REALIDADE BRASILEIRA SOBRE ADOÇÃO

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1 SOCIEDADE MINEIRA DE CULTURA Mantenedora da PUC Minas e do COLÉGIO SANTA MARIA DATA: 04 / 05 / 2016 UNIDADE: I ETAPA AVALIAÇÃO ESPECIAL DE LÍNGUA PORTUGUESA 7.º ANO/EF ALUNO(A): N.º: TURMA: PROFESSOR(A): VALOR: 5,0 MÉDIA: 3,0 RESULTADO: % TEXTO I REALIDADE BRASILEIRA SOBRE ADOÇÃO A diferença entre o perfil desejado pelos pais adotantes e as crianças disponíveis para serem adotadas Para cada criança pronta para adoção, há seis pessoas dispostas a acolhê-las na família, mas a diferença entre perfil idealizado e o mundo real é obstáculo à redução da enorme fila de espera. O tema da adoção no Brasil é um desafio de enormes dimensões, como comprova a análise dos dados do Cadastro Nacional de Adoção (CNA) e do Cadastro Nacional de Crianças e Adolescentes Acolhidos (CNCA), administrados pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Existem hoje cerca de crianças em condições de serem adotadas e quase 30 mil famílias na lista de espera do CNA. O Brasil tem 44 mil crianças e adolescentes atualmente vivendo em abrigos, segundo o CNCA em fevereiro do ano passado, eram 37 mil. Se há tantas pessoas dispostas a acolher uma criança sem família, por que o número de meninas e meninos do cadastro não para de crescer? Na avaliação do próprio CNJ, a resposta pode estar na divergência que existe entre o perfil da maioria das crianças do cadastro e o perfil de filho ou filha, imaginado pelos que aguardam na fila da adoção. Nacionalmente, verifica-se que o perfil das crianças e adolescentes cadastrados no CNA é bem diferente quando comparado ao perfil das crianças pretendidas, fato que deixa a questão complexa, admite o CNJ no documento Encontros e Desencontros da Adoção no Brasil: uma análise do Cadastro Nacional de Adoção, de outubro de Disponível em: < Acesso em: 22 fev (Adaptado) Segundo o TEXTO I, por que não diminui o número de crianças a serem adotadas no Brasil? 1

2 TEXTO II REVELAÇÕES... [...] A única mãe que conheci, de verdade, é a Lúcia. Eu tinha 3 anos quando meu pai, quer dizer, nosso pai, se casou com ela. Eles eram amigos, tinham estudado juntos os três: ela, a Lorena e o Ricardo. Daí, com a morte da Lorena, a Lúcia deu a maior força pro amigo, que tinha ficado viúvo. E a amizade virou paixão! Ela diz que se apaixonou por mim também, me adotou! Nunca pensei nela como madrasta, foi tudo tão natural que eu comecei a chamá-la de mãe e a sentir que ela era, e é, minha mãe. Meio parecido com o que aconteceu com você... Ah, não é não! A sua mãe Lorena amava você, Laura. Era casada com seu... com o nosso pai, deve ter esperado você com a maior alegria, depois cuidou de você, e, se não fosse o aneurisma, ela seria sua mãe até hoje! Eu sei que ela é minha mãe, Leo. A Lúcia mesmo me diz que a Lorena vai ser minha mãe pra sempre. E que ela, Lúcia, é uma segunda mãe que eu ganhei nesta vida. Então! Mas e a minha? Ela me abandonou assim que eu nasci e sumiu. Leo, às vezes eu acho você meio ingrato, sabia? Ingrato? Como assim? Você é o mais paparicado da família, não percebeu isso ainda? Paparicado, eu? Você tá viajando, Laura! Quando você foi adotado, eu tinha 4 anos, e fazia um ano que a Lúcia e o Ricardo tinham se casado. Eles queriam outro filho, mas a Lúcia não engravidava. Resolveram visitar o orfanato onde você estava e foi amor à primeira vista, como a Lúcia diz, amor pelo menino que a chamou de mamãe! Conheço essa história. Eu até pedi colo pra ela, não foi? E quem perdeu o colo fui eu! Toda a atenção, não só dela como do Ricardo, passou pra você... Que absurdo, Laura! Será, Leo? Tanto o pai como a mãe tratam você de um jeito diferente... Penso o mesmo de você, acredita? Sempre achei você a mais mimada da casa! Eu? Laura se espantou. Depois disse, sorrindo: Quer saber de uma coisa? O mais paparicado aqui em casa é o Lucas! É mesmo! Depois de tantos anos, a nossa mãe engravidou. Ele foi o único que nasceu da barriga dela, e quer a atenção de todos nós só pra ele, já percebeu?... BARROS, Sônia. A coragem de Leo. 1. ed.- São Paulo: FTD, p Embora seja literário, ficcional, o TEXTO II serve como exemplo para algumas informações apresentadas no TEXTO I? Justifique. 03. Considerando os assuntos tratados nos TEXTOS I e II, assinale a melhor explicação para relacioná-los. A) Ambos os textos denunciam e confirmam o preconceito em relação à adoção de crianças órfãs. B) O TEXTO II é baseado na realidade e, por isso, o personagem Leonardo foi adotado sem dificuldade. C) Os TEXTOS I e II apresentam informações envolvendo sentimentos, como abandono e acolhimento. 1 D) O TEXTO I informa que, apenas em histórias, os casais adotam filhos fora da programação. 2

3 E) Os TEXTOS I e II confirmam escolhas exigentes na hora de adotar uma criança. 04. A coragem de Leo, de Sônia Barros, é uma história sobre relações humanas, envolvendo sentimentos como medo e coragem. A partir da leitura do livro e dos estudos realizados em sala de aula, responda: A) Quem é a personagem denominada menina-coragem? B) Por que ela pertence ao arquivo secreto da árvore genealógica? 05. Na história de Sônia Barros, o personagem Leo se sente inseguro diante de novas situações. Sendo assim, o que justifica o título A coragem de Leo? 06. Leia o fragmento extraído da obra de José Mauro de Vasconcelos, O Meu Pé de Laranja Lima. O Mangaratiba pegou o carro do Português na passagem da rua da Chita VASCONCELOS, José Mauro de O meu pé de laranja lima. 3. ed. São Paulo: Melhoramentos, p A) Os termos sujeito e predicado formam a base sintática das informações do enunciado. Identifique esses termos e transcreva-os. B) Explique por que o predicado é importante para a construção do sentido desse enunciado. 3

4 07. O texto a seguir é uma campanha publicitária em defesa da natureza. Leia-o e responda à questão. In: CEREJA, William Roberto, CLETO, Ciley. Interpretação de textos: desenvolvendo a competência leitora, 7.º ano, 1. ed. São Paulo: Atual, p. 8. Quando uma floresta é destruída não são apenas as árvores que desaparecem... Considerando a intenção do anunciante, a frase que inicia o anúncio expressa a certeza de um acontecimento presente ou possível no futuro? Explique. 4

5 08. As imagens a seguir fazem referência ao gênero mito. Observe-as. Michelangelo Merisi, Caravaggio. Maurício de Sousa. Sorvete Bacana (2005). Grande Baco (1599-7). In: CEREJA, William Roberto. CLETO, Ciley. Interpretação de textos: desenvolvendo a competência leitora, 7.º ano, 1. ed. São Paulo: Atual, p Ao comparar as pinturas de Caravaggio e de Maurício de Sousa, conclui-se que A) Caravaggio desenhou o Mito de Baco para inspirar e divertir as crianças. 1 B) Magali foi escolhida por Maurício de Sousa por ser a mais elegante da turma. C) Baco, o deus do vinho, e as histórias de Magali pertencem ao gênero mito, porque têm muitas características comuns. D) a taça de vinho da pintura de Caravaggio foi substituída por uma taça de sorvete, na pintura de Sousa, porque Magali é uma criança. E) as duas pinturas retratam mitos que explicam a origem de uma bebida fabricada a partir da uva. 5

6 MRFGL/VAMR/gmf 6