Aula 7 Simetrias e simetrias das cônicas

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Transcrição:

MÓDULO 1 - AULA 7 Aula 7 Simetrias e simetrias das cônicas Objetivos Estudar as simetrias em relação a um ponto e em relação a uma reta. Estudar as simetrias das cônicas no plano. Entender as cônicas degeneradas. IMPORTANTE Nas próximas aulas deste Módulo, assumimos os conceitos fundamentais sobre as curvas cônicas, apresentados no Pré-Cálculo, já conhecidos. Lembremos que as curvas cônicas são assim denominadas por serem obtidas pela interseção de um plano com um duplo cone circular reto (Figura 7.1). Nas ilustrações abaixo, mostramos algumas curvas cônicas: o círculo, a elipse, a parábola e a hipérbole: Figura 7.: Círculo. Figura 7.3: Elipse. Nos seus escritos, o matemático grego Pappus de Alexandria (90-350), atribuiu ao geômetra grego Aristeu o Ancião (370-300 a.c.) o crédito de ter publicado o primeiro tratado sobre as seções cônicas, referindo-se aos Cinco livros sobre seções cônicas de Aristeu, nos quais foi apresentado um estudo cuidadoso das curvas cônicas e as suas propriedades. Figura 7.1: Cone circular reto. O duplo cone circular reto é a superfície descrita por uma reta l chamada geratriz, ao girar mantendo um ângulo constante, em torno de outra reta d, chamada diretriz do cone duplo, e com a qual tem um ponto em comum, chamado vértice do cone. Cortando esse cone duplo por planos, obtemos as curvas cônicas. Figura 7.4: Parábola. Figura 7.5: Hipérbole. 97 CEDERJ

Para saber mais... Sobre Aristeu o Ancião, veja: http://www-groups.dcs. st-and.ac.uk/~history/ Mathematicians/Aristaeus. html e sobre Menaecmus, veja: http://www-groups.dcs. st-andrews.ac.uk/history/ Mathematicians/ Menaechmus.html Apolônio de Perga 6-190 a.c. Nasceu em Ionia, Grécia (hoje Turquia) e faleceu em Alexandria, Egito, onde passou a maior parte da sua vida. Embora a sua formação fosse em Astronomia, escreveu sobre vários tópicos matemáticos, sendo Seções Cônicas o mais famoso deles. A obra original consistia de oito livros, dos quais apenas sete são conhecidos. Os primeiros quatro chegaram à Europa numa tradução grega e os outros três numa tradução árabe do século IX. Apolônio resumiu nos primeiros três livros, toda a teoria desenvolvida por Aristeu e Euclides, dedicando os cinco livros restantes à pesquisa original sobre as propriedades das seções cônicas. Veja: http://www-groups.dcs. st-and.ac.uk/~history/ Mathematicians/ Apollonius.html Segundo Pappus, o matemático grego Euclides de Alexandria (35-65 a.c.), contemporâneo de Aristeu, conhecia muito bem os cinco livros sobre as curvas cônicas e evitou aprofundar-se sobre esse assunto na sua obra Os elementos, de modo a obrigar os leitores interessados a consultar a obra original de Aristeu. Duzentos anos mais tarde, o astrônomo e matemático grego Apolônio de Perga (6-190 a.c.) recompilou e aprimorou os resultados de Aristeu e de Euclides nos oito livros da sua obra Seções Cônicas. No entanto, a História indica que as cônicas foram descobertas pelo matemático grego Menaecmus (30-30 a.c. aproximadamente) quando estudava como resolver os três problemas famosos da Geometria grega: a triseção do ângulo, a duplicação do cubo e a quadratura do círculo. Segundo o historiador Proclus, Menaecmus nasceu em Alopeconnesus, na Ásia Menor (o que hoje é a Turquia), foi aluno de Eudóxio na academia de Platão. Menaecmus foi o primeiro em mostrar que as elipses, parábolas e hipérboles são obtidas cortando um cone com um plano não paralelo à sua base. Mesmo assim, pensava-se que os nomes dessas curvas foram inventados por Apolônio, porém traduções de antigos escritos árabes indicam a existência desses nomes em épocas anteriores a Apolônio. Notação. Designaremos por OXY um sistema cartesiano ortogonal de coordenadas de origem O e eixos coordenados OX e OY. As equações canônicas das curvas cônicas no sistema de coordenadas OXY são: x Elipse: a + y = 1, com a > 0 e b > 0. Se a = b então a elipse é o b círculo de raio a. x Figura 7.6: Elipse. Hipérbole: a y y = 1 ou b a x b = 1, com a > 0 e b > 0. Parábola: x = ky ou y = kx, com k 0. CEDERJ 9

MÓDULO 1 - AULA 7 Figura 7.7: Hipérbole. Figura 7.: Parábola. Simetrias. Um fato importante é que as equações das cônicas e, portanto, as curvas cônicas que elas representam, são invariantes por determinadas transformações do plano denominadas simetrias. Definição 7.0 (Simetria em relação a uma reta) Seja r uma reta no plano. O simétrico de um ponto P do plano em relação à reta r, é o ponto P sobre a perpendicular a r que passa por P e cuja a distância a r é a mesma que a distância de P a r (Figura 7.9). Observe que no plano cartesiano, o simétrico de um ponto P = (x 1, y 1 ) em relação ao eixo OX é o ponto Q = (x 1, y 1 ) e o simétrico em relação ao eixo OY é o ponto S = ( x 1, y 1 ). Figura 7.9: Simetria relativa a r. Similarmente, S = ( x 1, y 1 ) é o simétrico de R = ( x 1, y 1 ) com respeito ao eixo OX e Q = Figura 7.10: Simetria em relação aos eixos. (x 1, y 1 ) é o simétrico de R com respeito ao eixo OY. Veja a Figura 7.10. Exemplo 7.1 Determinemos o ponto Q simétrico ao ponto P = (1, ) em relação à reta r : x 3y = 1. Solução: Devemos determinar a reta s perpendicular a r passando pelo ponto P e a distância de P a r. 99 CEDERJ

Figura 7.11: 7.1. Exemplo O ponto Q procurado, será o ponto da reta s, tal que: Q P e d(q, r) = d(p, r). O vetor normal de r é n = (, 3). Esse vetor é um vetor direção da reta s. Assim, as equações paramétricas de s são: x = t + 1 s : y = 3t +, t R. Como d(p, r) = reta s cuja distância à reta r é 1 3 1 + 3 = 5 13, devemos determinar os pontos da 5 13. Substituindo as coordenadas dos pontos de s na fórmula da distância a r e 5 igualando a, devemos achar os valores do parâmetro t, tais que: 13 (t + 1) 3( 3t + ) 1 13 = 5 13 Note que... Na figura acima, o ponto Q é o simétrico de P em relação à reta r e também o ponto P é o simétrico do ponto Q em relação à mesma reta. Portanto, vemos que a simetria em relação a uma reta é uma relação simétrica. isto é, 13t 5 13 = 5 13. Ou seja, 13t 5 = 5. Resolvendo a equação obtemos t = 0 ou t = 10 13. Substituindo o valor t = 0 nas equações de s, obtemos o ponto P e substituindo o valor t = 10 33, obtemos o ponto Q = (, 4 ) (veja a Figura 13 13 13 7.11). O ponto Q = ( 33, 4 ) é o simétrico a P = (1, ) com respeito à reta r. 13 13 Em geral, o cálculo das coordenadas do ponto Q = (x, y) simétrico do ponto P = (x 1, y 1 ) é dado na seguinte proposição: Proposição 7.15 Sejam P = (x 1, y 1 ) um ponto e r uma reta de equação ax + by = c. Q = (x, y) é o simétrico de P em relação a r então: 1 x = a + b (ac + (b a )x 1 aby 1 ) 1 y = a + b (bc + (a b )y 1 abx 1 ). Se (7.1) Demonstração. Para determinarmos Q precisamos encontrar as equações que suas coordenadas devem satisfazer. Sejam M o ponto médio do segmento P Q e v = ( b, a) um vetor direção de r (lembre que o η = (a, b) é direção normal a r). Então o ponto Q é tal que as seguintes condições são satisfeitas: M é um ponto da reta r; o segmento P Q é perpendicular a r, isto é, P Q, v = 0. CEDERJ 100

MÓDULO 1 - AULA 7 A primeira condição nos diz que as coordenadas de M = ( x 1+x, y 1+y ) têm que satisfazer a equação de r, ou seja, a( x 1+x ) + b( y 1+y ) = c. De onde tiramos a primeira equação, pois: a( x 1+x ) + b( y 1+y ) = c a(x 1 + x) + b(y 1 + y) = c ax + by = c ax 1 by 1. Da segunda relação extraímos a segunda equação, de fato: P Q, v = 0 (x x 1, y y 1 ), ( b, a) = 0 b(x x 1 ) + a(y y 1 ) = 0 bx + ay = bx 1 + ay 1. Logo, as condições dadas inicialmente equivalem às equações obtidas, e, portanto, para determinar as coordenadas de Q basta resolver o seguinte sistema: ax + by = c ax 1 by 1 bx + ay = bx 1 + ay 1. Multiplicando a primeira equação por a, a segunda por b e somando as equações obtidas chegamos a x = 1 a + b (ac + (b a )x 1 aby 1 ). Multiplicando a primeira equação por b, a segunda por a e somando as equações obtidas chegamos a y = 1 a + b (bc + (a b )y 1 abx 1 ). Assim a proposição está demonstrada. Observação. Note que o simétrico de P é o próprio P se, e somente se, P r. Exemplo 7. Seja r a reta de equação 3x 5y + = 0. Determinemos os simétricos dos pontos P 0 = (6, 4) e P 1 = (, 3) em relação à reta r. Solução: O simétrico de P 0 é o próprio P 0, pois P 0 é ponto de r (suas coordenadas satisfazem a equação de r). Como P 1 não é ponto de r aplicamos a proposição. Para isso, é importante identificar bem os elementos da equação. Vejamos: a = 3, b = 5 e c = (observe que na prova da proposição a equação de r é dada por ax + by = c). Obtemos então: a + b = 34, a b = 16, e b a = 16. Figura 7.1: 7.. Exemplo 101 CEDERJ

Logo, as coordenadas do ponto Q 1 são: x = 1 35 ((3)( ) + 16() (3)( 5)( 3)) = 34 17 y = 1 64 (( 5)( ) 16( 3) (3)( 5)()) = 34 17. O ponto Q 1 = ( 35 17, 64 17 ) é o simétrico de P 1 em relação a r. Figura 7.13: relativa a P 0. Simetria O ponto Q simétrico a P em relação ao ponto P 0, é o vértice do paralelogramo OP RQ, onde OR = OP 0. De fato, OQ = OP 0 OP Figura 7.14: O ponto P e o seu simétrico Q em relação à origem. Definição 7.1 (Simetria em relação a um ponto) Seja P 0 um ponto fixado no plano e seja P um ponto do plano distinto de P 0. O simétrico do ponto P em relação ao ponto P 0 é o ponto Q que pertence à reta r que passa por P 0 e P, que é diferente de P e, tal que: d(p 0, Q) = d(p 0, P ). Esta definição equivale a P 0 ser o ponto médio do segmento P Q. Se P 0 = (x 0, y 0 ) e P = (x 1, y 1 ), da condição de P 0 ser ponto médio de P Q obtemos as coordenadas de Q = (x, y), pois: ( x + x1, y + y ) 1 1 = (x 0, y 0 ) (x + x 1) = x 0 x = x 0 x 1 1 (y + y 1) = y 0 y = y 0 y 1. (7.) Note que se P 0 é a origem do sistema de coordenadas, então, o simétrico do ponto P = (x 1, y 1 ) é Q = ( x 1, y 1 ). Exemplo 7.3 Se P 0 = O = (0, 0) é a origem do sistema de coordenadas e r é uma reta que passa pela origem, verifiquemos que o simétrico de cada ponto de r pertence a r. Solução: Seja r uma reta que passa pela origem dada pelas equações paramétricas: x = tx 1 r :, t R. y = ty 1 Seja P = (tx 1, ty 1 ) r. O simétrico de P com respeito à origem é o ponto Q = ( tx 1, ty 1 ) r Observe que o ponto Q é obtido, também, pela relação (7.), pois as coordenadas de Q são: x = (0) tx 1 = tx 1 y = (0) ty 1 = ty 1. Isso mostra que Q = ( tx 1, ty 1 ) pertence a r (veja a Figura 7.14). Em geral, temos a seguinte definição. CEDERJ 10

MÓDULO 1 - AULA 7 Definição 7. Uma figura geométrica plana é chamada invariante por uma simetria do plano se o simétrico de qualquer ponto da figura pertence também à figura. Na definição acima, o termo figura plana significa um conjunto qualquer de pontos do plano. Por exemplo, na Figura 7.15, vemos uma curva C que é simétrica com respeito uma reta r, o simétrico de todo ponto de C é também um ponto de C. Analogamente, na Figura 7.16, vemos uma região R do plano que é simétrica com respeito ao ponto P 0, pois o simétrico de qualquer ponto P pertencente a R em relação ao ponto P 0 é também um ponto de R. Uma propriedade interessante das simetrias em relação a retas e pontos, é que elas levam retas em retas. Isto é, se aplicarmos sobre todos os pontos de uma reta uma simetria (em relação a um ponto ou a uma outra reta), obtemos uma nova reta. Vamos verificar essas propriedades nas Proposições 7.16 e 7.17. Proposição 7.16 Seja r a reta de equação ax + by = c. O simétrico de uma reta s em relação à reta r é também uma reta. Demonstração. paramétricas: Suponhamos que a reta s tenha as seguintes equações x = x 0 + v 1 t, t R. y = y 0 + v t Seja P = (x 0 + v 1 t, y 0 + v t) um ponto qualquer de r, então as coordenadas do seu simétrico Q = (x, y) são dadas pelas relações (7.1): 1 x = a + b (ac + (b a )(x 0 + v 1 t) ab(y 0 + v t)) 1 y = a + b (bc + (a b )(y 0 + v t) ab(x 0 + v 1 t)). Logo, o conjunto dos pontos simétricos aos pontos de r é o conjunto dos pontos cujas coordenadas são da forma: x = ac + (b a )x 0 aby 0 + ac + (b a )v 1 abv t a + b a + b y = bc + (a b )y 0 abx 0 a + b + bc + (a b )v abv 1 a + b t, t R. 103 CEDERJ

Essas são as equações paramétricas da reta que passa pelo ponto: ( ac + (b a )x 0 aby 0, bc + ) (a b )y 0 abx 0 a + b a + b e é paralela ao vetor: ( ac + (b a )v 1 abv, bc + ) (a b )v abv 1. a + b a + b Exemplo 7.4 Seja a reta r : x y = 0. Determinemos o simétrico da reta s : x+y = 0 em relação à reta r. Solução: Observe que a reta r é perpendicular à reta s, pois os seus vetores direção são perpendiculares. Logo, o simétrico da reta s em relação à reta r é a própria reta s. Esse fato pode ser ainda verificado fazendo uso dos resultados acima descritos. Com efeito, pela Proposição 7.16 sabemos que o simétrico da reta s em relação à reta r é uma reta s. Para determinar a reta s, devemos achar os simétricos de dois pontos quaisquer de s, com respeito a r. Os simétricos dos ( pontos P 1 = (0, ) e P = (1, 0) de s são, respectivamente, ( 3 os pontos Q 1 = 5 5), 6 e Q = 5 5), 4. Podemos verificar que a equação da reta s que passa por Q 1 e Q é x+y = 0, que é a própria reta s. Proposição 7.17 O simétrico de uma reta s em relação a um ponto P 0 = (x 0, y 0 ) é uma reta. Demonstração. Seja s a reta de equações paramétricas: x = x 1 + v 1 t, t R. y = y 1 + v t Seja P = (x 1 + v 1 t, y 1 + v t) um ponto qualquer de r. As coordenadas do ponto Q = (x, y) simétrico ao ponto P em relação a P 0 são obtidas das relações (7.): x = x 0 (x 1 + v 1 t) y = y 0 (y 1 + v t). CEDERJ 104

Logo, o conjunto dos pontos simétricos aos pontos de r é o conjunto dos pontos cujas coordenadas são da forma: x = x 0 x 1 v 1 t, t R, y = y 0 y 1 v t que são as equações paramétricas da reta paralela ao vetor (v 1, v ) que passa pelo ponto (x 0 x 1, y 0 y 1 ). MÓDULO 1 - AULA 7 Observação: Na demonstração da Proposição 7.17, vemos que duas retas simétricas com respeito a um ponto são paralelas. Exemplo 7.5 Determinemos o simétrico da reta s : x+y = 0 em relação a P 0 = (, 1). Solução: Pela proposição anterior sabemos que o simétrico de s é uma reta. Logo, basta encontrarmos o simétrico de dois pontos de s. Usando as relações (7.) vemos que os simétricos dos pontos P 1 = (0, ) e P = (1, 0) de s são, respectivamente, Q 1 = ( 4, 0) e Q = ( 5, ). A equação da reta que passa por esses pontos é x + y + = 0. Simetrias das cônicas. Sabemos que um ponto P do plano pertence a uma cônica C se, e somente se, as suas coordenadas satisfazem a equação de C. Portanto, C é simétrica com respeito a um ponto P 0 ou com respeito a uma reta r se, e somente se, as coordenadas do simétrico de cada ponto de C (com respeito ao ponto P 0 ou com respeito à reta r) também satisfazem a equação de C. A princípio fazemos a análise da simetria para as equações das cônicas na forma canônica. Proposição 7.1 (Simetrias das elipses e hipérboles) As elipses e as hipérboles são invariantes por simetrias em relação aos seus eixos (no caso da equação canônica, esses eixos são os eixos coordenados) e também são invariantes por simetria em relação ao seu centro (no caso da equação canônica, o centro é a origem). Demonstração. Seja P = (x, y) um ponto da elipse E : x a + y = 1, então b as coordenadas de P satisfazem a equação de E. Como os simétricos de P em relação aos eixos coordenados OX e OY são Q = (x, y) e R = ( x, y), respectivamente, e como ( x) = x e ( y) = y, vemos que as coordenadas de Q e de R satisfazem a equação de E. Figura 7.17: Simetrias da elipse. 105 CEDERJ

Além disso, o simétrico de P em relação à origem é S = ( x, y). Logo, as coordenadas de S também satisfazem a equação da elipse E. Veja a Figura 7.17. O mesmo argumento mostra a proposição para as hipérboles, pois a equação canônica dessas cônicas é dada, também, em termos dos quadrados das coordenadas dos seus pontos. Veja a Figura 7.1 Proposição 7.19 (Simetrias das parábolas) Uma parábola é invariante por simetria em relação à reta que contém seu vértice e seu foco (no caso da equação na forma canônica essa reta pode ser o eixo OX ou o eixo OY ). Figura 7.1: As simetrias da hipérbole. Lembre que... Para determinar o grau de uma equação algébrica tomamos cada termo da equação e somamos os valores dos expoentes das variáveis que nele aparecem. O valor encontrado é o grau do termo. O grau da equação é o maior dentre os graus dos seus termos. Na equação (7.3), os termos Ax, Bxy e Cy são de grau e como os outros termos que aparecem são de grau 1 ou zero, concluímos que a equação (7.3) é de grau. Além disso, note que se A = B = C = 0 então a equação não é do segundo grau. Demonstração. Consideremos a parábola P : x = ky. A reta que contém o vértice e o foco de P (reta focal de P) é o eixo OY. Sabemos que o simétrico de um ponto P = (x, y) P em relação ao eixo OY é o ponto R = ( x, y). Como ( x) = x, e P P, temos que ( x) = ky. Logo R = ( x, y) P e portanto P é invariante pela simetria em relação ao seu eixo focal (eixo OY ). Por outro lado, a reta focal da parábola Figura 7.19: Simetria das parábolas. P : y = kx é o eixo OX. Dado um ponto P = (x, y) P, o seu simétrico em relação ao eixo OX é Q = (x, y), que também satisfaz a equação. Logo P é invariante pela simetria em relação ao seu eixo focal. Muitas vezes a equação de uma cônica não é apresentada na forma canônica. Na verdade, as cônicas aparecem como o conjunto de soluções de uma equação geral do segundo grau da forma: Ax + Bxy + Cy + Dx + Ey + F = 0 (7.3) com A, B, C não simultaneamente nulos. Os valores A, B, C, D, E, F são chamados os coeficientes da equação. Faremos o estudo dessas equações por etapas, introduzindo conceitos que auxiliarão na determinação do conjunto de soluções e na identificação da cônica. Sabemos que há equações do segundo grau em que o conjunto de soluções consiste de duas retas ou de apenas um ponto ou é o conjunto vazio. Vejamos: CEDERJ 106

MÓDULO 1 - AULA 7 Definição 7.3 (Cônicas degeneradas) Uma cônica degenerada é uma equação do segundo grau a duas variáveis em que o conjunto de soluções reais é vazio ou não é uma elipse, nem uma hipérbole e nem uma parábola. Exemplo 7.6 Verifiquemos não existem números reais x e y, tais que (x 1) +(y+4) = 1. Isto é, o conjunto solução dessa identidade é o conjunto vazio. Solução: De fato, a soma dos quadrados de dois números reais é sempre um número real não-negativo. Portanto essa equação do segundo grau representa uma cônica degenerada, o conjunto vazio. Exemplo 7.7 Verifiquemos que a equação: (x + 5) (y 1) + = 0, 4 3 tem por solução um único ponto e portanto, o lugar geométrico que ela representa consiste de um ponto só. Solução: Reescrevendo a equação como soma de dois quadrados, temos: ( x + 5 ) + ( y 1 3 ) = 0. O ponto (x, y) satisfaz essa equação se, e somente se: Lugar geométrico O conjunto formado pelos pontos P = (x, y) cujas coordenadas satisfazem uma equação algébrica nas variáveis x e y é chamado lugar geométrico. Essa expressão é oriunda da palavra loci, já usada por Aristeu e os geômetras que lhe precederam nas suas investigações sobre as seções cônicas. Lembre que... A soma a + b dos quadrados de dois números reais a e b é igual a zero se, e somente se, cada um dos números a e b é igual a zero. x + 5 = 0 e y 1 = 0. Isto é, x = 5 e y = 1. Logo, o conjunto das soluções da equação proposta consiste apenas do ponto ( 5, 1). Exemplo 7. O lugar geométrico dos pontos cujas coordenadas satisfazem a equação de (x 3) (y 1) segundo grau = 0, é formado por duas retas concorrentes. 4 16 Solução: A equação dada se escreve como diferença de dois quadrados: ( x 3 ) ( y 1 ) = 0, 4 que equivale ao produto: ( x 3 Desta identidade vemos que: x 3 + y 1 4 + y 1 ) ( x 3 4 = 0 ou y 1 ) = 0. 4 x 3 y 1 4 = 0. Figura 7.0: 7.. Exemplo 107 CEDERJ

A primeira identidade equivale à equação x+y 7 = 0 e a segunda equivale à equação x y 5 = 0. Essas equações representam retas no plano. Verifique, você mesmo que essas retas se intersectam no ponto (3, 1) (Figura 7.0). Exemplo 7.9 O lugar geométrico da equação (y ) = 3 consiste de duas retas paralelas. Solução: De fato, da equação temos as possibilidades (veja a Figura 7.1): y = + 3 ou y = 3, que são as retas paralelas: Figura 7.1: Exemplo 7.9. y = + 3 ou y = 3. Exemplo 7.10 O lugar geométrico dos pontos que satisfazem a equação de uma reta (isto é, duas retas coincidentes). Solução: Com efeito, temos: (x 3) (x 3) = 0 (x 3) = 0 x 3 = 0, que é a equação de uma reta vertical. Veja a Figura 7.. = 0 consiste Figura 7.: Exemplo 7.10. Exemplo 7.11 O lugar geométrico dos pontos do plano que satisfazem a equação: (x 3) = 3, é o conjunto vazio. Solução: Observe que a equação não tem solução real, pois não existe número real cujo quadrado seja negativo. Classificação das cônicas degeneradas. Vamos resumir as nossas considerações e exemplos sobre as cônicas degeneradas no seguinte esquema: CEDERJ 10

MÓDULO 1 - AULA 7 Cônica Equação Lugar geométrico Exemplo Elipse degenerada (x x 0 ) a + (y y 0) b = λ, se λ < 0 {(x 0, y 0 )}, se λ = 0 7.6 7.7 Retas concorrentes: Hipérbole degenerada Parábola degenerada (x x 0 ) a (y y 0) b = 0 (A) (x x 0) a = µ ou (B) (y y 0) b = µ r 1 : bx + ay bx 0 ax 0 = 0 r : bx ay bx 0 + ay 0 = 0 com r 1 r = {(x 0, y 0 )} reta x = x 0, se µ = 0 >< < x = x 0 + a µ (A) paralelas : x = x 0 a µ, se µ > 0 >: se µ < 0 reta y = y 0, se µ = 0 >< < y = y 0 + a µ (B) paralelas : y = y 0 a µ, se µ > 0 >: se µ < 0 7. 7.9 7.10 7.11 = Esquema de classificação das cônicas degeneradas. Resumo Nesta aula aprendemos a noção de simetria em relação a um ponto e a uma reta. Revisamos o conceito de curva cônica e analisamos suas simetrias. Além disso, estudamos e classificamos as cônicas degeneradas a partir de exemplos concretos. Exercícios 1. Sejam as retas r : x + 3y + 6 = 0, s : 6x 4y + = 0 e os pontos P 1 = ( 1, 1), P = (0 ). a. Determine os pontos simétricos Q 1 e Q, aos pontos P 1 e P, respectivamente, em relação à reta r. b. Determine os pontos simétricos R 1 e R, aos pontos P 1 e P, respectivamente, em relação à reta s. c. Encontre os pontos simétricos M 1 e M, aos pontos Q 1 e Q, respectivamente, em relação à reta s. d. Encontre o ponto de interseção das retas r e s. Denote esse ponto P 0. Ache os pontos T 1 e T simétricos aos pontos P 1 e P, respectivamente, em relação ao ponto P 0. Compare com os pontos obtidos no item c. 109 CEDERJ

. Seja a reta r : x 5y + 1 = 0. a. Determine o simétrico da reta s : x y + 1 = 0 em relação a r. b. Considere o triângulo de vértices A = (1, 1), B = ( 1, 4), C = (3, 1). Encontre a figura geométrica correspondente ao simétrico desse triângulo em relação à r. A figura obtida é um triângulo? Em caso afirmativo, os triângulos são congruentes? 3. Determine o simétrico da reta x y + 4 = 0 em relação ao ponto de interseção das retas x y = 0 e x y = 3. 4. Verifique que o círculo de equação x +y = r é invariante pela simetria em relação a qualquer reta que passe pela origem. 5. Verifique que as cônicas abaixo são invariantes pelas seguintes simetrias: em relação à reta x = x 0, em relação à reta y = y 0 e em relação ao ponto P 0 = (x 0, y 0 ). a. (x x 0) a + (y y 0) b = 1. b. (x x 0) a (y y 0) b = 1. 6. Conclua que, se uma elipse de equação x a + y = 1 é invariante por b simetria em relação à reta bissetriz do primeiro quadrante então a elipse é, de fato, um círculo. 7. Seja a equação A(x a) +B(y b) = λ. Identifique as cônicas abaixo incluindo os casos degenerados. Nos casos degenerados, descreva o conjunto solução da equação. a. A > 0, B > 0, λ = 0 ; b. A > 0, B < 0, λ = 0 ; c. A > 0, B > 0, λ = A ; d. A < 0, B > 0, λ = 0 ; e. A < 0, B > 0, λ = B ; f. A = 0, B > 0, λ = 0. Auto-avaliação Se você resolveu os exercícios de 1 a 6, você entendeu bem o conceito de simetria em relação à uma reta e simetria em relação a um ponto. Resolvendo o exercício 7 você faz um trabalho de fixação do conceito de cônicas degeneradas e do conjunto de pontos do plano que essas equações definem. Caso tenha alguma dificuldade, releia a aula e tente novamente resolver os exercícios. CEDERJ 110