Colégio XIX de Março Educação do jeito que deve ser

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1 Colégio XIX de Março Educação do jeito que deve ser ª PROVA PARCIAL DE PORTUGUÊS QUESTÕES ABERTAS Aluno(a): Nº Ano: 8º Turma: Data: 27/10/2018 Nota: Professor(a): Paula Querino Valor da Prova: 20 pontos Orientações gerais: 1) Número de questões desta prova: 5 2) Valor das questões: Abertas (5): 4,0 pontos cada. 3) Provas feitas a lápis ou com uso de corretivo não têm direito à revisão. 4) Aluno que usar de meio ilícito na realização desta prova terá nota zerada e conceituação comprometida. 5) Tópicos desta prova: - Textos, interpretação e redação - Livro: O noviço e o Juiz de Paz na roça (será cobrado na próxima semana- 5,0 Av.Mensal) - Emprego de por que, por quê, porque, porquê - Relação e pontuação entre as orações coordenadas e subordinadas - Figuras de linguagem: Antítese, Metonímia, Metáfora No Brasil não há preconceito, é o que ouvimos desde crianças. Será que não existe mesmo ou há preconceito disfarçado? Para quem sofre preconceito, qual dos dois é pior: o assumido ou o disfarçado? Texto 1 Daniel Alves: É hipocrisia negar racismo e criticar #somostodosmacacos Após ser alvo de atitude racista na partida de futebol entre o Barcelona e o Villarreal, no último domingo (27), o lateral da equipe catalã e da seleção brasileira, Daniel Alves disse, em entrevista exclusiva à BBC BRasil, que é hipocrisia criticar a campanha #somostodosmacacos, iniciada nas redes sociais pelo atacante Neymar em defesa ao colega de equipe. 3ª PPA de Português / 8º ano / Paula Querino/ Pág. 1

2 Rapidamente, esportistas, jornalistas, apresentadores de TV, artistas famosos e pessoas desconhecidas de todo o mundo aderiram à campanha, publicando e compartilhando fotos com bananas em solidariedade ao jogador. O Futebol Clube Barcelona declarou que 'Alves uniu o mundo do esporte contra o racismo'. Por outro lado, também choveram declarações de especialistas e pessoas anônimas criticando a iniciativa. Para eles, dizer que 'somos todos macacos' seria uma maneira de reforçar um estereótipo contra o qual os movimentos antirracistas travam uma batalha constante. 'É hipocrisia criticar uma campanha contra o racismo. Os críticos estão se apegando ao contexto (o episódio da banana), e não ao objetivo, que é conscientizar as pessoas de que somos todos humanos e somos todos iguais', disse Daniel Alves. Reação em campo Durante a partida de domingo, Alves bateria um escanteio quando um torcedor do Villarreal atirou uma banana ao campo do estádio El Madrigal. De maneira inusitada, o brasileiro comeu a fruta e continuou a jogada. Daniel Alves comeu a banana jogada por um torcedor do Villarreal durante a partida no domingo. 'Foi tão natural e intuitivo, que só depois pensei na preocupação dos meus pais, porque eu nem pensei se tinha alguma coisa na banana', explicou. Após a partida, o colega de time e de seleção Neymar ironizou o episódio publicando uma foto dele com o filho e uma banana, que imediatamente mobilizou as redes sociais. As manifestações de apoio surpreenderam Alves. 'Não esperava que as pessoas se envolvessem tanto com esse assunto. Em outras ocasiões em que havia denunciado o racismo, isso não aconteceu. Estava até pessimista com esse aspecto', comentou ele, que se disse alegre porque o racismo no futebol está em pleno debate. Espanha racista? Nesta terça-feira (29), as declarações que o jogador fez à imprensa brasileira de que há racismo na Espanha foram contestadas pelo técnico da seleção espanhola, Vicente del Bosque, e pelo presidente do Villarreal, Fernando Ruig. Em diferentes coletivas de imprensa sobre outros assuntos, eles responderam à Alves afirmando que não há racismo na Espanha e que se tratava de casos isolados. 'Eu não quis generalizar. Não quis dizer que a Espanha seja racista. Mas sim que há racismo na Espanha, porque eu sofro isso em campos (de futebol) diferentes. Não foi um caso isolado', replicou Alves. Ele disse que há quase seis anos tem denunciado casos de racismo no futebol. 'Não sou vítima, nem estou abatido. Isso só me fortalece e vou continuar denunciando atitudes racistas', avisou. (Liana Aguiar. De Barcelona para a BBC Brasil, 30/04/2014.) Texto 2 Um casal inter-racial ainda passa por constrangimentos em 2014? Sim. Inacreditavelmente. E o melhor exemplo é estar aqui falando sobre isso, não é? Eu e o Julio estamos juntos há 20 anos. No início do namoro, entrar em um bar ou em um restaurante de mãos dadas era um acontecimento. Mas nós moramos quase cinco anos em Paris e de lá trazemos uma outra visão, muito mais misturada. E a certeza de que nós ainda temos, aqui, um longo caminho até a igualdade. 3ª PPA de Português / 8º ano / Paula Querino/ Pág. 2

3 Há, claro, uma questão de classe que, no Brasil, está muito ligada à cor da pele. Preto é pobre. Ainda espanta as pessoas do nosso círculo cruzarem com o Julio nos mesmos locais, consumindo as mesmas coisas, falando de igual para igual. Mas o principal aprendizado dessa história de amor inter-racial sobra para mim, o lado branco. Porque antes o racismo era invisível e eu, como a grande maioria da população brasileira, negava sua existência. A gente aprende que a pousada na praia tem quarto vago se sou eu quem pergunta; se ele vai na frente, está lotada. Que o restaurante da moda está cheio de mesas reservadas quando o Julio pergunta, mas que o gerente quebra o galho quando me vê chegar. Que o corretor de imóveis não acredita que queiramos ver o apartamento caro em um bairro bom de São Paulo, mas muda de ideia quando finalmente conhece a esposa loira do interessado. Que a primeira pergunta que me fazem sobre o Julio, sempre, é se é músico ou jogador. Fora a piadinha recorrente: se você é casada com um negro, é porque gosta de negão. Nunca ouvi alguém fazer um comentário parecido se o marido é loiro. Também aprendemos que, em São Paulo, se eu saio sozinha à noite, o Julio fica preocupado com assaltos. Mas, se é ele que sai sozinho dirigindo nosso carro, eu fico preocupada com a polícia preto dirigindo carro bom, se não é famoso, deve ser ladrão. Izabela Moi, 43 anos, jornalista, é casada com Julio Pinheiro, 42, digital expert de uma multinacional (Revista Trip, n.231.) 1ª Questão: I- O texto 1 mostra opiniões diferentes a respeito da existência de racismo na Espanha. a) Qual é a opinião do técnico da seleção da Espanha, Vicente del Bosque, e do presidente do Villarreal, Fernando Ruig, sobre a existência de racismo no país? b) Daniel Alves concorda com a opinião deles? Comente. II- No texto 2, há um depoimento da jornalista Izabela Moi sobre racismo no Brasil. a) Segundo Izabela, há no Brasil um fator social que impulsiona o racismo. Qual é ele? b) Que opinião sobre racismo no Brasil a jornalista tinha antes de se relacionar com um negro? III- Em seu depoimento, Izabela comenta diferenças no tratamento recebido por ela e pelo marido em várias situações. a) Como poderiam ser resumidas essas diferenças? 3ª PPA de Português / 8º ano / Paula Querino/ Pág. 3

4 b) Segundo a jornalista, a que se deve essa diferença de tratamento? IV- Compare os dois textos. Além do tema em comum o racismo -, eles apresentam outra semelhança. a) Quanto à atuação das pessoas destacadas neles, qual é essa semelhança? b) O comportamento mais comum de quem vive situações de preconceito é semelhante ao das pessoas que os dois textos destacam? Comente. 2ª Questão: I- O texto a seguir é um trecho de conto Menino, de Luiz Vilela. Complete-o empregando devidamente porque, por que ou por quê. [...] - Mas você não sabia? - Mãe... Sabia. - O quê? - Tudo o que ele perguntou lá você sabia? - Não vou voltar na escola mais não. Sabia. -? - E você não acertou? - Não quero gastar à toa o dinheiro do papai. - eu esqueci. A mãe o olhou, compreensiva. Mas esqueceu? - Você tem que estudar, bem... -? eu não - Eu estudei, a senhora não viu eu estudando? lembrei, uai. - Então como é que você ganhou zero? A mãe suspirou. - eu respondi errado. Vai; vai tomar o banho. (Contos da infância e da adolescência. São Paulo: Ática, P ) II- Leia este quadrinho: 3ª PPA de Português / 8º ano / Paula Querino/ Pág. 4

5 a) No primeiro balão do quadrinho, a palavra porque aparece grafada de duas maneiras diferentes. Explique a razão dessa diferença. b) Justifique a grafia porque no segundo balão. 3ª Questão: I- Leia a anedota: Uma pessoa dirige-se a um advogado, o mais caro da cidade: - Eu sei que o senhor é um advogado caro, mas por mil reais posso lhe fazer duas perguntas? O advogado responde: - Claro! Qual é a segunda? II- Em relação à frase Eu sei que o senhor é um advogado caro, responda: a) Quantas orações há nesse enunciado? b) Entre as orações, há uma conjunção que as liga. Qual é ela? c) Essa conjunção é coordenativa ou subordinativa? Por que antes dela não há vírgula? III- A anedota é um gênero textual que normalmente rompe com as expectativas do leitor. Na anedota reproduzida acima, qual foi a expectativa quebrada? 2- Leia o anúncio a seguir. 3ª PPA de Português / 8º ano / Paula Querino/ Pág. 5

6 I- Observe os enunciados que aparecem na parte superior do anúncio. a) Em qual deles a conjunção e liga termos e não orações? II- No segundo enunciado, a conjunção mas estabelece uma relação de oposição entre as orações. Identifique a conjunção presente no terceiro enunciado e indique a relação que ela estabelece entre as orações. III- O anúncio divulga um serviço de previdência privada, ou seja, um tipo de investimento que a pessoa faz durante o período em que tem rendimento e do qual usufrui quando se aposenta. a) Que relação os três enunciados estabelecem entre si e entre o tipo de serviço oferecido? b) Que relação há entre os enunciados e as imagens? 4ª Questão: Leia este anúncio: I- O enunciado principal do anúncio apresenta mais de uma oração. a) Qual dessas orações é a principal? Qual é a subordinada? b) A oração subordinada exprime uma circunstância adverbial relacionada ao enunciado da oração principal. De que tipo é essa circunstância? Qual é a conjunção que introduz essa oração? c) No enunciado, por que as orações vieram separadas por vírgula? 3ª PPA de Português / 8º ano / Paula Querino/ Pág. 6

7 II- A conjunção que pode assumir vários valores, dependendo da relação que estabelece entre as orações. Indique, entre as frases a seguir, aquela na qual a palavra que: A- tem valor aditivo B- introduz uma explicação C- estabelece comparação D- indica uma consequência ( ) A raposa é mais esperta que o leão. ( ) Ela fala que fala, mas ninguém entende nada. ( ) Corra, que o cachorro é bravo. ( ) Cantaram tão alto, que toda a vizinhança despertou. III- O texto a seguir tem origem na tradição popular oral. Observe. O que é, o que é? Campo branco, sementinhas pretas, Pintadinho que nem guiné, Fala sem ter boca E caminha sem ter pé. No texto, há uma locução conjuntiva frequentemente empregada na língua coloquial. a) Qual é essa locução conjuntiva? b) Que ideia ela expressa? c) Que outra conjunção, pertencente à norma padrão da língua, poderia substituí-la? d) Considerando-se o tipo do texto, qual forma é mais adequada: a da língua coloquial ou a da normapadrão? 5ª Questão: Dieta funcional, dieta de baixo índice glicêmico, musculação, exercícios físicos, ginástica localizada, cirurgias plásticas... Vive-se hoje uma situação de verdadeira obsessão em relação à beleza física. O padrão de beleza feminina determina que a mulher seja magra ao extremo. O padrão masculino exige corpos sarados músculos em evidência e nenhuma gordura de sobra. Como enquadrar-se nos ideais de beleza? Nem sempre a genética ajuda. O ser humano não é feito em série. É possível ser feliz sem entrar no esquema tamanho único? Escreva um texto sobre um dos temas sugeridos a seguir destinado a adolescentes do 6º ao 9º ano para ser publicado no mural ou no site do colégio. Os esteroides anabolizantes Prática esportiva na adolescência Quando uma dieta é necessária na adolescência Ao redigir seu texto, siga as orientações: Inicie o texto com um parágrafo de apresentação do tema. Em seguida, em dois ou mais parágrafos, aponte as causas e consequências do assunto em questão. Como conclusão, aponte saídas para a solução do problema apontado. Dê um título atraente ao texto. Não ultrapasse as trinta (30) linhas. 3ª PPA de Português / 8º ano / Paula Querino/ Pág. 7

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