Análise de Empreendimentos - Instrumentos auxiliares para o processo de tomada de decisões. - Avalia, antecipadamente, o desempenho econômico - financeiro de determinado empreendimento e, por conseqüência, a sua viabilidade. 1
Análise de Empreendimentos As funções da administração financeira podem ser classificadas em: Decisão de Investimento-alocação de recursos em propostas de investimentos, cujos benefícios são esperados em períodos futuros; Decisão de Financiamento-definição da estrutura ótima de capital da empresa; Decisão de Pagamento de Dividendosvincula-se a percentagem de lucro distribuídos entre os acionistas x montante de lucros retidos na empresa para investimentos. Decisão de Investimento: Seleção/Avaliação /Escolha da alternativa que melhor satisfaça os objetivos da empresa naquele momento. 2
Análise de Empreendimentos Objetivos do Investidor Maximização da riqueza/valor da empresa; Maior participação no mercado; Imagem da empresa - prestígio; Segurança; Liberdade e poder do grupo administrador; Bem estar social; Bem estar dos empregados; Melhorias ambientais; Desenvolvimento tecnológico; Sobrevivência; Outros. A decisão de investimento, do ponto de vista econômico financeiro, deve ser baseada na comparação entre o custo marginal da oferta de capital e a receita marginal esperada deste capital. 3
Análise de Empreendimentos Taxa Mínima de Atratividade Taxa de juros utilizada para avaliação da atratividade de propostas de investimento ou remuneração mínima a ser aceita para determinado investimento, dependendo de: Disponibilidade de recursos; Custo dos recursos; Taxa de juros paga no mercado; Horizonte de planejamento do projeto de investimento; Oportunidade estratégicas que o investimento pode oferecer; Propensão ou aversão ao risco pelo investidor. A determinação geralmente é baseada no custo de capital da empresa ou no custo de oportunidade (cop) que representa o custo da melhor alternativa rejeitada, mantendose o mesmo nível de risco do investimento. 4
O PROCESSO DE TOMADA DE DECISÕES Identificação de alternativas Definição e Desenvolvimento Análise e Avaliação Fatores nãoquantificáveis Seleção da melhor alternativa Implantação e Administração Análise de Resultados SUCESSO FRACASSO Perspectivas de novos negócios Perda de Motivação 7
MÉTODOS DE ANÁLISE DE EMPREENDIMENTOS 8
Métodos de Análise de Empreendimentos São instrumentos utilizados no processo de tomada de decisão de investimento que fornecem indicadores de qualidade de cada alternativa em estudo Principais Métodos Utilizados: Valor Presente Líquido - VPL; Valor Uniforme Líquido - VUL; Índice de Lucratividade - IL; PayBack Descontado - PBD; Taxas Internas de Retorno - tir. 9
HIPÓTESES ADOTADAS As alternativas de investimento podem ser descritas em termos de fluxos de caixa (Receitas x Despesas); Os fluxos de caixa podem ser previstos com considerável precisão; Os capitais (receitas e despesas) ocorrem ao final de cada período; Não estão considerados os fatores não quantificáveis presentes em cada alternativa de investimento; Supõe-se um ambiente de certeza, onde os riscos não interferem na aceitação ou rejeição de cada proposta de investimento, ou seja, a abordagem é determinística; Todos os métodos incorporam o conceito de valor do dinheiro no tempo, isto é, os princípios da matemática financeira. 10
MÉTODO DO VALOR PRESENTE LÍQUIDO (VPL) Compara todas as entradas (receitas) e saídas (despesas) de capital na data inicial do projeto, descontando todos os valores futuros do fluxo de caixa, na taxa de juros k, que mede o custo de capital. Fórmula VPL= n R (1+ j= 0 j k) j 11
VPL Critério de Aceitação/Rejeição - VPL>0, o capital investido será recuperado remunerado na taxa de juros k, e gerará um lucro extra, na data 0, igual a VPL.O projeto pode ser aceito. - VPL=0, o projeto não agregará valor econômico ao investidor. - VPL<0, o projeto gerará prejuízo na data 0, apesar de remunerado na taxa de juros k. O projeto deve ser rejeitado. Vantagens - Consegue mostrar a contribuição do projeto de investimento no aumento do valor da empresa. - Considera todos os capitais do fluxo de caixa. - Não exige análise incremental de fluxo de caixa em seleção de alternativas mutuamente exclusivas. Desvantagens - Exige a definição prévia do prazo da análise e da taxa de desconto (custo do capital) a ser empregada na atualização dos fluxos de caixa. 12
ANÁLISE VPL = f (k) O risco associado a variabilidade do custo de capital pode ser analisado realizando uma análise de sensibilidade do valor do VLP em função da taxa de juros k VPL VPL > 0 VPL = 0 k = k' Taxas de Juros ( k ) VPL < 0 13
MÉTODO DO ÍNDICE DE LUCRATIVIDADE (IL) Consiste em estabelecer uma relação entre o Valor Presente das Receitas e o Valor Presente das Despesas, a uma taxa de juros k. Essa relação mede o retorno, na data 0, por unidade de investimento. Fórmula IL = VPL VPL rec desp 16
IL Critério de Aceitação/Rejeição - IL>1, o projeto pode ser aceito, ou seja, o valor presente dos retornos é maior que o valor presente dos investimentos, além da taxa de custo de capital. - IL=1, é indiferente aceitar ou não o projeto. - IL<1, o projeto dever ser rejeitado. Vantagens - Determinação em porcentagem do potencial de retorno frente ao investimento exigido. Desvantagens - No processo de seleção de propostas mutuamente exclusivas este método exige uma análise incremental das alternativas de investimento. 17
MÉTODO DO PAYBACK DESCONTADO (PBD) Fornece como indicador o prazo de início de recuperação da capacidade de investimento do empreendedor. Conhecido o fluxo de caixa do projeto de investimento, este prazo pode ser determinado através da acumulação do valor presente em cada período do projeto. VPL acumulado t' tempo 18
PBD Critério de Aceitação/Rejeição - PBDprojeto<PBDmáximo, pode-se aceitar o projeto. - PBDprojeto=PBDmáximo, é indiferente a aceitação ou rejeição. - PBDprojeto>PBDmáximo, deve-se rejeitar o projeto. Vantagens - Facilidade de aplicação e interpretação; - Fornece o ponto de equilíbrio financeiro da alternativa de investimento (payback ou break even). Desvantagens - Definição arbitrária do prazo máximo tolerado para aceitação/rejeição dos projetos. - Induz a tendência de se aceitar projetos de certa maturação e baixa rentabilidade e rejeitar os projetos de maior maturação e alta rentabilidade. - Não considera, necessariamente, todos os capitais do fluxo de caixa. 19
MÉTODO DAS TAXAS DE RETORNO Taxa Interna de Retorno (tir) - É o valor da taxa de juros que iguala, em determinado tempo, o valor presente das entradas (receitas) com o das saídas (despesas) previstas de caixa. Fórmula 0 n = (1 + 0 R t tir) t 20
TIR Critério de Aceitação/Rejeição a) Fluxos de caixa convencionais: - tir>custo de capital, o projeto pode ser aceito. - tir=custo de capital, é indiferente a aceitação ou rejeição do projeto. - tir<custo de capital, o projeto dever ser rejeitado. b) Fluxos de caixa não convencionais: - Verificada a existência de uma única tir (pela curva VPL=f(k)) - ídem critérios acima. - Verificada a existência de tirs múltiplas - recomenda-se a utilização do método do VPL para avaliação prévia. Vantagens - Resultado expresso na forma de taxa de juros, fácil de ser comunicado e entendido. Desvantagens - Em fluxos de caixa não convencionais podem existir tirs múltiplas. - Exige análise incremental dos fluxos de caixa na seleção de alternativas mutuamente exclusivas. - Durante o período de projeto considera-se que todos os retornos gerados são aplicados a taxa igual a tir. 21
TRR Taxa de Retorno Restrita (trr) - Derivada do método da tir, considera que a taxa de juros aplicada para as despesas (tir) é diferente da aplicada as receitas (cop). Fórmula n Ιj (1 + cop) j (1 + j= 0 Rj trr) j - O cálculo das taxas baseia-se na identificação do fluxo Investimento x Retorno e do perfil do investidor para o desenvolvimento do empreendimento. - Sistema Empreendimento x Sistema Gerenciador de Investimentos. 22
TRANSAÇÕES FINANCEIRAS NOS EMPREENDIMENTOS IMOBILIÁRIOS SISTEMA GERENCIADOR DE INVESTIMENTOS SISTEMA EMPREENDIMENTO AMBIENTE EMPRESA AMBIENTE MERCADO / ECONOMIA RECEITAS DE VENDA OU DE EXPLORAÇÃO FINANCIADOR CUSTOS DE PRODUÇÃO OU DE OPERAÇÃO Fonte: Rocha Lima [ 25 ] 23
EXEMPLO 1 CÁLCULO DOS INDICADORES DE QUALIDADE DE INVESTIMENTOS k=10% ao período Fluxo de caixa PERÍODO DESPESA RECEITA FLUXO 0 (1000,00) 0,00 (1000,00) 1 (850,00) 1050,00 200,00 2 (800,00) 550,00 (250,00) 3 (600,00) 1400,00 800,00 4 (650,00) 250,00 (400,00) 5 (500,00) 1000,00 500,00 6 0,00 1000,00 1000,00 24
Diagrama de Fluxo de Caixa 200 800 500 1000 0 2 4 1 3 5 6 1000 400 25
VALOR PRESENTE LÍQUIDO (VPL) Aplicando a fórmula, para k = 10% ao período: VPL = 1000 (1+ 0,1) 0 200 + (1+ 0,1) 1 250 (1+ 0,1) 2 800 + (1+ 0,1) 3 400 (1+ 0,1) 4 500 + (1+ 0,1) 5 1000 + (1+ 0,1) 6 VPL = $ 177,99 26
ÍNDICE DE LUCRATIVIDADE (IL) Aplicando a fórmula: 1657,80 IL = = 1,12 1479,82 IL = 1,12 28
PAYBACK DESCONTADO (PBD) Acumulação do valor presente k = 10% PERÍODO FLUXO VPL VPLacumulado 0 (1000,00) (1000,00 (1000,00) 1 200,00 182,00 (818,00) 2 (250,00) (207,00) (1025,00) 3 800,00 601,00 (424,00) 4 (400,00) (273,00) (697,00) 5 500,00 310,00 (392,00) 6 1000,00 564,00 178,00 29
Gráfico VPLacumulado = f (t) VPLacumulado = f ( t ) VPLacumulado 400,00 200,00 0,00 (200,00) (400,00) (600,00) (800,00) (1000,00) (1200,00) 0 1 2 3 4 5 6 7 Período PAYBACK = BREAK EVEN = 5,68 períodos. 30
TAXA INTERNA DE RETORNO (tir) Aplicando a fórmula: tir = 14,04% VPL = f ( k ) VPL $ 600 $ 400 $ 200 $ 0 ($ 200) 5% 15% 25% 35% 45% 55% 65% 75% ($ 400) ($ 600) ($ 800) ($ 1.000) k Curva VPL = f (k) 10% < tir < 15% (única) 31