BOLETIM DO. SUÍNO nº 86 OUTUBRO

Documentos relacionados
BOLETIM DO. SUÍNO nº 84 AGOSTO

BOLETIM DO. SUÍNO nº 82 JUNHO

BOLETIM DO. SUÍNO nº 80 ABRIL

BOLETIM DO. SUÍNO nº 85 SETEMBRO

BOLETIM DO. SUÍNO nº 90 FEVEREIRO

BOLETIM DO. SUÍNO nº 76 DEZEMBRO

BOLETIM DO. SUÍNO nº 81 MAIO

BOLETIM DO. SUÍNO nº 102 FEVEREIRO

BOLETIM DO. SUÍNO nº 92 ABRIL

BOLETIM DO. SUÍNO nº 79 MARÇO

BOLETIM DO. SUÍNO nº 96 AGOSTO

BOLETIM DO. SUÍNO nº 78 FEVEREIRO

BOLETIM DO. SUÍNO nº 89 JANEIRO

BOLETIM DO. SUÍNO nº 103 MARÇO

BOLETIM DO. SUÍNO nº 98 OUTUBRO

BOLETIM DO. SUÍNO nº 95 JULHO

BOLETIM DO. SUÍNO nº 99 NOVEMBRO

BOLETIM DO. SUÍNO nº 104 ABRIL

BOLETIM DO. SUÍNO nº 94 JUNHO

BOLETIM DO. SUÍNO nº 77 JANEIRO

BOLETIM DO. SUÍNO nº 93 MAIO

BOLETIM DO. SUÍNO nº 91 MARÇO

AGROMENSAL CEPEA/ESALQ Informações de Mercado

w w w. i m e a. c o m. b r

w w w. i m e a. c o m. b r

w w w. i m e a. c o m. b r

w w w. i m e a. c o m. b r

Balanço 2016 Perspectivas Aves

PECUÁRIA. Novembro de 2017 DEPEC Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos

informe Mercado do Leite Mercado da Carne Comentários Dicas Técnicas Eventos Edição 001 Julho 2016 Em Junho o preço do leite subiu em todos os estados

AGROMENSAL CEPEA/ESALQ Informações de Mercado

PANORAMA SEMANAL DO MERCADO SUÍNO DO DF 13/03/2015

PANORAMA SEMANAL DO MERCADO SUÍNO DO DF 06/03/2015

PANORAMA SEMANAL DO MERCADO SUÍNO DO DF 20/03/2015

CUSTOS TRIMESTRAIS SUÍNOS MARÇO/2017

LEITE Uma publicação do CEPEA - ESALQ/USP Ano 25 nº 286 Abril Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada - ESALQ/USP

Fabio Silveira. Outubro 2016

AGROMENSAL CEPEA/ESALQ Informações de Mercado

Exportações de carne suína crescem no primeiro semestre e preço do suíno sobe no mercado interno

LEITE Uma publicação do CEPEA - ESALQ/USP Ano 25 nº 288 JUNHO Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada - ESALQ/USP

AGROMENSAL CEPEA/ESALQ Informações de Mercado

PECUÁRIA. Janeiro de 2018 DEPEC Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO DEPARTAMENTO DE ECONOMIA, ADMINISTRAÇÃO E SOCIOLOGIA ESCOLA SUPERIOR DE AGRICULTURA "LUIZ DE QUEIROZ"

AGRICULTURA. Novembro de 2017 DEPEC Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos

Abril de USDA PREVÊ AUMENTO DE 2,3% DA PRODUÇÃO DE LEITE BRASILEIRA EM 2012

-0,5 mar/13 abr/13 mai/13 jun/13 jul/13 ago/13 set/13 out/13 nov/13 dez/13 jan/14 fev/14 mar/14

ANÁLISE CONJUNTURAL ANÁLISE CEPEA

Figura 1 Principais índices de inflação, em variação % abr/13 mai/13 jun/13 jul/13 ago/13 set/13 out/13 nov/13 dez/13 jan/14 fev/14 mar/14 abr/14

BOVINOCULTURA DE CORTE Mercado Interno

TABELA 1 EXPORTAÇÕES DO RS JULHO DE 2015 VS JULHO 2016

CONJUNTURA ECONÔMICA

LEITE Uma publicação do CEPEA - ESALQ/USP Ano 24 nº 274 Março Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada - ESALQ/USP

LEITE Uma publicação do CEPEA - ESALQ/USP Ano 24 nº 272 Janeiro Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada - ESALQ/USP

PELA PRIMEIRA VEZ, ARROBA SOBE MAIS QUE CUSTO NO 1º SEMESTRE

AGRICULTURA. Janeiro de 2018 DEPEC Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos

Realização: Apresentação. Seja parceiro: Nesta edição: Caroço de algodão Girassol e óleo Amendoim e óleo. Ano II N 2 maio de 2018.

Conjuntura Econômica. Figura 1 Aumento dos preços no acumulado de 12 meses em Campo Grande - MS (%) 7,82 7,09 6,27 5,69 6,83 6,1 4,38 4,16 3,6 3,34

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO DEPARTAMENTO DE ECONOMIA, ADMINISTRAÇÃO E SOCIOLOGIA ESCOLA SUPERIOR DE AGRICULTURA "LUIZ DE QUEIROZ"

EFEITO DO NÃO TRATAMENTO DE PRAGAS E DOENÇAS SOBRE PREÇOS AO CONSUMIDOR DE PRODUTOS DA CADEIA PRODUTIVA DE SOJA PARTE 3

Equipe Suínos Cepea* Piracicaba, 06 de fevereiro de Dificuldades na suinocultura em 2002 geram incertezas para 2003

ANO É MARCADO POR PREÇO DE LEITE RECORDE

TABELA 1 EXPORTAÇÕES DO RS JUNHO DE 2015 VS JUNHO 2016

CONJUNTURA ECONÔMICA

Figura 1 Principais índices de inflação, em variação %

No mês de novembro a soja teve uma oscilação positiva na média nacional de

CONJUNTURA ECONÔMICA

LEITE Uma publicação do CEPEA - ESALQ/USP Ano 25 nº 287 MAIO Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada - ESALQ/USP

CONJUNTURA ECONÔMICA

Parceiros Comerciais do RS no período de

CONJUNTURA ECONÔMICA

Figura 1 Principais índices de inflação, em variação % abr/13 mai/13 jun/13 jul/13 ago/13 set/13 out/13 nov/13 dez/13 jan/14 fev/14 mar/14 abr/14

Realização: Apresentação. Seja parceiro:

:: CONJUNTURA ECONÔMICA

LEITE Uma publicação do CEPEA - ESALQ/USP Ano 24 nº 281 Outubro Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada - ESALQ/USP

Total das exportações do Rio Grande do Sul. Exportações no período acumulado de janeiro a fevereiro de 2016.

CONJUNTURA ECONÔMICA

CONJUNTURA ECONÔMICA

Fechamento dos Mercados Segunda-feira 07/11/16 granoeste.com.br (45) Atual Ant. Dif.

Maio de Queda dos preços do milho e ampliação das exportações devem permitir melhora das margens na cadeia de aves e suínos

LEITE Uma publicação do CEPEA - ESALQ/USP Ano 24 nº 280 Setembro Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada - ESALQ/USP

BOVINOCULTURA DE CORTE

CONJUNTURA ECONÔMICA

Boletim Só Granjas Março de Enviado para mais de granjeiros e empresas do setor. Avicultura. Página 2. Suinocultura. Página 3.

LEITE Uma publicação do CEPEA - ESALQ/USP Ano 25 nº 284 Fevereiro Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada - ESALQ/USP

A escalada dos preços e as cadeias do complexo carnes

Informe ABPA Grãos ANO 4 / NÚMERO de JANEIRO de 2016

Figura 1 Principais índices de inflação, em variação % jun/13 jul/13 ago/13 set/13 out/13 nov/13 dez/13 jan/14 fev/14 mar/14 abr/14 mai/14 jun/14

BOLETIM RURAL Bovinocultura de leite. Edição nº 09/2017 Outubro/2017 CONJUNTURA ECONÔMICA

Conjuntura Econômica

Realização: Apresentação. Seja parceiro: Nesta edição: Caroço de algodão pg.2 Milho pg.4 Amendoim e óleo pg.3 Soja pg.5. Ano II N 1 Abril de 2018

Uma publicação do CEPEA - ESALQ/USP Ano 14 - Nº171 - Outubro/Novembro de 2008

Exportações de carne suína brasileira crescem no primeiro semestre de 2019

Pecuária de Corte: Análise de Mercado

Florestais apresentou um crescimento de 54,2%, totalizando US$ 68 milhões.

DEPEC Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos CARNE SUÍNA JUNHO DE 2017

CEPEA/CUSTOS LEITE: Custo sobe no início de 2016, mas valorização do leite mais que compensa e margem é positiva

LEITE Uma publicação do CEPEA - ESALQ/USP Ano 24 nº 278 Julho Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada - ESALQ/USP

Parceiros Comerciais do RS no período de

O Mercado de grãos. Em meio à alta do dólar e incertezas econômicas e clima. Rafael Ribeiro Zootecnista, mestrando em Administração

Parceiros Comerciais do RS no período de. Comparação do mês de dezembro de

Transcrição:

BOLETIM DO SUÍNO nº 86 OUTUBRO 2017

O mercado em setembro O mercado de suínos seguiu estável em outubro, com equilíbrio entre a disponibilidade nas granjas e a demanda dos frigoríficos. A oferta restrita de animais deixou produtores cautelosos quanto a novos negócios, e suinocultores preferiram aguardar por cotações mais elevadas neste início de novembro. Por outro lado, frigoríficos também se mostram retraídos nas compras, contando com um cenário de preços estáveis ou em queda. Apesar da relativa estabilidade das cotações de outubro, os preços médios do mês foram superiores aos de setembro para o animal vivo, que se valorizou 1,01% na região SP-5 (Bragança Paulista, Sorocaba, Piracicaba, Campinas e São Paulo) frente à média do mês anterior. No mercado de carnes, o movimento foi semelhante, com as cotações médias das carcaças especial e comum subindo 1,88% e 0,92%, respectivamente, no atacado da Grande São Paulo no período. No Sul do País, no Oeste Catarinense, especificamente, o quilo do animal vivo passou de R$ 3,72 em setembro para R$ 3,83 em outubro, valorização de 2,97%. No Norte do Paraná, os valores subiram 1,15%, com o preço médio passando de R$ 3,84/kg em setembro para R$ 3,89/kg em outubro. Em Santa Rosa (RS) as cotações reagiram ligeiro 0,79% entre 29 de setembro e 31 de outubro, quando o vivo foi negociado a R$ 3,66 /kg. Apenas Minas Gerais registrou desvalorizações no último mês, cenário que pode estar atrelado a ajustes entre produtores e frigoríficos, já que, em setembro, os preços no estado mineiro permaneceram estáveis, mas em patamares elevados. Na região de Ponte Nova, os valores do animal recuaram 0,52% de um mês para o outro, para a média de R$ 4,19/kg em outubro. Para os cortes, o cenário foi similar ao observado para o vivo, com demanda enfraquecida no mercado doméstico e sem grandes estoques ou oferta elevada. Os preços dos cortes mais consumidos no período de festas de final de ano subiram em relação ao mês anterior, mas ainda estão abaixo dos valores registrados em anos anteriores, quando analisado o mesmo período. Neste ano, frigoríficos ainda não sinalizaram compras para formação de estoques para abastecer o mercado mais aquecido durante o período de festas. Gráfico 1 - Preço médio da carcaça suína comum no atacado da Grande São Paulo () 8,00 7,50 6,50 5,50 4,50 3,50 2,50 2,00 jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez 2012 2013 2014 2015 2016 2017 Gráfico 2 - Indicadores do Suíno Vivo CEPEA/ ESALQ - Preços pagos ao produtor ( a ) 5,50 5,20 4,90 4,60 4,30 3,70 3,40 3,10 2,80 2,50 01/11/2016 16/11/2016 29/11/2016 12/12/2016 23/12/2016 06/01/2017 19/01/2017 01/02/2017 14/02/2017 01/03/2017 14/03/2017 27/03/2017 07/04/2017 24/04/2017 08/05/2017 19/05/2017 01/06/2017 14/06/2017 28/06/2017 11/07/2017 24/07/2017 04/08/2017 17/08/2017 30/08/2017 13/09/2017 26/09/2017 09/10/2017 23/10/2017 MG SP PR SC RS 2

Estado BOLETIM DO SUÍNO OUTUBRO DE 2017 - ANO 8, Nº 86 Preços e exportações Tabela 1 - Indicadores do Suíno Vivo CEPEA/ESALQ - Preços pagos ao produtor - outubro/17 Média no mês Mínimo Máximo Minas Gerais 4,13-5,9% 3,97 4,19 São Paulo 4,08-1,7% 4,04 4,13 Paraná 3,72 0,8% 3,69 3,74 Santa Catarina 3,50 1,2% 3,48 3,52 Rio Grande do Sul 3,41 0,0% 3,39 3,42 Tabela 2 - Médias regionais do preço do suíno vivo - outubro/17 () Região Média Mínimo Máximo no mês Patos de Minas 4,09-6,1% 3,93 4,15 Belo Horizonte 4,13-5,4% 3,96 4,18 Sul de Minas 4,17-5,9% 4,26 Ponte Nova 4,19-4,5% 4,05 4,26 São José do Rio Preto 4,06-0,8% 4,02 4,16 Avaré 4,08-0,5% 4,02 4,15 SP-5 4,09-2,8% 4,04 4,16 Arapoti 3,90-0,4% 3,82 3,96 SO Paranaense 3,96-0,1% 3,93 Oeste Catarinense 3,83-5,1% 3,72 3,90 Braço do Norte 3,54-1,3% 3,54 3,58 Erechim 3,72-1,5% 3,68 3,75 Santa Rosa 3,69 0,0% 3,65 3,73 Serra Gaúcha 3,69-1,5% 3,66 3,73 Tabela 3 - Médias dos preços das carnes - atacado da Grande São Paulo - () Estado Média no mês Mínimo Máximo Carcaça Comum 5,93-2,4% 5,82 Carcaça Especial 6,31 1,0% 6,20 6,39 Lombo 9,90 1,1% 9,77 10,11 Pernil com osso 7,04 1,5% 6,97 7,08 Costela 9,50 0,7% 9,24 9,75 Carré 6,94 1,3% 6,80 Paleta sem osso 7,15-1,0% 7,07 7,33 Em outubro, o Brasil exportou 57,7 mil toneladas de carne suína, tanto in natura quanto industrializada, conforme dados da Secex. Esse volume foi 4,3% menor que o embarcado em setembro e 3,6% inferior ao exportado em outubro/16. Em receita, as vendas externas totalizaram R$ 429,9 milhões no mês passado, montante 1,4% menor que o de setembro e 31,9% inferior ao de out/16. Dentre os principais destinos da carne suína nacional, a Rússia, o maior comprador do produto, tende a ditar o ritmo dos embarques brasileiros. De setembro a outubro, o país reduziu em 18,5% as importações da carne nacional e, no mês passado, o volume embarcado à Rússia foi o menor do segundo semestre de 2017, totalizando 20 mil toneladas e refletindo dois meses consecutivos de recuo das compras. Esse cenário, no entanto, pode mudar nas próximas semanas, já que, no último dia 27, o governo russo divulgou decreto suspendendo as importações, principalmente de produtos de origem animal, de nove países, incluindo alguns da União Europeia, Estados Unidos, Canadá e Austrália, o que pode abrir mais espaço para a carne suína brasileira na Rússia. O decreto russo está atrelado às respostas políticas do país às sanções que vem sofrendo desde que anunciou a anexação da Crimeia. Na parcial deste ano, as exportações brasileiras de carne suína ainda não superaram as de 2016. De janeiro a outubro, o setor suinícola embarcou 578 mil toneladas do produto, queda de 1,8% frente às 588,8 mil toneladas do mesmo período de 2016. A redução dos embarques à China teve grande influência sobre esse resultado, uma vez que o país asiático foi um dos principais destinos do produto brasileiro em 2016. No acumulado de 2017, o Brasil enviou à China 38,3 mil toneladas de carne suína, 49% a menos que no mesmo período do ano passado. 3

Gráfico 3 - Preços internos (carcaça -Grande SP) e externo (carne in natura), deflacionados pelo IPCA - 10,00 9,00 8,00 nov/15 dez/15 jan/16 fev/16 mar/16 abr/16 mai/16 jun/16 jul/16 ago/16 set/16 out/16 180,00 160,00 140,00 120,00 100,00 Gráfico 4 - Exportações de carne suína in natura entre novembro/16 e outubro/17 80,00 60,00 40,00 20,00-1.000 t US$ milhões Preço Interno Preço Externo Acarne suína perdeu competitividade frente às principais concorrentes, bovina e de frango, em outubro, devido às desvalorizações dos cortes bovinos e às altas nos preços do frango resfriado. Na região da Grande São Paulo, a diferença entre o preço do dianteiro bovino e o da carcaça especial suína diminuiu 31,3% em outubro, com a carne suína 1,39 real mais barata que a bovina. Essa diferença entre os preços diminuiu 63 centavos frente a de setembro, que foi de 2,02 reais por quilo. No mercado de carne bovina, as cotações recuaram na Grande São Paulo em outubro. O valor médio da carcaça casada, que em setembro foi de R$ 9,83/kg, diminuiu 2,7% no mês passado, para R$ 9,56/kg. O mesmo ocorreu com o preço do dianteiro, que recuou 6,3% de setembro para outubro, para a média de R$ 7,70. Esse cenário desfavorece o mercado suinícola, que passa por um momento de incertezas e de cautela por parte dos agentes. Visto que o brasileiro prefere carne bovina, a queda nos preços dessa proteína pode elevar seu consumo, reduzindo o da carne suína. No mercado de frango, que se man- Carnes Concorrentes teve aquecido devido às exportações, as altas observadas em outubro não foram suficientes para alavancar a competitividade da carne suína frente a esta concorrente. Apesar da diferença entre os preços do frango resfriado e da carcaça especial suína ter aumentado 1 centavo, a competitividade da carne suína diminuiu 0,4% frente à proteína de frango. Na Grande São Paulo, o frango inteiro resfriado teve média de R$ 3,64/kg em outubro, aumento de 3% frente à de setembro, quando foi de R$ 3,53/kg. No acumulado do mês passado, os preços do resfriado recuaram 14,3%, enquanto que a carcaça especial suína se desvalorizou 11,3% no mesmo período, reduzindo ainda mais a competitividade da carne suína. De maneira geral, o brasileiro já vem consumindo menos proteína de origem animal desde o início do ano, em função das instabilidades político-econômicas do País. Para o setor suinícola, esta situação se agrava em cenários como o observado em outubro, em que a carne suína perdeu competitividade frente às concorrentes bovina e de frango. 4

11,00 10,00 Gráfico 5 - Preços da carcaça casada bovina, carcaça comum suína e frango inteiro resfriado, no atacado da Grande São Paulo () - outubro/16 a setembro/17 9,00 8,00 2,00 Bovina Suína Frango Relação de Troca e Insumos O poder de compra do suinocultor frente ao milho e ao farelo de soja, os principais insumos da cadeia, recuou no acumulado de outubro. No último dia do mês, o produtor de Campinas (SP) conseguiu adquirir 7,73 quilos de milho ou 4,11 quilos de farelo com a venda de um quilo de suíno vivo, respectivas quedas de 9,4% e de 4,7%. Na região do Oeste Catarinense, o poder de compra do suinocultor diminuiu 7,9% frente ao milho e 9,2% frente ao farelo de soja em outubro. No início do mês, um quilo do animal valia 8,11 quilos de milho ou 3,96 quilos de farelo de soja. Já no final de outubro, o quilo do suíno valia 7,47 quilos de milho e 3,60 quilos de farelo. O mercado do milho seguiu em alta em outubro. Em Campinas, o preço médio da saca de 60 kg do cereal no período foi de R$ 30,56, valorização de 7,42% no acumulado do mês. Na região de Chapecó (SC), a alta foi de 5,36%, com média de R$ 29,82/ sc. Essas valorizações estão atreladas à ausência de produtores do mercado e às incertezas climáticas no Brasil e seus impactos nas safras de verão, segundo a equipe Grãos/Cepea. Quanto ao farelo de soja, a tonelada do insumo, que valia R$ 94 em Campinas no começo de outubro, fechou o mês a R$ 992,72, aumento de 5,05% no período. Em Chapecó, a valorização do insumo foi de 3,03%, para R$ 1.002,46 por tonelada no encerramento do mês no início de outubro, a tonelada do farelo valia R$ 972,94. Segundo a equipe Grãos/Cepea, a valorização do dólar frente ao Real e especulações de atraso na próxima safra impulsionaram os valores do farelo no mercado interno. 5

Tabela 4 - Relação de troca de suíno por milho e de suíno por farelo de soja (kg vivo/kg de insumo) média agosto/17 vivo/milho vivo/ farelo SP 8,04-5,4% 4,12-3,5% MG 8,92-7,8% 4,11-5,1% Gráfico 6 - Relação de troca (kg de suíno/ kg de ração) - MG - nov/07 a 7,50 6,50 5,50 4,50 3,50 2,50 2,00 nov/07 jun/08 jan/09 ago/09 mar/10 out/10 mai/11 dez/11 jul/12 fev/13 set/13 abr/14 nov/14 jun/15 jan/16 ago/16 13,5 12,0 10,5 9,0 7,5 6,0 4,5 3,0 1,5 0,0 Gráfico 7 - Relação de troca (kg de suíno/kg de milho e kg SP Suíno/Milho MG Suíno/Milho SP Suíno/Farelo MG Suíno/Farelo 6 SEJA UM COLABORADOR DO CEPEA! CONTATO: (19) 3429-8859 suicepea@usp.br EXPEDIENTE Coordenador: Prof. Dr. Sergio Fonte: De Zen Cepea-Esalq/USPJornalista responsável: Alessandra da Paz - Mtb: 49.148 O Boletim do Suíno é elaborado Equipe: Regina Mazzini R. Biscalchin, Marcos Revisão: mente pelo Cepea - Centro de Debatin Iguma, Fernando Crevelário, Beatriz Bruna Sampaio - Mtb: 79.466 Estudos Avançados em Economia Aplicada Uemura Souza, Claudia Scarpelin, Luiz Gustavo S. Nádia Zanirato - Mtb: 81.086 Tutui, Priscila M. de Moura e Paula O. Rodrigues Flávia Gutierrez - Mtb: 53.681 - ESALQ/USP. Interessados em reproduzir o conteúdo devem solicitar autorização.