Aula 22 Convecção Natural

Documentos relacionados
Aula 21 Convecção Natural

Transferência de Calor

Mecanismos de transferência de calor

Capítulo 9 - Convecção Natural

Transferência de Calor

Universidade Federal do ABC. EN 2411 Aula 10 Convecção Livre

Lista de Exercícios para P2

Transferência de Calor Escoamentos Externos

Convecção Natural ou Livre

Transferência de Calor 1

FENÔMENO DE TRANSPORTE II: INTRODUÇÃO, MODOS DE TRANSFERÊNCIA E CONSERVAÇÃO DA ENERGIA PROF. GERÔNIMO

Transferência de Calor

EM-524 : aula 13. Capítulo 06 Escoamento Externo Efeitos Viscosos e Térmicos

Convecção Natural. v (N 1) x T (N 3)

Transferência de Massa ENG 524

Aula 20 Convecção Forçada:

Condensação

UNIVERSIDADE EDUARDO MONDLANE Faculdade de Engenharia. 3º ano. Prof. Doutor Engº Jorge Nhambiu 1

Transferência de Calor

AULA 18 CONVECÇÃO NATURAL OU LIVRE

Convecção Natural em Espaços Confinados. Professora Mônica F. Naccache

Transferência de Calor

Transferência de Calor Condução e Convecção de Calor

ENGENHARIA DE MATERIAIS. Fenômenos de Transporte em Engenharia de Materiais (Transferência de Calor e Massa)

Exame de Transmissão de Calor Mestrado Integrado em Engenharia Mecânica e Engenharia Aeroespacial 30 de Janeiro de º Semestre

Transmissão de calor

EM34B Transferência de Calor 2

Transmissão de Calor Convecção atural

Programa Analítico de Disciplina ENG278 Transferência de Calor e Massa

Vicente Luiz Scalon. Disciplina: Transmissão de Calor

Convecção (natural e forçada) Prof. Dr. Edval Rodrigues de Viveiros

Aula 3 de FT II. Prof. Geronimo

Transmissão de Calor

PNV-2321 TERMODINÂMICA E TRANSFERÊNCIA DE CALOR

Equations DIMENSIONA COLETOR V2. procedure conv int (F luido1$, ṁ, Dh, Re, k l, T fm : hi) $COMMON patm. P r l = fa = (0.79 ln (Re 1.

TRANSP. BRAS. GAS. BOLÍVIA-BRASIL GERAL SIMULAÇÃO ÍNDICE DE REVISÕES DESCRIÇÃO E / OU FOLHAS ATINGIDAS

Convecção Térmica. Subdivisões: Convecção forçada no exterior de corpos Convecção forçada no interior de corpos. Convecção natural ou livre

PME2398 Termodinâmica e suas Aplicações 1 o semestre / 2015 Profs. Bruno Souza Carmo e Antonio Luiz Pacífico. Gabarito da Prova 3

Prof. MSc. David Roza José 1/26

3. CONVECÇÃO FORÇADA INTERNA

Transferência de Calor

Aula 25 Radiação. UFJF/Departamento de Engenharia de Produção e Mecânica. Prof. Dr. Washington Orlando Irrazabal Bohorquez

EP34D Fenômenos de Transporte

Laboratório de Engenharia Química II (LOQ 4061)

2 º Semestre 2017/2018 (MAero, MeMec, MeAmbi, Nav) 2º Teste, 25 de Maio de 2018, Duração: 2h

EN 2411 Aula 13 Trocadores de calor Método MLDT

EN 2411 Aula 4 Escoamento externo. Escoamento cruzado em cilindros e esferas

Capítulo 4. Convecção Natural

Transmissão de Calor I - Prof. Eduardo Loureiro

EXAME. SEMESTRE 2 Data: 7 de julho, 9:00 MIEEA. Transferência de Calor e Massa. (Duração máxima permitida: minutos)

h coeficiente local de transferência de calor por convecção h coeficiente médio de transferência de calor por convecção para toda a superfície

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

Transferência de Energia

Coletores solares planos

UNIVERSIDADE EDUARDO MONDLANE Faculdade de Engenharia. 3º ano

Física I. Oscilações - Resolução

Introdução a radiação Térmica (Parte 2)

ESTUDO NUMÉRICO DA INFLUÊNCIA DA CONVECÇÃO FORÇADA E USO DE ALETAS PARA TROCA DE CALOR CONVECTIVA

Geração de calor em sólidos

h coeficiente local de transferência de calor por convecção h coeficiente médio de transferência de calor por convecção para toda a superfície

UNIVERSIDADE EDUARDO MONDLANE Faculdade de Engenharia. Transmissão de calor. 3º ano

CONDUÇÃO DE CALOR UNIDIMENSIONAL EXERCÍCIOS EM SALA

Transmissão de calor

No escoamento sobre uma superfície, os perfis de velocidade e de temperatura têm as formas traduzidas pelas equações:

TRANSMISSÃO DE CALOR

Convecção Forçada Externa

TRANSMISSÃO DE CALOR resumo

Lista de exercícios Caps. 7 e 8 TMEC-030 Transferência de Calor e Massa Período especial 2017/2

UNIVERSIDADE EDUARDO MONDLANE Faculdade de Engenharia. Transmissão de calor. 3º ano

Cálculo Diferencial e Integral II. Lista 8 - Exercícios/ Resumo da Teoria

Transferência de Calor

GERAÇÃO DE CALOR UNIFORME EM SÓLIDOS. Conversão de uma forma de energia em energia térmica, ou seja, estes meios sólidos têm geração de calor interna.

Coletores solares planos

Convecção Natural. Profa. Mônica F. Naccache PUC- Rio. Professora Mônica F. Naccache Rio

EM34B Transferência de Calor 2

(c) Figura 4.33: Isote rmicas (a), campo vetorial (b) e linhas de corrente (c) para Ra = 105 e. η = 2, 0.

Transferência de Calor

ESZO Fenômenos de Transporte

29/11/2010 DEFINIÇÃO:

FENÔMENOS DE TRANSPORTES AULA 12 E 13 INTRODUÇÃO À CONVECÇÃO E CONDUÇÃO

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO Escola de Engenharia de Lorena EEL

Energia cinética de rotação:

Capítulo 1 Vapor d água e seus efeitos termodinâmicos. Energia livre de Gibbs e Helmholtz Equação de Clausius Clapeyron Derivação das equações

UNIVERSIDADE EDUARDO MONDLANE

Projeto do compensador PID no lugar das raízes

MOVIMENTOS VERTICAIS NO VÁCUO

Operações Unitárias II Lista de Exercícios 1 Profa. Dra. Milena Martelli Tosi

Transferência de Calor

QUESTÃO 21 ITAIPU/UFPR/2015

Transferência de Calor em Geradores de Vapor

Cinemática Exercícios

EP34D Fenômenos de Transporte

UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO DECIV DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL

Miloje / Shutterstock. Matemática B. CP_18_GAIA_MB1.indd 1 12/01/ :44

PROGRAMA DE ENSINO CÓDIGO DISCIPLINA OU ESTÁGIO SERIAÇÃO IDEAL/PERÍODO

CONDUÇÃO TÉRMICA. Condução é o processo de propagação de calor no qual a energia térmica passa de partícula para partícula de um meio.

EN 2411 Aula 8 Escoamento externo. Escoamento através de bancos de tubos

ESTRUTURAS DE BETÃO ARMADO I 14 ESTADO LIMITE ÚLTIMO DE RESISTÊNCIA À TORÇÃO

Expansão Térmica de Sólidos e Líquidos. A maior parte dos sólidos e líquidos sofre uma expansão quando a sua temperatura aumenta:

OPERAÇÕES UNITÁRIAS II AULA 4: - DIMENSIONAMENTO DE TROCADORES DE CALOR A

Transcrição:

Aula Convecção Natural UFJF/Departamento de Engenharia de Produção e Mecânica Prof. Dr. Wahington Orlando Irrazabal Bohorquez

Convecção natural em ecoamento externo Placa inclinada Componente da aceleração gravítica paralela à placa: g co θ T < T T > T Quando o fluido e mantém junto à parede, a correlaçõe de Churchill e Chu ão utilizada, dede que 0 θ 60º e ubtituindo g por g co θ Quando o fluido tem tendência a afatar-e da parede, o coeficiente de convecção aumenta e a correlaçõe apreentada não ão válida

Placa horizontai A força de impulão é normal à placa. O ecoamento e a tranmião de calor dependem de: a placa etar aquecida ou arrefecida e de a troca de calor e dar na face uperior ou inferior. Face uperior de placa aquecida ou Face inferior de placa arrefecida. T > T T < T Nu Ra Ra 1/4 4 7 0.54 10 10, Pr 0,7 Nu Ra Ra qualquer 1/3 7 11 0.15 10 10, Pr Como é que 1 3 h varia com quando Nu Ra

Placa horizontai Face inferior aquecida ou face uperior arrefecida T T T T Nu Ra Ra 1/5 4 9 0.5 10 10, Pr 0,7 Por que razão eta condiçõe conduzem a uma menor taxa de tranmião de calor do que a do lide anterior?

Cilindro horizontal Deenvolvimento da camada limite e variação do número de Nuelt local para um cilindro aquecido: Número de Nuelt médio (Churchill e Chu ): 1/6 0.387RaD NuD 0.60 10 9/16 8/7 RaD 1 0.559 / Pr Única correlação para uma ampla faixa de número de Rayleigh. 1

Cilindro horizontal Para um cilindro iotérmico, Morgan ugere uma expreão com a forma: Onde C e n ão dado na Tabela:

Efera Número de Nuelt médio: 0.589 Ra 1/ 4 D Nu D 9 /16 4 / 9 1 0.469/ Pr O que ucede quando Ra D 0?

Ecoamento interno entre placa paralela /S pequeno: camada limite não chegam a coalecer e cada placa comporta-e como e etivee iolada. /S elevado: há interacção entre camada limite.

Ecoamento interno entre placa paralela Correlaçõe de Elenbaa a) Placa iotérmica à mema temperatura, T 1 S 35 Nu Ra 1 exp 4 Ra S q A S Nu g T T Ra T T k No limite de ecoamento completamente deenvolvido, S/ 0: Nu,fd 1 Ra S 4 b) Uma placa iotérmica à temperatura T,1 e a outra iolada; para a placa iotérmica tem-e Nu,fd 1 S 1 Ra 3 4 3 S

Ecoamento interno entre placa paralela c) Placa com fluxo contante e igual na uperfície: Nu *,, fd 0.144 Ra S 1 Nu, T, q T S k * Ra g q S k 4 d) Uma placa com fluxo fluxo contante e a outra iolada: Nu *,, fd 0.04 Ra S 1

Ecoamento interno entre placa paralela Correlaçõe de Bar Cohen e Rohenow: (a) Condiçõe iotérmica C1 C T Nu T 1 T Cao (i) e (iii) Ra S Ra S 1 (b) Condiçõe iotérmica Cao (ii) e (iv) Nu C1 * Ra S Ra C S 5 1 T T T, Cao Condiçõe de fronteira C 1 C S ótimo S máx /S óti (i) (ii) 3 Placa imétrica iotérmica,.71 Ra S T,1 =T 576.87 1.71, Placa com fluxo contante q q 1 4 48.51 4.77 (iii) Uma placa iotérmica e uma iolada 144.87 1.71 (iv), 1, Uma placa com fluxo contante e uma iolada.1.15.51 * Ra Ra Ra 4.51 4.77 S S S 4 3 4 1 5 1 4 1 5

Ecoamento interno entre placa paralela Placa iotérmica S diminui Nu diminui, ma nº placa pode aumentar ogo, exite S opt que maximiza a taxa de tranmião de calor. S max é a ditância entre placa que maximiza o calor trocado em cada placa. Placa com fluxo contante S diminui diminui a taxa de t.c. por unidade de volume; T aumenta T não pode aumentar indefinidamente, exite S opt que maximiza a taxa de t.c. por unidade de diferença de temperatura [ T () - T ]. S max é a ditância entre placa que, para um dado fluxo, minimiza a temperatura da uperfície.

Ecoamento interno em cavidade Cavidade retangulare Parede opota a temperatura diferente e retante parede perfeitamente iolada Ra 3 g T1 T q ht1 T Cavidade horizontal 0180 Cavidade vertical 90

Ecoamento interno em cavidade Cavidade horizontai Aquecimento na bae 0. Camada de fluido termicamente etável. Nu h k 1 Ra Ra, 1708 Intabilidade térmica provoca corrente de convecção regulare de forma celular. c 1708 Ra 5 10 4 O ecoamento paa a turbulento. Nu 0.069 Ra Pr 1/ 3 0.074 3 10 Ra 7 10 5 9

Ecoamento interno em cavidade Cavidade horizontai Aquecimento no topo 180. Camada de fluido incondicionalmente etável Nu 1 A tranferência de calor da uperfície uperior para a A tranferência de calor da uperfície uperior para a uperfície inferior é excluivamente por condução, independentemente do valor de Ra.

Ecoamento interno em cavidade Cavidade vertical Fluido obe pela parede aquecida e dece pela parede fria. Para baixo número de Rayleigh (Ra 10 3 ) o movimento devido ao empuxo é fraco e a troca de calor e dá por condução. o Para razõe de forma de diferente intervalo de (H/), temo a eguinte correlaçõe: Onde: H = é a altura da cavidade; = é a largura da cavidade.

Ecoamento interno em cavidade Cavidade vertical o Para razõe de forma de diferente intervalo de (H/), temo a eguinte correlaçõe:

Ecoamento interno em cavidade Cavidade inclinada Relevante para coletore olare plano. A taxa de tranmião de calor depende do ângulo de A taxa de tranmião de calor depende do ângulo de inclinação relativamente a um ângulo de inclinação crítico *, cujo valor é função de H/.

Ecoamento interno em cavidade Cavidade inclinada A taxa de tranmião de calor depende também de Ra relativo a um valor crítico Ra, c 1708/ co. Correlaçõe: Holland et al.: Catton: Ayyawamy and Catton :

Ecoamento interno em cavidade anulare Cilindro concêntrico k eff : condutibilidade térmica efetiva Numero de Rayleigh crítico:

Ecoamento interno em cavidade anulare Efera concêntrica Correlação de Raithby and Holland: Condutibilidade térmica efetiva: 4 100 Ra 10 : q 4 k T T eff i o 1 1 ri ro Ra 100 : k eff k 1/4 Pr Ra 0.74 0.861 Pr 1/4 k eff k 1

Convecção forçada Convecção natural O efeito de convecção forçada e natural ão ambo importante e: Gr Re 1 O efeito de convecção natural é dominante e: Correlaçõe para tranmião de calor por convecção em regime mito Nu Nu Nu n n n FC NC Gr Re 1 O efeito de convecção forçada é dominante e: Gr Re 1 + : Força de impulão atua no memo entido ou perpendicularmente ao ecoamento. : Força de impulão atua no entido opoto ao do ecoamento. n 3

Exercício.1 Um coletor olar tem um canal formado por placa paralela que etá conectado a um reervatório de armazenamento de água na ua parte inferior e a um umidouro de calor na parte uperior. O canal etá inclinado em θ = 30 em relação à vertical e tem uma placa de cobertura tranparente. Radiação olar tranmitida atravé da placa de cobertura e da água mantém a placa de aborção iotérmica a uma temperatura T = 67 C, enquanto a água que retorna para o reervatório, vinda do umidouro, etá a T = 7 C. O itema opera como um termoifão, no qual o ecoamento da água é induzido excluivamente pela força de empuxo. O epaçamento entre a placa é de S = 15 mm e o comprimento da placa é de = 1,5 m. Admitindo que a placa de cobertura eja adiabática em relação à tranferência de calor por convecção para ou da água, etime a taxa de tranferência de calor da placa de aborção para a água, por unidade de largura da placa, que é normal à direção do ecoamento (W/m).

Premia: a) Camada limite entre placa plana paralela com fluido quiecente na entrada e na aída. b) Propriedade contante.

Propriedade d água T T T / = 30 K. Tabela A-6.

Dede que Ra S (S/) > 00, Eq. 9.47 pode er utilizada: