá dar um retorno crítico e produtivo aos beneficiários do projeto, naquele local? Ø De que forma o avaliador poderá contribuir para a manutenção do projeto que avalia? Ø De que forma o avaliador poderá contribuir para a construção de novas ações sociais correlatas?
23 Técnicas Quanti e Qualitativas SUGESTÃO: Quando a sua organização precisar de algum dado secundário, qualquer que seja, dê preferência para àqueles que são mais amplamente divulgados e, por conseguinte, mais conhecidos, como por exemplo os desenvolvidos pelo IBGE, pelo IPEA, pelo BID, pelo UNICEF etc. Existem diversas agências de pesquisa no Brasil que divulgam dados coletados em pesquisas regulares, o mais importante é buscar o dado no lugar certo e dar preferência para as agências específicas para cada assunto que se irá tratar. Mais de uma agência poderá apresentar informação para um mesmo assunto; em caso de informações diferentes será necessário optar por apenas uma delas, neste caso, orienta-se para que sejam trabalhados preferencialmente os dados mais recentes. Caso seja necessário, a abordagem de mais de um tema e, divulgados em agências de pesquisa diferentes, atente para que para que os dados sejam, todos, referência de um mesmo período.
24 Indicadores Indicador é um elemento que sinaliza ou demonstra a evolução/involução em relação aos objetivos e às metas do projeto. os indicadores devem ser definidos por ocasião do desenvolvimento do projeto, ou seja, antes da implantação; devem ser definidos sob medida para cada projeto; na definição dos indicadores é fundamental assegurar alguns critérios e características: Relevância e pertinência Unidade Exatidão Consistência Objetividade Passíveis de medição/ acessíveis Facilidade de interpretação Serem comparáveis espacial e temporalmente
25 O que altera uma realidade? - Uma intervenção. O que pode ser uma intervenção? - A implantação de um projeto. Como saber se este projeto está funcionando? - Fazendo uma avaliação. O que nos informa a avaliação? - Pode nos informar o que acontecia (ponto zero), o que está acontecendo (monitoramento) e o que aconteceu (impacto). Como a avaliação nos informa? - Apresentando resultados que podem ser parciais, totais, conclusivos etc., isto é, seus indicadores!
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27 Conclusões Nos países em desenvolvimento, com índices de desigualdade distributiva de renda como o nosso, a tendência apontada em nossas pesquisas, têm sido trabalhar fortemente sobre a eficácia dos projetos, com frequência muito superior aos demais "Es" (eficiência e efetividade), fato que julgamos considerar a viabilidade do projeto, já que as avaliações de eficiência e efetividade são as mais caras e dispendiosas. A avaliação é destacada como elemento estratégico e imprescindível para dar transparência às ações, democratizar o Estado e a sociedade civil; conhecer as políticas e compreender melhor a atuação do Estado; e aprimorar as políticas públicas, recomendando e sugerindo modificações na formulação, na implementação e nos resultados das políticas, programas e projetos sociais.
28 Compreendemos o processo avaliativo como um processo econômico, isto é, a prática econômica de todas as relações que se estabeleçam durante o desenvolvimento de um projeto. Desta forma, todo o processo estará permeado por relações racionais, que priorizem a maximização dos recursos porque estes são, direta ou indiretamente públicos e, sobretudo, a matéria-prima para o atendimento da demanda. A Avaliação é portanto um dever ético, com importância estratégica e indispensável também para a captação de recursos. Ela é indispensável para a melhoria das tomadas de decisão e desenvolvimento das ações sociais.
29 OBRIGADA!
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