Curso de Análise Matricial de Estruturas 1 II.6 FORMULAÇÃO DAS MATRIZES DE FLEXIBILIDADE E RIGIDEZ EM TERMOS DE ENERGIA

Documentos relacionados
Física Geral. Força e Torque

Aula 3 Trabalho e Energia - Bioenergética

II MATRIZES DE RIGIDEZ E FLEXIBILIDADE

Física I IME. 2º Semestre de Instituto de Física Universidade de São Paulo. Professor: Luiz Nagamine Fone: 3091.

Física I. Aula 9 Rotação, momento inércia e torque

PME 2556 Dinâmica dos Fluidos Computacional. Aula 1 Princípios Fundamentais e Equação de Navier-Stokes

EQUAÇÕES DINÂMICAS DE MOVIMENTO PARA CORPOS RÍGIDOS UTILIZANDO REFERENCIAL MÓVEL

ESCOLA POLITÉCNICA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO. Departamento de Engenharia Mecânica

ESCOLA POLITÉCNICA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

FLUXO E DIVERGENTE DE UM CAMPO VETORIAL

TICA. Sistemas Equivalentes de Forças MECÂNICA VETORIAL PARA ENGENHEIROS: ESTÁTICA. Nona Edição CAPÍTULO. Ferdinand P. Beer E. Russell Johnston, Jr.

INTEGRAL DE LINHA E ROTACIONAL DE UM CAMPO VETORIAL

5. TÉCNICA PROPOSTA PARA ANÁLISE 3D

4. TÉCNICA APLICADA A ANÁLISE BIDIMENSIONAL COM MEC

Física Geral I - F Aula 13 Conservação do Momento Angular e Rolamento. 2 0 semestre, 2010

Fundamentos da Eletrostática Aula 15 Expansão Multipolar II

ELECTROMAGNETISMO E ÓPTICA Cursos: MEBiom + MEFT + LMAC 1 o TESTE (16/4/2016) Grupo I

Eletricidade e Magnetismo II Licenciatura: 1ª Aula (30/07/2012) Prof. Alvaro Vannucci. Revisão das Leis de Gauss, de Ampère e de Faraday

Uma sonda de exploração espacial prepara-se para colocar um satélite de comunicações numa órbita em redor do planeta Marte.

Resoluções dos exercícios propostos

Capítulo 2 Galvanômetros

SEM Complementos de Elementos de Máquinas I. E.Massaroppi AULA 5 A5-1

Consideremos uma distribuição localizada de carga elétrica, de densidade ρ(x), sob a ação de um potencial eletrostático externo ϕ E (x).

F-328 Física Geral III

Análise de Rotações Críticas em Discos Rotativos Montados sob Interferência

PME5325-Fundamentos da Turbulência 2017

3 Formulação Matemática

MOMENTO DE INÉRCIA DE UM CORPO RÍGIDO

Prof. Anderson Coser Gaudio Departamento de Física Centro de Ciências Exatas Universidade Federal do Espírito Santo

ESCOLA POLITÉCNICA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO. PME Mecânica dos Sólidos II 3 a Lista de Exercícios

Teo Torque magnético

CURSO DE MESTRADO EM MODELAGEM MATEMÁTICA

Cap.10 Energia. Do professor para o aluno ajudando na avaliação de compreensão do capítulo.

4/10/2015. Física Geral III

ANÁLISE MATRICIAL DE ESTRUTURAS DE BARRAS PELO MÉTODO DE RIGIDEZ

ESCOAMENTO POTENCIAL. rot. Escoamento de fluido não viscoso, 0. Equação de Euler: Escoamento de fluido incompressível r cte. Equação da continuidade:

Máquina de Corrente Contínua

Instituto Tecnológico de Aeronáutica VIBRAÇÕES MECÂNICAS MPD-42

MATEMÁTICA II - Engenharias/Itatiba SISTEMAS LINEARES

DINÂMICA DO CORPO RÍGIDO

CAPÍTULO 10 DINÂMICA DO MOVIMENTO ESPACIAL DE CORPOS RÍGIDOS

A ab = 1 pol 2 A bd = 2 pol 2. L AB = 2,0 pés = 24 pol L BC = 1,5 pés = 18 pol L CD = 1,0 pés = 12 pol

ESCOLA POLITÉCNICA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

CIRCUITOS RESISTIVOS

PROVA COMENTADA. Figura 1 Diagrama de corpo livre: sistema de um grau de liberdade (1gdl) F F F P 0. k c i t

Para duas variáveis aleatórias X e Y define-se Função Distribuição Cumulativa CDF F XY (x,y)

RESOLUÇÃO SIMULADO ITA FÍSICA E REDAÇÃO - CICLO 7 FÍSICA GM G M GM GM. T g

Breve Revisão de Cálculo Vetorial

ESCOLA POLITÉCNICA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

Deformações na Notação Indicial

Redes de Petri. Definições:

SISTEMA DE COORDENADAS

Procedimento Para Solução de Problemas de Condução de Calor Com Condutividade Térmica Dependente da Temperatura

Geradores elétricos. Antes de estudar o capítulo PARTE I

3 Torção Introdução Análise Elástica de Elementos Submetidos à Torção Elementos de Seções Circulares

Processamento Temporal por redes neurais feedforward. Teorema do mapeamento míope universal

Aerodinâmica I. a z. z 2πz. Aerodinâmica I

Dinâmica do Sistema Solar

Escoamento em torno de um cilindro infinito

2 Visão Computacional

Apêndice I Resultados do Capítulo 2

2 Teoria Geométrica da Difração - Teoria Uniforme da Difração.

ESCOLA POLITÉCNICA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

Análise de Processos ENG 514

ESCOLA POLITÉCNICA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO Departamento de Engenharia Mecânica

15. Efeito de Alavanca

CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS ENGENHEIRO / ÁREA ELETRICISTA

',9(5*Ç1&,$'2)/8;2(/e75,&2 (7(25(0$'$',9(5*Ç1&,$

MODELAGEM MATEMÁTICA E SIMULAÇÃO NUMÉRICA DE ESCOAMENTOS SOBRE CILINDRO IMERSO UTILIZANDO-SE O MÉTODO DA FRONTEIRA IMERSA COM O MODELO FÍSICO VIRTUAL

Uma derivação simples da Lei de Gauss

Capítulo 10. Rotações

Eletromagnetismo Aplicado

ESCOLA POLITÉCNICA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

Introdução. Introdução. Introdução Objetivos. Introdução Corpo rígido. Introdução Notação

Inicia-se este capítulo com algumas definições e propriedades para uma seqüência de funções tal como

Introdução à Análise Diferencial dos Movimentos dos Fluidos

LOM Teoria da Elasticidade Aplicada

1ªAula do cap. 10 Rotação

2ªAula do cap. 11. Quantidade de Movimento Angular L. Conservação do Momento Angular: L i = L f

Os fundamentos da Física Volume 3 1. Resumo do capítulo

ESCOLA POLITÉCNICA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO. Departamento de Engenharia Mecânica

ESCOLA POLITÉCNICA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO. Departamento de Engenharia Mecânica

Existem várias aplicações onde a medição do fluxo de calor é desejada: análise de cargas térmicas, isolamento de tubulações, etc.

CAPÍTULO 04 CINEMÁTICA INVERSA DE POSIÇÃO

Aula 7: Potencial Elétrico

MATEMÁTICA - 16/12/2010

MECÂNICA DOS FLUIDOS: NOÇÕES, LABORATÓRIO E APLICAÇÕES (PME 3332) Gabarito Terceira Prova

8º CONGRESO IBEROAMERICANO DE ENGENHARIA MECANICA Cusco, 23 a 25 de Outubro de 2007

A) no instante t 3. B) no instante t 2. C) no instante t 1. D) em nenhuma ocasião.

Funções de base nebulosas e modelagem de dinâmica não-linear

Energia no movimento de uma carga em campo elétrico

O MÉTODO DOS ELEMENTOS FINITOS APLICADO À TRELIÇAS PLANAS

EXPERIÊNCIA No. 2 - Associação de Resistores

sistema. Considere um eixo polar. P números π 4 b) B = coincidir eixo dos y x e) r = 4

4/10/2015. Física Geral III

DINÂMICA ATRITO E PLANO INCLINADO

Forma Integral das Equações Básicas para Volume de Controle

Exercícios Resolvidos Integrais em Variedades

Leitura obrigatória Mecânica Vetorial para Engenheiros, 5ª edição revisada, Ferdinand P. Beer, E. Russell Johnston, Jr.

Transcrição:

Cso de nálse Matcal de sttas II. FOMÇÃO DS MTIZS D FXIBIIDD IGIDZ M TMOS D NGI II.. Tabalho, nega de Defomação e nega Complementa de Defomação Defnções: dτ d tabalho o enega de defomação; dτ d tabalho o enega complemeta de defomação. C Smplfcadamente, pode-se entende nega de Defomação como o tabalho acmlado po ma estta ao se defoma τ d o paa esfoços de momento, θ τ Mdθ * * τ d o, τ θ dm c c c c M aa esttas lneaes e elástcas: C O tabalho complementa é epesentado pela áea ente a cva caga-deslocamento e o eo vetcal. le não tem m sgnfcado físco óbvo como o tabalho τ, mas no sentdo geométco, consste no complemento do tabalho de defomação τ poqe completa o etânglo mostado no gáfco ctado.

Notas de la - z. C. Monz de agão Flho II.. Teoemas de Castglano valando-se a enega de defomação acmlada po ma mola smples ao se estabelece pogessvamente m deslocamento, tem-se: ( ) d τ aa a estta composta de das hastes com solctação aal, obtêm-se: ( ) º Teoema de Castglano: devada da enega de defomação em elação a m dos deslocamentos fonece a ação mecânca aplcada na deção desse deslocamento. e ogo, sendo o coefcente de gdez j, po defnção, a foça na deção po deslocamento na deção j, o seja, j j, pode-se obte os valoes de cada m dos coefcentes de gdez da estta atavés da dpla devação da epessão da enega de defomação: j j e

Cso de nálse Matcal de sttas ssm, paa a estta composta de das hastes sob solctação nomal, tem-se: valando-se agoa a enega de defomação complementa acmlada po ma mola smples ao se aplca pogessvamente ma foça, obtêm-se: ( ) d d * δ δ valando-se agoa, paa a estta composta de das hastes com solctação aal, obtêm-se: δ ( ) * ( ) * *

Notas de la - z. C. Monz de agão Flho º Teoema de Castglano: devada da enega de defomação complemeta * em elação a ma das ações mecâncas fonece o deslocamento na deção dessa ação. * * e ogo, sendo o coefcente de flebldade f j, po defnção, o deslocamento na deção po foça na deção j, o seja, j f, podem-se assm seem obtdos os valoes de cada m dos coefcentes de flebldade da estta atavés da dpla devação da epessão da enega de defomação, agoa em elação às foças: j f j * * e f j ssm, paa o caso da estta composta de das hastes sob solctação nomal, tem-se: * f * f f * f

Cso de nálse Matcal de sttas 5 II.. emplo da Vga ngastada e ve (elemento de vga) Obte a matz de gdez da estta abao pela enega de defomação e pela defnção dos coefcentes de gdez: d v d v d v τ Mdϕ onde v() epessão da elástca (defomada). pat da eqação da elástca da vga ( ) d v z q y, consdeando-se qe a estta não poss cagas ao longo de se compmento (apenas nos nós), o seja, q y, e qe as condções de compatbldade cnemátca nos apoos da vga são: e em sa etemdade são: v ( ) ( ) ( ) ( ) v es Mat pode-se obte a eqação da elástca em temos de.

Notas de la - z. C. Monz de agão Flho ntegação deta da elástca fonece o segnte polnômo do º ga: ( ) a b c d v onde as constantes de ntegação podem se detemnadas pelas condções de contono cnemátcas: ( ) v d ( ) c ( ) v a b ( ) a b Sbsttndo as constantes de ntegação na eqação da elástca, e ntegando a epessão do tabalho dfeencal de defomação, obtêm-se a epessão fnal da enega de defomação em temos dos deslocamentos: ogo, [ K]

Cso de nálse Matcal de sttas 7 II.. Obtenção Matz de gdez do lemento de ótco lano Obte a matz de gdez da estta (elemento de pótco plano) e sstema de coodenadas abao, tlzando-se do º Teoema de Castglano: Incalmente deve-se lemba qe na teoa elástca lnea os deslocamentos e otações são consdeados peqenos e, po sto, os efetos de ª odem podem se despezados, o seja: 5 5 sto é, despezam-se os esfoços aas despetados pela mposção dos deslocamentos,, 5 e, e, natalmente, as elações ecípocas: o smeta, tem-se: ; 5 5 5 5 ; ; 5 5 ; 5 5;. aa gaant o eqlíbo nos nós, tem-se anda as segntes elações: 5 ; 5 55 5 ; 5 ; 5 5 55 ; 5 ; esta alta, obseva-se qe com todas estas elações apesentadas é possível obte todos os coefcentes não nlos da matz de gdez em fnção de apenas delas:,, e.

8 Notas de la - z. C. Monz de agão Flho são: ela esstênca dos Mateas tem-se qe as eqações dfeencas da elástca d d v q qy z Consdeando-se o elemento sem caegamento ao longo de se compmento (somente nos nós), o seja, q q, tem-se: y d v v() a b c d d () e f s condções de contono cnemátcas podem se epessas em temos dos deslocamentos nos nós, segndo o sstema de coodenadas estabelecdo: ( ) ( ) ( ) v ( ) 5 v ( ) ( )

Cso de nálse Matcal de sttas 9 Sbsttndo-se nas eqações () e v(), obtém-se os valoes das constantes de ntegação em fnção dos deslocamentos : ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) 5 5 v v d d Sbsttndo-se as fnções de deslocamento () e v() obtdas anteomente, e ntegando a epessão da enega, tem-se: ( ) ( ) ( )( ) ( ) 5 5 plcando-se o º Teoema de Castglano, obtêm-se: ; ; [ ] K

Notas de la - z. C. Monz de agão Flho Os valoes dos coefcentes da matz de gdez demonstados acma coespondem aos esltados apesentados na tabela de elações foças/deslocamentos, do lvo dos atoes Gee & Weave (tabela B.): ções de ngastamento podzdas po deslocamentos de etemdade