12 de janeiro de 2015 Relatório Semanal de Estratégia de Investimento Destaques da Semana Economia internacional: Deflação na Europa reforça crença no QE (22/11); Pacote de U$1 trilhão em infraestrutura na China. Economia brasileira: Inflação deve começar o ano pressionada; Ações positivas no lado fiscal da economia.
mai-13 nov-13 jan-14 mar-14 mai-14 set-14 nov-14 jan-15 fev-08 jul-08 dez-08 mai-09 out-09 mar-10 ago-10 jan-11 jun-11 nov-11 abr-12 set-12 fev-13 dez-13 mai-14 out-14 Economia Internacional Economia Brasileira Na primeira semana útil completa de 2015, os mercados foram movidos pelo dado de deflação na leitura preliminar do CPI de dezembro na zona do Euro (-0,2%) e expectativa de um programa de compra de títulos na ordem de 500 bilhões de euros para estimular as economias do grupo. A debilidade prolongada no crescimento econômico e na produtividade, combinada a inflação extremamente baixa e taxas de juros de curto prazo mais altas nos EUA, provavelmente farão o euro seguir perdendo valor em relação ao dólar americano. Nos EUA, fortes números de emprego (ADP e Payroll), somados a queda dos salários (sinalizando que a inflação pode seguir abaixo da meta de 2% e o que FED tem o argumento para demorar mais para começar a subir os juros), deram fôlego aos mercados de risco. Ademais, a China informou que irá direcionar mais de 1 trilhão de dólares para o setor de infraestrutura, num movimento que de início, afasta o risco de um hard landing no país e ajuda a ancorar as expectativas para 2015. A queda nos preços do petróleo e do minério de ferro, além do fortalecimento do dólar americano, devem continuar chamando atenção para os investimentos em ativos norte americanos, como bolsas, dívida e moeda. No cenário doméstico, a semana iniciou com o Ministro da Fazenda, Joaquim Levy, anunciando os integrantes de sua equipe e sinalizando medidas de corte de gastos públicos, ambos bem recebidos pelos agentes de mercado. Os destaques da semana foram os números de IPCA de Dezembro (0,78%) e 2014 (6,41%), produção industrial (-0,7%), e balança comercial (- USD$3,930 bilhões). Apesar de ter terminado o ano de 2014 pouco abaixo do limite de 6,5%, na prática, em cinco dos seis meses imediatamente anteriores a inflação medida pelo IPCA esteve acima dos 6,5%. A inflação deverá continuar pressionada por entre outros fatores a alta do câmbio que deve seguir sua tendência de desvalorização frente ao dólar norte-americano. A bolsa brasileira operou com bastante volatilidade ao longo da semana, porem conseguiu fechar em alta de 0,68%, com destaque para o fluxo de compras de investidores estrangeiros e melhora na percepção de risco de alguns setores que caíram muito no ano de 2014. Nesta semana, uma série de dados importantes estão na agenda doméstica: IGP-M, vendas no varejo, criação de empregos formais e atividade econômica. 7 Gráfico G2- Inflação Implícita 65 60 55 50 45 40 35 30 Gráfico G1- PMI 6,8 6,6 6,4 6,2 6 5,8 5,6 5,4 5,2 EUA Europa China Brasil
mar-07 set-07 mar-08 set-08 mar-09 set-09 mar-10 set-10 mar-11 set-11 mar-12 set-12 mar-13 mar-14 set-14 abr-08 set-08 fev-09 jul-09 dez-09 mai-10 out-10 mar-11 ago-11 jan-12 jun-12 nov-12 abr-13 fev-14 Mercados BOLSA A última semana foi de realização para os principais índices de ações ao redor da Europa e Ásia, com exceção para o índice Chinês, que subiu 1,60% na primeira semana de 2015, com o anúncio de um investimento da ordem de 1 trilhão de dólares em infraestrutura. Dados econômicos mais fracos na zona do euro e deflação registrada no CPI e no PPI do bloco (dados de dezembro/2014), reforçaram a expectativa de que o BCE possa anunciar medidas de estímulo em sua próxima reunião, ainda este mês (dia 22). Nos EUA, os principais índices ficaram próximos da estabilidade, apesar de números fortes do mercado de trabalho e ainda refletindo a forte queda no preço do petróleo. No Brasil, o Ibovespa finalmente fechou a primeira semana de 2015 em alta (0,68%), reflexo do fluxo positivo de compras de estrangeiros e da confiança em relação ao corte de gastos públicos anunciados pela equipe do ministro Joaquim Levy. O movimento de realocação de portfólios globais no início de ano e o baixo preço das ações de setores considerados atrativos pelos investidores, deverá fazer com que o Ibovespa recupere um pouco das quedas dos anos de 2013/2014. Porém, o baixo crescimento contratado para 2015 e os juros locais atraindo aplicadores locais e estrangeiros, nos faz seguir com uma recomendação abaixo de mercado para os ativos de renda variável no Brasil. 72000 67000 62000 57000 52000 47000 42000 37000 32000 27000 Ibovespa Under Over CÂMBIO O mercado de câmbio começou o ano com valorização do real frente ao dólar, com destaque para alta de 2,33% na última semana. Esse movimento é consequência de uma melhora na percepção de risco global, com a China divulgando um pacote de U$1 trilhão em infraestrutura, os Estados Unidos apresentando bons indicadores de emprego e a Europa na expectativa de um QE após os índices de preços apontarem para deflação em dezembro/14 (dado preliminar). Internamente tivemos uma melhora nas expectativas em relação ao lado fiscal da economia, o que gerou uma menor pressão sobre os juros e acabou ajudando na queda do dólar. O Banco Central também contribui com os swaps diários de U$100 milhões. Ainda assim acreditamos que, por motivos estruturais, o dólar seguirá uma trajetória de alta ao longo do ano, principalmente após o início do aumento de juros nos Estados Unidos, previsto para a segunda metade do ano. DXY 95 90 85 80 75 70 Under Over
jan-08 jul-08 jan-09 jul-09 jan-10 jul-10 jan-11 jul-11 jan-12 jul-12 jan-13 jan-14 jan-15 JUROS O mercado de juros operou na última semana em queda ao longo da curva, caindo 2,65% na ponta mais curta (Jan/2017, de 12,82% para 12,48%) e fechando em baixa de 1,39% também na ponta longa (Jan/2021, de 12,22% para 12,05%). Essa queda dos juros foi influenciada, em grande parte, pela nova equipe econômica, que adotou o discurso de austeridade e anunciou medidas iniciais de contenção de gastos Essas medidas sinalizaram como o Ministro Levy irá atuar em relação as metas pré-estabelecidas por ele. No exterior, sinais de deflação ao redor da Europa e Ásia, além da continuidade na queda das commodities e a paciência do FED, ajudaram na melhora da percepção de risco com Brasil. Dado esse cenário, o mercado esta dando um voto de confiança ao ministro Levy e sua maneira de comandar o arranjo fiscal. 18,00 16,00 14,00 12,00 10,00 8,00 DI 17 DI 21 16,00 14,00 12,00 10,00 8,00 6,00 4,00 2,00 0,00 Juros Pré-Fixado Inflação Under Over Under Over Indicadores e Cotações
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