GERENCIAMENTO DO CONHECIMENTO NA PRÁTICA MODELOS DE GESTÃO GERENCIAMENTO DO CONHECIMENTO NA PRÁTICA MODELOS DE GESTÃO 1
Modelos de Gestão TOP-DOWN Modelo tipo taylorista-fordista, onde a organização é estruturada nos moldes de uma pirâmide; neste modelo a principal premissa é que somente os altos gerentes são capazes de criar conhecimento; para controlar a criação do conhecimento a partir do topo, o modelo TOP-DOWN despreza o desenvolvimento do conhecimento tácito, cuja geração é comum na linha de frente das organizações;... TOP-DOWN o conhecimento criado pela gerência só serve para ser processado ou implementado; a conversão do conhecimento ocorre de forma parcial: combinação e internalização 2
Organização Tradicional Piramidal: Organização Tradicional 3
Premissas do modelo piramidal: 1) A maioria dos problemas podem ser previstos; 2) Pode-se lidar com os problemas através de regras e regulamentos; 3) As posições mais altas da hierarquia indica maior conhecimento e competência, como também maiores direitos e poderes; 4) Pré-programação da organização para lidar com a CONTINGÊNCIA; 5) O modelo funciona bem em ambientes estáveis e em condições imutáveis. Organização Tradicional Piramidal: CARACTERÍSTICAS 1) Decisões tomadas por uma pessoa específica na hierarquia; 2) Há um conjunto de regras explícitas governando os direitos e deveres dos empregados; 3) O trabalho é dividido em cargos cuidadosamente descritos; 4) Um conjunto de procedimentos governa como se deve agir diante dos problemas; 4
5) Relacionamento são impessoais, objetivos e justos; 6) A seleção e promoção são baseadas em competência técnica; 7) Coordenação é feita através da linha de comando formal; 8) Desacordos entre unidade de mesmo nível são resolvidas pela linha superior; 9) Recompensas tendem a ser formalizadas e uniformes. Estruturas Altas e Flats 8 7 6 5 4 3 2 1 Estrutura alta (8 níveis) 5
Modelos de Gestão BOTTOM-UP Neste processo, tipo pré-taylorista, em lugar da hierarquia e da divisão do trabalho há autonomia; O modelo de conhecimento é criado e freqüentemente controlado pelo próprio indivíduo; a autonomia excessiva dos funcionários da linha de frente torna difícil disseminar e compartilhar o conhecimento dentro da organização;... BOTTOM-UP O conhecimento é criado por determinados indivíduos e não por um grupo de indivíduos que interagem; A conversão do conhecimento se dá de forma parcial: socialização e explicitação 6
Modelos de Gestão MIDDLE-UP-DOWN A criação de conhecimento pelos gerentes de nível médio decorre da freqüente liderança de equipes, por meio de um processo em espiral de conversão que envolve tanto a alta gerência quanto o pessoal de nível operacional;...middle-up-down A gerência de nível médio desenvolve conceitos mais concretos a partir de uma visão ou ideal da alta gerência, de forma que o pessoal de nível operacional compreender e implementar; A contradição que existe entre o que a alta gerência espera criar e o que realmente existe, no mundo real, é resolvida pela gerência de nível médio. 7
Estruturas Altas e Flats 3 2 1 Estrutura flat (3 níveis) MIDDLE-UP-DOWN Fonte Nonaka & Takeuchi p.147 8
Características do modelo MIDDLE-UP-DOWN Mais abrangente: KNOW WHO (quem?) quem conhece Mais completo KNOW WHAT (qual?) conhecimento dos fatos Mais flexível KNOW WHY (porque?) conhecimento dos princípios e leis Mais amplo KNOW WHERE (onde?) onde acontece Características relevantes dos modelos de gestão: 9
A transformação da gerência: Ø A natureza do trabalho do gerente está se modificando com a ascensão do trabalhador do conhecimento; Ø O trabalho baseado no conhecimento não pode ter sua gerência fundamentada em números, como o trabalho mão-de-obra; Ø Ao contrário, a atividade deste trabalhador tem semelhanças com a do profissional liberal: a avaliação é pelo resultado alcançado e não pela atividade realizada; Ø A gerência do tipo comando e controle está se tornando desnecessária; Ø Saber mais do que os chefes, ter mais sensibilidade e estar mais próximos dos clientes são características comuns aos gerentes das organizações do conhecimento; Ø Os gerentes vêm se agrupando em torno de uma linguagem que engloba termos como valores, visão, trabalho em equipe, facilitador e emponderamento. 10
A ORGANIZAÇÃO DO FUTURO Organização do Conhecimento Estrutura em Hipertexto Nonaka e Takeuchi (1997) sugerem uma estrutura organizacional, baseada no conceito de hipertexto, para permitir a criação do conhecimento de forma eficaz e contínua na organização, transformando dinamicamente o conhecimento entre três níveis estruturais: 11
1)Nível do sistema de negócios: organizado como uma hierarquia tradicional; 2)Nível de equipe de projeto: organizado como uma força-tarefa típica; 3)O conhecimento gerado nos dois níveis é então re-categorizado e recontextualizado num terceiro nível, a base de conhecimento. 12
Princípios da organização em hipertexto: 1) Organização baseada em resultados e não em tarefas; 2) Adicionar valor é mais importante que o gerenciamento; 3) Emponderamento daqueles que atuam; 4) Decisões sobre o trabalho deve ser tomada por quem executa o trabalho; 5) Fazer a maior quantidade de trabalho antes de dar seqüência a outro nível; 6) A principal capacidade organizacional deve ser a habilidade para mudar. O novo ambiente organizacional: Ø Trabalhadores autônomos; Ø Agrupados em equipes; Ø Despojados de conceitos de hierarquia, comando e controle; Ø Menores margens de lucros; Ø Mercados tradicionais reduzidos; Ø Fatias de mercado e posições competitivas altamente vulneráveis; 13
Ø A gestão do conhecimento deve, em síntese, conseguir fazer com que o conhecimento individual seja explicitado na forma de conhecimento organizacional; Ø Esta é a maior riqueza das organizações da era do conhecimento e o maior desafio dos executivos deste novo milênio; 14
Ø A reconhecida função da gerência de desenvolver os ativos da organização deve ser traduzida na implementação de formas capazes de transformar o conhecimento especializado do indivíduo em procedimentos e métodos organizacionais; Ø A importância dos relacionamentos internos reside nesta atividade de gerenciamento; Ø Os negócios da era do conhecimento exigem, cada vez mais, profissionais com intimidade tanto com os produtos dessas organizações como com o seu gerenciamento; Ø As atividades de trabalho do conhecimento engloba: planejar, supervisionar, programar e gerenciar as atividades, ou seja, transformar mão-deobra em cérebro de obra; 15
Ø De fato, a atividade a ser desenvolvida pelo trabalhador do conhecimento consiste em converter informação em conhecimento, utilizando suas próprias competências, contando com o auxílio de fornecedores de informações ou de conhecimento especializado. Disciplina Gestão do Conhecimento Empresarial Prof. Eduardo Giugliani Curso de Engenharia de Produção Faculdade de Engenharia, PUCRS REFERÊNCIAS NONAKA, Ikujiro; TAKEUCHI, Hirotaka. Criação de Conhecimento na Empresa. Rio de Janeiro: Elsevier, 1997, 14ª Edição. Programa de Pós-Graduação em Engenharia e Gestão do Conhecimento Professor: Dr. Neri dos Santos Universidade Federal de Santa Catarina, UFSC 16