INFRA-ESTRUTURA BRASILEIRA: IDENTIFICAÇÃO DE SETORES CHAVES PARA O CRESCIMENTO DA ECONOMIA MARIA APARECIDA SILVA OLIVEIRA; ERLY CARDOSO TEIEIRA; UFV VIÇOSA - MG - BRASIL cda730@yahoo.com.r PÔSTER POLÍTICAS SETORIAIS E MACROECONÔMICAS Ifra-estrutura raslera: detfcação de setores chaves para o crescmeto da ecooma Grupo de Pesqusa o 5: Polítcas setoras e macroecoômcas Forma de apresetação: pôster
Ifra-estrutura raslera: detfcação de setores chaves para o crescmeto da ecooma Resumo: A partr da década de 980, os vestmetos em fra-estrutura foram reduzdos o Brasl, levado à redução a qualdade desses servços e elevado custos para o setor produtvo. O oetvo deste artgo é detfcar os setores de fra-estrutura, especfcamete trasporte, eerga elétrca e comucações, como setores chaves para o crescmeto da ecooma. Para sso foram calculados os ídces de Rasmusse-Hrschma e ídces de dspersão para frete e para trás, a partr dos dados da matrz de sumo-produto de 996. Os setores de trasporte e eerga elétrca são setores chaves pos apresetam ídce de lgação para frete maor que um. O setor de comucações ão recee essa classfcação. Comparado os ídces de 985 com os resultados otdos para o ao de 996 percee-se que o setor de trasporte, que teve reduções de vestmeto, apreseta redução o ídce de lgação para frete e o setor de comucações, que teve crescmeto os vestmetos, apreseta elevação desse ídce. Palavras-chave: fra-estrutura, setores chaves, ídces de Rasmusse-Hrschma.. Itrodução A provsão efcete dos servços de fra-estrutura proporcoa codções à oteção do crescmeto da ecooma. A fra-estrutura exerce fluêca sore as atvdades produtvas pos posslta oteção de maor produtvdade dos fatores, elevado suas remuerações e torado os vestmetos mas atratvos. Para que os setores de fraestrutura possam desempehar essa fução é precso que seam capazes de dar suporte ao crescmeto dos demas setores, ão estragulado ou valzado a produção e comercalzação dos es. Para sso a ecooma de um país ou regão deve dspor de setores de fra-estrutura moderos e em om estado de coservação. Etretato, o Brasl sso ão se verfca. A redução de vestmetos esses setores, oservada desde a década de 980, tem comprometdo a provsão dos seus servços. Os vestmetos os setores de eerga e de trasporte se reduzram em 75,87% e 89,66% respectvamete, etre os aos de 980 e 993. Apeas os vestmetos o setor de telecomucações apresetaram um crescmeto de 32,25% esse período (FERREIRA, 996). De acordo com dados do Mstéro do Plaeameto, Orçameto e Gestão (MPOG) (2005), os vestmetos do setor elétrco reduzram 8,57% etre 995 e 200, e os do setor de trasportes, a redução fo de 0,32%. Os efetos da descotudade de vestmeto em fra-estrutura são setdos os setores ecoômcos va crescmeto dos custos, o que compromete a compettvdade das dversas atvdades atgdas. O setor elétrco raslero está etre esses setores que podem comprometer a valdade de mutas atvdades produtvas. A defasagem de vestmetos em eerga elétrca é apotada como o prcpal fator gerador dos desequlíros etre demada e oferta desse servço, que levaram ao racoameto de eerga, reduzdo a produção, elevado os custos e, assm, comprometedo o crescmeto da ecooma (MPOG, 2003). A atual degradação do setor de trasportes do país, alada aos reduzdos vestmetos fetos esse setor, sufcetes até mesmo para reposção, o tora adequado e efcete, preudcado o desempeho da ecooma e a compettvdade das empresas, reduzdo sua capacdade de geração de emprego e reda. Somete o mau estado do setor rodováro
acoal é resposável por um custo adcoal para o setor produtvo raslero de 40% o trasporte de cargas e passageros e acréscmo de até 60% o cosumo de comustível. A defcêca desse modal é preudcal à ecooma, pos por essas rodovas são trasportadas mas de 60% das cargas e 95% dos passageros o terrtóro acoal. Estma-se que aproxmadamete 50% das rodovas federas ecesstam de recuperação (MPOG, op ct.). A dfereça etre os custos dos servços de fra-estrutura o Brasl e em países mas efcetes a provsão desses servços, costtu parte do que se deoma Custo Brasl. Dessa forma, em um cotexto de aertura comercal e tegração regoal, a redução do Custo Brasl, dada pela redução dos custos dos servços prestados por esse setor, está assocada à geração de ecooma de escala e a exteraldades postvas, amplado a possldade de maxmzação dos gahos de comérco (LIMA et al., 997). De acordo com FERREIRA (996), o desafo posto à socedade raslera é, além de recuperar a parte da fra-estrutura deterorada, amplá-la a fm de ateder às ecessdades atuas e futuras da ecooma. Date do exposto, o oetvo deste artgo é evdecar a mportâca dos setores de fra-estrutura para a ecooma raslera, especfcamete trasporte, eerga elétrca e comucação, através da sua detfcação como setores chaves para o crescmeto da ecooma do país. Essas formações são útes para reforçar as solctações do setor produtvo por recuperação e moderzação da fra-estrutura uto ao setor púlco, e tamém para os formuladores de polítcas, a oretação das decsões quato a escolha desses setores para realzação de vestmetos e parceras etres os setores púlco e prvado. Está dspoível a lteratura uma sére de traalhos uscado detfcar os setores chaves da ecooma como os realzados por GUILHOTO (995), NAJBERG e VIEIRA (996), HADDAD e PEROBELLI (2002), MARTINS et al. (2003), etre outros. Etretato, ehum desses efocou a aálse os setores de fra-estrutura, como proposto o presete artgo. Além dessa trodução, este traalho estão cotdas mas três seções. A prmera delas expõe a metodologa e descrção da ase de dados utlzada. Na seguda são apresetados os resultados e sua dscussão. Por fm, são apresetadas as coclusões do traalho. 2. Metodologa Para detfcar os setores de fra-estrutura como setores chaves serão calculados os ídces de Rasmusse-Hrschma através da aálse sumo-produto que tem a Matrz Isumo-Produto MIP como ase de dados. A MIP é composta pela cota de produção gloal e é dvda em três partes. A prmera retrata a demada termedára, sto é, as trasações de compra e veda etre os setores produtvos. A seguda é composta pelo valor adcoado, que compreede a remueração dos fatores e o excedete ruto operacoal; os mpostos e susídos cdetes sore a produção e as mportações. A demada fal, a tercera parte da MIP, é composta pelo cosumo das famílas e do govero, da formação ruta de captal e das exportações (CLEMENTE, 2000). Uma MIP lustratva é apresetada a fgura a segur. e 2 são setores produtvos, Y é a demada fal, V é o valor adcoado mas mportações e represeta o total da produção. As varáves represetam o cosumo termedáro do sumo a produção do em. Na colua estão represetados os custos com as compras de sumos. Na lha podem ser oservadas as recetas do setor oruda da veda do em para o cosumo termedáro dos demas setores e para demada fal.
Isumo/Produto Setores Valor Bruto da Demada Fal (Y) 2 Produção () 2 Y 2 2 22 Y 2 2 Valor Adcoado (V) V V 2 Valor Bruto da Produção () 2 Fote: Adaptado de CLEMENTE (2000, 40). Fgura : Matrz sumo-produto represetatva. A partr da matrz de cosumo termedáro pode-se dervar a matrz de coefcetes téccos, que é dada por: A = [ a ] em que a = ou a =. () Para cada lha da MIP, tem-se etão que: + Y = = a + Y = (2) Em termos matrcas, A + Y = ; com algumas operações matrcas otém-se: = ( I A) Y ou = BY (3) em que I é uma matrz detdade e (I-A) - = B = [] é a matrz versa de Leotef, em que cada elemeto, segudo HADDAD et al. (989), represeta os requstos dretos e dretos de sumos do setor por udade de demada fal a produção do setor. Com os coefcetes da matrz B pode-se calcular os ídces de Rasmusse- Hrschma ou ídce de lgação para frete (U) e o ídce de lgação para trás (U), que segudo HADDAD et al. (989) são dados respectvamete por: U U = = 2 = = = = 2 = = (, =,2,..., ) (4) (, =,2,..., ) (5) em que é o úmero de setores.
U, tamém deomado de ídce de poder de dspersão, é terpretado como o acréscmo total (dreto e dreto) a produção de todos os setores produtvos da ecooma, que é ecessáro para ateder a um acréscmo de uma udade moetára a demada fal do setor. O ídce U, ou ídce de sesldade à dspersão, mostra os mpactos dretos e dretos sore o setor dados por varação de uma udade moetára a demada fal de cada um dos demas setores produtvos. De acordo com GUILHOTO (995), um setor é cosderado setor-chave a ecooma quado U e U são superores à udade, ou sea, quado suas lgações para frete e para trás são maores que a méda dos demas setores. A cada um desses ídces pode-se assocar uma medda de varaldade. De acordo HADDAD et al. (989), essas meddas permtem detfcar a sgfcâca de ter-relação de um setor com os demas, ou sea, se, dado um choque, esses setores atgem mutos setores da matrz versa de Leotef ou apeas poucos deles. Tas meddas são deomadas de Ídce de Dspersão para Frete (V) e Ídce de Dspersão para Trás (V) e são calculados pelas equações segutes. V V = = = = = = = = 2 2 (6) (7) Quato meor o valor de V maor o úmero de setores para os quas o setor atua como forecedor, e quato meor o valor de V maor o úmero de setores que depedem da demada termedára do setor. Os dados utlzados esta pesqusa foram otdos da Matrz de Isumo-Produto (MIP) do Brasl de 996, últma matrz ofcal dvulgada pelo Isttuto Braslero de Geografa e Estatístca (IBGE). A MIP é otda das taelas de sumo-produto meddas a preços áscos, que são os preços pagos pelos cosumdores depos de retradas as marges de comérco, trasportes e mpostos. A MIP é dspolzada em uma agregação de 42 setores, mas para realzação deste traalho será acrescetado o setor de eerga elétrca. Os dados referetes a esse setor serão desagregados do setor de Servços Idustras de Utldade Púlca (SIUP). Segudo formações do IBGE, o setor de eerga elétrca correspode a 80% desse setor, sedo a desagregação realzada por essa proporção detre os servços que compõem o SIUP 3. Resultados e dscussão Nesta seção são apresetados os ídces de lgação para frete (U) e ídce de lgação para trás (U) em como os ídces de dspersão para frete (V) e ídce de dspersão para trás (V), expostos a Taela.
Taela : Ídces de lgação e de dspersão para frete (U e V) e para trás (U e V) dos setores produtvos rasleros 996. Setor U Rak V Rak 2 U Rak V Rak 2 Agropecuára 3,48 0,680 6 0,85 32 0,928 36 2 Extratva Meral 0,77 26 0,889 22,05 2 0,760 7 3 Extraação de petróleo e gás 0,85 20 0,776 2 0,82 34 0,785 4 Meras ão-metálcos 0,9 6 0,939 28,06 20 0,87 29 5 Sderurga,7 3 0,935 27,32,030 43 6 Metalurga ão-ferrosos,02 4 0,96 29,4 2 0,902 34 7 Outros metalúrgcos,26 0 0,7 7,8 9 0,783 0 8 Máquas e tratores,8 2 0,67 5 0,92 29 0,773 8 9 Materal elétrco 0,7 29 0,935 26,6 0 0,735 5 0 Equpam.eletrôcos 0,57 39 0,98 32 0,85 3 0,795 4 Automóves, camhões e ôus 0,54 4 0,987 34, 7 0,699 2 Outros veículos e peças 0,92 5 0,922 25,9 8 0,803 7 3 Madera e moláro 0,69 3 0,986 33,04 22 0,807 20 4 Papel e gráfca,23 0,850 8,2 5 0,897 33 5 Idústra da orracha 0,88 8,002 39,0 8 0,903 35 6 Elemetos químcos 0,88 7 0,783 3,04 23 0,747 6 7 Refo do petróleo 2,45 2 0,595 2 0,96 27 0,947 39 8 Outros produtos químcos,27 9 0,77 8,06 9 0,805 9 9 Farmacêutca e de perfumara. 0,54 40 0,969 30 0,93 28 0,733 4 20 Artgos de plástco 0,84 2 0,88 7 0,98 25 0,80 6 2 Idústra Têxtl,35 8 0,993 37,4 3,002 42 22 Artgos do vestuáro 0,52 42 0,99 36,3 4 0,789 2 23 Farcação de calçados 0,62 38,074 4,2 6 0,794 3 24 Idústra do café 0,67 32,42 43,26 4 0,930 37 25 Beefcam. de produtos vegetas 0,66 34 0,90 23,4 0,782 9 26 Aate de amas 0,64 37 0,979 3,20 6 0,829 24 27 Idústra de latcíos 0,65 35,08 42,24 5 0,885 30 28 Idústra do Açúcar 0,70 30,033 40,29 3 0,8 2 29 Farcação de óleos vegetas 0,83 22 0,99 35,32 2 0,865 27 30 Outros produtos almetares 0,73 28 0,878 9,9 7 0,7 2 3 Produtos dversos 0,67 33 0,886 2 0,97 26 0,73 3 32 S.I.U.P. 0,73 27 0,879 20 0,80 38 0,864 26 33 Costrução cvl 0,65 36 0,94 24 0,82 35 0,83 22 34 Comérco,69 4 0,544 0,84 33 0,805 8 35 Trasporte,4 7 0,64 4 0,90 30 0,827 23 36 Eerga elétrca,42 6 0,749 9 0,80 37,00 4 37 Comucações 0,8 24 0,785 4 0,64 4 0,887 3 38 Isttuções faceras,8 3 0,774 0,99 24 0,866 28 39 Servços prestados às famíla 0,87 9 0,768 0 0,8 36 0,797 5 40 Servços prestados às empresa,43 5 0,68 3 0,72 40 0,887 32 4 Aluguel de móves 0,77 25 0,802 6 0,54 43 0,969 40 42 Admstração púlca 0,83 23 0,788 5 0,72 39 0,85 25
43 Servços prvados ão-mercats 0,5 43,000 38 0,57 42 0,942 38 Fote: Resultados da Pesqusa. rak por ordem decrescete do ídce de lgação; 2 rak por ordem crescete do ídce de dspersão. Como á exposto, os setores chaves da ecooma seram aqueles que apresetam U e U maores que a udade, sto é, que teham poder de dspersão e sesldade à dspersão maores que a méda dos demas setores. Segudo essa classfcação, somete os setores sderurga, metalurga ão-ferrosos, outros metalúrgcos, papel e gráfca, outros produtos químcos e dústra têxtl seram cosderados setores chaves da ecooma raslera. Nehum dos setores de fra-estrutura aalsados, trasporte, eerga elétrca e comucação, receera essa classfcação. Etretato, classfcações mas flexíves podem ser adotadas. Sedo o crtéro descrto acma muto rígdo, optou-se por adotar um relaxameto dele, como crtéro alteratvo. Segudo GUILHOTO (995), uma maera de torar a classfcação mas flexível é cosderar como setores chaves aqueles que apresetem ídce de lgação para frete (U) ou ídce de lgação para trás (U) maor que a udade. De acordo com esse crtéro os setores trasporte e eerga elétrca podem ser cosderados setores chaves da ecooma por apresetarem ídce de lgação para frete maor que um (Taela ). Um setor com alto U, tem elevado poder de dspersão do aumeto da demada fal por seus produtos para os demas setores, ou sea, ele proporcoa estímulos acma da méda para o couto de setores da ecooma. Já um setor com alto U, dca que esse setor tem sesldade elevada à dspersão dos demas setores, sto é, dada sua mportâca a estrutura produtva dos demas setores, para um dado aumeto da demada fal, esse setor terá que aumetar sua produção mas que os outros. Segudo NAJBERG e VIEIRA (996), o ídce de lgação para frete mostra a extesão em que o couto de setores depede de um determado setor. Segudo essa terpretação, os valores de U oservados os setores trasporte e eerga elétrca dcam que o couto de setores da ecooma depede deles e para que ão haa estragulameto, com um crescmeto a demada fal, esses setores têm que aumetar suas produções mas que a méda dos demas setores. Assm, os servços prestados por esses setores são sumos essecas a produção dos demas. O setor comucações ão recee a classfcação de setor chave, pos ão apreseta U e U maores que a udade, mas seu U é superor a 0,8 ão sedo cosderado um valor axo. A Taela 2 mostra ídces de lgação para os setores de trasporte e comucação o ao de 985, calculados por HADDAD e PEROBELLI (2002). Os resultados do referdo traalho foram escolhdos para comparação devdo a dos motvos. Prmero, a agregação é semelhate à utlzada o presete estudo, ão havedo portato, dstorções os valores dos ídces devdo a agregações ou desagregações realzadas. Além dsso, a ase de dados é do ao de 985, período em que a ecooma raslera apeas começava a expermetar os prmeros efetos da redução dos vestmetos os setores de fra-estrutura, sedo etão adequado para aalsar a mudaça os ídces após mas de uma década de falta de vestmetos esses setores. Taela : Ídces de lgação para frete (U) e para trás (U) dos setores de trasporte e comucação rasleros 985 Trasporte,44 0,89 Comucações 0,62 0,67 Fote: HADDAD e PEROBELLI (2002). U U
Como pode ser oservado, o U do setor de trasporte fo maor que a udade tamém esse ao, mas superor ao valor ecotrado em 996. Isso mostra que em coseqüêca da deteroração do sstema de trasportes ocorrda o período, a sesldade a dspersão do setor fo reduzda, ou sea, a capacdade de elevar sua produção dado um aumeto a demada fal dos demas setores, reduzu-se. Dessa forma, trasporte é um setor chave da ecooma, mas perde capacdade de proporcoar codções para que os demas setores dos quas é forecedor, possam se expadr. O U tamém fo meor que udade como o outro ao, ão apresetado varação sgfcatva. O setor de comucações, por outro lado, apresetou crescmeto em seu U e redução o U. Emora apresete poder e sesldade a dspersão aaxo da méda os dos aos aalsados, o crescmeto do U mostra que o setor gahou relevâca como forecedor dos demas setores (Taela 2). Isso pode ser coseqüêca da tedêca cotrára de vestmetos esse setor em relação aos demas de fra-estrutura do país, pos como mecoado, houve um crescmeto de vestmeto o setor de telecomucações que está cluso o de comucações, esse período. Para o setor de eerga elétrca ão fo possível fazer comparações, pos o traalho de HADDAD e PEROBELLI (2002) esse setor ão está cluso a desagregação. Os ídces de dspersão mostram se exste terdepedêca de um úmero sgfcatvo de setores e um setor específco, ou sea, se os efetos do setor se espalham por mutos setores ou se cocetram em apeas algus deles. Assm, um setor com V axo sgfca que é grade o úmero de setores que depedem da demada termedára orgada por esse setor. Já um setor com V axo tem um grade úmero de setores para os quas os produtos ofertados por ele estão presetes o cosumo termedáro, ou sea, ele é forecedor de um grade úmero de setores. Os ídces de dspersão para frete dos setores trasporte e eerga elétrca são respectvamete o quarto e oo meores da ecooma, evdecado a mportâca dos servços prestados por eles para os demas setores da ecooma. O setor de comucação emora ão teha apresetado U e U maores que a udade, apresetou ídce de dspersão para frete relatvamete axo, mostrado que ele é um forecedor mportate para os demas setores (Taela ). 4. Coclusões Através dos ídces de Rasmusse-Hrschma coclu-se que os setores de trasporte e eerga elétrca são setores chaves da ecooma raslera, pos apresetaram ídce de lgação para frete maor que a udade, dcado que os demas setores depedem dos servços prestados por eles para crescerem. Já o setor de comucações ão recee essa classfcação. Comparado os ídces de lgação para frete e para trás de 985, otdos por HADDAD e PEROBELLI (2002), com os ídces de 996, otdos a presete pesqusa, oserva-se que o setor que teve varação egatva os vestmetos, esse período, o ídce de lgação para frete dmuu, e o setor que fo oservada varação postva esse ídce se elevou. O prmero caso ocorreu com o setor de trasporte, mostrado que ele perdeu capacdade de amplar a oferta para ateder ao aumeto da demada termedára por seus servços, dada pelo crescmeto dos demas setores, quado esses são estmulados pelo aumeto da demada fal. O outro caso se deu o setor de comucações, em que ocorreu o cotráro.
Os ídces de dspersão para frete mostraram serem sgfcatvas as relações etre os setores de eerga elétrca, trasporte e comucações com os demas setores, sedo suas atuações como forecedores dspersas por um grade úmero deles. Assm, para a promoção do crescmeto da ecooma raslera, e para que ão haa estragulametos, é recomedado que seam realzados vestmetos os setores de fraestrutura, prcpalmete aqueles detfcados como setores chaves, trasporte e eerga elétrca. Referêcas Blográfcas CLEMENTE, A. Ecooma e desevolvmeto regoal. São Paulo: Atlas, 2000. FERREIRA, P. C. Ivestmeto em fra-estrutura o Brasl: fatos estlzados e relações de logo prazo. Pesqusa e Plaeameto Ecoômco, Ro de Jaero, v. 26,. 2, p. 23-252, ago. 996. GUILHOTO, J. J. M. Um modelo computável de equlíro geral para plaeameto e aálse de polítcas agrícolas (PAPA) a ecooma raslera. Praccaa: ESALQ, 995. 258 f. Tese (Lvre Docêca em Ecooma) Escola Superor de Agrcultura Luz de Queroz, 995. HADDAD, E. A.; PEROBELLI, F. S. Mudaça estrutural a ecooma raslera o período 985-996: uma aálse de sumo produto. Juz de Fora-MG: NUPE/UFJF, 2002. (Texto para Dscussão. 5). HADDAD, P. R.; FERREIRA, C. M. C.; BROISIER, S.; ANDRADE, T. A. Ecooma regoal: teoras e métodos de aálse. Fortaleza: Baco do Nordeste do Brasl, 989. 694 p. LIMA, E. T.; NASSIF, A. L.; CARAVALHO JÚNIOR, M. C. Ifra-estrutura, dversfcação das exportações e redução do Custo-Brasl: lmtes e possldades. Revsta do BNDES,. 704. p. 0-29, u. 997. MARTINS, G; CORSO, N. M.; KURESKI, R. et al. Iserção do setor florestal a estrutura ecoômca do Paraá: aálse sumo-produto. Revsta Paraaese de Desevolvmeto, Curta,.04. p. 05-2, a.-u. 2003. MINISTÉRIO do Plaeameto, Orçameto e Gestão MPOG. Mesagem ao Cogresso Nacoal 2003. Dspoível em: <http://www.presdeca.gov.r/ pul_04/colecao/mes03_06.pdf>. Acesso em: 29 ago. 2004. MINISTÉRIO do Plaeameto, Orçameto e Gestão MPOG. Despesas por fução. Dspoível em: <http://www.plaeameto.gov.r/orcameto/coteudo/ estatstca/quadros/estatstca_995_2000.htm>. Acesso em: 7 out. 2005. NAJBERG, S.; VIEIRA, S. P. Emprego e crescmeto ecoômco: uma cotradção? Ro de Jaero: BNDES, 996. (Texto para Dscussão. 48).