TRABALHO EM GRUPOS E PRODUTIVIDADE NO ARRANJO CELULAR

Documentos relacionados
GESTÃO EM SAÚDE. Teorias da Administração. Renata Loretti Ribeiro - Enfermeira

22/09/2015. Evolução do Pensamento Administrativo. Administração Científica

Teoria Básica da Administração. Administração Científica. Professor: Roberto César

ADMINISTRAÇÃO GERAL. Abordagem Clássica. Administração Científica - Parte 3. Prof. FábioArruda

M odelo J a ponês S istem a Toyota. S egura nça do T ra ba lho

Profa. Daciane de Oliveira Silva BIBLIOGRAFIA; CHIAVENATO, Idalberto. Administração da produção: uma abordagem introdutória Capítulo 4

IMPLEMENTAÇÃO DE GRUPOS SEMI-AUTÔNOMOS: FASES E CUIDADOS CRÍTICOS

Teoria da. Administração Científica. Professor: Roberto César

Noções de Administração TRT - Brasil. Rafael Ravazolo

ORGANIZAÇÃO INDUSTRIAL. Prof. Carla Hammes

ADMINISTRAÇÃO GERAL. Abordagem Clássica. Administração Científica - Parte 2. Prof. FábioArruda

Abordagens teóricas recentes da Administração: O sistema japonês. Prof. Dr. Jorge Caldeira

É a base do desenvolvimento econômico mundial. Ocorre quando há transformação em algum bem, acabado ou semiacabado;

Organização e Normas

Introdução à Teoria Geral da Administração

Implantação de grupos semi-autônomos (GSA)

REVOLUÇÃO INDUSTRIAL E INDUSTRIALIZAÇÃO

Sistemas de Custos. Princípios e Métodos


EVOLUÇÃO DOS MODELOS DE PRODUÇÃO

Clovis Alvarenga-Netto

Gestão de Produção Aula1: Conceitos e Fundamentos da Administração da Produção. Prof. Valdir Tavares de Lucena

ADMINSTRAÇÃO DA PRODUÇÃO

GESTÃO DE PROCESSOS PRODUTIVOS E QUALIDADE. 7º aula

Apresentação baseada no livro Análise gerencial de custos: aplicação em empresas modernas, de Antonio Cezar Bornia

AUMENTANDO A AUTONOMIA DE CÉLULAS DE MANUFATURA NA INDÚSTRIA AUTOMOBILÍSTICA

No ponto de vista histórico, podemos dizer que a indústria surgiu na Inglaterra, na segunda

Frederick Taylor e a Administração Científica

Administração. Direção. Professor Rafael Ravazolo.

Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da USP

Remuneração. Introdução

JUST IN TIME. Alessandro Ezequiel Alyson Haro Eduardo Kose Lucas Palopoli

JUST IN TIME. O JIT visa atender a demanda instantantaneamente, com qualidade perfeita e sem desperdícios. SLACK. AJPaglia 1 GS&L

Engenharia de Materiais e Manufatura SISTEMAS DE MANUFATURA

REVOLUÇÃO INDUSTRIAL E INDUSTRIALIZAÇÃO

PROCESSOS ADMINISTRATIVOS

Administração Prof. Esp. André Luís Belini Bacharel em Sistemas de Informações MBA em Gestão Estratégica de Negócios

REVOLUÇÃO INDUSTRIAL I E II

NOÇÕES DE GESTÃO DE PESSOAS NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA - Funções do Gestor de Pessoas. - Conceito e processos da área de Gestão de Pessoas.

Administração Estratégica

SISTEMA LEAN DE PRODUÇÃO. Prof. Fabiano da Veiga

Arranjo Físico e Fluxo

Ficha 01 Alguns tipos e definições de competências.

Panorama histórico da administração, parte I Taylor, ford, fayol, weber

Modelagem de Problemas Gerenciais Gerenciamento da Capacidade

Campus Capivari Análise e Desenvolvimento de Sistemas (ADS) Prof. André Luís Belini /

AULA 4 ADMINISTRAÇÃO

Introdução à Teoria Geral da Administração TIPOS DE ORGANIZAÇÃO

Prof. Adm. Esp. Rodrigo Leão Brasileiro

ADMINISTRAÇÃO GERAL. Abordagem Clássica. Administração Científica - Parte 4. Prof. FábioArruda

R.A.E./20 RESENHAS 151 KURT E. WEIL

Curso Superior de Tecnologia: Redes de Computadores. Disciplina: Dinâmica nas Organizações. Prof.: Fernando Hadad Zaidan. Unidade 3.

Transformações recentes no mundo do trabalho

SISTEMAS DE PRODUÇÃO PROFª MILKA MEDEIROS

04 Parte III - Planejamento e Controle

PROCESSOS GERENCIAIS

Meios de Produção. Fordismo, Toyotismo e Taylorismo

Definições. Tarefa: atividades individualizadas e executadas por um ocupante de cargo. Cargos simples e repetitivos.

Introdução à Remuneração

Recursos Humanos I. Administração de Salários Planos de Benefícios Sociais

Encontrando oportunidades de renovação nas nossas fábricas de celulose e papel.

Desenvolvimento de Carreira Aula Evandro Deliberal

Aula 02 Concepções Administrativas e a Enfermagem. Aula 02 Aula 02 Concepções Administrativas e a Enfermagem

Desafio: Administração Geral - Parte I

6 MODELO JAPONÊS DE ADMINISTRAÇÃO

POLÍTICAS PÚBLICAS Aula 02. Prof. a Dr. a Maria das Graças Rua

09/09/2011 DEFINIÇÃO OBJETIVOS OBJETIVOS TIPOS DE ARRANJO ADM. DA PRODUÇÃO II

Graduação em Administração

CURSO DE QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL ASSISTENTE ADMINISTRATIVO COM INFORMÁTICA

A total automação implica que o sistema é capaz de detectar qualquer anormalidade, decidir sobre a forma de correção e aplicá-la

TEORIA CLÁSSICA DA ADMINISTRAÇÃO. HENRI FAYOL França

Aula 2. Histórico da Gestão de Processos de Negócio. Prof. Carina Frota Alves

Níveis de Estoque e Reposição

a) PRODUÇÃO CONTÍNUA (PRODUÇÃO REPETITIVA) b) PRODUÇÃO INTERMITENTE (NÃO CONTÍNUO)

Instalações Máquinas Equipamentos Pessoal de produção

IMPLEMENTAÇÃO DO QUADRO KANBAN NA LINHA DE PRODUÇÃO

3. CONCEITOS IMPORTANTES

Aula 2. Professor Douglas Pereira da Silva. dps aula 2

DAS MUTAÇÕES DO TRABALHO À COMPETÊNCIA

Declínio do feudalismo:

Desenvolvimento Organizacional - DO

APOSTILA GESTÃO DE PROCESSOS E QUALIDADE

ROTEIRO EFICIÊNCIA, EFICÁCIA E COMPETITIVIDADE DESEMPENHO DAS ORGANIZAÇÕES EFICIÊNCIA E DESPERDÍCIO PRODUTIVIDADE PRODUTIVIDADE E QUALIDADE COMBINADAS

Análise e Descrição de Cargos. Matéria: Cargos e Salários Debora Miceli Versão: Jul/2016

Curso EFA NS - Técnico de Segurança e Higiene no Trabalho

TÓPICOS ESPECIAIS EM ADMINISTRAÇÃO. Modelo Japonês de Administração

ORGANIZAÇÃO INDUSTRIAL PROFESSORA MAUREN POMALIS. ENG. ELÉTRICA - 8 PERÍODO UNIR/Porto Velho 2017/1

PROGRAMAS DE GESTÃO EMPRESARIAL JIT JUST-IN-TIME PROCESSOS OPERACIONAIS.

Remuneração e Recompensa

Organização da Produção

Produção e o Custo da Empresa. Conceitos básicos; Função de produção; Lei dos rendimentos decrescentes; Equilíbrio da firma; Custos de Produção.

Unidade I GESTÃO DAS OPERAÇÕES. Prof. Me. Livaldo dos Santos

Processo Organizacional

Processo Organizacional

Teoria Geral da Administração

Layout / Arranjo Físico. Posicionamento físico: Disposição dentro de um ambiente ou de um local

Cargos e Salários Professor Douglas

O que leva as pessoas a agirem em prol do alcance dos objetivos pessoais e organizacionais. Motivo que sustenta e dirige a conduta.

O mundo do trabalho ontem e hoje

Eficiência e Eficácia

Transcrição:

MANUFATURA CELULAR E FLEXIBILIDADE PRODUTIVA TRABALHO EM GRUPOS E PRODUTIVIDADE NO ARRANJO CELULAR Prof. Kairo de Barros Guimarães Adaptado de: Prof. Ricardo Souza Siviero MARX, R. Trabalho em grupos e autonomia como instrumentos da competição. São Paulo: Atlas, 1 1998.

REESTRUTURAÇÃO INDUSTRIAL POSTO DE TRABALHO SEQUÊNCIA RÍGIDA DE TAREFAS MAIOR FLEXIBILIDADE TRABALHADORES FIXOS ASPÉCTOS COMUNS NA MUDANÇA Redução de níveis hierárquicos Arranjos celulares de produção Programas de melhoria contínua Melhoria dos processos comunicacionais Autonomia Polivalência 2

O PENSAMENTO DE TAYLOR Pensar Fazer O pessoal do staff, engenheiro, técnicos, analistas etc. planejavam e tabulavam as informações dos processos produtivos Engenheiros Técnicos Operários OS OPERÁRIOS SIMPLESMENTE OBEDECIAM 3

PRINCÍPIOS DA ESCOLA CLÁSSICA E TRABALHO EM GRUPO VISÃO DE TAYLOR E FORD TODO TRABALHADOR ESTÁ INTERESSADO EM AUMENTAR SUA REMUNERAÇÃO; TRABALHO EM GRUPO NÃO É VIÁVEL, POR ENCOBRIR DIFERENÇAS INDIVIDUAIS; O MELHOR TRABALHADOR ABAIXA SEU RENDIMENTO AO NÍVEL DOS MAIS INEFICIENTES; GRANDE NÚMERO DE ATIVIDADES DE SUPORTE/CONTROLE; ENFATIZA A FORÇA FÍSICA EM DETRIMENTO DAS HABILIDADES DE RACIOCÍNIO. 4

Estudos de Tempos e Movimentos O PENSAMENTO DE TAYLOR Determinação da Única Maneira Certa Incentivo Monetário Seleção do Homem de Primeira Classe Padrão de Produção Aumento de Produtividade Maiores Salários e Maiores Lucros Lei da Fadiga Supervisão Cerrada Postulado Fundamental: HOMO ECONOMICUS 5

CARACTERÍSTICAS DA ESCOLA DE RELAÇÕES HUMANAS NO TRABALHO ÊNFASE: o Taylorismo dava pouca importância ao fator humano no trabalho. É função da gerência tomar iniciativas que levem à motivação e equacionem o problema da produtividade nas empresas. As mudanças significaram somente alterações incrementais na lógica de produção Taylorista. FUNÇÃO ECONÔMICA Produzir Bens e Serviços Equilíbrio Externo ORGANIZAÇÃO INDUSTRIAL FUNÇÃO SOCIAL Dar satisfação a seus participantes Equilíbrio Interno 6

Teoria X e Teoria Y Teoria X As pessoas são preguiçosas e indolentes. As pessoas tendem a evitar o trabalho. As pessoas evitam a responsabilidade para se sentirem seguras. As pessoas são ingênuas e sem iniciativa. Teoria Y As pessoas gostam do trabalho e são esforçadas e dedicadas. As pessoas consideram o trabalho como algo natural a ser realizado. As pessoas podem se controlar e assumir responsabilidades. As pessoas são criativas e competentes. 7

Produtos auxiliares AMBIENTE O MODELO DE TAVISTOCK PRODUTO SISTEMA Eficiência Real SOCIAL SISTEMA TÉCNICO Eficiência Potencial 8

CARACTERÍSTICAS DA ESCOLA SOCIOTÉCNICA Procura oferecer alternativa ao modelo clássico e à escola de Relações Humanas. Uma unidade produtiva não requer supervisão externa e tampouco controle externalizado de suas atividades internas. Os princípios sociotécnicos do trabalho buscam:.introduzir flexibilidade na alocação aos postos;.ambiente favorável ao crescimento profissional;.maior capacidade de reação das empresas a ambientes externos cada vez menos previsíveis e instáveis;.redução potencial de custos de produção. 9

CONCEITO DO TRABALHO EM GRUPO Um grupo assume a responsabilidade completa pela produção de um produto ou linha de produtos. O grupo não deve possuir tarefas fixas predeterminadas para cada componente. A supervisão não deve interferir na maneira pela qual o grupo se auto-atribui as tarefas. A supervisão serve de elo de ligação entre cada grupo e seu meio externo. SEMI-AUTÔNOMOS: Nem todas as decisões são tomadas pelo grupo (por ex.: estratégias relativas a políticas de produção, vendas e finanças Gerentes e Diretores) 10

ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PARA GRUPOS SEMI-AUTÔNOMOS As atividades desempenhadas em um grupo devem constituir um significado completo de per si; Deve existir alguma autonomia dentro do grupo para o estabelecimento de padrões, ao mesmo tempo em que feedback dos resultados deve ser enviado ao grupo; Deve haver algum controle sobre as tarefas desempenhadas nas fronteiras entre os grupos; Devem ser previstos canais de comunicação adequados para que trabalhadores sem experiência possam ser incorporados ao grupo sem grandes pressões no início; A definição de líderes/supervisores deve ser sancionada pelos trabalhadores. 11

CARACTERÍSTICAS DO OHNOISMO OHNOISMO TAIICHI OHNO TOYOTA Enfatiza a LÓGICA da produção em massa (reduz custos unitários, via ganhos de escala). Aumenta as variações dos produtos produzidos em uma mesma instalação. Diminui o tamanho de cada lote produzido anteriormente. Necessidade de redução de custos. Toda fonte de desperdício deve ser eliminada:. Uso inadequado de mão-de-obra;. Estoques;. Tempo de preparação de máquina;. Falta de padronização de métodos. 12

CARACTERÍSTICAS DO OHNOISMO TRABALHO EM GRUPO: Peça-chave para a redução dos desperdícios Teamwork é tudo. Se um operador em um processo posterior estiver atrasado, outros deverão ajudá-lo Multihabilidade. Deve-se medir o nº de conjuntos que uma linha é capaz de fabricar não o nº de peças que um trabalhador consegue obter. 13

CARACTERÍSTICAS DO OHNOISMO NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO- IMPROD. SIM- PRODUT. ELIMINAR TUDO QUE NÃO AGREGA VALOR AO PRODUTO: PERDAS 14