Um Sistema de Apoio à Decisão Aplicado ao Planejamento Operacional da Coleta Seletiva de Resíduos Sólidos

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Transcrição:

Um Sstema de Apoo à Decsão Aplcado ao Planejamento Operaconal da Coleta Seletva de Resíduos Sóldos Eugêno de Olvera Smonetto, Professor, UNIFRA, e Dens Borensten, Professor, PPGA-UFRGS Resumo- O artgo apresenta um sstema de apoo à decsão aplcado ao planejamento da coleta seletva de resíduos sóldos (SCOLDSS), o qual tem por funconaldade prncpal à geração de alternatvas ao processo decsóro no que se refere á: (a) alocação de veículos para a coleta seletva, bem como o rotero a ser percorrdo pelos mesmos e, (b) a determnação da quantdade dára de resíduos sóldos a ser envado a cada undade de tragem. Para o desenvolvmento do mesmo fo utlzada a combnação de técncas advndas da Pesqusa Operaconal, que são a smulação computaconal de eventos dscretos e algortmos para o problema da alocação e roteamento de veículos. O sstema fo desenvolvdo utlzando o ambente Borland Delph e, para a smulação fo utlzado o smulador Arena 3.5. Para a valdação do SCOLDSS estão sendo utlzados dados da coleta seletva de um muncípo do Ro Grande do Sul. Palavras-chave: Gestão de Resíduos Sóldos, Sstema de Apoo à Decsão, Coleta Seletva I. INTRODUÇÃO A recclagem dos resíduos sóldos é uma excelente alternatva para propcar a preservação de recursos naturas, a economa de energa, redução do materal que demanda o aterro santáro, geração de emprego e renda, conscentzação da população para questões ambentas. Porém, para um melhor funconamento é de vtal mportânca que se mplante nas cdades um amplo sstema de coleta seletva, onde os reccláves sejam separados nas resdêncas e coletados pelo sstema muncpal de coleta seletva. Apesar de ser uma excelente alternatva para a redução de resíduos com destno aos aterros, apenas 4% dos resíduos são reutlzados ou recclados nas cdades gaúchas, segundo a FEPAM (Fundação Estadual de Proteção ao Meo-Ambente). Um dos motvos desta parcela reduzda de recclagem deve-se ao mau acondconamento dos resíduos pela população, fato este gerado pela falta de nformação acerca da coleta seletva. Outros fatores que contrbuem para o pequeno índce de recclagem dos resíduos é o alto custo da coleta seletva para as muncpaldades (O Leary, 1999; Montero, 2001) e a falta de um projeto para dmensonar de forma adequada a capacdade de armazenamento e processamento de resduos nas undades de tragem. Os autores agradecem à COPESUL pelo suporte fnancero à pesqusa em desenvolvmento. Eugêno O. Smonetto é professor da área de Cêncas Naturas e Tecnológcas no Centro Unverstáro Francscano, Santa Mara-RS (e-mal: eosmonetto@unfra.br). Dens Borensten é professor do Programa de Pós-Graduação em Admnstração na Unversdade Federal do Ro Grande do Sul, Porto Alegre- RS (e-mal: densb@ea.ufrgs.br). Com o desenvolvmento do SCOLDSS, pretende-se auxlar o planejamento e dstrbução da coleta seletva de resíduos sóldos, buscando a redução das dstâncas percorrdas pelos veículos de coleta e, também, a redução da quantdade de resíduos desperdçados devdo à falta de controle na capacdade de processamento de trabalho nas undades de tragem. Observa-se que na lteratura sobre gestão de resíduos que as dsposções fnas consderadas pelos mesmos são geralmente ou o aterro santáro, ou os ncneradores, havendo uma desconsderacao das undades de tragem. O únco artgo a tratar da dsposção fnal de resíduos potencalmente reccláves (Huang, 1998), o faz de manera smlar ao tratamento dado aos aterros santáros, desconsderando o fluxo dnâmco de entrada e saída de resíduos, característca das undades de tragem de resíduos sóldos. Para o desenvolvmento do sstema computaconal apresentado no artgo foram utlzadas técncas quanttatvas orundas da Pesqusa Operaconal, tas como a smulação dscreta e algortmos para a resolução do roteamento de veículos. O objetvo do uso destas técncas é objetvar o processo decsóro, pos mutas das vezes, as decsões sobre o planejamento da gestão dos resíduos sóldos são tomadas, baseadas somente na experênca dos gestores (Chang, 1996). Fato este, que segundo este autor, contrbu para o alto custo e o baxo desempenho dos sstemas de coleta de resíduos nas cdades. A utlzação de ferramentas de Pesqusa Operaconal (PO) na Gestão de Resíduos Sóldos surge como uma alternatva vável para o tratamento da complexdade nerente ao processo de coleta seletva de resíduos sóldos, pos através do uso destas ferramentas pode-se representar uma stuação do mundo real, estudar seu comportamento (va execução de modelos formas) e tomar decsões com base nas conclusões extraídas. Város autores (Huang, 1998; Chang, 2000; Chung, 1996) já utlzaram técncas e métodos da PO para desenvolver estudos na área de coleta de resíduos sóldos. O artgo está organzado da segunte forma: na seção 2 são apresentados concetos acerca da coleta seletva de resíduos sóldos, na seção 3 é descrto o sstema de apoo à decsão SCOLDSS, enfatzando-se sua arqutetura e sua formulação matemátca. Na seção 4 são apresentados dados relatvos à prmera etapa de valdação do sstema e, por fm, na seção 5 são apresentadas as consderações fnas do artgo. II. A RECICLAGEM DE RESÍDUOS E A COLETA SELETIVA Recclagem, segundo O Leary (1999), é o processo pelo qual, resíduos que são destnados à dsposção fnal são coletados, processados e remanufaturados ou reutlzados. Montero (2001) defne recclagem como sendo a separação 774

de materas do lxo domclar, tas como papés, plástcos, vdros e materas, com a fnaldade de trazê-los de volta à ndústra para serem benefcados. Estes materas são novamente transformados em produtos comercalzáves. A mplantação da coleta seletva é um processo contínuo, o qual é amplado gradatvamente. O prmero passo, dz respeto à realzação de campanhas nformatvas de conscentzação junto à população, convencendo-a da mportânca da recclagem e orentando-a para que separe o lxo em recpentes para cada tpo de materal. Posterormente, deve-se elaborar um plano de coleta, defnndo equpamentos, veículos, áreas e a perodcdade de coleta dos resíduos. A regulardade e efcáca no recolhmento dos materas são mportantes para que a população tenha confança e se dsponha a partcpar. Fnalmente, é necessára a nstalação de undades de tragem para a lmpeza e separação dos resíduos e acondconamento dos mesmos para a venda do materal a ser recclado. Após a coleta, os materas reccláves devem ser transportados para uma undade de tragem, equpada com lugares para catação, para que seja feta uma separação mas crterosa dos materas vsando à comercalzação dos mesmos. As undades de tragem devem ser dotadas de prensas para que os materas reccláves de menor peso específco (papés e plástcos) possam ser enfardados para facltar a estocagem e o transporte dos mesmos. É mportante que a população seja devdamente orentada para que somente sejam separados, como lxo seco, os materas que possam ser comercalzados, evtando-se despesas adconas com o transporte e manuseo de rejetos, que certamente serão produzdos durante o processo de seleção por tpo de materal e no enfardamento. Após a mplantação da coleta seletva, o poder públco deve manter a população permanentemente moblzada através de campanhas de sensblzação e de educação ambental (Chang, 2000). III. SCOLDSS - O SISTEMA DE APOIO À DECISÃO PROPOSTO O sstema de apoo à decsão SCOLDSS fo construído baseado nas pesqusas bblográfcas e observações n loco do processo de coleta e dstrbução dos resíduos sóldos provenentes da coleta seletva. Com o desenvolvmento e mplementação deste sstema busca-se subsdar o processo de tomada de decsões operaconas dos gestores da área de resíduos sóldos (Goldbarg, 2000) no que se refere à logístca dos resíduos sóldos, desde a fase de coleta até a fase de entrega dos resíduos, nas undades de tragem. Bascamente o sstema contrburá através da geração e análse de possíves cenáros de operação deste tpo de coleta. Consdera-se no estudo desenvolvdo que as etapas para mplantação da coleta seletva (equpamentos, recursos humanos, áreas e perodcdade da coleta seletva) já estejam devdamente defndas. A metodologa para o desenvolvmento do SCOLDSS fo à mesma adotada para o desenvolvmento de modelos em Pesqusa Operaconal (Law & Kelton, 1991). O desenvolvmento fo estruturado da segunte forma: (1) estudos exploratóros, na qual o problema fo dentfcado e estruturado; (2) desenvolvmento da solução, pela construção de modelos formas capazes de representar o problema; (3) mplementação computaconal da solução, utlzando-se a tecnologa de sstemas de apoo a decsão; (4) valdação da solução, através de testes em laboratóro e em campo, para verfcar se os resultados obtdos estão de acordo com a realdade observada. A valdação fo desenvolvda com a utlzação de dados hstórcos da área de resíduos sóldos reccláves do Departamento Muncpal de Lmpeza Urbana de Porto Alegre e, através da partcpação de especalstas em gestão de resíduos e pesqusadores na área. Para o desenvolvmento do SCOLDSS fo utlzada a arqutetura de sstemas de apoo à decsão proposta por Sprague (1991), a qual é composta por três subsstemas báscos: banco de dados, modelo decsóro e nterface, os quas serão apresentados nas próxmas subseções. A arqutetura do SCOLDSS é apresentada na fgura 1. A. Subsstema banco de dados A premssa básca para a construção do subsstema banco de dados do SCOLDSS fo a de seleconar dados, os quas fossem de vtal mportânca à geração de nformações para os gestores, bem como para o subsstema modelo, o qual trabalhará, bascamente, utlzando os dados deste subsstema. Para o desenvolvmento do banco de dados foram utlzados: trabalhos realzados anterormente a este estudo (Huang 1998, Chang, 2000), manuas técncos relatvos à área de Gestão de Resíduos Sóldos (O Leary, 1999; Montero, 2001; DMLU, 2004), bem como de entrevstas para levantamento de requstos junto à especalstas em gestão de resíduos sóldos. Esta estrutura também fo utlzada como base de dados para o desenvolvmento do Sstema de Informação para a Coleta Seletva de Resíduos (SICOLSE) (Smonetto, 2003). O dagrama entdade-relaconamento do subsstema banco de dados do SCOLDSS pode ser vsualzado na fgura 2. Fgura 1 A relação entre os subsstemas do SCOLDSS 775

- depósto dos resíduos em espaço físco lmtado (kg por m 3 ); - seleção dos resíduos pelos trabalhadores (em kg por mnuto); - armazenamento dos resíduos processados (em kg). Fgura 2 Dagrama entdade-relaconamento do SCOLDSS B. Subsstema Modelo Decsóro O subsstema modelo do SCOLDSS fo concebdo utlzandose duas técncas dstntas da Pesqusa Operaconal: a smulação computaconal de eventos dscretos e o desenvolvmento de heurístcas para o problema do roteamento de veículos. A utlzação destas duas técncas é justfcada pela natureza dstnta, mas ntegrada, dos problemas tratados. Prmero, a determnação da capacdade de processamento de resíduos e, segundo, a determnação do escoamento do fluxo de resíduos, em conseqüênca, do resultado das smulações. Baseado na ntegração da smulação do processamento de resíduos nas undades de tragem (para a determnação da capacdade de processamento de resíduos em um da) e a execução do problema do roteamento de veículos com múltplos depóstos, os percursos dos veículos de coleta de resíduos serão determnados, bem como o destno fnal dos resíduos por eles transportados. A Smulação de Eventos Dscretos no SCOLDSS Quando da utlzação do sstema de apoo à decsão, o usuáro rá nformar: o da da semana para o qual será efetuado o planejamento da coleta seletva, o mês do ano (de forma a consderar as eventuas sazonaldades exstentes no processo); as undades de tragem de resíduos operantes, para que seja determnada a quantdade máxma de matéra prma pósconsumo (em kg) que cada undade em operação é capaz de processar daramente. Nesta prmera etapa de utlzação do modelo decsóro executa-se um modelo de smulação computaconal de eventos dscretos, mplementado no smulador Arena 3.5, para a determnação da capacdade de processamento de resíduos em cada undade de tragem. Tal determnação faz-se necessára pela partculardade encontrada no caso de resíduos potencalmente reccláves orgnada pelo fluxo de entrada e saída deste tpo de resíduo nas undades de tragem. Ambos os fluxos não são verfcados em se tratando dos resíduos sóldos que são dreconados ao aterro santáro, pos neste tpo de dsposção fnal, não exste a saída dos resíduos sóldos (somente a entrada de resíduos) (Chang, 2000; Huang, 1998; DMLU, 2004). Para o desenvolvmento do modelo de smulação são necessáras as seguntes nformações: - Méda total dára de resíduos a serem coletados pelos veículos (em kg); - entrada de resíduo sóldo provenente da coleta seletva (em kg); Nesta últma etapa, tanto os resíduos seleconados para retornarem ao mercado, como os que terão como destno o aterro santáro, têm de serem levados em consderação pela smulação, pos ambos ocupam espaço físco temporaramente e, também, consomem um determnado tempo para serem processados pelos trabalhadores. Para smular a quantdade máxma de resíduos a ser processada daramente em cada undade de tragem é levada em consderação a méda total coletada daramente de resíduos sóldos potencalmente reccláves, de acordo com o da da semana e o mês do ano e, a capacdade de processamento em qulograma por mnuto de trabalho em cada undade. Para tanto, consdera-se também no modelo de smulação eventuas nterrupções no trabalho (almoço, troca de equpe de trabalho) e a varação da produção de um turno para outro. Para a dstrbução dos resíduos sóldos durante a smulação fo utlzado o componente Pckstaton do smulador Arena 3.5, o qual selecona a undade para envar-se a matéra-prma, em ordem de precedênca, de acordo com: o número de recursos utlzados (de modo a evtar ocosdade) e, pela quantdade de matéra-prma pós-consumo aguardando para ser processada. A nformação gerada pela prmera fase do modelo decsóro é a demanda de resíduos sóldos (em kg) que cada undade de tragem é capaz de processar em um determnado da de trabalho, obtda pela méda das n execuções da smulação. Para a geração do arquvo com os resultados fo utlzado o módulo de ntegração do smulador Arena com arquvos textos. A capacdade de processamento de resíduos em cada undade de tragem é ntegrada ao modelo decsóro na forma de restrção de capacdade ao problema do roteamento de veículos com város depóstos e frota heterogênea. A restrção garante que nenhuma undade de tragem receba uma quantdade de resíduos maor que a sua capacdade de processamento smulada. Além de garantr que nenhuma undade receba materal a mas do que sua capacdade, também fo nserda no modelo decsóro uma restrção que garanta um percentual mínmo de chegada de resíduo em cada undade de tragem, na forma de percentual, a qual fo denomnada Restrção de Demanda Mínma. A restrção de demanda mínma possu a fnaldade de garantr uma quantdade mínma de materal de trabalho a cada uma das undades e é determnada a partr de um cálculo percentual sobre a capacdade máxma de processamento de cada undade de tragem. Agrupamento de Pontos de Coleta e Alocação de Veículos A fase subseqüente da utlzação do modelo decsóro caracterza-se por possurmos n undades de tragem (com a demanda já defnda pela prmera fase do modelo) e m pontos de coleta com oferta de resíduo sóldo recclável a serem coletados pelos veículos. Tal descrção denota claramente o problema do roteamento de veículos com város depóstos, onde, para a resolução, fo utlzada a abordagem proposta por 776

(Gllet, 1974), mplementadas na forma de heurístcas do tpo agrupar para depos rotear. Nesta abordagem, prmeramente devem-se assocar pontos de coleta às undades de tragem específcas. Ou seja, é executada uma determnação do tpo os resíduos do ponto de coleta x serão envados para a undade de tragem y. Como resultado desta fase tem-se os pontos de coleta que envarão materal para cada uma delas (undades), separados por undade de tragem. Nesta etapa também é garantdo o percentual mínmo de chegada de matéra prma pós-consumo (em kg) em cada uma das undades de tragem, de acordo com a capacdade máxma de processamento fornecda pelo smulador. Após o procedmento de agrupamento dos pontos de coleta, é efetuada a rotna de alocação dos veículos para a coleta seletva. Para o desenvolvmento da alocação fo mplementado no SCOLDSS o algortmo Smplex (Goldbarg, 2000), de forma que não se consderasse no modelo decsóro cada veículo ndvdualmente, mas sm por tpos, classfcados conforme suas capacdades de carga. Com sto, consegue-se um processamento mas rápdo do modelo, evtando possíves explosões combnatóras no espaço de soluções. Como resultado fnal do processamento desta etapa tem-se estpulada a quantdade em qulogramas que um determnado tpo de veículo k rá transportar para uma undade de tragem. Porém, se a resolução envolver város tpos dstntos de veículos é necessáro utlzar abordagens avançadas (metaheurístcas) para a resolução da alocação, tas como, a busca-tabu, algortmos genétcos ou smulated annealng, pos o algortmo Smplex comporta-se bem somente em problemas de pequeno e médo espectro (Cordeau, 2002). Determnação do Rotero da Coleta Seletva Após a estmatva da quantdade máxma de processamento de resíduos por undade; a determnação do envo do resíduo coletado em cada ponto para uma undade de tragem específca; da estpulação da quantdade de resíduo mínmo a chegar em cada undade de tragem; e dos veículos alocados para execução da coleta, reduz-se o problema à confguração do problema de roteamento de veículos com um únco depósto (Cordeau, 2002). Como cada depósto (undade de tragem) já possu uma determnação de quas os pontos de coleta lhe envarão materal para processamento, é necessáro somente estabelecer a ordem que cada ponto de coleta será vstado. Para se garantr bons resultados nesta etapa, optou-se por utlzar o algortmo para roteamento de veículos proposto por Renaud (2002), o qual é aplcado a problemas com frota heterogênea de veículos e apresenta excelentes resultados com problemas reas de roteamento. Para a determnação da oferta de resíduo em cada ponto de coleta, a qual é uma das restrções componentes do problema de roteamento de veículos, é utlzada a méda de coleta (em kg) no ponto de coleta. A quantdade méda é estmada conforme o da e o mês de coleta. Nesta etapa, o objetvo é a geração das rotas de coleta a serem percorrdas, bem como as atrbuções de qual veículo deve percorrer cada rota. Após o processamento das rotnas é gerada uma resposta com a segunte estrutura: para a undade de tragem x, o veículo n rá percorrer as pontos de coleta a, b e c (nesta ordem). No SCOLDSS, o resultado é apresentado na forma de rotas em um relatóro gráfco com mapa lustratvo dos locas a serem percorrdos, para facltar a comuncação com os usuáros. Devdo à execução do algortmo de roteamento realzar-se nesta etapa do modelo, necessta-se que as estruturas báscas para o funconamento do mesmo também sejam desenvolvdas, necesstando-se as seguntes nformações: 1. A Undade de tragem para a qual será realzado o planejamento; 2. Dos pontos de coleta seleconados para envarem o resíduo à undade (orundos da fase de agrupamento); 3. Da dstânca entre os pontos de coleta, bem como da dstânca destes até a undade de tragem; 4. Da méda de oferta de resíduo de cada ponto de coleta para o mês determnado na seleção; 5. Dos veículos alocados à undade de tragem para execução da coleta seletva; 6. Da capacdade de carga de cada veículo alocado. Após esta fase, os resultados são apresentados aos usuáros para que aplquem no planejamento ou srvam de auxílo para a geração de novos cenáros. Os resultados são gerados de forma textual ou através de relatóros gráfcos, com mapas do planejamento dáro de coleta (Fgura 3). Fgura 3 Interface prncpal do SCOLDSS Formulação Matemátca do Modelo Decsóro A formulação matemátca do problema de roteamento de veículos não é um problema trval (Goldbarg, 2000), portanto ao ser concebda a formulação matemátca do modelo decsóro, a mesma fo desenvolvda, tendo por base ncal o modelo de Fsher e Jakumar (1981) para o problema do roteamento de veículos. Posterormente, alterações báscas no modelo orgnal se fzeram necessáras devdo às característcas peculares ao problema em questão, no caso, à coleta seletva de resíduos. O modelo e sua descrção são apresentados a segur na fgura 4. 777

Mmzar z = cj xjk j k Sujeto a: l =1 j = 1,..., nd j = nd+1,..., n (1) j y =1 k k = nd+1,..., n (2) y = m k k = 1,..., nd (3) x =1 k = 1,..., nd (4) k q y Q k k k =1,..., m (5) q l C C = µ t, se λ µ > µ, onde j j C = λ t, se λ =1,..., nd j=nd+1,..., n (6) q l C p j j = 1,..., nd j = nd+1,..., n (7) x = jk x = jk yk j j = 1,..., nd j = nd+1,..., n k=1,..., m (8) x S 1 S {2,..., n} k= 1,..., m (9) jk j S y {0,1} k xjk {0,1} lj {0,1} k =1,..., m (10),j = 1,..., n (11) Fgura 4 Formulação matemátca do modelo decsóro do SCOLDSS Onde: varável bnára que assume o valor 1 quando o veículo xjk k vsta o clente j medatamente após o clente, 0 em caso contráro; - varável bnára que assume o valor 1 quando um clente j lj é assocado a um depósto, 0 em caso contráro ; y k - varável bnára que assume o valor 1 se o clente é vstado pelo veículo k, 0 em caso contráro; q é a oferta do clente ; Q k é a capacdade do veículo k; é a capacdade de demanda máxma do depósto ; C p é o percentual mínmo de recebmento de materal da demanda máxma do depósto (undade de tragem); λ é o rtmo médo de chegada de materal ao depósto; µ - é o rtmo médo de processamento de materal no depósto; t é o tempo total smulado. As restrções (1) garantem que um clente está assocado à somente um depósto. As restrções (2) assegurarão que um determnado veículo passará por cada clente uma únca vez. As restrções (3) garantem que o depósto receba uma vsta dos veículos assocados a ele. Já as restrções (4) dão a garanta que um determnado veículo pode servr a um únco depósto. As restrções (5) garantem que a oferta de um determnado clente (ponto de coleta) não seja maor que a capacdade de carga de um veículo. As restrções (6) asseguram que a capacdade de um depósto (undade de tragem) não seja excedda pelas ofertas dos clentes. Nestas restrções ocorre a nserção dos dados provenentes do modelo de smulação do processamento de resíduos. As restrções (7) asseguram que uma determnada porcentagem mínma de carga rá chegar ao depósto. As restrções (8) garantem que os veículos não terão por destno fnal de suas rotas um clente. Já as restrções (9) têm por fnaldade garantr a elmnação de subtours. As restrções (10) e (11) são restrções complementares ao modelo decsóro. IV. VALIDAÇÃO DO SCOLDSS O sstema SCOLDSS consste do desenvolvmento de modelos quanttatvos e de smulação para auxílo ao planejamento operaconal da coleta seletva de resíduos sóldos. Como um modelo pode ser defndo como a representação do mundo real (Goldbarg, 2000) temos que fazer com que o comportamento da representação seja o mesmo (ou mas próxmo possível) da realdade em questão, sob determnadas condções especfcadas. A este processo denomna-se valdação de modelo. Na prmera fase de valdação (modelo concetual), foram utlzados dados de artgos centífcos e de manuas técncos referentes à área de gestão ntegrada de resíduos sóldos, combnados a entrevstas com pesqusadores e gestores da área e, também observações n loco do processo. Na mplementação foram valdados cada módulo separadamente e, posterormente fo desenvolvda a valdação da ntegração dos dferentes módulos componentes do SCOLDSS. Para a valdação do módulo de smulação da capacdade de processamento de resíduos dáro das undades de tragem foram utlzados dados reas de uma undade. Nesta valdação o sstema comportou-se de manera correta, com um desvo médo de 0.8% dos dados reas coletados, o que não compromete o desempenho do sstema, tendo em vsta que a smulação trata da capacdade máxma de processamento. Na valdação da alocação e do roteamento de veículos os resultados foram bastante sgnfcatvos. Para esta valdação fo utlzado um problema de coleta de resíduos sóldos apresentado em Larson (1999), o qual é um problema real com dmensões dmnutas. Porém, o algortmo de Renaud (2002) apresentou sgnfcatvas melhoras aos resultados apresentados. Para o roteamento, Larson (1999) utlzou a heurístca savngs e um procedmento de melhora do resultado (2-Opt) gerado pela heurístca. Em ambos os casos, o algortmo de Renaud (2002) fo superor aos resultados apresentados. Em relação ao savngs o algortmo apresentou resultados com custos menores na ordem de 14.4 % e, com 778

relação ao procedmento de melhora 2-Opt o algortmo apresentou resultados com custo mas baxos na ordem de 3.2%. A valdação de face do SCOLDSS fo desenvolvda com a partcpação de potencas usuáros do sstema (acadêmcos e profssonas), que após receberem nstruções sobre o funconamento, o utlzavam com ntuto de verfcar a facldade de uso e a corretude do mesmo. O SCOLDSS, segundo os usuáros, é de fácl usabldade e apresenta uma sgnfcatva contrbução para os gestores da área. V. CONSIDERAÇÕES FINAIS O artgo teve como objetvo prncpal apresentar um sstema de apoo à decsão (SCOLDSS) concebdo para auxlar gestores da área de resíduos sóldos no planejamento operaconal da coleta seletva. Bascamente, para a especfcação dos requstos e desenvolvmento do mesmo fo desenvolvda uma pesqusa em artgos centífcos relatvos, observações n loco, tanto do processo de coleta, quanto do processamento dos resíduos nas undades de tragem e, posterormente, feta a valdação do sstema junto a gestores da coleta de resíduos. Em uma prmera fase de valdação do SCOLDSS, pôde-se constatar que o mesmo apresenta um comportamento compatível com a realdade, no caso da smulação do processamento de resíduos nas undades e, uma melhora sgnfcatva dos resultados no roteamento de veículos, através da utlzação do algortmo de Renaud (2002), no problema apresentado por Larson (1999). Atualmente, está em desenvolvmento a valdação do SCOLDSS através de um estudo de caso com um problema de grandes dmensões referentes à coleta seletva de Porto Alegre-RS. Para este estudo, os dados estão sendo fornecdos pelo Departamento Muncpal de Lmpeza Urbana (DMLU, 2004) do muncípo. O sstema fo mplementado utlzando-se o Delph 7 e o banco de dados MS-Access e, para o desenvolvmento dos modelos de smulação fo utlzado o Arena 3.5. Law, A.M., Kelton, W.D. Smulaton Modelng & Analyss. 2 ª Ed., McGraw- Hll, 1991. Montero, J.H.P.; et al. Manual de Gerencamento Integrado de Resíduos Sóldos. Ro de Janero: Insttuto Braslero de Admnstração Muncpal, 2001. O Leary, P.R; et al.. Decson Maker s Gude to Sold Waste Management.Vol. 2. Washngton DC: U.S. Envronmental Protecton Agency, 1999. Renaud, J.; Boctor, F.F. A sweep-based algorthm for the fleet sze and mx vehcle routng problem. European Journal of Operatonal Research, 140, pp. 618-628, 2002. Smonetto, E.O.;Borensten, D.;Dotto, B.R. SICOLSE Um Sstema de Informação para à Gestão da Coleta Seletva de Resíduos. Anas do XXIII Encontro Naconal de Engenhara de Produção. UFOP-ABEPRO, Ouro Preto- MG, Outubro, 2003. Sprague, R.; Watson, H. Sstemas de Apoo à Decsão: Colocando a Teora em Prátca. Ro de Janero, Campus, 1991. Eugêno de Olvera Smonetto é professor assstente da Área de Cêncas Naturas e Tecnológcas do Centro Unverstáro Francscano em Santa Mara-RS. Atualmente, cursa o Doutorado em Admnstração na Unversdade Federal do Ro Grande do Sul. Obteve o Mestrado em Computação na Pontfíca Unversdade Católca do Ro Grande do Sul e, o Bacharelado em Análse de Sstemas na Unversdade Católca de Pelotas. Suas áreas de pesqusa são os Sstemas de Informação Ambentas e a Modelagem de Sstemas Não-Convenconas. Dens Borensten é professor adjunto da Escola de Admnstração da Unversdade Federal do Ro Grande do Sul. Obteve o PhD em Management Scence na Unversty of Strathclyde, Escóca, Mestrado em Admnstração na Unversdade Federal do Ro Grande do Sul, e o Bacharelado em Engenhara Naval na Unversdade Federal do Ro de Janero. Suas áreas de pesqusa são a modelagem e smulação de sstemas de manufatura e logístcos, customzação em massa e o desenvolvmento de sstemas de apoo à decsão. Tem publcado regularmente em dversas revstas ndexadas, tas como, Annals of Operatons Research, European Journal of Operatonal Research, Internatonal Journal of Producton Research e Journal of the Operatonal Research Socety. VI. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Chang, N.; We, Y. 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