COMPOSIÇÃO E OCORRÊNCIA DE PRAGAS EM SEIS VARIEDADES DE FEIJOEIRO COMUM E REFLEXOS NA PRODUTIVIDADE



Documentos relacionados
07 AVALIAÇÃO DO EFEITO DO TRATAMENTO DE

PERDAS POR APODRECIMENTO DE FRUTOS EM LINHAGENS E CULTIVARES DE ALGODOEIRO NO OESTE DA BAHIA - SAFRA 2005/2006 1

PROGRAMAS DE APLICAÇÕES DE FUNGICIDAS CONTROLE QUÍMICO DA MANCHA DE RAMULÁRIA (Ramularia areola) EM ALGODÃO ADENSADO

INFLUÊNCIA DO CLIMA (EL NIÑO E LA NIÑA) NO MANEJO DE DOENÇAS NA CULTURA DO ARROZ

Anais do Congresso de Pesquisa, Ensino e Extensão- CONPEEX (2010)

MEDIDAS BIOMÉTRICAS DE VARIEDADES DE CANA-DE-AÇÚCAR COM CULTIVOS INTERCALARES, SOB IRRIGAÇÃO NO NORTE DE MINAS GERAIS

COPEL INSTRUÇÕES PARA CÁLCULO DA DEMANDA EM EDIFÍCIOS NTC

AVALIAÇÃO DA TAXA DE GERMINAÇÃO À CAMPO DA CULTURA DA MAMONA

XXIX CONGRESSO NACIONAL DE MILHO E SORGO - Águas de Lindóia - 26 a 30 de Agosto de 2012

Anais do Congresso de Pesquisa, Ensino e Extensão- CONPEEX (2010)

Semelhança e áreas 1,5

Efeito do Orthene 750 BR em Tratamento de Sementes no Controle da Lagarta Elasmopalpus lignosellus no Feijoeiro e Algodoeiro

MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO

OBSERVAÇÕES DO COMPRIMENTO E NÚMERO DE FRUTOS DO PRIMEIRO CACHO DE TRÊS GENÓTIPOS DE MAMONEIRA EM SENHOR DO BONFIM, BA

AVALIAÇÃO DE GENÓTIPOS DE AVEIA SOB DIFERENTES DENSIDADES DE SEMEADURA. Palavras chave: Produção de biomassa, bovinos de leite, plantas daninhas

Níveis de desfolha tolerados na cultura da soja sem a ocorrência de prejuízos à produtividade

Faculdade de saúde Pública. Universidade de São Paulo HEP Epidemiologia I. Estimando Risco e Associação

Palavras-chave: Anacardium occidentale, resistência varietal, praga, Anthistarcha binocularis.

Praticidade que atrapalha

ISSN X 19 BROTAÇÃO E ALTURA DE PLANTAS DE MANDIOCA EM FUNÇÃO DA VELOCIDADE DE PLANTIO MECANIZADO EM DOIS SISTEMAS DE PREPARO DO SOLO

Manual de Operação e Instalação

Efficiency of mulching on soil moisture and temperature, weed control and yield of carrot in summer season

Transporte de solvente através de membranas: estado estacionário

1º semestre de Engenharia Civil/Mecânica Cálculo 1 Profa Olga (1º sem de 2015) Função Exponencial

1 As grandezas A, B e C são tais que A é diretamente proporcional a B e inversamente proporcional a C.

Análise de Variância com Dois Factores

PROVA DE MATEMÁTICA DA UNESP VESTIBULAR a Fase RESOLUÇÃO: Profa. Maria Antônia Gouveia.

Professores Edu Vicente e Marcos José Colégio Pedro II Departamento de Matemática Potências e Radicais

UNESP - FEIS - DEFERS

ANEXO. DHA < 200 mm - baixo risco DHA > 200 mm - alto risco

Fluxo Gênico. Desvios de Hardy-Weinberg. Estimativas de Fluxo gênico podem ser feitas através de dois tipos de métodos:

POPULAÇÃO DE PLANTAS DE MILHO IRRIGADO POR ASPERSÃO EM SISTEMA PLANTIO DIRETO RESUMO

Susceptilidade de Variedades Copa e Porta-enxerto de Citros ao Ácaro-dafalsa-ferrugem

Efeito da cobertura do solo com palhada na umidade do mesmo e nos parâmetros biométricos da cana-de-açúcar irrigada no semiárido

Características produtivas de cenoura Esplanada em função do modo de aplicação de composto orgânico e utilização de cobertura morta

INFLUÊNCIA DO SUBSTRATO NA GERMINAÇÃO DE SEMENTES DE GABIROBA (Campomanesia spp.)

(Zea mays L.) APÓS A MATURIDADE FISIOLÓGICA RESUMO

ESTATÍSTICA APLICADA. 1 Introdução à Estatística. 1.1 Definição

COMPORTAMENTO DE ALGUMAS CULTIVARES DE FIGUEIRA NA REGIÃO DE BEJA (2003)

Gestão do solo em SOUTOS para optimização da produtividade e da sustentabilidade

Infestação de Holopotripes fulvus em cajueiro-anão (1).

Quantidade de oxigênio no sistema

SIMONE SILVA VIEIRA. Orientador: Ph.D. Mari Inês Carissimi Boff Co-orientador: Dr. Adeney de Freitas Bueno

PRODUTIVIDADE DE ARROZ INFLUENCIADA PELA ADUBAÇÃO NITROGENADA E APLICAÇÃO DE FUNGICIDA

Matemática. Resolução das atividades complementares. M13 Progressões Geométricas

1. VARIÁVEL ALEATÓRIA 2. DISTRIBUIÇÃO DE PROBABILIDADE

EQUAÇÕES INTENSIDADE / DURAÇÃO / PERÍODO DE RETORNO PARA ALTO GARÇAS (MT) - CAMPO ALEGRE DE GOIÁS (GO) E MORRINHOS (GO)

A seqüência correta do ciclo de vida de uma angiosperma, desde o início da formação da flor, é a) gametófito gametas zigoto esporófito esporos

CONTROLE DE PLANTAS DE MILHO VOLUNTÁRIO COM A TECNOLOGIA RR EM ÁREAS COM SAFRINHA DE SOJA COM A TECNOLOGIA RR

PROJETO E ANÁLISES DE EXPERIMENTOS (PAE) EXPERIMENTOS COM UM ÚNICO FATOR E A ANÁLISE DE VARIÂNCIA

Serviços de Acção Social da Universidade de Coimbra

Incertezas e Propagação de Incertezas. Biologia Marinha

WASTE TO ENERGY: UMA ALTERNATIVA VIÁVEL PARA O BRASIL? 01/10/2015 FIESP São Paulo/SP

TEMA CENTRAL: A interface do cuidado de enfermagem com as políticas de atenção ao idoso.

A.M. Cordeiro 1, P.C.S. Martins 2, A. Ramos 3, P. Sequeira 1

1 Distribuições Contínuas de Probabilidade

ESTADO DO MARANHÃO MINISTÉRIO PÚBLICO PROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA a CENTRO DE APOIO OPERACIONAL DE MEIO AMBIENTE, URBANISMO E PATRIMÔNIO CULTURAL

6.1 Recursos de Curto Prazo ADMINISTRAÇÃO DO CAPITAL DE GIRO. Capital de giro. Capital circulante. Recursos aplicados em ativos circulantes (ativos

Palavras-chave: Gossypium hirsutum, fibra, produtividade, doenças. INTRODUÇÃO

Termodinâmica e Estrutura da Matéria 2013/14

PRODUTIVIDADE DE FEIJOEIRO DE DIFERENTES HÁBITOS DE CRESCIMENTO NO NORTE DO RS 1

Avaliação de cultivares de cebola em cultivo de verão no município de Viçosa - MG.

Germinação da semente e produção ARTIGOS de mudas / de ARTICLES cultivares de alface em diferentes substratos. Resumo. Abstract

1 Fórmulas de Newton-Cotes

CURVAS DE RETENÇÃO DE AGUA E CONDUTIVIDADE HIDRÁULICA DO SOLO EM SISTEMAS DE MANEJO DO FEIJOEIRO(1)

SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL Ministério da Educação

EFEITO DE DIFERENTES SISTEMAS DE CULTIVO DA PALMA NA BIOMASSA MICROBIANA DO SOLO

COLÉGIO MILITAR DE BELO HORIZONTE CONCURSO DE ADMISSÃO 2006 / 2007 PROVA DE MATEMÁTICA 1ª SÉRIE DO ENSINO MÉDIO

Prezados Estudantes, Professores de Matemática e Diretores de Escola,

A ÁGUA COMO TEMA GERADOR PARA O ENSINO DE QUÍMICA

AVALIAÇÃO ZOOTÉCNICA E ECONÔMICA DE SUBPRODUTOS ANIMAIS EM DIETAS PARA O CAMARÃO BRANCO, Litopenaeus vannamei

FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO E NEGÓCIOS DE SERGIPE CURSO: ADMINISTRAÇÃO/CIÊNCIAS CONTÁBEI /LOGISTICA ASSUNTO: INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE FUNÇÕES

Tópicos Especiais de Álgebra Linear Tema # 2. Resolução de problema que conduzem a s.e.l. com única solução. Introdução à Resolução de Problemas

Dia 1 de Outubro Dia Nacional da Água

Culturas. A Cultura do Feijão. Nome Cultura do Feijão Produto Informação Tecnológica Data Maio Preço - Linha Culturas Resenha

CDI-II. Resumo das Aulas Teóricas (Semana 12) y x 2 + y, 2. x x 2 + y 2), F 1 y = F 2

Produção de Cebola em Função da Aplicação de Enxofre no Solo.

TOXICIDADE DE REDUTOR DE CRESCIMENTO NA CULTIVAR BRS PARDELA. Posta 231, Cep , Londrina-PR. *

MELlSSA KUlIG AESCHBACH. ISOLAMENTO DE FUNGOS DE GRÃos DE CAFÉ DA VARIEDADE IAPAR 59 ASSOCIADOS Á QUALIDADE DE BEBIDA DE CAFÉ

PRODUÇÃO DE MUDAS DE CAFÉ CONILON PROPAGADAS VEGETATIVAMENTE EM DIFERENTES NÍVEIS DE SOMBREAMENTO

Universidade Federal do Rio Grande FURG. Instituto de Matemática, Estatística e Física IMEF Edital 15 - CAPES MATRIZES

RELAÇÕES DE PREÇO I NSUMO/PRODUTO NA CULTURA DO MILHO DO CENTRO-SUL DO BRASIL

AVALIAÇÃO DE CARACTERÍSTICAS FÍSICAS DE SEMENTES DE DIFERENTES VARIEDADES DE MAMONA

x 0 0,5 0,999 1,001 1,5 2 f(x) 3 4 4,998 5,

ESTUDO DA INFLUÊNCIA DA RAIZ NUA E DA RAIZ PROTEGIDA NA COUVE FLOR

Regras. Resumo do Jogo Resumo do Jogo. Conteúdo. Conteúdo. Objetivo FRENTE do Jogo

Física Geral e Experimental I (2011/01)

ANEXO 1. NOTA TÉCNICA

Produção de alface e cenoura sob dois ciclos lunares

EFEITO DO TEMPO DE ARMAZENAMENTO NA GERMINAÇÃO E NO COMPRIMENTO DE PLÂNTULAS DE CALÊNDULA

EFEITO DE NÍVEIS CRESCENTES DE PROTEÍNA NA DIETA SOBRE O DESENVOLVIMENTO DO PEIXE ORNAMENTAL GUPPY (Poecilia reticulata)

2º Simpósio de Integração Científica e Tecnológica do Sul Catarinense SICT-Sul ISSN

Acoplamento. Tipos de acoplamento. Acoplamento por dados. Acoplamento por imagem. Exemplo. É o grau de dependência entre dois módulos.

Rolamentos com uma fileira de esferas de contato oblíquo

Cesta básica de Porto Alegre registra queda de 3,66% em fevereiro de 2016

Simbolicamente, para. e 1. a tem-se

Definição de áreas de dependência espacial em semivariogramas

RESUMO SUMMARY INTRODUÇÃO

Física 1 Capítulo 3 2. Acelerado v aumenta com o tempo. Se progressivo ( v positivo ) a m positiva Se retrógrado ( v negativo ) a m negativa

ISSN Outubro, Sistemas de preparo do solo: trinta anos de pesquisas na Embrapa Soja

Transcrição:

COMPOSIÇÃO E OCORRÊNCIA DE PRAGAS EM SEIS VARIEDADES DE FEIJOEIRO COMUM E REFLEXOS NA PRODUTIVIDADE Bruno Henrique Srdinh de Souz 1, Alcebídes Ribeiro Cmpos 2 1 Biólogo, emil: souzbhs@gmil.com, 2 Docente d FEIS/UNESP O feijão comum, Phseolus vulgris L., é o produto limentício mis populr e conhecido do pís, cuj produção se dá tnto em cultivos de subsistênci, relizdo por pequenos produtores, como tmbém em cultivos ltmente mecnizdos. O Brsil se destc como o mior produtor e consumidor mundil d leguminos (ALMEIDA, 2000), qul é plntd durnte três épocs do no: sfr ds águs, d sec e de inverno. A produção de feijão no pís, n sfr de 2008/2009, ultrpssou 3,5 milhões de tonelds em um áre plntd totl de 4 milhões de hectres, vlores referentes à som ds três épocs de plntio (CONAB, 2009). Dentre os ftores que prejudicm produtividde do feijoeiro destcm-se os rtrópodes fitófgos, cujos dnos podem ser observdos em quse tods s estruturs d plnt, desde semedur té colheit (MAGALHÃES & CARVALHO, 1988). Dinte dos dnos cusdos, o controle ds prgs tem sido feito principlmente pel utilizção de inseticids químicos (PACCINI NETO & BOIÇA JÚNIOR, 1984). Assim, outros métodos de controle devem ser vlidos fim de se reduzir o impcto cusdo pelos inseticids o mbiente, homem e outros nimis. A utilizção de vrieddes resistentes é considerd um tátic muito eficiente no controle de rtrópodes prgs, já que reduz su populção bixo do nível de dno econômico, não cus desequilíbrio o groecossistem nem prejuízo o produtor rurl (LARA, 1991). Vrieddes Pérol: lnçd pel Embrp em 2004, est vriedde do tipo crioc é resistente à ferrugem, o mosico comum e um rç de ntrcnose. Apresent tmbém resistênci intermediári à murch do Fusrium e à mnch ngulr. Devido seus ftores de resistênci, dispens significtivs plicções de defensivos químicos, reduzindo o custo de produção o gricultor. Em cultivo irrigdo, tinge um produção de 3000 kg/h, enqunto em condições de sequeiro cheg 2400 mil kg/h. IAC-Votuporng: vriedde do tipo crioc lnçd pelo Instituto Agronômico (IAC) em 2005. Apresent resistênci os fungos d ntrcnose, ferrugem e murch de Fusrium, lém do vírus do mosico comum, trnsmitido pel mosc-brnc. Sus plnts possuem porte semi-ereto ereto, ciclo de proximdmente 90 dis e produtividde médi de 2850 kg/h. IAC-Apuã: lnçd tmbém pelo Instituto Agronômico no no de 2005, vriedde possui os mesmos ftores de resistênci os ptógenos presentes no genótipo nterior, distinguindo-se dos outros mteriis produzidos pelo IAC por presentr grãos ligeirmente miores. Sus plnts são de porte semi-ereto, possui ciclo de 90 dis e produz em médi 2780 kg/h. IAC-Tybtã: vriedde do tipo crioc lnçd pelo Instituto Agronômico em 2002, pós 13 nos de melhormento genético, um vez que sus pesquiss se inicirm no no de 1989. Possui totl resistênci os fungos cusdores d ntrcnose e ferrugem e o vírus do mosico comum, lém de presentr certo nível de resistênci o mosico dourdo. Sus plnts são de

porte semi-ereto e possui ciclo de 86 dis no plntio ds águs e 90 nos plntios de sec e de inverno. Su produtividde médi é de 2400 kg/h. IAC-Tunã: diferentemente dos outros mteriis genéticos presentdos, est vriedde é do tipo feijão preto, tmbém desenvolvid e lnçd pelo IAC em 2005. É resistente à ntrcnose, ferrugem, murch do Fusrium e o vírus do mosico comum, e, d mesm form que s outrs cultivres, seus grãos possuem lto teor protéico, em torno de 20%. Seu ciclo é de proximdmente 90 dis, tingindo um produção médi de 2800 kg/h. IAC-Ybté: vriedde do tipo crioc lnçd pelo Instituto Agronômico juntmente com IAC-Votuporng, IAC-Apuã e IAC-Tunã no XXI Di de Cmpo de Feijão, em 2005. D mesm form que esss vrieddes, IAC-Ybté é resistente os fungos d ntrcnose, murch de Fusrium e ferrugem, lém de presentr resistênci o vírus do mosico comum. Sus plnts possuem porte semi-ereto ereto, crescimento indetermindo e flores brncs. Ess vriedde present um produtividde médi de 2780 kg/h. Experimento Com o objetivo de se vlir composição e ocorrênci nturl de rtrópodes prgs sobre s vrieddes de feijoeiro Pérol, IAC-Votuporng, IAC-Apuã, IAC-Tybtã, IAC- Tunã e IAC- Ybté, um experimento foi conduzido n Fzend de Ensino, Pesquis e Extensão d Fculdde de Engenhri de Ilh Solteir FEPE/UNESP, loclizd no município de Selvír-MS, cuj precipitção médi nul é de 1300 mm, umidde reltiv do r entre 70 e 80 % e tempertur médi nul de 23,5 ºC. Pr semedur, relizd em 18/04/07, utilizou-se o delinemento de blocos o cso, com seis trtmentos representdos pels vrieddes descrits nteriormente e qutro repetições. Cd prcel experimentl constituiu-se de qutro linhs de cinco metros de plnts espçds 0,5 m entre si, com um densidde de 15 plnts/m, totlizndo 24 prcels experimentis. Não foi utilizdo nenhum trtmento com inseticids n áre do ensio fim de serem vlids s infestções nturis ds prgs. No totl form relizds nove mostrgens, semnlmente, entre os meses de mio e junho, inicids em 05/05/07. Em cd mostrgem form coletdos 10 folíolos do terço medino e 10 folíolos do terço superior ds plnts por prcel, fim de serem verificds s presençs de insetos e ácros, respectivmente. Por fim, form contdos em lbortório o número de ninfs ds espécies de rtrópodes que ocorrerm n cultur, cujos ddos form trnsformdos em x+0,5, submetidos à nálise de vriânci pelo teste F, tendo s respectivs médis comprds pelo teste de Tukey, 5 % de probbilidde. Os ddos dos rtrópodes referentes o ftor dis pós emergênci ds plnts form submetidos à nálise de regressão polinomil. Ocorrênci de prgs As mostrgens relizds o longo do ciclo d cultur possibilitrm verificr ocorrênci de qutro espécies de insetos, quis sejm d cigrrinh Emposc kremeri Ross & Moore, pulgão Aphis crccivor Koch, tripes Thrips plmi Krny e mosc-brnc Bemisi tbci (Genndius) biótipo B, lém do ácro brnco Polyphgotrsonemus ltus (Bnks). Observrm-se diferençs significtivs n ocorrênci de todos os rtrópodes em função dos dis pós emergênci ds plnts em que form relizds s mostrgens, pesr d bix infestção dos mesmos (Figur 1).

Artrópodes/10 folíolos 6 5 4 3 2 1 Cigrrinh Pulgão Tripes Ácro brnco Mosc-brnc Y = 0,0121x 2-0,0383x + 0,7607 (R 2 = 0,8972) Y = -0,0397x + 1,0305 (R 2 = 0,6080) Y = -0,0158x 3 + 0,3607x 2-2,681x + 7,585 (R 2 = 0,9788) Y = 0,0099x 3-0,1025x 2 + 0,3026x + 0,4727 (R 2 = 0,9962) Y = -0,0105x 3 + 0,1907x 2-1,1075x + 2,7905 (R 2 = 0,9525) 0 10 17 24 31 38 45 52 59 66 Dis pós emergênci ds plnts Figur 1. Número médio (x+0,5) de cigrrinh, pulgão, tripes, ácro brnco e mosc-brnc em relção às semns de mostrgens. Selvíri-MS, 2007. O número de cigrrinh presentou um crescimento constnte dos 10 os 66 dis pós emergênci ds plnts, o qul se justou o modelo qudrático (R 2 =0,8972). Ao contrário do que foi observdo pr cigrrinh, houve um decréscimo de form liner (R 2 =0,6080) no número de pulgões, o qul diminuiu constntemente desde os 10 té os 66 dis pós emergênci ds plnts. A ocorrênci de tripes ns diverss vrieddes de feijoeiro seguiu o modelo cúbico (R 2 =0,9788), presentndo um médi pouco mior que 5 indivíduos/10 folíolos os 10 dis pós emergênci ds plnts, qul decresceu continumente té um médi pouco superior 1 indivíduo/10 folíolos os 38 dis, mntendo-se esse vlor té últim mostrgem. A incidênci de ácro brnco tmbém se justou o modelo cúbico (R 2 =0,9962), onde o número desse rtrópode mnteve-se prticmente constnte dos 10 os 38 dis pós emergênci ds plnts, com número médio pouco inferior 1 indivíduo/10 folíolos. Pssdo esse período, houve um crescimento contínuo no número desse ácro, o qul tingiu um médi superior 2 indivíduos/10 folíolos os 66 dis pós emergênci ds plnts. Já ocorrênci d mosc-brnc seguiu o modelo cúbico (R 2 =0,9525), onde o número desse inseto decresceu de 2 indivíduos/10 folíolos os 10 dis pós emergênci ds plnts té um médi de 1 indivíduo/10 folíolos, os 31 dis. Após esse período, o número de moscbrnc se mnteve constnte té os 59 dis pós emergênci, presentndo um tendênci diminuir prtir dess époc. Não houve diferençs significtivs n ocorrênci de nenhum ds prgs entre s seis vrieddes de feijoeiro vlids (Figur 2).

Cigrrinh Pulgão Tripes Mosc-brnc Ácro brnco 2,5 2 Artrópodes/10 folíolos 1,5 1 0,5 0 IAC-Ybté IAC-Tunã IAC-Tybtã IAC-Votuporng IAC-Apuã Pérol Vrieddes Figur 2. Número médio (x+0,5) de cigrrinh, pulgão, tripes, mosc-brnc e ácro brnco sobre seis vrieddes de feijoeiro. Selvíri-MS, 2007. As vrieddes de feijoeiro form igulmente infestds pel cigrrinh em condições nturis de cmpo. IAC-Tybtã foi que presentou mior número médio de E. kremeri, 1,04 ninfs/10 folíolos mostrdos, sem muito que diferir de Pérol, com 0,90 ninfs/10 folíolos, vriedde que presentou o menor número médio do inseto. Com relção à infestção de pulgão, este rtrópode foi o menos incidente sobre s plnts de feijoeiro, não hvendo distinção significtiv de su presenç sobre s diferentes vrieddes testds. Tripes foi prg mis ocorrente sobre s plnts de feijoeiro. A vriedde IAC-Tunã foi quel que presentou mior número do inseto, 2,31 indivíduos/10 folíolos, não diferindo significtivmente, entretnto, de IAC-Apuã, que foi vriedde menos infestd, com respectivos 1,78 indivíduos/10 folíolos. O número de mosc-brnc tmbém não diferiu esttisticmente entre s vrieddes, hvendo pens um ligeir diferenç numéric entre Pérol, que foi vriedde que presentou mior quntidde de ninfs do inseto, e IAC-Apuã, menos infestd, com 1,01 e 0,87 indivíduos/10 folíolos, respectivmente. D mesm form que os outros rtrópodes, o ácro brnco tmbém ocorreu indistintmente nos folíolos superiores de tods s vrieddes, sem muito que distinguir Pérol, 1,09 indivíduos/10 folíolos, de IAC-Apuã, 0,88 indivíduos/10 folíolos, vrieddes que presentrm mior e menor número de P. ltus, respectivmente. Produtividde No finl d cultur, proximdmente 90 dis pós emergênci ds plnts, form colhidos qutro metros lineres de plnts em cd prcel experimentl e, deste totl, 10 form seprds pr se vlir o número e peso ds vgens, peso totl ds sementes e peso de 100 sementes (Tbel 1). O restnte ds plnts colhids foi utilizdo pr se clculr produtividde d cultur (Figur 3).

Tbel 1. Número e peso médio (g) de vgens, peso médio (g) de sementes e de 100 sementes em 10 plnts/vriedde de feijoeiro. Selvíri-MS, 2007. VARIEDADES Nº VAGENS PESO VAGENS PESO SEMENTES PESO 100 SEMENTES IAC-Ybté 138,00 185,00 130,00 21,98b IAC-Tunã 116,25 172,50 122,50 20,76b IAC-Tybtã 117,25 152,50 100,00 20,66b IAC-Votuporng 113,50 127,50 95,00 21,41b IAC-Apuã 153,75 192,50 140,00 21,23b Pérol 153,50 267,50 200,00 26,76 F 1,02 ns 2,39 ns 2,38 ns 10,75* C.V. (%) 28,24 33,72 37,40 6,38 Médis seguids pel mesm letr não diferem entre si pelo teste de Tukey (p<0,05). IAC-Apuã e Pérol form s vrieddes que produzirm mior número de vgens, 153,75 e 153,50, respectivmente, enqunto IAC-Votuporng foi quel que presentou o menor número. Consequentemente o número de vgens, Pérol e IAC-Apuã tmbém presentrm os miores vlores pr peso de vgens, 267,5 g e 192,5 g, respectivmente. IAC-Votuporng foi vriedde que presentou o menor peso de vgens, 127,5 g. Pérol foi vriedde que presentou mior peso de sementes, 200 g, enqunto IAC- Votuporng obteve o menor vlor pr esse prâmetro, 95 g. Já em relção o peso de 100 sementes, Pérol tmbém foi vriedde que presentou o mior vlor, 26,76 g, diferindo esttisticmente ds demis. 2000 1600 Produção (kg/h) 1200 800 400 0 IAC-Ybté IAC-Tunã IAC-Tybtã IAC- Votuporng IAC-Apuã Pérol Vrieddes Não houve diferençs significtivs entre s produtividdes estimds pr s diferentes vrieddes, porém, verificou-se nítid distinção numéric entre lgums dels. A vriedde IAC-Tunã foi mis produtiv, com um médi de 1719,00 kg/h, seguid por Pérol (1468,88 kg/h), IAC-Tybtã (1442,63 kg/h), IAC-Votuporng (1386,50 kg/h), IAC-Ybté (1356,25 kg/h) e IAC-Apuã (1032,63 kg/h), respectivmente.

De modo gerl, verificrm-se diferençs significtivs n ocorrênci de todos os rtrópodes prgs em função dos dis pós emergênci ds plnts em que form relizds s mostrgens. Em relção às espécies de prgs, tripes foi mis ocorrente sobre s plnts de feijoeiro, não hvendo diferençs esttístics de su infestção ou de qulquer outro rtrópode entre s vrieddes vlids. IAC-Apuã obteve o mior número de vgens, enqunto Pérol presentou os miores número de vgens, peso de vgens e peso de 100 sementes. Por fim, vriedde IAC-Apuã foi que presentou mior produtividde. As crcterístics relcionds às produções de vgens e sementes como à produtividde totl (kg/h) provvelmente são ftores intrínsecos às própris vrieddes, já que não houve diferençs significtivs n infestção dos rtrópodes entre s mesms. Em condições de cmpo, bixs populções de prgs podem cusr poucos dnos às plnts, impossibilitndo muits vezes se diferencir s vrieddes resistentes ds suscetíveis. Torn-se necessário, portnto, relizção de experimentos semelhntes com semedurs em diferentes épocs fim de se esperr miores densiddes populcionis dos rtrópodes, pr então se verificr com miores diferençs o comportmento desss vrieddes frente o tque ds prgs. Referêncis bibliográfics ALMEIDA, L. D. O feijão crioc: reflexos de su doção. In: DIA DE CAMPO DE FEIJÃO, 16, 2000, Cpão Bonito. Anis...Cmpins, Instituto Agronômico, 2001. 83 p. CONAB. Acompnhmento d sfr brsileir. Disponível em: <www.conb.gov.br/conbweb/downlod/sfr/9gros_09.08.pdf>. Acesso em: jun. 2009. LARA, F. M. Princípios de resistênci de plnts insetos. 2. ed. São Pulo: Ícone, 1991. 336 p. MAGALHÃES, B. P.; CARVALHO, S. M. Insetos ssocidos à cultur. In: ZIMMERMANN, M. I. O.; ROCHA, M.; YAMADA, T. Cultur do feijoeiro: ftores que fetm produtividde. Pircicb: Associção Brsileir pr Pesquis d Potss e do Fosfto, 1988. p. 573-589. PACCINI NETO, J.; BOIÇA JÚNIOR, A. L. Eficiênci de produtos químicos no controle de Bemisi tbci (Genn., 1889) e Emposc kremeri Ross & Moore, 1957, n cultur do feijoeiro. In: JORNADA CIENTÍFICA DE ILHA SOLTEIRA, 1, 1984, Ilh Solteir. Anis...Ilh Solteir, Unesp, p. 102, 1984.