Integração. vertical chega à bovinocultura. da avicultura e da suinocultura

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1 R EPORTAGEM DE CAPA Integração vertical chega à bovinocultura ROBERTO CHACUR Ricardo Merola (esq.), seu filho Pedro e o primeiro integrado da Santa Fé, Aurélio Bitar, de Goiânia. Projeto lançado pelo empresário goiano Ricardo Merola, pretende reunir 40 produtores de bezerros, com matrizes, para produção de novilhos superprecoces/ano. Maristela Franco Aintegração vertical base da avicultura e da suinocultura nacionais sempre foi malvista na pecuária bovina, por simbolizar controle draconiano da indústria sobre a produção. As tímidas e raras tentativas de aplicá-la a fazendas de gado de corte fracassaram. Mas, agora esse sistema ressurge de forma inovadora, por iniciativa do empresário Ricardo Merola, com grandes chances de dar certo. Sua proposta é simples: padronizar a matéria-prima (bezerros) para viabilizar a produção em larga escala de novilhos superprecoces, novo foco de interesse dos frigoríficos. A integração garantirá melhor remuneração tanto aos criadores quanto ao empresário. Merola não possui área suficiente para fazer cria e busca bezerros de qualidade para abastecer seu confinamento, que está entre os dez maiores do País. Em 2004, ele terminou cabeças em uma de suas propriedades, a Fazenda Santa Fé, município de Santa Helena de Goiás, distante 203 km de Goiânia. Com 20 anos de experiência na engorda de bovinos, sempre tivemos dificuldade em obter bons animais para engorda. Por isso, decidimos criar um sistema de integração que funcione como verdadeira parceria. O criador receberá alguns insumos 76 DBO AGOSTO/2005

2 subsidiados, assistência técnica gratuita e preço justo, se comprometendo a nos fornecer bezerros dentro de determinado padrão, explica o agrônomo Pedro Merola, filho de Ricardo e mentor do projeto de integração, que deve tomar impulso a partir do ano que vem, com o nascimento dos bezerros da estação de monta 2005/2006. Segundo ele, a meta é reunir, nos próximos dois anos, cerca de 40 integrados com matrizes, para produzir aproximadamente novilhos de meses por ano, com média de 16-17@. Mas afinal, por que Ricardo Merola está apostando tanto no superprecoce, que demanda dieta com alta percentagem de grãos? A resposta, segundo ele, está na ponta do lápis. Em 1985, quando comecei a confinar, ganhava em cima da inflação e do diferencial de entressafra. Depois, tive de me profissionalizar, aprender a fazer ração, pois as margens de lucro do negócio caíram muito. Agora chegou a vez de trabalhar com conversão alimentar, diretamente relacionada à idade do animal, diz ele. Quanto mais novo o bovino, maior sua capacidade para transformar alimento em carne (veja gráfico abaixo). Até sete meses de vida, o bovino é quase tão eficiente em conversão alimentar quanto um porco: transforma 2,5 kg de ração em 1 kg de carne. Por isso, é mais barato engordá-lo, mesmo trabalhando com uma dieta rica em grãos, salienta Merola, acrescentando que, hoje, em seu confinamento, a arroba do boi custa R$ 50, enquanto a do superprecoce sai por R$ 38, ou seja, 24% a menos. Para participar da Integração Santa Fé, o criador deve assinar contrato com duração de, no mínimo, duas estações de monta. A inseminação artificial é pré-requisito, pois Ricardo Merola quer engordar bovinos com no mínimo 50% de sangue Angus. Até o momento, ele conta com quatro parceiros e matrizes inscritas. Estamos apenas começando. Nossa intenção é formar uma rede de fornecedores de bezerros no sudoeste, sul e norte de Goiás. Quem estiver mais próximo do confinamento (até 300 km), pode destinar ao projeto um mínimo de 300 vacas. Já aqueles produtores localizados A Integração Santa Fé OFERECE... Pagamento por peso, cotado pela arroba de boi para machos e arroba de vaca para fêmeas Fornecimento gratuito de 100 kg de ração para creep-feeding por bezerro e venda do restante necessário a preço subsidiado. Doação de 50 doses de sêmen para cada lote de 100 vacas e fornecimento do restante necessário por 80% do valor de mercado. Touros Brangus para repasse em comodato. Vacinas de graça: uma dose contra brucelose e duas contra clostridiose. Rastreabilidade de graça. Acompanhamento técnico. em regiões mais distantes, precisarão cadastrar maior número de fêmeas, para compensar os custos que teremos com transporte e assistência técnica. Vamos receber bezerros o ano inteiro, pois o confinamento da Santa Fé funciona em tempo integral, explica Pedro Merola, salientando que o pacote de incentivos oferecido pela empresa ao criador é inédito na pecuária bovina brasileira....e QUER Bezerros com, no mínimo, 50% de sangue Angus. Peso mínimo à desmama de: 210 kg para machos 190 kg para fêmeas Que o integrado destine pelo menos 50% das fêmeas para engorda, podendo manter as restantes para reposição. Que faça inseminação artificial nas vacas inscritas. Que tenha instalações para creep-feeding e monitore o desenvolvimento dos bezerros, buscando aprimorar-se na arte da cria e fornecer bezerros cada vez mais pesados à desmama, pré-requisito fundamental ao sucesso do projeto. Desempenho animal por fase de desenvolvimento VALE QUANTO PESA Os bezerros, por exemplo, serão pagos com base no peso vivo e não pela cotação do mercado de cria. Na desmama, eles passarão pela balança, o valor obtido será multiplicado por 50% e depois dividido por 15. Assim, se chegará ao número de arrobas líquidas do bezerro, pagas a preço de arroba de boi (machos) e de vaca (fêmeas), conforme indicador da Esalq/Cepea para a região. Se o criador quiser, pode receber na entrega do bezerro ou por ocasião do abate, em outubro/novembro, quando normalmente a arroba é mais cara. Hoje, um macho cruzado de 240 kg ou 8@ líquidas, por exemplo, seria adquirido, dentro do projeto, por R$ 400, enquanto no mercado convencional de cria goiano está valendo apenas R$ 340. E a diferença a favor do integrado poderia ser muito maior, se a arroba do boi em moeda nacional não estivesse no pior patamar dos últimos 35 anos, conforme levantamento da Scot Consultoria. Decidimos comprar os bezerros por peso vivo, DBO AGOSTO/

3 REPORTAGEM DE CAPA seguindo a cotação do boi, porque queremos estimular os criadores a investir na engorda dos animais durante a fase aleitante, fundamental para obtermos bons ganhos no confinamento, salienta Pedro Merola. Na cria convencional, o peso prédesmama tem pouca importância, pois os animais são colocados a pasto e emagrecem na entressafra, anulando os efeitos de uma possível suplementação. Isso explica por que os compradores valorizam mais a era dos bezerros do que seu peso, forçando a manutenção dos animais na fazenda até completarem 12 meses, o que gera mais custos. Ou seja, os criadores não são remunerados por sua eficiência. Nós temos visão radicalmente oposta: queremos que eles produzam bezerros que valham quanto pesam e estamos dispostos a ajudá-los nessa tarefa, salienta Pedro Merola. A Fazenda Santa Fé se compromete, por exemplo, a doar aos integrados 100 kg de ração para creepfeeding por bezerro, o que corresponde a 60% das necessidades do animal até a desmama. Os outros 40% serão fornecidos pela empresa a baixo preço (R$ 0,45 o kg, contra R$ 0,70 ou R$ 0,90 do mercado). Esse custo será convertido em arroba de boi e poderá ser pago em produto (bezerro) na entrega dos animais. A Santa Fé possui fábrica própria de rações com capacidade suficiente para atender seu confinamento e seus futuros integrados. Nossa mistura para creep não inclui limitador de consumo, normalmente colocado nos produtos comerciais para baratear o arraçoamento dos bezerros. Queremos que eles comam à vontade para ganhar o máximo de peso possível antes da desmama. Fizemos testes com nosso próprio gado e conseguimos machos cruzados com 260 kg e fêmeas com 230 kg aos sete meses, informa o agrônomo. FOTO: JOSÉ MEDEIROS Forte do superprecoce é a conversão alimentar OUTROS SUBSÍDIOS O pacote de benefícios da Integração Santa Fé inclui ainda vacinação gratuita contra brucelose (uma dose por bezerra) e clostridiose (duas doses/cab, para ambos os sexos); custeio da rastreabilidade dos animais aos quatro meses de idade e doação aos integrados de 50 ampolas de sêmen para cada 100 matrizes. As outras 100 doses necessárias (normalmente gastase 1,5 ampola por cabeça) serão ofertadas por 80% do valor de mercado. Garantimos sêmen a preço mais baixo, porque temos melhor condição de negociar preço diferenciado com os fornecedores. Também esse insumo pode ser quitado, em produto, no dia da entrega do bezerro, salienta Pedro. Se o criador tiver apenas vacas Nelore, deverá utilizar sêmen de Parceiros têm novo ânimo Primeiro criador a assinar contrato com Ricardo Merola, Aurélio Carvalho Bitar está apostando suas fichas na Integração Santa Fé. Ele administra para seu avô as Fazendas Bom Jardim, em Goiânia, e Lago Azul, em Mozarlândia, com um rebanho total de cabeças, e inscreveu 900 matrizes Nelore no projeto. Trabalhamos com cria há muito tempo, investindo em tecnologia, pois a pecuária não tem mais margem para erros. Contudo, os bezerros de qualidade que produzíamos não eram valorizados pelo mercado. Em 2002, os machos valiam R$ 350, hoje apenas R$ 330. Nossa expectativa é obter, na integração, em média 30% a mais pelos bezerros e produzi-los a um custo 15% inferior. Nos momentos de alta do boi gordo, há possibilidade de conseguirmos até R$ 150 a mais pelo macho e R$ 200 a mais pela fêmea, objeto da maior valorização, salienta Bitar. Ele já fazia cruzamento industrial, utilizando inseminação artificial e alcançando índice geral de prenhez de 85%. Também já suplementava os bezerros via creep-feeding. Por isso, não terá de fazer nenhum tipo de investimento em instalações ou alterar a rotina produtiva da fazenda. Com boa remuneração pelo bezerro, a cria é ótimo negócio. Tem ciclo mais curto, garantindo maior rotatividade de capital e isso compensa o custo de manutenção da vaca. A especialização na cria também favorece a profissionalização do peão, padroniza o manejo do gado, das pastagens etc., explica o criador, que até pouco tempo fazia cruza de Nelore com Simental, mas não vê nenhum problema em mudar para o Angus, segundo ele uma raça precoce e de melhor conversão alimentar. ENCAIXE PERFEITO Roberto Luiz Junqueira Netto, filho de José Mário Junqueira, selecionador do tradicional Brangus de Orlândia, também está entusiasmado com a Integração Santa Fé. Nós já temos a genética que Merola precisa. Há mais de 20 anos, selecionamos matrizes 78 DBO AGOSTO/2005

4 touros Angus. Se já possui matrizes 1/2 sangue, deverá inseminá-las com Brangus, sempre empregando material genético de reprodutores provados, com DEPs acima da média da raça para as características de interesse do projeto: peso à desmama e aos 12 meses. No repasse, serão usados apenas touros Brangus, adquiridos pela Santa Fé no mercado e cedidos aos parceiros, em regime de comodato, na proporção de um touro Brangus para cada 100 vacas. Esses reprodutores também deverão ser provados e submetidos a teste andrológico antes de iniciaram cobertura a campo, permanecendo na fazenda do criador por apenas três estações de monta, quando serão substituídos por novos. Além dos benefícios diretos, a Integração Santa Fé também traz vantagens indiretas para o criador, conforme explica Ricardo Merola. A venda garantida dos bezerros logo após a desmama libera pastagens para uso na seca, possibilitando alojar maior número de matrizes na fazenda e, conseqüentemente, aumentar a produção. Já o uso de creep-feeding melhora a condição SANTA FÉ EM NÚMEROS Área total: 884 ha Área agricultável: 720 ha Confinamento: cabeças em 2004 Produção de silagem: Goiânia a t/ano Meta da Santa Helena integração: 40 criadores, matrizes e novilhos superprecoces. nutricional desses animais, diminuindo o índice de mortalidade prédesmama. Também ajuda a manter as vacas em boa condição corporal, com reflexo positivo sobre as taxas de fertilidade do rebanho. OBRIGAÇÕES Em troca desse pacote de benefícios, a Santa Fé quer apenas que os integrados forneçam bezerros cruzados de qualidade, dentro dos padrões exigidos pelo projeto: mínimo de 210 kg para machos e 190 kg para fêmeas à desmama, realizada entre seis e oito meses de idade. Os animais de fundo ou provenientes do final da estação de monta terão uma chance extra para atingir o peso mínimo, podendo ficar na fazenda até os dez meses. Essa medida foi tomada para facilitar a vida dos integrados no início do projeto, mas, espera-se que pelo menos 80% dos animais entregues estejam na faixa de 240 kg (machos) e 220 kg (fêmeas). Trata-se de um peso perfeitamente alcançável com boa genética e creep-feeding, diz Pedro Merola. Segundo ele, o perfil do integrado Santa Fé não é o do criador tradicional. Buscamos parceiros que tenham uma mentalidade moderna, que já façam inseminação artificial, adotem boas práticas de manejo e suplementem ou estejam dispostos a suplementar seus bezerros via creepfeeding. Eles devem ser bons no que fazem, do contrário não conseguiremos obter a matéria-prima que necessitamos, frisa o jovem agrônomo, acrescentando que a idéia é colocar um veterinário pago pela Santa Fé à disposição dos integrados para auxiliá-los a identificar problemas e melhorar seus índices zootécnicos. Para que o parceiro possa montar um núcleo de matrizes 1/2 sangue Angus, normalmente mais precoces Brangus por habilidade materna e produzimos bezerros acima do peso mínimo exigido pelo projeto. Conhecemos o potencial de nossos animais e nos dói vendê-los com base em conceitos subjetivos, a preço baixo, especialmente após a desvalorização provocada pela crise do cruzamento industrial. Merola, ao contrário, adota critérios objetivos (peso e idade), além de fornecer parte da ração para creep, sêmen, vacina etc. Vamos destinar matrizes Brangus e 200 Nelore ao projeto, na estação de monta 2005/2006, informa Beto Junqueira. O trabalho será conduzido na Fazenda São Luiz, município de Nova Crixás, a 480 km de Santa Helena. A propriedade possui hectares e um rebanho de cabeças, das quais são matrizes (500 Nelore e as restantes Brangus). Desde 2002, nos dedicamos exclusivamente à cria, pois a engorda de gado comercial a pasto exige escala e temos José Mário Junqueira e seu filho, Beto: critérios objetivos. na fazenda condições desfavoráveis ao confinamento, como altitude inadequada para produzir silagem de milho e grande distância dos pólos agrícolas. Hoje, vendemos sobretudo bezerros e cerca de 200 tourinhos por ano (Nelore PO e Brangus 3/8). Ou seja, o projeto da Santa Fé se encaixa perfeitamente com o nosso, explica Junqueira, salientando que fará apenas duas alterações em sua rotina de trabalho: suplementar os bezerros pré-desmama e reduzir o índice de reposição das fêmeas cruzadas de 80% para 50%. Isso não será problema. As instalações para creep são baratas e hoje nosso plantel está estabilizado. Basta segurarmos parte das fêmeas 3/4 para cruzá-las com Angus. Evidentemente, vamos observar como o preço do bezerro se comporta atrelado à arroba do boi, mas, de modo geral, a parceria com Ricardo Merola nos parece vantajosa. Vamos desmamar os bezerros mais pesados e ser remunerados por isso. Aumentar a taxa de prenhez das matrizes e obter informações úteis para o programa de melhoramento genético na Raça Brangus, conclui. Segundo ele, dados relativos ao desempenho dos animais no confinamento poderão gerar DEPs confiáveis para touros e matrizes da raça, dentro do Programa Natura, havendo, inclusive, a possibilidade de se avaliar as carcaças no frigorífico. DBO AGOSTO/

5 FOTOS: JOSÉ MEDEIROS REPORTAGEM DE CAPA do que as Nelore, Merola lhe possibilitará reter até 50% das fêmeas cruzadas nascidas, escolhendo-as entre as melhores do grupo. As 50% restantes terão de ser entregues à Santa Fé para abate, do contrário o programa torna-se economicamente inviável. Em caso de retenção de fêmeas, o parceiro terá de pagar somente os 100 kg de ração doados a essas bezerras ao nascimento. Ricardo e Pedro Merola esperam que as fazendas integradas Lucratividade da integração bate a da cria convencional em diversas simulações invistam na seleção de seus rebanhos, para obter melhores índices reprodutivos, e providenciem instalações adequadas para suplementação dos bezerros, cuidando bem dos touros em comodato, que ficarão sob sua total responsabilidade. Em caso de roubo, morte natural ou não, serão cobradas 50 arrobas de boi por reprodutor. ANÁLISE FINANCEIRA Descritos todos os itens do Sistema de Integração Santa Fé, já é possível fazer uma pergunta crucial: qual será a rentabilidade do parceiro, em relação à cria Bezerrada de sangue Angus responde bem ao creep-feeding, um dos principais requisitos da Integração Santa Fé. convencional, comparando-se despesas e receitas? Pedro Merola fez uma série de simulações com diferentres cenários e quase todas foram favoráveis à integração. Para projetar custos, ele considerou 100 vacas em estação de monta, com índice de desmama de 80%. Os desembolsos com pastagens, sal mineral, empregados, vacinas, manutenção das instalações, dentre outros, foram estimados em R$ 17/mês/vaca, nos dois sistemas. Já o custo da monta a campo na cria convencional, estimado em R$ 20 por prenhez, incluiu um touro para cada 30 vacas, com vida útil de quatro anos, perda de fertilidade estimada em 15% e juro anual de 10% sobre capital investido no reprodutor. As simulações mostram, primeiro, que a cria convencional, hoje, é um péssimo negócio. Com a média atual de R$ 310/cab (macho e fêmea), a atividade garante lucro de apenas R$ 2.800/ano por lote de 100 vacas. Há três anos esse mercado permanece estável na baixa, sem sinais de melhoria. Para fins comparativos, contudo, Pedro preferiu trabalhar com cenários mais otimistas tanto para o criador quanto para o confinador, já que a desvalorização atual é atípica. Como a média da arroba do boi gordo em Goiás sempre esteve acima de R$ 62 na entressafra, época tradicional de desmama dos bezerros, Pedro decidiu projetar para o bezerro uma valorização de 20% sobre esse valor de referência (6@ de macho desmamado x R$ % = R$ 446), chegando a uma receita líquida de R$ 9.280/ano. Mesmo com ágio, contudo, a Integração Santa Fé remuneraria melhor o produtor, garantindo-lhe lucro de R$ para cada lote de 100 vacas, sempre considerando a arroba a R$ 62 (veja tabela). Nos custos da integração, foram computados os 70 kg de ração que o criador deverá comprar por bezerro, a R$ 0,45 o kg, e despesa com inseminação de R$ 22 por vaca, sendo R$ 13 referentes a 1,3 dose de sêmen e R$ 9 relativos ao inseminador. As demais despesas são idênticas às da cria convencional. Para obtenção da receita, Pedro considerou bezerros de 245 kg e bezerras de 225 kg, que, segundo ele, são pesos factíveis no sistema preconizado pela Santa Fé. Com boa genética e manejo de cocho, o criador pode conseguir médias até mais altas, de 260 kg para machos e 240 kg para fêmeas, além de elevar o índice de fertilidade de seu rebanho para 84%. Se tiver esse nível de eficiência, poderá faturar R$ /ano em cada lote de 100 vacas. Nas simulações do jovem empresário, somente em caso de valorização do bezerro em 30% sobre uma arroba de R$ 62, a integração perderia para a cria convencional, mas isso raramente acontece. Estudos realizados pela Scot Consultoria mostram que um bezerro vale, em média, 6,86 arrobas de boi, o que corresponde a um ágio de 14,5%. Portanto, a lucratividade da cria situa-se, normalmente entre R$ e R$ 8.000/ano para cada 100 vacas, explica Pedro. A seu ver, é preciso fazer uma avaliação global da Integração Santa Fé, minimizando questões conjunturais, pois ela confere segurança ao criador, livrando-o da gangorra do mercado e estimulando-o a investir em produtividade. COMERCIALIZAÇÃO O esforço dos Merola para quebrar paradigmas e trabalhar de forma articulada com seus fornecedores de bezerros tem 80 DBO AGOSTO/2005

6 Cria convencional com 20% de ágio sobre a arroba de boi Número de vacas no rebanho 100 Taxa de desmama 80% Custo geral por vaca/ano (R$ 17/mês) R$ 204 Custo da vaca por prenhez R$ 255 Custo do touro por prenhez R$ 20 Custo por bezerro desmamado R$ 275 Custo por 100 vacas/ano R$ Valor do bezerro (20% de ágio sobre arroba a R$ 62) R$ 446 Valor da bezerra (20% de ágio sobre arroba de R$ 56) R$ 336 Valor médio de venda R$ 391 Número de bezerros vendidos por ano 80 Receita bruta por 100 vacas R$ Lucro total por 100 vacas/ano R$ Integração Santa Fé Número de vacas no rebanho 100 Taxa de desmama 80% Custo geral por vaca/ano (R$ 17/mês) R$ 204 Custo da vaca por prenhez R$ 255 Custo da inseminação (uma dose/vaca + inseminador) R$ 22 Custo do creep--feeding (100 kg/bez a R$ 0,45 o kg) R$ 31 Custo por bezerro desmamado R$ 308 Custo total por 100 vacas R$ Valor do bezerro de 245 kg com a arroba a R$ 62 R$ 506 Valor da bezerra de 225 kg com a arroba a R$ 56 R$ 420 Valor médio de venda R$ 463 Número de bezerros vendidos 80 Receita bruta por 100 vacas R$ Lucro total por 100 vacas/ano R$ uma razão doméstica (melhor desempenho dos animais no cocho), mas também reflete mudanças de mercado. Clientes estrangeiros estão dispostos a pagar mais pela carne de novilhos superprecoces e os frigoríficos passaram a valorizá-la. Importadores já nos sondaram para produzir um contêiner por mês (500 cabeças). Acreditamos que está-se formando um mercado diferenciado para os confinamentos, que incluirá também o couro. Por isso, vetamos a marcação dos bezerros e optamos pela identificação por brincos, explica Ricardo Merola. Uma fábrica de volumosos Comparação de lucratividade Cria convencional hoje R$ Cria convencional com ágio de 20% sobre arroba a R$ 62 R$ Cria convencional com ágio de 30% sobre arroba a R$ 62 R$ Integração Santa Fé sem ganhos de eficiência R$ Integração Santa Fé com ganho de 4% na desmama R$ Integração Santa Fé com ganho de 4% na desmama, mais peso de 260 kg para machos e 240 kg para fêmeas R$ Ele não esconde que já foi procurado por vários frigoríficos interessados no projeto, mas não fechou negócio com ninguém. Ainda estamos na fase de divulgação. Montamos um estande no Agrishow de Rio Verde, que aconteceu em março, e mostramos aos pecuaristas cinco vacas com bezerros ao pé, comendo em creep-feeding, para que eles soubessem que tipo de animal queremos. Também apresentamos o projeto na Expo- Goiânia, em maio, e vamos levá-lo a outros eventos regionais nos próximos meses, informa o empresário. Segundo ele, quando estiver totalmente montada, a integração poderá evoluir para a compra conjunta de insumos diversos e o escalonamento da produção. Queremos faturamento constante. Em 2004, começamos a confinar em maio e não paramos mais. Nossa intenção é manter esse ritmo, diz ele. A Fazenda Santa Fé com 884 hectares, sendo 720 cultiváveis é modelo de eficiência agrícola há muitos anos. Um dos pioneiros do plantio direto no cerrado, Ricardo Merola mantém sólida parceria com a Embrapa Arroz e Feijão, que desenvolveu, em sua propriedade, o famoso Sistema Santa Fé, consórcio de milho com capim em plantio direto. Esse sistema permite aproveitar a JOSÉ MEDEIROS Sorgo forrageiro e milho: principais volumosos plantados na fazenda. DBO AGOSTO/

7 FOTOS: JOSÉ MEDEIROS REPORTAGEM DE CAPA Irrigação por pivô permite produzir forragem quase o ano inteiro área agrícola para produção de volumosos no inverno, obtendo palha em abundância para o plantio da safra de verão seguinte. Merola sempre foi defensor da simbiose agricultura/pecuária, tendo começado a confinar bovinos já na década de 80, investindo pesado em tecnologias para produção de volumosos. Esssa é nossa especialidade, diz ele. A Santa Fé possui quatro pivôs centrais, que irrigam 376 hectares. No verão, essa área é usada para plantar milho para silagem consorciado com capim, seguido pelo sorgo forrageiro e, depois, pelo feijão ou milho-semente, no inverno. Já as áreas de sequeiro são ocupadas com soja precoce (cerca de 400 ha), sucedida pelo sorgo forrageiro em safrinha. Essa gramínea às vezes também é usada como cultura de Confecção de silagem de sorgo verão, por oferecer menos riscos. São produzidas anualmente de a toneladas de milho, sorgo e capim para abastecer o confinamento. A fazenda é uma verdadeira fábrica de volumosos. Achamos mais interessante produzir silagem do que grãos para alimentação dos animais, pois estamos em uma região lavoureira e podemos adquiri-los mais baratos, ensina Merola. DIETA NOBRE O confinamento demanda grande quantidade de cereais, pois o empresário trabalha Grãos sendo armazenados em silobag 82 DBO AGOSTO/2005 Fazenda produz a t/ano de silagem para atender confinamento com dietas nobres: apenas 38% de volumosos na massa seca (M.S.) para os bois e 26% para os superprecoces com sangue Angus. Estes últimos, ficam cerca de 150 dias no confinamento, sendo abatidos com kg. Após um período de adaptação (de sete a dez dias), quando recebem uma formulação rica em proteína, eles passam a ingerir uma ração com 74% a 78% de concentrado, contendo sorgo-grão, caroço de algodão, farelo de soja, calcário, uréia e um núcleo mineral. O sorgo granífero é farto na região, devido à prática da safrinha, e Merola está pensando em usá-lo para fazer silagem de grão úmido, explorando ainda mais a capacidade de conversão alimentar dos superprecoces. Os subprodutos da indústria algodoeira também são facilmente encontrados a bons preços em Santa Helena, que é grande produtora dessa cultura. Terceirizamos tanto o transporte quanto a armazenagem de parte dos grãos. Na fazenda, além dos silos da fábrica de rações, temos estrutura para estocar apenas sacas de milho ou sorgo, em silobags (sacos plásticos de alta resistência), gastando R$ 0,40 por saca armazenada, afirma Ricardo Merola. Além da Santa Fé, o empresário goiano possui três outras propriedades no mesmo município. Uma delas, a Santa Lúcia, possui hectares, sendo 380 de lavoura (soja) e 700 ha de pastagens rotacionadas, que sustentam cabeças durante o verão. Nessa fazenda, fica o pequeno rebanho de cria (250 vacas, entre Nelore e 1/2 sangue Angus), que serve de vitrine para os pecuaristas que desejam conhecer a Integração Santa Fé. Na Fazenda Santo Antônio, Ricardo Merola mantém um projeto de transferência de embriões, em parceria com uma empresa prestadora de serviços, a Multiplus, de Uberaba, MG. Já a Fazenda São Pedro é utilizada para recria de bois/ano.

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