Cateter Venoso Farmacológico e Contaminação Microbiana. Dra. Cristhieni Rodrigues
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- João Guilherme Angelim Cabral
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1 Cateter Venoso Farmacológico e Contaminação Microbiana Dra. Cristhieni Rodrigues
2 Uso de Cateteres Intravasculares Prática Médica São essenciais e indiscutíveis: - Administração de medicamentos e fluídos - Infusão de sangue e hemoderivados - Nutrição parenteral - Hemodiálise - Monitorização hemodinâmica Aumento do seu uso (hospitalar - assistência domiciliar) EUA: mais de 5 milhões de cateteres ano Infecção relacionada a CVC /ano
3 Infecção Relacionada a Cateter Intravascular Epidemiologia Alta Incidência 10% to 40% Fonte de Bacteremia em UTI 87% Mortalidade Atribuída 13% to 25% Permanência Hospitalar 5 a 20 dias Custos Atribuídos $34,000 to $56,000 Wey et al. Arch Intern Med 1988; Voss et al. Infection 1997 Pelz et al. J Int Care Med 2000; Blot et al. Am J Med 2002
4 Infecção Relacionada a Cateter Intravascular Epidemiologia Fisiopatogenia e Fatores de Risco Medidas de Prevenção
5 Infecção Relacionada a Cateter Intravascular Fisiopatogenia (60%) (1%) Microbiota da pele do paciente Mãos dos profissionais de saúde Fluídos contaminados Foco a distância
6 Infecção Relacionada a Cateter Intravascular Colonização - Biofilme Reação Hospedeiro X Superfície do cateter Formação de micro ecossistemas Aderência de micro-organismos Proteínas do hospedeiro Cateter Formação é rápida (24 horas) Proteção contra o sistema imune e a ação de antimicrobianos Dificuldade no tratamento Cateter biocompatíveis Menor aderência de micro-organismos
7 Infecção Relacionada a Cateter Intravascular Fatores de Risco Cateterização prolongada Material do cateter Número de lúmens Sítio de inserção Tipo de curativo Número de manipulação Predisposição do hospedeiro Experiência do profissional Prevenção Educação dos p. de saúde (1A) Higienização das mãos (1A) Técnica asséptica na inserção (1A) Uso de antisséptico na inserção (1A) Desinfecção com álcool a 70% (1A) Técnica asséptica na troca do curativo (1A) Uso de cateter farmacológico (1A)
8 Cateteres Farmacológicos Antissépticos/Antimicrobianos Introduzidos na prática médica na década de 80 Várias apresentações: - Cateteres de 1ª. e 2ª. Geração - Diferentes fármacos: - clorexidina/sulfadiazina prata - rifampicina/minociclina - rifampicina/miconazol - Cefazolina - Glicopeptídeos - Íons prata Tempo de ação é curto (maioria até 10 dias) Estudos controversos Recomendações para populações e situações específicas
9 Sociedades Científicas Internacionais Manuais de Prevenção ICS-RC - Populações específicas: - Queimados - Neutropênicos DI > 3.3X1000 cvc-dia - Unidade de Terapia Intensiva - Acesso femoral - Situações específicas: - Instituições onde a incidência de IR-C não diminuam após outras estratégias de prevenção - Paciente com previsão de uso de cateter > 5 dias Society of Critical Care Medicine (SCCM), Infectious Diseases Society of America (IDSA), Society for Healthcare Epidemiology of America (SHEA), Surgical Infection Society (SIS), American College of Chest Physicians (ACCP), American Thoracic Society (ATS), American Society of Critical Care Anesthesiologists (ASCCA), Association for Professionals in Infection Control and Epidemiology (APIC), Infusion Nurses Society (INS), Oncology Nursing Society (ONS), American Society for Parenteral and Enteral Nutrition (ASPEN), Society of Interventional Radiology (SIR), American Academy of Pediatrics (AAP), Pediatric Infectious Diseases Society (PIDS), and the Healthcare Infection Control Practices Advisory Committee (HICPAC) of the Centers for Disease Control and Prevention (CDC)
10 Infectious Diseases Society of America - IDSA Clinical Infectious Diseases 2011; 52(9) e162-e193
11 Cateter Farmacológico Evidências Científicas Autores População Tipo de Cateter Resultados Veenstra e cols, 1999 Metanálise N: 2602 Sulfadiazina prata/clorexidina (1ª. G) Redução da colonização/ics Falagas e cols, 2007 Raad e cols, 2010 Novikov e cols, 2012 Lai e cols, 2013 Armstrong e cols, 2013 Metanálise - 8 estudos: UTI, Neoplasia e pósoperatório N: M/R X não impregnado Redução da colonização/ics Sem evidência de MDR Aumento da colonização por fungo Melanoma e renal Silicone M/R X não impregnado Bacteremia: 0% X 12% (p=0.06) Redução da Colonização metastático (Il-2) Média tempo: 11 dias N: 107 Metanálise-21 estudos randomizados: UTI N: 5972 Revisão sistemática-56 estudos : UTI, hematológicos, neoplasia N: Queimados - PICC N: 49 Redução da Bacteremia Íons de prata Rifampicina/minociclina Sulfadiazina prata/clorexidina Rifampicina/miconazol Cloridrato de benzalconio X não impregnado 11 tipos de cateteres impregnados Impregnados X não impregnados Impregnados X impregnados Avaliação da colonização - Sem # colonização S. aureus e SCN - Redução da colonização Acinetobacter ssp, diphtheroids e coliformes CHSS - Sem # colonização por Candida spp - Aumento da colonização por Candida spp nos cateteres rifampicina/minociclina Sem evidências de Multirresistência Sem eventos adversos importantes Diminuição da colonização/ics Sem alteração sepse/mortalidade/eventos adversos NNT-ICS: 50 NNT-Colonização: 10 - M/R X não impregnado Bacteremia: 0 X 50% (p<0.001). Baskin e cols, 2014 UTI pediátrica PICC N: M/R X não impregnado IRC: 0.86 X 5.5/1000 CVC-dia (p<0.036)
12 Qual o melhor cateter? Qual a população? Alto risco X Baixo risco Mortalidade? Tempo de internação? Custos? Aumento da colonização por fungos Se é tão bom, por que não utilizamos mais? Alteração da microbiota Bundles X cateteres farmacológicos
13 Novos Cateteres Modificados Jamal e cols, 2014: modelo experimental, avaliou a prevenção da colonização do biofilme por MRSA, VRE, P. aeruginosa, C. albicans e C. glabrata em cateteres: - Cateter impregnado com M/R e sequencialmente coberto por clorexidina (superfície mais lisa) X M/R (1G) X clorexidina/sulfadiazina-prata X clorexidina X não impregnado - Resultados: os cateteres impregnados com M/R+CHX inibiram completamente a colonização por bactérias R com efeito prolongado (> 3 semanas) Antimicrob. Agents Chemother, 2014, 58:
14 Novos Cateteres Modificados Impregnado pelo polímero polihexanida (biguanida): polarização positiva na superfície do cateter desestabiliza a parede celular bacteriana morte do microorganismo (sem liberação de componentes ativos na corrente sanguínea) Ivo Kricava et al, unpublished data
15 Conclusão Estudos mostram uma diminuição na colonização/bacteremia com o uso de cateteres impregnados com antisséptico/antimicrobianos Cateteres impregnados com R/M apresentam maior período de ação e atividade anti-estafilocócica superior aos cateteres impregnados com CHSS embora uma tendência maior a colonização por fungos Até o momento não houve associação entre o uso de cateteres impregnados com o surgimento de bactérias resistentes Sem associação com aumento de reações adversas pelas substâncias utilizadas para impregnar os cateteres Serão necessários estudos de farmacoeconomia e do uso destes fármacos em cateteres de longa permanência
16 Obrigada
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