Tecnologias para higienização da sala cirúrgica: O que há de novo?
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- Nicolas Prado Machado
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1 25 de novembro de 2017 Tecnologias para higienização da sala cirúrgica: O que há de novo? Laura Belo Tavares
2 O papel do ambiente nas IRAS O ambiente está associado com as IRAS?
3 O papel do ambiente nas IRAS O ambiente dos cuidados de saúde mostra ser um reservatório para agentes infecciosos. No entanto, a presença de microrganismos isolados em objetos e itens no ambiente não é suficiente para demonstrar que eles contribuem para a infecção. Nos Estados Unidos, o CDC e o HICPAC usam oito critérios para avaliar a força das evidências para uma fonte ambiental como meio de transmissão de agentes infecciosos. Ontario Agency for Health Protection and Promotion, Provincial Infectious Diseases Advisory Committee. Best Practices for Environmental Cleaning for Prevention and Control of Infections in All Health Care Settings. 2nd Revision. Toronto, ON: Queen s Printer for Ontario; 2012.
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5 Mecanismo de transmissão Capacidade de sobrevivência dos microrganismos no ambiente Ambiente como reservatório de microrganismos Mãos como principal carreadora de patógenos DANCER, Stephanie J. Controlling Hospital-Acquired Infection: Focus on the Role of the Environment and New Technologies for Decontamination. October 2014 Volume 27 Number 4 Clinical Microbiology Reviews p
6 Classificação das áreas Brasil. Agência Nacional de Vigilância Sanitária Segurança do paciente em serviços de saúde: limpeza e desinfecção de superfícies/agência Nacional de Vigilância Sanitária. Brasília: Anvisa, p. Ontario Agency for Health Protection and Promotion, Provincial Infectious Diseases Advisory Committee. Best Practices for Environmental Cleaning for Prevention and Control of Infections in All Health Care Settings. 2nd Revision. Toronto, ON: Queen s Printer for Ontario; 2012.
7 Infecção do sítio cirúrgico Embora as ISC sejam entre as IRAS mais evitáveis, elas ainda representam um fardo significativo em termos de morbimortalidade e custos adicionais para os sistemas de saúde e pagadores de serviços em todo o mundo. Por estas razões, a prevenção de ISC tem recebido atenção considerável dos cirurgiões, profissionais de controle de infecção, autoridades de saúde, mídia e público. Em particular, porque há uma percepção entre o público de que a ISC pode refletir uma má qualidade de atendimento. WHO. Global Guidelines For The Prevention Of Surgical Site Infection. 2016
8 Importância da limpeza da sala cirúrgica O ambiente de cuidados desempenha um papel significativo na transmissão de microrganismos; É essencial que a sala cirúrgica seja cuidadosamente limpa; Superfície de alto toque de mão (High hand-touch surface): requer atenção especial e limpeza mais frequente. No final de cada dia, é necessário realizar um procedimento de limpeza total. Todas as áreas da sala cirúrgica, salas de utilidades, corredores e equipamentos devem ser cuidadosamente limpos, independentemente de serem utilizados ou não durante as últimas 24 horas. WHO. Global Guidelines For The Prevention Of Surgical Site Infection. 2016
9 Importância da limpeza da sala cirúrgica WHO. Global Guidelines For The Prevention Of Surgical Site Infection. 2016
10 Desafios Muitos funcionários da limpeza recebem pouco ou nenhum treinamento; Ausência de progressão na carreira; Problemas de linguagem e alfabetização; Escalas salariais baixas e condições de trabalho básicas em contraposição ao esforço físico para a limpeza e riscos associados à atividade para o funcionário. DANCER, Stephanie J. Controlling Hospital-Acquired Infection: Focus on the Role of the Environment and New Technologies for Decontamination. October 2014 Volume 27 Number 4 Clinical Microbiology Reviews p
11 Justificativa Evidências demonstram a persistência de contaminação de superfícies ambientais, apesar da limpeza e desinfecção tradicionais. Até 50% das superfícies permanecem contaminadas com patógenos, incluindo organismos multirresistentes, tais como Staphylococcus aureus (MRSA), após o processo de limpeza e desinfecção. Um estudo descobriu que a limpeza manual realmente introduziu MRSA e Enterococcus resistente à vancomicina (VRE) em superfícies anteriormente livres destes. M. Spencer et al. / American Journal of Infection Control 45 (2017)
12 Novas tecnologias Desinfecção automatizada de salas
13 Novas tecnologias Água super oxidada Gás de ozônio Peróxido de hidrogênio Desinfecção à vapor Luz UV
14 Sistema de peróxido de hidrogênio Apresentação: peróxido de hidrogênio vaporizado e peróxido de hidrogênio aerossolizado. Sistema de distribuição controlado por computador que garante uma distribuição uniforme em toda a sala enquanto monitora a concentração de gás, temperatura e umidade relativa do ar. Tempo de ação: ~3h a 5h. Ontario Agency for Health Protection and Promotion, Provincial Infectious Diseases Advisory Committee. Best Practices for Environmental Cleaning for Prevention and Control of Infections in All Health Care Settings. 2nd Revision. Toronto, ON: Queen s Printer for Ontario; 2012.
15 Vantagens Sistema de peróxido de hidrogênio - descontaminação mais eficaz em comparação com a limpeza de rotina; - eficaz contra esporos de C. difficile; - os produtos são seguros para o meio ambiente; - descontaminação de móveis e equipamentos complexos; - distribuição uniforme na sala; - não exige que móveis e equipamentos sejam afastados das paredes. - alto consumo de tempo; - pacientes e funcionários devem se retirar da sala; - os dutos de água da sala e as aberturas debaixo das portas devem ser seladas; - é necessária a limpeza prévia para remover poeiras e manchas; - matéria orgânica reduz a eficácia; - a natureza da superfície ambiental pode afetar sua eficácia. Desvantagens Ontario Agency for Health Protection and Promotion, Provincial Infectious Diseases Advisory Committee. Best Practices for Environmental Cleaning for Prevention and Control of Infections in All Health Care Settings. 2nd Revision. Toronto, ON: Queen s Printer for Ontario; 2012.
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17 Luz ultravioleta (LUV) A LUV inativa microrganismos em comprimentos de onda. Se apresentam de duas formas: - Luz ultravioleta-c (UV-C), com comprimentos de onda especificamente designados para bactérias vegetativas e esporos nas superfícies; - Dispositivos de xenônio pulsado por UV, que emitem UV de largo espectro em pulsos curtos. A eficácia germicida de LUV é influenciada por: - comprimento de onda da luz ultravioleta; - tempo de exposição; - intensidade da luz ultravioleta. Ontario Agency for Health Protection and Promotion, Provincial Infectious Diseases Advisory Committee. Best Practices for Environmental Cleaning for Prevention and Control of Infections in All Health Care Settings. 2nd Revision. Toronto, ON: Queen s Printer for Ontario; 2012.
18 Vantagens Luz ultravioleta - boa eficácia contra uma ampla gama de agentes patogênicos associados à saúde; - tempo de exposição relativamente curto; - a sala não precisa ser selada; - custos operacionais baixos. - efeito destrutivo ao longo do tempo em plásticos e vinil e desvanecimento de tintas em tecidos; - não eficaz na presença de matéria orgânica; - equipamentos e móveis devem ser deslocados das paredes - pacientes e funcionários devem se retirar da sala; - a intensidade LUV deve ser monitorada regularmente. Desvantagens Ontario Agency for Health Protection and Promotion, Provincial Infectious Diseases Advisory Committee. Best Practices for Environmental Cleaning for Prevention and Control of Infections in All Health Care Settings. 2nd Revision. Toronto, ON: Queen s Printer for Ontario; 2012.
19 American Journal of Infection Control. Ultraviolet-C light as a means of disinfecting anesthesia workstation. Volume 45, Issue 9, Pages September 1, 2017.
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23 AORN Connections. Vol 98 nº 5. November, 2013.
24 Conclusão A importância da limpeza do ambiente hospitalar não foi amplamente aceita como um componente-chave no controle de infecção, apesar do crescente interesse em IRAS durante a última parte do século 20. Agora, finalmente recebe a atenção que merece. As tecnologias automatizadas podem oferecer uma desinfecção aprimorada, mas não substituem a limpeza manual de rotina. DANCER, Stephanie J. Controlling Hospital-Acquired Infection: Focus on the Role of the Environment and New Technologies for Decontamination. October 2014 Volume 27 Number 4 Clinical Microbiology Reviews p
25 "Parecerá, talvez, um estranho princípio enunciar que o primordial requisito de um hospital consiste no dever de não prejudicar o paciente". Florence Nightingale
26 Obrigada! Laura Belo Tavares Serviço de Epidemiologia e Controle de Infecção Hospitalar Rede Mater Dei laura.belo@materdei.com.br
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