PORTUGUÊS MENSAL - TARDE. A supremacia da TV. Nome: Nº: Data: / /2007 Série: 8ª/Ano: 9º Bimestre: 1º NOTA: Disciplina: Prova:

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1 Nome: Nº: Disciplina: PORTUGUÊS Prova: MENSAL - TARDE Data: / /2007 Série: 8ª/Ano: 9º Bimestre: 1º NOTA: Parte A Leitura e Interpretação de textos Leia, com atenção, o texto abaixo. Em seguida, responda às questões de interpretação. A supremacia da TV Ciro Marcondes Filho A televisão começou a se expandir rapidamente após o final da Segunda Guerra Mundial. Na época, o cinema monopolizava 1 o público noturno e o rádio era um meio de comunicação de ampla penetração no cotidiano dos lares. A televisão poderia ser vista, em termos de comunicação, mais próxima do rádio que do cinema. Para se assistir a um filme era preciso organizar-se. Como no teatro, no balé, era preciso acompanhar o programa daquela semana, escolher uma noite para sair e vestir-se adequadamente. Cinema era um acontecimento social como o baile, pois mantinha o caráter de excepcionalidade 2 : tratava-se de um programa diferente daquele que normalmente se fazia à noite. Como o rádio e mais tarde com a televisão, a relação com o meio de comunicação mudou. Primeiro I. porque, além de distrair, são veículos (...) que informam as pessoas e funcionam como meio de atualização; segundo, porque vão até a casa das pessoas, em vez de as pessoas irem até eles; terceiro, porque se tornam "da família", forma parecida à daqueles jornais que são entregues gratuitamente e regularmente nas casas. O que significam essas diferenças? São as relações distintas 3 II. que as pessoas mantêm com os meios de comunicação. O fato de as pessoas se programarem para sair à noite e assistir a um concerto é bem diferente do fato de as pessoas estarem assistindo à televisão e se depararem com um concerto, transmitido pela emissora. É o oposto, pois, no primeiro caso, o homem vai em busca de seu entretenimento, paga por ele, exige qualidade, julga, emite juízos 4 e críticas. Em outras palavras, ele tem consciência de ser fundamental para a existência do espetáculo como produção cultural: é do seu dinheiro que o concerto sobrevive. Ficando em casa, nada disso acontece. Ele possui um aparelho de televisão e recebe "gratuitamente", como brinde, como dádiva 5, tudo o que emitem, e isso já lhe tira o direito de criticar, pois nada paga no ato; pagará após, consumindo os produtos anunciados pela publicidade. Aqui, o homem já não é mais "agente de sobrevivência" do programa; este funciona perfeitamente sem ele. Atualmente, as emissoras têm um interesse real em saber III. se o telespectador permanece ou não em determinado canal, se mantém ou não o aparelho ligado, mas não é a mesma preocupação dos diretores de teatro ou cinema do passado com a bilheteria. Se, naquela época, o vazio das salas de espetáculo era motivo para o realizador melhorar a qualidade de seu produto, hoje a queda do nível de audiência é um meio IV. que leva a TV a alterar sua programação, visando somente ao aumento do número de telespectadores. Antigamente, a crítica e a reação do público levavam a um investimento qualitativo maior, pois havia uma preocupação estética, uma busca de aprimoramento 6 do gosto. Hoje, o fato de o telespectador receber gratuitamente o programa e não poder "exigir seu dinheiro de volta" leva a emissora a buscar somente o aumento numérico de público, rebaixando a qualidade dos programas aos níveis "da massa", vulgarizando-os, padronizando-os, impondo o que se chama de valor mercadológico. Interessa apenas vender o programa, não importando a qualidade. Televisão - a vida pelo vídeo. 6.ed. São Paulo, Moderna, 1991, p VocabulÆrio: 1- monopolizar: tomar exclusivamente para si. 2 - excepcionalidade: característica daquilo que é incomum, excepcional. 3 - distinto: diverso, diferente. 4 - juízo: opinião, julgamento. 5 - dádiva: presente, oferta. 6 - aprimoramento: aperfeiçoamento. 1) Segundo o texto, a televisão veio substituir dois PORTUGUÊS - MENSAL - 8ª SÉRIE / 9º ANO - TARDE - 1

2 outros meios de comunicação. a) Quais meios? (0,5) b) Quando se iniciou esse processo? (0,5) Parte B Gramática e Estudo da Língua (6,0) 5) Em relação à estrutura do texto, responda: (1,0) a) Como é classificado esse tipo de texto? Por quê? 2) Por que a televisão e o rádio não têm o "caráter de excepcionalidade" que o autor do texto atribui ao cinema? (1,0) b) Qual é o tema do texto? Em que parágrafo se encontra? 3) 0 autor afirma que o indivíduo que possui um televisor "recebe gratuitamente, como brinde, como dádiva, tudo o que emitem...". Mas, logo em seguida, ele explica que essa gratuidade é apenas aparente. Por quê? (1,0) 6) a) Que tipo de argumento é usado pelo autor em relação ao tema do texto? (0,5) 4) Explique o seguinte raciocínio do autor: No caso da televisão, "o homem já não é mais agente de sobrevivência do programa; este funciona perfeitamente sem ele". (1,0) b) Redija outro argumento para o tema do mesmo tipo que foi usado pelo autor do, texto. Obs.: De forma resumida. (0,5) PORTUGUÊS - MENSAL - 8ª SÉRIE / 9º ANO - TARDE - 2

3 7) Classifique, sintaticamente, as orações destacadas no texto em subordinadas substantivas, adjetivas ou adverbiais: (1,0) I. II. III. 9) Leia a tirinha a seguir: (1,0) Cambito e sua turma QUANDO A ÚLTIMA ÁRVORE TIVER CAÍDO. QUANDO O ÚLTIMO RIO TIVER SECADO. QUANDO O ÚLTIMO PEIXE FOR PESCADO. VOCÊS VÃO ENTENDER QUE DINHEIRO NÃO SE COME. GREENPEACE IV. 8) Identifique (destaque) as orações subordinadas adverbiais e indique as circunstâncias expressas por elas nos períodos a seguir: (1,0) a) Identifique uma oração subordinada adverbial e uma substantiva: a) "Com o rádio e mais tarde com a televisão, a relação com o meio de comunicação mudou (...) porque se tornam 'da família'". b)"se naquela época, o vazio das salas de espetáculo era motivo para o realizador melhorar a qualidade de seu produto, hoje a queda do nível de audiência é um meio que leva a TV a alterar sua programação..." b) Como são classificadas as orações subordinadas adverbiais existentes na tirinha acima? 10) Transforme a oração "Quando a última árvore tiver caído..." em subordinada (1,0) c) Temos o hábito de ligar a TV, assim que chegamos em casa. a) adverbial condicional: d) Muitas crianças acabam assistindo a programas inadequados para sua faixa etária, mesmo que os pais procurem supervisionar. b) adverbial concessiva: PORTUGUÊS - MENSAL - 8ª SÉRIE / 9º ANO - TARDE - 3

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