C.N.C. Programação Torno
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- Marina Sabala Carvalhal
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1 CNC Programação Torno Módulo III Aula 02
2 Funções auxiliares As funções auxiliares formam um grupo de funções que servem para complementar as informações transmitidas ao comando através das funções preparatórias e funções de posicionamento Sua função é fornecer ao programa informações tecnológicas Para melhor entendimento segue abaixo as funções auxiliares e a descrição das mesmas Função N Cada bloco ou sentença de informação também conhecida como linha de programa e pode ser identificado pela função "N", seguida de até 4 dígitos A função "N" deverá ser informada no início de cada bloco ou sentença Se usada esta função, a cada bloco poderá utilizar qualquer valor de incremento, mas para melhor utilização deverá ser incrementada com valores, de 5 em 5 ou de 10 em 10, tendo assim intervalos livres para possíveis alterações no programa Observação Não é obrigatório inserir a função N, ou seja, o número de cada bloco programado Se omitir esta função não ocorrerá nenhum erro de programação, porém, quando programada facilita a interpretação e a localização e a localização do erro quando houver N50 G00 X200 Z185 # N60 G01 X112 Z143 F25 # Função # (EOB - END OF BLOCK) A função auxiliar "EOB", é representado pelo caractere "#", tecnicamente conhecido como cerquilha, e é utilizada no final de cada bloco ou sentença com o intuito de finalizá-la para que outra possa ser aberta Bloco ou linha de programa é o conjunto de informações (funções) programadas que devem ser transmitidas ao CNC e executadas simultaneamente N10 G1 X67 Z68 F25 # 1
3 Função S Através desta função o comando recebe informações quanto ao valor da velocidade de corte ou da rotação Quando utilizado junto com a função G96, o valor da função auxiliar "S", entra como valor de velocidade de corte constante, com o qual o comando executa os cálculos de rotações por minuto (rpm) em função do diâmetro da peça, ocasionando assim uma variação de rotação durante a usinagem Por questões de segurança deve-se limitar o rpm máximo durante a usinagem, programando-se a função G92 seguida da função auxiliar "S", entrando neste caso como valor máximo de rotação a atingir Quando falamos em segurança podemos nos referir a dois fatores O primeiro é que deve-se limitar pensando sempre no operador, pois ao limitarmos a rotação quando utilizarmos a função G96, por exemplo, estaremos evitando de escapar a peça e outro fator é a máquina, com o limite de rotação programado evita-se de danificar alguma parte eletrônica da mesma G96# (Programação em velocidade de corte constante) S 200# (Valor da velocidade de corte em metros por minuto) G92 S3000 M03 # (Limitação de rpm máximo e sentido de giro) Quando utilizado com a função G97 o valor da função auxiliar "S", entra apenas como valor de rotação constante ou fixa a ser usada da máquina, com um formato de função S4 (4 dígitos) G97 # ( Programação em rpm direta ) S3000 M3# ( rpm constante e sentido de giro ) Função T A função "T" é usada para selecionar as ferramentas na torre informando para a máquina o seu zeramento (PRE-SET), raio do inserto, sentido de corte e corretores N40 T0101 # Onde A primeira dezena (01), representa o número da ferramenta que será utilizada A segunda dezena (01), representa o número corretor usado para as medidas e desgaste do inserto 2
4 Função P A função "P" identifica programas e sub-programas na memória do comando Todos programas existentes no comando são identificados através da função auxiliar P, pela qual poderá ser chamado no diretório de programas, renumerados ou até mesmo apagados Nota Ao renumerar um sub-programa, deve-se renumerar a referência do programa ao qual este está vinculado, pois a atualização não será de forma automática Função F Através da função "F" programa-se para determinar a velocidade de avanço da ferramenta durante a usinagem Esta velocidade de avanço poderá ser em pol/rot (quando utilizada as funções G70 com G95), ou em mm/rot (quando utilizada as funções G71 com G95) Nota Na maioria dos comandos em Tornos CNC, as funções G71 e G95 são DEFAULT, isto é, ao ligar a máquina ela já assume G71 com G95 (mm/rot) como condição básica de funcionamento N10 G1 X45 Z66 F15 # Função L A função "L" define o número de repetições que uma determinada operação deve ser executado N80 P21 L3 # (Esta sentença define que o subprograma 21 será repetido 3 vezes) Pode-se chamar um sub-programa para múltiplas repetições, programando-se um bloco contendo a função "P" (com o número do sub-programa) e "L" (com o número de vezes que o sub-programa deverá ser executado) Para que esta função seja executada corretamente é necessária a programação da função auxiliar P, pois sem ela, o comando saberá o número de repetições mas não saberá quem ele tem que repetir 3
5 Função H A função auxiliar "H" serve para executar saltos incondicionais no programa Esta função deverá ser programada precedida de um valor numérico e deverá ser única no bloco programado Para que ocorra o desvio desejado, deverá conter no programa a função auxiliar N, pois será a referência para função H N00 ;EIXO # H70 N30 T0101;BROCA # N35 G54 # N40 G00 X30 Z75# N70 T0202; DESBASTE INTERNO# N200 M30 # O comando ao ler a função H70 salta automaticamente para o bloco N70 4
6 Função / (Barra) Utilizamos a função (/) barra quando for necessário inibir a execução de blocos no programa, para evitar alterações na programação Se o caractere "/" for digitado no início de alguns blocos, estes serão ignorados pelo comando, desde que o operador tenha habilitado a opção "INIBE BLOCOS" na página de "REFERÊNCIAS DE TRABALHO" Caso a opção INIBE BLOCOS não seja habilitada, o comando desprezará os que contiverem o caractere "/" /N100 M08 # Desta forma o bloco N100 não será executado 5
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