10- Recristalização da Acetanilida

Documentos relacionados
Recristalização da Acetanilida

RECRISTALIZAÇÃO e PURIFICAÇÃO da ACETANILIDA

Recristalização da Acetanilida

RECRISTALIZAÇÃO e. PURIFICAÇÃO da ACETANILIDA. Jaqueline Nicola Thaís Rosa

Recristalização da Acetanilida

Recristalização da Acetanilida

Recristalização da Acetanilida

Seminário de Química Orgânica Experimental I. Silene Alessandra Santos Melo Douglas Fernando Antonio Outubro 2002

recristalização Por: Edmar Solé Murilo Montesso Rodrigo A. Moreira da Silva

Recristalização e Purificação da Acetanilida

RECRISTALIZAÇÃO. Princípio: Dissolver a substância em um solvente a quente e deixar a solução esfriar lentamente. Cristalização versus Precipitação

Recristalização da Acetanilida. Fernanda Pollo Simone Moraes Mantovani

PURIFICAÇÃO DE UM COMPOSTO ORGÂNICO SÓLIDO

RECRISTALIZAÇÃO ACETANILIDA

RECRISTALIZAÇÃO DA ACETANILIDA. Autores: Amadeu de Pietro Neto Juliano Magalhães

RECRISTALIZAÇÃO e. PURIFICAÇÃO da ACETANILIDA. Jaqueline Nicola Thaís Rosa

Álvaro Guimarães Braz Danilo Lauriano Cenerini Gustavo Pereira Teodoro Raul da Costa Casaut

RECRISTALIZAÇÃO DA ACETANILIDA. Autores: Amadeu de Pietro Neto Juliano Magalhães

RECRISTALIZAÇÃO ACETANILIDA

Preparação do cloreto de t-butila. Carina de Freitas Vellosa Daiane Cristina Romanini

Disciplina: Práticas de Química Orgânica. Materiais e Reagentes

Recristalização da Acetanilida. Fernanda Pollo Simone Moraes Mantovani

pf ºC pe ºC Densidade Solubilidade Toxidade Propriedades Físicas Nomenclatura Fórmula Mol (g/mol)

Experiência N º11. Recristalização e determinação da pureza de sólidos

SUBSTÂNCIAS E MISTURAS

1 Extração Líquido-Líquido

Ana Elisa Comanini Ana Karla Agner Felipe Gollino

EXPERIÊNCIA 5 SOLUBILIDADE

2 EXTRAÇÃO POR SOLVENTES II (Quimicamente Ativa)

CQ136 Química Experimental I. Técnicas de purificação e critérios de pureza

EXPERIMENTO 3 SUBSTÂNCIAS E MISTURAS OBJETIVOS INTRODUÇÃO

RECRISTALIZAÇÃO e PURIFICAÇÃO da ACETANILIDA. Adilson A. Cardoso Cleber R. Malagoli

Prof. Dr. José Eduardo de Oliveira Adriana Teixeira Machado Marcela Dias da Silva Matheus Gibbin Zanzini

CURSO PRÁTICO QUI 328 e 128 SÍNTESE DE COMPOSTOS ORGÂNICOS

EXTRAÇÃO COM SOLVENTES II

EXPERIÊNCIA 2 - SOLUBILIDADE

Figura 1. Variação da solubilidade dos compostos em função da temperatura. fonte: 2010, 2008, 2005, 2002 por P. W. Atkins e L. L. Jones.

Grupo 6 Carolina lourencetti Jean Vicente Ferrari Marco Aurélio Cebim Marília Longo Biasioli Vanessa Yumi Nagayassu Uisley

Acilação Síntese da Acetanilida

Extração do Limoneno. Integrantes do grupo: Diego Souza, Jefferson Honorio, Marcelo Tangerina

Figura 1: Ilustração do processo de dissolução do NaCl em água.

QUÍMICA FARMACÊUTICA

3016 Oxidação do ácido ricinoléico a ácido azeláico (a partir de óleo de rícino) com KMnO 4

Experiência 02 - SOLUBILIDADE SOLUBILIDADE

EXTRAÇÃO POR SOLVENTES (QUIMICAMENTE ATIVA)

1. Procedimento da experiência (Xerox) 2. reação principal e reações secundárias; 3. Tabela de constantes físicas dos reagentes e produtos (conforme

4- Purificação do Éter Etílico II

1 EXTRAÇÃO COM SOLVENTES simples e múltipla

Extração da Cafeína a partir de saquinhos de chá

CURSO PRÁTICO QUI 328 e 128 SÍNTESE DE COMPOSTOS ORGÂNICOS. Síntese II (Alaranjado II) Benzeno Nitrobenzeno Anilina Ácido Sulfanilico Alaranjado II

Química Orgânica Experimental I BAC CRITÉRIOS PARA CORREÇÃO DOS PRÉ-RELATÓRIOS E RELATÓRIOS

EXPERIÊNCIA 4 SÍNTESE E PURIFICAÇÃO DO ÁCIDO ACETILSALICÍLICO (AAS)

Introduzir o aluno à técnica de purifi cação de sólidos orgânicos por recristalização.

Éter etílico (parte II)

3002 Adição de bromo ao ácido fumárico para formação de ácido meso-dibromo-succínico

1023 Isolamento de hesperidina da casca da laranja

4009 Síntese de ácido adípico a partir do ciclohexeno

Purificação do Éter etílico II: Destilação do Éter etílico

Experiência 04 - Solubilidade

Orgânica Experimental I Éter Etílico Seco II. 2 ano Bachalerado Ana Sofia Denise Daré Juliana Greb

Projeto Ciência Viva INTRODUÇÃO À QUÍMICA VERDE, COMO SUPORTE DA SUSTENTABILIDADE, NO ENSINO SECUNDÁRIO

5007 Reação do anidrido ftálico com resorcinol para obtenção de fluoresceína

EXTRAÇÃO COM SOLVENTES (transp. 1)

SOLUBILIDADE DE SÓLIDOS EM LÍQUIDOS

RECRISTALIZAÇÃO e PURIFICAÇÃO da ACETANILIDA. Adilson A. Cardoso Cleber R. Malagoli

3009 Síntese de ácido-trans-5-norborneno-2-3-dicarboxílico a partir de ácido fumárico e ciclopentadieno

1017 Acoplamento Azo do cloreto de benzenodiazônio com 2- naftol, originando 1-fenilazo-2-naftol

RECRISTALIZAÇÃO e PURIFICAÇÃO da ACETANILIDA

3033 Síntese do ácido acetilenodicarboxílico a partir de ácido meso dibromosuccínico

Exercícios Métodos de Separação. Professor (a): Cassio Pacheco Disciplina: Química Data da entrega: 01/06/2017

DIAGRAMA DE FASES. 4) (ITA) Considere as seguintes afirmações relativas aos sistemas descritos a seguir, sob

4014 Separação enantiomérica de (R)- e (S)-2,2'-dihidroxi-1,1'- binaftil ((R)- e (S)-1,1-bi-2-naftol)

QFL1423 Química Orgânica Experimental

Síntese e Recristalização da Acetanilida

EXPERIÊNCIA 2 TEMPERATURA DE FUSÃO DE UMA SUBSTÂNCIA

4023 Síntese do éster etílico do ácido 2-cicclopentanona carboxílico a partir do éster dietílico do ácido adípico

Acetato de Isopentila I

EXPERIÊNCIA 3 TEMPERATURA DE FUSÃO DE UMA SUBSTÂNCIA

DETERMINAÇÃO DO TEOR DE CAFEÍNA NUMA BEBIDA ESTIMULANTE

Isolamento de compostos orgânicos voláteis de fontes naturais

SÍNTESE DO 1-BROMOBUTANO Procedimento experimental a microescala (adaptado de Williamson, Minard & Masters 1 )

Experiência 2: Temperatura de fusão de uma substância

Escola Secundária / 3º CEB da Batalha ACTIVIDADE LABORATORIAL DE FÍSICA E QUÍMICA A FORMAÇÃO ESPECÍFICA ENSINO SECUNDÁRIO. Ano de Escolaridade : 11

2011 Síntese do L-(+)-tartarato de dietila a partir do ácido L- (+)-tartárico e etanol catalisada por ácido

PROCESSOS DE SEPARAÇÃO. Prof. Ms. George Verçoza

Química Orgânica Experimental

Parte II. Meneah Renata Talita

Preparação do Cloreto de t-butila. Ana Carolina Boni Glaucio de Oliveira Testoni Susilaine Maira Savassa

Preparação do acetato de isopentila

1011 Síntese do 1,4-di-terc-butil benzeno a partir do terc-butil benzeno e cloreto de terc-butila.

EXTRAÇÃO COM SOLVENTES

PURIFICAÇÃO DO ACETATO DE ISOPENTILA (PARTE 2)

Preparação da Acetanilida. Grupo: Francine Cordeiro Gustavo Stoppa Garbellini Leopoldo de Tillio Polonio

4005 Síntese do éster metílico do ácido 9-(5-oxotetra-hidrofuran- 2-ila) nonanóico

EXTRAÇÃO COM SOLVENTES

Experiência 2 : TEMPERATURA DE FUSÃO DE UMA SUBSTÂNCIA

PARTE UM. Introdução às Técnicas Básicas de Laboratório

PURIFICAÇÃO DO ÉTER ETÍLICO PARTE 2. Instituição, alunos que irão proferir, curso, ano, professores e estagiários docentes

DESTILAÇÃO POR ARRASTE DE VAPOR DE ÁGUA DO ÓLEO DE CRAVO E EXTRAÇÃO QUIMICAMENTE ATIVA DO EUGENOL

Transcrição:

Profª. Amanda Coelho Danuello Prof. Dr. Leonardo Pezza Prof. Dr. José Eduardo de Oliveira Msc. Rodrigo Sequinel 10- Recristalização da Acetanilida Discentes: Grupo 2 Gabriela Furlan Giordano Ludmila Pons Camargo 1

Recristalização Recristalização é um método de purificação de compostos orgânicos sólidos. Como são obtidos a partir de reações orgânicas, são raramente puros a temperatura ambiente. A purificação dos cristais impuros é feita dissolvendo-se o sólido em um solvente apropriado quente e em seguida esfriar lentamente, já que a baixas temperaturas o material dissolvido tem menor solubilidade, ocorrendo o crescimento de cristais. Quanto mais lenta a cristalização maior é a pureza do produto final, já que formam-se cristais camadas por camadas e as impurezas ficam na água-mãe. 2

Sólido impuro Sólido Puro O H N CH 3 Processo da Recristalização Acetanilida 3

Contaminações -Adsorção: o contaminante aloja-se na interface do cristal; -Oclusão: o contaminante é aprisionado na formação do cristal; -Inclusão isomórfica: o contaminante aloja-se na rede cristalina, sem causar distorção; -Inclusão não isomórfica: causa distorção da rede cristalina devido a entrada do contaminante na rede; 4

Escolha do solvente 5

Semelhante dissolve semelhante É necessário escolher um solvente que tenha a polaridade muito próxima da polaridade do soluto. No caso da acetanilida, a água é um bom solvente, pois ambas as substâncias são polares. Tabela 1: Solventes em ordem decrescente de polaridade 6

Outros fatores a serem considerados : - Facilidade de manipulação; - Volatilidade: deve-se observar o ponto de ebulição para que o solvente não se evapore antes da solubilização total do cristal; - Toxicidade: observar os perigos iminentes ao uso dos solventes para evitar acidentes e contaminações; -Ponto de Ebulição: deve ser menor que o ponto de fusão da substância a ser cristalizada, pois esta pode fundir-se formando um óleo de difícil recristalização, caso forme-se o óleo deve-se tentar dissolve-lo novamente e deixar esfriar para recristalizar; - Ser quimicamente inerte : não reagir com o soluto; 7

Teste de Solubilidade - Teste a frio: Adicionar 3 ml dos seguintes solventes:água, etanol, éter etílico, clorofórmio, acetona e benzeno, em tubos de ensaio contendo 0,1gramas de Acetanilida cada, em seguida agitar vigorosamente para verificar a solubilidade. - Teste a quente: O mesmo teste é realizado porém agora com os solventes pré-aquecidos em banho maria em seguida analisa-se a solubilidade. Atenção! Verificar a Toxicidade dos solventes ao aquecê-los 8

Solvente Solubilidade de 1 g de Acetanilida( C 8 H 9 NO) Volume ml (frio) Volume ml (quente) Toxicidade Água 185 20 Atóxico Etanol 3,4 0,6 Irritação na pele, olhos,nariz,dor de cabeça e náuseas Metanol 3 - Tóxico: pode causar cegueira Clorofórmio 3,7 - carcinogênico Acetona 4 - Irritação na pele, olhos,nariz,dor de cabeça e náuseas Glicerol 5 - Irritação na pele, olhos,nariz,dor de cabeça e náuseas Éter Etílico 18 - Dor de cabeça, excitação,narcótico, anestésico Benzeno 47 - Carcinogênico, hilariante e irritações 9

Curva de solubilidade 10

Mistura de Solventes Quando as características particulares de solubilidade não são encontradas em um único solvente devemos fazer uma combinação de solventes para obter um bom resultado: - O primeiro solvente solubilizará o soluto; - O segundo solvente será miscível no primeiro solvente, no qual o soluto é relativamente insolúvel; - O componente é dissolvido com mínima quantidade do primeiro solvente fervendo. A seguir o segundo solvente é adicionado à mistura fervendo, gota a gota até a turvação da solução. - Adicionar o primeiro solvente até clarear a solução, neste ponto a solução pode ser resfriada para cristalizar. 11

Carvão Ativado O carvão ativado é um produto quimicamente inerte, que pode ser usado para remoção de impurezas resinosas e coloridas dissolvidas na solução a ser recristalizada. O mecanismo de remoção das impurezas consiste na sua adsorção física pelo Carvão, ou seja, as moléculas das impurezas são atraídas pela porosidade existente no carvão ativado e lá retidas por forças físicas. Logo que o soluto é dissolvido numa quantidade mínima do solvente quente, uma pequena quantidade do carvão é adicionado, adsorvendo as impurezas. 12

O uso de excesso de carvão ativo leva à perdas do material a ser purificado. A quantidade ideal é em torno de 1 a 2 % (p/p) do total pesado da amostra. Deve-se te o CUIDADO para não colocar carvão ativo sobre a solução em ebulição, pois provocaria uma grande agitação da solução levando ao derramamento e perda de material. Tomar cuidado também com o pó muito fino do carvão ativo pois faz mal aos pulmões quando inalado 13

Técnicas e Métodos Dissolvendo o sólido: Para minimizar as perdas de material para a água mãe, é necessário saturar o solvente com o soluto. Esta solução, quando esfriada, formará a quantidade máxima possível de cristais. Para conseguir esse bom resultado, o soluto deve ser solubilizado em uma mínima m quantidade do solvente em ebulição. 14

Cálculo do volume de água aproximado para solubilizar a acetanilida: 1 g de acetanilida ---------- 20 ml de água massa pesada ---------- Volume de água V = massa pesada X 20 15

Filtração a Quente Filtração a quente é o método para remover impurezas ou quando o carvão ativado é utilizado.esse processo assegura que os cristais não se formarem no papel de filtro. Para essa filtração, é necessário pré-aquecer e manter aquecido o funil com o solvente em ebulição. Em seguida o papel pregueado úmido quente é colocado no funil o mais rápido possível e colocado em cima do béquer para iniciar a filtração. Se os cristais começarem a cristalizar no filtro durante a filtração deve-se adicionar uma quantidade mínima de solvente quente em ebulição, para dissolver os cristais novamente. 16

17

Recristalização Usar um béquer para fazer a recristalização, e cobri-lo com um vidro de relógio, pois pode entrar poeira através da sua larga abertura. O resfriamento deve ser lento (a temperatura ambiente), para que se formem cristais perfeitos. Cristais formados: 18

Se a cristalização não ocorrer: INDUZÍ-LA Riscar o interior do recipiente com um a bastão de vidro; Adicionar alguns cristais do produto puro (semear). 19

Filtração a Pressão Reduzida Os cristais devem ser coletados por filtração a pressão reduzida usando um funil de Büchner. Esse método é mais vantajoso que a filtração simples por ser mais rápida e deixar menor quantidade de impurezas e solvente no sólido. Os cristais devem ser lavados com solvente gelado, se o solvente estiver morno, os cristais podem ser dissolvidos novamente. A sucção deve continuar até secarem os cristais. 20

21

22

Secagem dos Cristais -Secagem ao ar: É o método mais comum de secagem de cristais consiste na colocação destes em vidros de relógio, pratos de barro ou pedaços de papel e colocá-los para secar ao ar. A vantagem deste método é que não é necessário o aquecimento, reduzindo o risco de decomposição, derretimento e a desvantagem é a exposição atmosférica pode causar a hidratação de materiais higroscópicos. -Secagem no forno: Consiste na colocação dos cristais em vidros de relógio, pratos de barro ou pedaços de papel absorvente e colocá-los em um forno, porém este método requer atenção pois os cristais podem decompor, sublimar, vaporizar e desaparecer,portanto deve-se observar o ponto de derretimento dos cristais 23

-Secagem a vácuo: Neste método os cristais são colocados em um dessecador que contém um agente secante em seu interior. Dois problemas podem ser notados, o primeiro é que parcelas da amostra podem ser sublimadas rapidamente, já que sob vácuo a probabilidade de sublimação é aumentada, o segundo é que o dessecador pode implodir pois a superfície de vidro que está sob vácuo é grande. O dessecador a vácuo só deve ser usado se colocado em um recipiente de metal para proteção 24

Cálculo do Rendimento Rendimento = 25

Ponto de Fusão: Um Índice da Pureza A determinação do ponto de fusão pode ser um modo de determinar a pureza da substância sólida. O experimento é realizado aquecendo-se vagarosamente uma pequena quantidade de material utilizandose o aparelho de medição de ponto de fusão. Neste aparelho ajusta-se uma taxa de aquecimento, que deve ser baixa (5ºC/min) para que possa ocorrer aquecimento uniforme e garantir que a temperatura indicada é realmente a temperatura da amostra. Próximo do ponto de fusão da amostra é necessário reduzir a taxa de aquecimento para 1 ºC/min para que seja observado com precisão os pontos de degelo e de fusão. 26

O ponto de degelo é a temperatura onde o primeiro cristal da amostra começa a se liquefazer. O ponto de fusão é a temperatura onde ocorre a liquefação total do sólido. O intervalo entre os dois pontos deve ser o menor possível (entre 0,5 e 1ºC), assim pode-se considerar uma substância pura. 27

Se o ponto de fusão encontrado experimentalmente for menor que o teórico, temos uma mistura eutética, pois o P.F. de uma substância pura diminui a medida que adiciona-se a ela uma outra substância desconhecida (impurezas). No caso da acetanilida o ponto de fusão pode ser afetado pela presença do hidrato de acetanilida, que é formado conjuntamente com o produto principal, tornando o ponto de fusão inferior ao da substância pura, cerca de 84ºC. 28

P.F. acetanilida = 113-115 ºC 29

Acetanilida impura (sólida) ( Anilina, Ácido Acético,Anidrido Acético) Fluxograma da Recristalização da Acetanilida 1- Escolher o melhor solvente 2-Aquecer o solvente escolhido até a temperatura de ebulição 3-Dissolver o sólido com o mínimo de solvente em ebulição Solução de Acetanilida impura 4-Adicionar o carvão ativado ( 1 a 2 % da massa da amostra pesada) ATENÇÃO! A água deve estar morna. 5-Aquecer 6- Filtrar a solução a quente, usando um filtro pré- aquecido para remover as impurezas insolúveis e o carvão Solução Filtrada + Impurezas Solúveis Impurezas insolúveis e carvão ativado 7- Esfrie a solução utilizando lentamente (temperatura ambiente) para que ocorra a Recristalização 8- Coletar os cristais pelo método da filtração a pressão reduzida utilizando o funil de BÜCHNER, esse método é utilizado por ser mais rápido e deixar menos impurezas e solventes no sólido 9- Lavar os cristais com uma pequena parcela de solvente frio. (Para retirar a água mãe) 10-Continuar a sucção até que os cristais estejam secos Descarte Apropriado 30

Cristais de Acetanilida com traços do solvente 11- Secar os cristais com ar seco ou colocá-los em um forno de secagem ou secar os cristais com um dessecador a vácuo. (Para retirar os resíduos de solvente) 12- Pesar o produto, calcular o rendimento e o ponto de Fusão Água-mãe contendo impurezas solúveis e traços de Acetanilida. Cristais de Acetanilida Pura Descarte Apropriado 31

Substância Densidade (g.cm 3 ) Peso Molecular (g. mol 1 ) Ponto de Fusão( C) Ponto de Ebulição ( C) Características Acetanilida 1,2105 Sólido branco, cristais 135,1 113 115 304 305 (20 C) ortorrômbicos. Água 0,997 18,02 0 100 Líquido incolor Etanol 0,794 46,07 117,3 78,5 Líquido incolor Éter etílico 0,7134 74,12 116 34,6 Líquido incolor Clorofórmio 1,484 119,39 63,5 62 Líquido incolor Acetona 0,791 58,08 94 56 Líquido incolor Benzeno 0,874 78,11 5,5 80 Líquido incolor Carvão ativado 1,8 2,1 12 Material de carbono, alta porosidade. 32

Bibliografia Vogel, A.I Practical Organic Chemistry, 3 rd Edition, Longmans, Green and Co,1956. Pavia, D.L. ; Lambman, G.M. ; Kriz, G.S..- Introdution to Organic Laboratory Techiniques : A contemporary Approach, 3 rd edition, Saunders College Publishing,1988 The Merck Index: Na encyclopedia of chemicals drugs and biologicals, 5 th Ed. Whitehouse Station,1996. http://labjeduardo.iq.unesp.br http://www.activbras.com.br/carvao.html http://www.unb.br/iq/kleber/cursosvirtuais/qg/aula- 13/cristaliza.gif 33