Somos todos iguais? : pluralidade e alteridade no ensino de História E. E. Professora Lurdes Penna Carmelo

Transcrição

1 Somos todos iguais? : pluralidade e alteridade no ensino de História E. E. Professora Lurdes Penna Carmelo Professor(es) Apresentador(es): Mariana Marques De Maria Realização:

2 Foco do Projeto A partir de discussões referentes à prática do racismo no Brasil, o projeto intitulado Somos todos iguais? buscou contemplar temas como respeito mútuo, diálogo, pluralidade, alteridade e solidariedade. O projeto teve como ponto de partida o mapeamento das possíveis origens do racismo no Brasil, bem como das formas de resistência negra ao longo da História.

3 Contexto de Aplicação Ciclo/tipo de escola: Anos Finais do Ensino Fundamental II/ Ensino Regular. Público-alvo: Estudantes da 6ª Série/7ºAno. Condições socioeconômicas do público: Os estudantes, em sua maioria, são oriundos de famílias de baixa renda, cuja maior fonte de rendimento se dá por meio de atividades na lavoura ou prestação de serviços nos condomínios da região. Período de duração: 4º Bimestre de 2015.

4 Justificativa Observando o cotidiano dos estudantes em sala de aula, foi possível constatar a prática recorrente de manifestações preconceituosas entre os mesmos e, partindo da necessidade de se contemplar alguns dos Temas Transversais previstos nos PCN s, o projeto buscou não somente desnaturalizar a ideia de uma suposta democracia racial em nosso país, mas também desenvolver algumas habilidades que são essenciais para a formação de uma postura crítica diante dos problemas que afetam a sociedade, considerando sempre o diálogo como principal ponto de partida para resolução de conflitos e respeito às diferenças.

5 Objetivo Favorecer o protagonismo dos estudantes, Promover o diálogo, Incentivar as práticas de leitura e escrita, Aprofundar os conhecimentos a respeito do tema escolhido, Elaborar roteiro de perguntas e respostas para o debate regrado, Confeccionar mural fotográfico, Criar roteiro de perguntas para as entrevistas e, Apresentar oralmente os trabalhos desenvolvidos.

6 Desenvolvimento/ Metodologia Aulas expositivas, Roda de conversa sobre as experiências cotidanas dos alunos a respeito do tema, Análise de documentários, reportagens e imagens, Divisão dos grupos para a realização das atividades. As turmas se dividiram em três grandes grupos para realização de entrevistas sobre o tema estudado, mural de fotos e debate regrado. Auto-avaliação.

7 Recursos Utilizados Reportagens, Documentários, Jornais, revistas, livro didático, Powerpoint (para análise de pinturas e fotografias) e, Cartolina e celular (para elaboração do mural fotográfico e entrevistas).

8 Estudantes do 7º Ano A responsáveis pela elaboração do debate regrado.

9 Estudantes do 7º Ano A responsáveis pelo mural fotográfico.

10 Estudantes do 7º Ano B responsáveis pelas entrevistas.

11 Desenvolvimento/ Metodologia Questionário para entrevista elaborado pelos estudantes do 7º Ano B: 1. Você já sofreu preconceito? 2. O que você sabe sobre preconceito racial? 3. Você acha o Brasil um país preconceituoso? 4. Por que você acha que as pessoas tem preconceito umas com as outras? 5. Você já viu alguém sofrendo preconceito? Se sim, você fez algo para ajudar?

12 Trechos das entrevistas obtidas: O preconceito existe porque não aceitam as diferenças. Preconceito é um pensamento formado sobre algo sem saber exatamente o que é. O Brasil é um país racista porque não tem conhecimento de suas origens e as pessoas esperam que todas as pessoas pensem igualmente. As pessoas tem preconceito com coisas que são diferentes dela. As pessoas no Brasil dizem que não são racistas, mas são. É uma forma de excluir ou oprimir a pessoa por não gostar dela.

13 Fichas do debate regrado.

14 Desenvolvimento/ Metodologia Perguntas elaboradas para o debate regrado: 1. A mídia ajuda a criar opiniões racistas? 2. Será que a mídia, de um modo geral, ajudou a criar um padrão de beleza que exclui os negros? 3. Na televisão existem poucos atores negros e quando há, eles geralmente assumem papéis que representam as classes mais baixas. Isso seria uma forma de racismo velado? 4. O governo precisaria criar medidas para modificar essa situação?

15 Apresentação do debate regrado para o Ensino Médio.

16 Rodada de perguntas.

17 Apresentação do debate para o Ensino Fundamental II.

18 Elaboração dos cartazes com as entrevistas e mural fotográfico.

19 Apresentação do mural fotográfico e entrevistas.

20 Apresentação do mural fotográfico e entrevistas.

21 Atividade de auto-avaliação.

22 Atividade de auto-avaliação: Eu não tinha noção do que seria o racismo direito (...) eu sofro muito e se eu fosse branca não seria preconceituosa com um negro e se eu visse isso acontecendo, eu tentaria ajudá-lo. Isso sim é ser um ser humano. (...) Eu tenho nojo dessas pessoas que zoam comigo porque eu sou negra. Eu acho que racismo não é só não gostar da cor da pele de alguém, é odiar ela. Quando eu era criança me chamavam de macaca, mas eu não sabia o que era isso. Na sala tem duas meninas que é racista (...) depois das aulas eu aprendi o que é racismo e porque é errado chamar a gente de macaco e que a pessoa que faz isso pode ser presa por isso.

23 Resultados Melhoria da interação social entre os estudantes e respeito pela opinião do outro. Conscientização a respeito do tema estudado e de sua importância para a nossa realidade. Ênfase em uma postura de indagação, problematização e protagonismo diante de situações novas.

24 Conclusões Ao longo do projeto foi possível perceber que os estudantes desenvolveram uma postura mais reflexiva e comprometida com as atividades desenvolvidas. Houve também um fortalecimento das atitudes colaborativas, do diálogo e a criação de um sentido de pertencimento e acolhida entre as turmas.

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