Estudos Econômicos. Ministério da Fazenda. Crescimento Econômico e a Interação entre Capital Humano e. Grau de Desenvolvimento Tecnológico dos Países

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Transcrição:

Esudos Econômcos ANO 02 TEXTO N DEZ 203 02 Mnséro da Fazenda Sére de Texos para Dscussão Leonardo Andrade Rocha Mara Eser Dal-Poz José Mara FerreraJardm da Slvera Crescmeno Econômco e a Ineração enre Capal Humano e Grau de Desenvolvmeno Tecnológco dos Países Mnséro da Fazenda

ANO 02 DEZ 203 TEXTO N 02 Esudos Econômcos Mnséro da Fazenda Sére de Texos para Dscussão Crescmeno Econômco e a Ineração enre Capal Humano e Grau de Desenvolvmeno Tecnológco dos Países Presdene da Repúblca: Dlma Vana Rousseff Mnsro da Fazenda: Gudo Manega Secreáro Execuvo Inerno: Dyogo Olvera Produção e Execução Assessora de Assunos Econômcos do Gabnee do Mnsro Are Capa: Vvane Barros Supore Técnco Secreara Execuva -SE Secreara de Acompanhameno Econômco - SEAE Secreara de Assunos Inernaconas - SAIN Secreara de Políca Econômca - SPE Secreara da Recea Federal do Brasl - SRFB Secreara do Tesouro Naconal - STN Servço Federal de Processameno de Dados - SERPRO www.fazenda.gov.br Mnséro da Fazenda Esplanada dos Mnséros Bloco P, 5 o andar CEP 70.048-900 Brasíla - DF O pono de vsa, as opnões e conclusões expressas na sére de exos para dscussão Esudos Econômcos são de responsabldade exclusva dos auores e não represenam ou não refleem necessaramene a posção do Mnséro da Fazenda. * The vews, opnons and conclusons presened n he EE dscusson paper seres are exclusvely hose of he auhors and do no necessarly represen or reflec he poson of he Mnsry of Fnance. * Mnséro da Fazenda

Crescmeno Econômco e a Ineração enre Capal Humano e Grau de Desenvolvmeno Tecnológco dos Países Leonardo Andrade Rocha Professor, Federal Rural Unversy of Sem-Ard, Brazl; leonardo.rocha@ufersa.edu.br Mara Eser Dal-Poz Professor, School of Appled Scences, Unversy of Campnas, UNICAMP, Brazl; eser.dalpoz@fca.uncamp.br José Mara Ferrera Jardm da SIlvera Insuo de Economa da Uncamp ABSTRACT jmslv52@gmal.com Several sudes have emphaszed he mporance of human capal for economc developmen, bu many of hese sudes have no ncorporaed he dfferen sages of developmen o whch he economes are found. Ths paper examnes he mpacs of educaon polcy on he rae of echnologcal progress and he economc growh of counres accordng o he degree of proxmy o he froner. The mos backward economes are demandng more on srucural nvesmens n relaon o sraegc nvesmens n ST&I. For hs, we consruced a Schumpeeran growh model ncorporang on producvy, wo sources of mprovemens adoped by frms: he componens of maon and nnovaon. The sock of sklled labor s allocaed n he nnovaon acves by frms. Unlke, he sock of labor s unsklled allocaed o deparmens for mplemenaon of managemen sandards and plannng, e, maon sraeges by frms. Each monopols enrepreneur seeks o maxmze s uly funcon ha s defned by expeced consumpon less coss of hrng sklled labor force and unsklled. Under condons of maxmzaon wo demand funcons for each facor are bul. The demand of he monopols enrepreneur n each secor of nermedae npus s dvded n hrng sklled labor and unsklled. The sock of sklled and unsklled average years of schoolng whn each educaon level were used o paramerse labor. Ths daabase BARRO and LEE 2000, consders he 960-2000 perod. The regressons were esmaed wh panel daa. Early esmaes show ha years of schoolng of he prmary and secondary educaon conrbue o he accumulaon of GDP per worker and TFP when he economy s furher away from he echnologcal froner. The esmaed parameers showed sascal sgnfcance and expeced sgns wh he hypohess of he nvesgaon. Snce he schoolng years of hgher educaon erary have an ncreased effec of GDP per worker and TFP when he economy approaches he froner. Key words: echnologcal froner, human capal, growh JEL 05 043 Resumo Város esudos êm enfazado a mporânca do capal humano para o desenvolvmeno econômco, mas muos desses esudos não ncorporaram os dferenes eságos de desenvolvmeno em que as economas se enconram. Ese argo analsa os mpacos da políca de educação sobre a axa de progresso ecnológco e o crescmeno econômco dos países de acordo com o grau de proxmdade com a fronera. As economas mas arasadas são mas exgenes em nvesmenos esruuras em relação aos nvesmenos esraégcos em CT & I. Para sso, consruímos

um modelo de crescmeno schumpeerano ncorporando no cálculo da produvdade, duas fones de melhoras adoadas por empresas: os componenes da mação e novação. O esoque de mão-d- obra qualfcada é alocado nas avdades de novação por pare das empresas. Ao conráro, o esoque de mão-de-obra não qualfcada é arbuído aos deparamenos para a mplemenação de normas de gesão e planejameno, ou seja, as esraégas de mação por pare das empresas. Cada empresáro monopolsa procura maxmzar sua função uldade que é defndo pelo consumo esperado menos os cusos de conraação de mão-de-obra qualfcada e não qualfcada. Sob condções de maxmzação duas funções de demanda para cada faor são consruídas. A demanda do empresáro monopolsa em cada seor de nsumos nermedáros é dvddo em conraar mão de obra qualfcada e não qualfcada. O esoque de rabalhadores qualfcados e não qualfcados méda de anos de escolardade denro de cada nível de ensno foram usados para paramerzar o faor rabalho. O banco de dados ulzado Barro e Lee, 2000 consdera o período 960-2000. As regressões foram esmadas com dados em panel. As esmavas mosram que anos de escolardade do ensno prmáro e secundáro conrbuem para a acumulação do PIB por rabalhador e TFP quando a economa esá mas longe da fronera ecnológca. Os parâmeros esmados apresenaram sgnfcânca esaísca e snas esperados com a hpóese da nvesgação. Desde os anos de escolardade de ensno superor ercáro êm um efeo maor do PIB por rabalhador e da PTF, quando a economa se aproxma da fronera. Palavras chave: fronera ecnológca, capal humano, crescmeno 2

. INTRODUÇÃO Nos úlmos anos, uma crescene preocupação ganhou desaque nos prncpas debaes da políca econômca; a garana de uma ofera equlbrada de mão de obra alamene qualfcada desnada a maner o rmo de crescmeno nos seores esraégcos de ala ecnologa OECD, 20. Por hora, sabe-se que eses seores são responsáves por aproxmadamene 30% da produção mundal, o que levana uma aenção especal sobre o ema NATIONAL SCIENCE BOARD, 200. Conundo o debae sobre Polícas de Educação e Crescmeno anda enconra-se em fase de amadurecmeno, em conseqüênca de conroversos resulados empírcos. Em decorrênca de as aspecos qualavos da relação Educação versus Crescmeno, alguns esudos 2, em especal, êm raado os efeos do capal humano no crescmeno de forma mas ampla, conecando os seus dferenes pos às dferenes rajeóras de desenvolvmeno. Esa nova meodologa de esudos, amparados pelos modelos de crescmeno endógenos, êm oferecdo aplcações mas coerenes ao ncorporar a dualdade da ecnologa denro do paradgma do desenvolvmeno. Especalmene nas economas mas desenvolvdas, o capal humano ou pelo menos um po específco dese, parece aderr de forma mas adequada aos padrões ecnológcos vgenes. Iso ocorre porque a ecnologa local apresena um padrão muo complemenar ao esoque de mão de obra mas qualfcada. Nas economas menos desenvolvdas esa complemenardade esá mas relaconada com ouro po específco de mão de obra menos qualfcada. Esa relação ajuda a explcar porque deermnados países ulzam a ecnologa com compeêncas específcas de forma mas efcene em comparação a ouras economas CASELI E COLLEMAN, 2006. Desa forma, assm como na ecnologa, a qualfcação ambém apresena padrões de dualdade. Iso porque as esraégas de mação e novação demandam por compeêncas específcas para aplcações mas efcenes. Além dsso, um únco po de capal humano supõe que a elascdade de subsução enre a mão de obra qualfcada e não qualfcada seja elevada, enquano que as evdêncas empírcas comprovam o conráro3. Para decfrar ese puzzle da políca de educação, cada formação em sua mporânca específca em cada eapa do desenvolvmeno das empresas. Para as frmas com elevado grau de araso, a educação écnca prmára e secundára em um peso relavamene maor no crescmeno e na mplemenação de ecnologas já exsenes mação do que em relação à novação. Esa caracerísca pecular esá mas presene nas economas menos ndusralzadas que se enconram nos eságos ncas do desenvolvmeno. Ao conráro de Vandenbussche, Aghon e Meghr 2006, Aghon e al. 2007; 2009 e Ang, Madsen e Islam 20, a ênfase demasada de um políca nas compeêncas vocaconadas para a mação, pode gerar uma esruura com elevados cusos à longo prazo para a novação. Caso conráro, a economa podera explorar, ndefndamene, mas ransferênca de ecnologas sem cusos para sua convergênca GROSSMAN E HELPMAN, 99. A aplcação de uma políca não arculada a um cenáro de longo prazo para a novação pode compromeer a rajeóra ecnológca da economa, conduzndo-a para uma armadlha da nãoconvergênca. Iso mosra que, nas economas menos desenvolvdas, a políca de educação pode apresenar Mankw, Romer e Wel 992 apresenaram evdêncas empírcas dos efeos posvos da educação no crescmeno. Na mesma lnha de racocíno, pode-se desacar os rabalhos de Hall e Jones 999, Klenow e Rodríguez-Clare 997, e em uma análse a níves seoras, desaca-se Cccone e Papaoannou 2009. Em dreção oposa, Casell, Esquvel e Lefor 996 não enconraram quasquer evdêncas empírcas da nclusão do capal humano como um nsumo na função de produção. Além dso, os auores dagnoscaram efeos negavos e sgnfcanes do capal humano no crescmeno. Prche 200 não enconrou assocações sgnfcanes enre o capal humano e o crescmeno, jusfcando que, em muos países, a axa de crescmeno da demanda por mão de obra qualfcada vara consderavelmene. Iso decorre dos reornos margnas da ofera de rabalho qualfcado caírem com a sua relava expansão, à medda que a demanda permanece esagnada em dermeno de precáras polícas ndusras. Ouros esudos com conclusões oposas ao mansream são: Acemoglu, Aghon e Zlbo 2002, Casel e Colleman 2006, Aghon e al. 2009, Rocha e Slvera 2009 e Ang, Madsen e Islam 20. 2 Em especal, Acemoglu, Aghon e Zlbo 2002, Vandenbussche, Aghon e Meghr 2006, Aghon e al. 2007 ; 2009, Aghon e How 2009, Ang, Madsen e Islam 20. 3 Kaz e Auor 999 e Hamermesh 993. 3

um relavo grau de dependênca com a políca ndusral, em decorrênca de uma demanda reprmda por compeêncas com ala qualfcação armadlha da não-convergênca. Ese esudo ampla a análse proposa pelos auores cados, prmeramene, ao dagnoscar as conseqüêncas para a convergênca ecnológca quando a políca de educação não segue um planejameno de médo e longo prazo arculada com a políca ndusral demanda por compeêncas. A armadlha da não-convergênca reraa os poencas cusos do desequlíbro da políca. Em segundo plano, a maor pare deses esudos abordou uma amosra que perme valdar, sem muos esforços, as hpóeses do modelo. Iso porque os países que compõem a OECD ala renda apresenam as maores axas de acumulação do capal humano no mundo. Além do mas, a elevada produvdade dese grupo de países pode er um efeo de realocação, enre os faores, mas efcene em relação aos países de baxa renda. Porano, uma amosra mas dversfcada, que nclua países de baxa e méda renda, e com dferenes eságos de desenvolvmeno pode alerar sgnfcavamene as esmavas que venham a dreconar o sendo da políca. Anda em quesão, a lmação orçamenára dos países menos ndusralzados é maor, o que orna o conhecmeno do assuno anda mas mporane por mpacar em uma melhor gesão dos recursos. Para esar o modelo empírco adoou-se uma amosra de 39 países enre 960 a 2007, conforme a dsponbldade das nformações na base de dados de Barro e Lee 200. O esudo fo dvddo em 4 pares: prmeramene será apresenado o modelo eórco que conssu em um ambene schumpeerano com duas fones de melhora na produvdade; a mação e a novação. Nos eságos ncas do desenvolvmeno os reornos socas das esraégas de mação superam aos reornos da novação, segundo as proposções de Gerschenkron 962. Em um dado eságo do desenvolvmeno, os ncenvos polícos devam ser dreconados a conduzr as esraégas das frmas locas da mação para novação. A falha nesa ransção compromee a rajeóra ecnológca dos países em desenvolvmeno, compromeendo a economa em uma armadlha da não-convergênca; 2 em seguda, o modelo empírco por meo do méodo de esmação em dados de panel com varáves nsrumenas, efeos fxos e aleaóros e por correção no componene de erro EC2SLS, esam as hpóeses do modelo; 3 poserormene, a análse dos resulados apresena as esmavas do modelo empírco. A neração de cada nível de escolardade com o ndcador de proxmdade da fronera revela que, para as economas mas afasadas, a educação prmára e secundára oferecem reornos maores ao crescmeno. Para as economas suadas próxmas da fronera, a educação superor ercára em um efeo aumenador do crescmeno bem superor à educação básca e écnca, e; 4 em um plano fnal, em-se as conclusões e sugesões ao dreconameno de fuuras pesqusas e na omada de decsão da políca econômca. Vale aponar que as provas das proposções não foram ncluídas nesa versão do rabalho por fala de espaço. 2. MODELO TEÓRICO 2. O Ambene Econômco O modelo consse em uma economa com um número fno de seores, cada um deles composo por empresáros nermedáros e por uma população de rabalhadores que oferam sua força de rabalho num mercado compevo. O comérco nernaconal será absraído, porém sua menção será reraada poserormene. Os rabalhadores possuem doações heerogêneas de capal humano onde, a nível agregado, a economa dvde-se enre S undades de rabalho alamene qualfcada e U undades com baxa qualfcação, dados exogenamene e a uma axa consane no empo. Com um mercado compevo e a ofera ~ ~ 2 ~ de rabalho defnda elascamene, em-se s = S, u = U R +, onde S, U ~ correspondem, respecvamene, aos níves de equlíbro da mão de obra qualfcada e não-qualfcada no mercado de rabalho. Assume-se que o empo é dscreo e odos os agenes vvem somene um período. O produo fnal da economa é produzdo ulzando uma massa conínua de nsumos nermedáros de acordo com a função de produção Cobb-Douglas: 4

= 0, α α Y A x d α 0 Segundo a equação, x corresponde ao fluxo de nsumos nermedáros do seor no empo. A produvdade do seor é dada pelo parâmero ecnológco A que é defndo pelo nível defasado A - mas um componene esraégco do seor. A defnção dese componene será abordada na próxma seção. O seor de nsumo nermedáro é monopolzado pela frma líder que deém o monopólo em um curo período de empo. Parndo do pressuposo que o seor do produo fnal é compevo, cada produor de nsumos nermedáros se defrona com uma curva de demanda nversa que defn o preço do nsumo nermedáro: Y α α p = = αa x 2 x Em cada seor nermedáro, apenas um produor nermedáro pode produzr o produo com a produvdade do seor A usando o produo fnal como capal. Ese processo dar-se-á por meo de uma ecnologa um-pra-um one-for-one echnology, segundo a especfcdade A : I Ω Y I; y Ω. Nese sendo, o monopolsa do seor escolhe x que resolva o problema de maxmzação: x { p x x } max 3 A solução do problema de maxmzação 3 gera uma função de demanda de equlíbro: 2 ˆ α α x = A 4 Subsundo 4 em 3, obêm-se os lucros de equlíbro do monopolsa do seor: Onde π p xˆ πa ˆ π = = 5 2 α α α α. A segur, serão defndos as fones de crescmeno da produvdade e como elas se relaconam com a fronera ecnológca. 2.2 As Fones de Crescmeno da Produvdade A melhora na produvdade das frmas e de cada seor depende da combnação de dos faores: a a aplcação de esraégas gerencas focadas na mação de ecnologas da fronera ecnológca, onde a mão de obra menos qualfcada adqure uma grande mporânca nesa avdade, e b na adoção de esraégas novadoras, onde a força de rabalho engajada em avdades de P&D e na cração de novas ecnologas demanda por elevadas horas de qualfcação e de aprendzado ecnológco. A dnâmca da ecnologa no seor pode ser capurada por uma função posva e crescene, Φ, nos segunes argumenos da função: A = A + Φ A A, A, u, s COMPONENTE ESTRATÉGICO 6 5

Onde A, A, s, u correspondem, respecvamene, à fronera ecnológca do seor no fnal do período -, à produvdade do seor no fnal do período -, às undades de mão de obra qualfcada e nãoqualfcada do seor no fnal do período. Segundo os auores cados da leraura do crescmeno endógeno, ese esudo adoa o progresso ecnológco como uma função lnear nos componenes de mação e novação e não-lnear nos recursos humanos. Especfcamene a segur, em-se: ϕ [ s γ A + u ] η A A σ A = A + 7 Onde os parâmeros γ, η correspondem às habldades novadoras e madoras adoadas pelas frmas em cada seor, sasfazendo as segunes desgualdades: γ > one-sep-forward e η one-sep-behnd. O parâmero σ reflee a elascdade do componene esraégco, que por smplcdade é assumda como σ =. A fronera ecnológca cresce a uma axa consane g, A = + g A, e o esado ecnológco de cada seor esá lmado ao nível da fronera, ou seja, A A. Proposção A elascdade do rabalho qualfcado é maor do que no rabalho não-qualfcado, ϕ >. A proposção acma mosra que a axa de reorno das avdades novadoras na melhora da produvdade é maor que as avdades madoras. Esa consderação mosra que, numa dada economa, o processo de novação conduz a um crescmeno susenável a longo prazo. Oura explcação consse no fao do crescmeno da frma ser esmulado pelas avdades de novação que demandam por undades adconas de mão de obra com ala qualfcação, na medda em que esa se aproxma da fronera ecnológca. Como a proporção dos faores com ala qualfcação é maor nas economas próxmas da fronera, consequenemene a mudança ecnológca será dreconada para ala ecnologa, sendo esa complemenar ao faor mas qualfcado. Com relação aos valores dos parâmeros de elascdade de cada faor 0; ϕ 0, segue-se que ambos sasfazem a Le dos Rendmenos Decrescenes e, por esa razão, serão admdos valores possíves de acordo, ϕ 0,. Conudo, esa resrção anda não é sufcene para a análse, endo em vsa que com a resrção as avdades de novação e mação venham a apresenar algum grau de complemenardade, permndo que valores arbuídos a elascdade de um faor específco venha a nfluencar a elascdade do ouro faor GROSSMAN E HELPMAN, 99. Para capurar as nfluêncas das elascdades enre ambos os faores consu-se uma nova resrção, que sasfaz ano a Le dos Rendmenos Decrescenes e de complemenardade 4 : + ϕ =. Desa forma, ambas as elascdades perencerão a um nervalo numérco enre 0 e, além de não serem arbuídos valores sem qualquer conexdade enre os faores. Esa condção ambém não vola a Proposção. Uma resrção fore sera a condção de que as elascdades se ajusaram em função da proxmdade com a fronera, fazendo com que a mudança ecnológca fosse dreconada para a novação e consequenemene para o faor com ala-qualfcação, sasfazendo a proposção de Casell e Coleman 2006. Iso modfcara a relação dos parâmeros da segune manera,, a + ϕ, a =, onde represena o empo e a o ndcador de proxmdade com a fronera a A A 6. As dervadas parcas de cada elascdade 4 A complemenardade surge da noção dos regmes ecnológcos proposo em Malerba 2004 e Malerba e Orsengo 993. Os seores mas arasados êm dfculdade na mplemenação de novações devdo ao baxo padrão de cumulavdade e aproprabldade dos resulados econômcos. Com so, a ransferênca de oporundades faz com que a produvdade relava enre a mação e novação se alere ao longo do empo, dando um peso maor aos faores de rápda absorção. Nas economas mas afasadas ese peso maor se concenra na demanda por faores com baxa qualfcação, ao conráro das economas da fronera.

, a ϕ, a apresenam-se da segune forma, < 0; > 0. A nução por rás dso mosra que as a a avdades de novação são mas nensvas em mão de obra mas qualfcada, fazendo com que a produvdade dese faor aumene quando a economa se aproxma da fronera, ao conráro das economas mas afasadas. Em consequênca dso, o fluxo de rabalhadores alamene qualfcados é conduzdo para novas avdades de novação nos períodos segunes, aumenando a produvdade margnal em relação aos rabalhadores menos qualfcados. Quano mas a economa de aproxma da fronera, undades exras de rabalhadores com ala-qualfcação são demandadas pelos empregadores da ndúsra, ornando-os mas renáves em relação à mão de obra não-qualfcada. Esa redsrbução no mercado de rabalho ou efeo Rybzcynsk é responsável por alerações na produvdade relava dos faores, ornando o mercado de rabalho sensível às fluuações de proxmdade com a fronera. A segur, será apresenado o rade-off do empresáro monopolsa em alocar recursos na conraação de mão de obra qualfcada ou não-qualfcada, cuja decsão depende da dsânca em relação à fronera. 2.3 A Decsão do Empresáro e as Condções de Equlíbro O empresáro monopolsa decde nvesr na conraação de mão de obra qualfcada e não-qualfcada, de acordo com a sua posção e na melhor axa de reorno dese nvesmeno. Sua decsão ambém depende da máxma sasfação alcançada ao se consumr bens com os lucros do seor, menos o gaso na aqusção de mão de obra qualfcada ou não qualfcada. Logo, a função de uldade do monopolsa pode ser expressa da segune manera: U = E c W 8 ˆ π = πa, com probabldade λ Onde, c =, e W é o gaso oal da conraação de mão de obra 0, com probabldade - λ qualfcada e não-qualfcada. Os saláros da força de rabalho são denoados por w u A não-qualfcada e w s A w s, u corresponde à axa salaral, consequenemene: qualfcada. Por defnção W 7 u s w u w s A u s = w A u + w A s = + O problema de maxmzação da uldade do empresáro é defndo: u, s 0 u s { λπ } max U A w u + w s A A condção de prmera ordem com relação aos argumenos u, s geram as segunes equações de equlíbro ϕ λπϕ γ s ˆ = s E. w uˆ λπη d A = d = = u w A a Com o mercado de rabalho compevo e em equlíbro, a demanda pela força de rabalho guala-se à ofera, ~ ~ esa úlma, dada exogenamene uˆ = U ; sˆ = S. A nerpreação da equação E. mosra que a demanda por mão de obra qualfcada depende posvamene da probabldade de sucesso λ da frma novadora, do parâmero de equlíbro dos lucros π e do amanho ncremenal da esraéga de novação γ. Ese úlmo depende, denre ouros faores, da políca ndusral de ncenvo à novação. E.2

8 A segunda equação E.2 mosra que a demanda do empresáro por mão de obra não-qualfcada é uma função posva da dsânca ecnológca d do seor. O elevado araso das frmas faz com que os empresáros aloquem uma fração de rabalhadores não-qualfcados para as avdades menos nensvas em novação. A próxma seção apresena a lgação das funções de demanda com rajeóras de rsco, revelando que uma ênfase nadequada na demanda por mão de obra não-qualfcada pode conduzr a economa a uma armadlha da não-convergênca. 3.4 Equlíbro, Convergênca e Armadlhas do Crescmeno Parndo das funções de demanda E. e E.2, a axa de progresso ecnológco pode ser reformulada da segune manera: ; ˆ ˆ + = = d u s A A A g η γ ϕ G. A axa de progresso écnco é função das curvas de demanda, sendo que esas esabelecdas palas condções de equlíbro. Subsundo E. e E.2 em G., emos: ϕ ϕ ϕ λπ η λπϕ γ + = d w w g u s G.2 = > + =, d f d d f g, γ η κ γ G.3 As equações G.2 e G.3 apresenam um nsgh mporane da eora: Proposção 2 Os seores mas arasados e afasados da fronera ecnológca possuem uma demanda por recursos dferencada em relação aos seores mas avançados. Esa demanda levada em consderação esmula um crescmeno mas acelerado do seor. Ou seja, 0 ˆ u d. Esa proposção ncorpora o que Gerschenkron 962 afrma como A Vanagem do Araso. Os seores mas afasados da fronera crescem mas rápdo devdo a elevada freqüênca de mplemenação das novações da fronera mação. De acordo com a equação G.2, a dervada parcal de 2ª ordem com relação à dsânca e o parâmero de mação nos dz ouro mporane conceo: Proposção 3 Quano maor a dsânca ecnológca ou o poencal araso de um seor ou economa, maor será a axa de progresso ecnológco, se a políca ndusral for favorável à mplemenação de ecnologas da fronera e ao aprendzado. Prova: Reescrevendo a equação G.2, emos: 0 2 2 = d w d d g u λπη η G.4 A equação G.4 mosra a axa de varação do progresso écnco, consderando dos faores de dreconameno. De acordo com a equação G.4, na exsênca de algum araso possível > d, as prácas nensvas de mação podem proporconar oporundades ecnológcas váves que reforçam o crescmeno a curo prazo.

Admndo que as nsuções locas condconam as esraégas de novação e mação pelas frmas, emos: γ γ, γ η η, η γ, η onde a nsução esmula as frmas locas a adoarem esraégas de novação, e, γ, η a nsução esmula as frmas locas a adoarem esraégas de mação. Esa amplação do modelo ncorpora aspecos mporanes da políca que nfluencam dreamene a compevdade das frmas locas, as como: polícas proeconsas no comérco nernaconal, legslação de propredade nelecual, dfculdades de obenção e preços alos para manuenção de paenes, denre ouras quesões relevanes. Eses faores são afeados dreamene pela políca econômca e moldam as esraégas das frmas em novarem ou não. A solução para a equação G.3, segundo os parâmeros nsuconas, é dada por: No cenáro γ, η g f f γ + κ η d, γ, η γ + κ η d, γ, η = d, a economa desfrua de uma população consderável de novadores em quase odos os seores da economa. Enreano, dependendo do amanho do araso d >, as ncerezas podem ser elevadas e as avdades de P&D são desesmuladas pela baxa oporundade. Nese caso, a economa cresce γ, η, os gradavamene, mas sempre converge em dreção à fronera. Ao conráro do prmero cenáro reornos da adoção de ecnologas da fronera podem oferecer um rápdo crescmeno na economa MANSFIELD, 984. A Fgura 4 mosra a relação enre mação e os ganhos no crescmeno, dado um poencal araso ecnológco do seor/país. > G.5 FIGURA Crescmeno e as Armadlhas da Não-Convergênca. d 2 g η γ, η < 45º d = d ˆ TRAP TRAP d ; η η, d Fone: Elaboração dos auores. Conforme a Fgura, as esraégas de mação podem oferecer reornos consderáves ao crescmeno, porém a sua aplcação perssene ao longo do empo pode compromeer as rajeóras ecnológcas do seor A armadlha da não-convergênca mosra que, apesar da educação básca e écnca oferecerem uma rápda velocdade de convergênca, a economa esará fora da rajeóra de rsco se, e somene se, a educação superor for dreconada para os seores nensvos em novação ecnológca. Ouro pono de desaque é que, na condção da armadlha, as nsuções locas não ofereceram ncenvos adequados para a mudança enre 9

mação e novação. As empresas locas não conraam mão de obra qualfcada nas avdades de P&D novadora por dversos movos, denre eles, o padrão de concorrênca que é nfluencado pela políca econômca. FIGURA 2 Equação do Crescmeno, dsânca da fronera e esforços de mação. Fone: Elaboração própra do auor. Conforme a fgura 2, quano maor o araso ecnológco, maor será o mpaco da avdade madora ao crescmeno e maor o rsco de uma armadlha da não-convergênca. Ou seja, uma políca ndusral que não esmula a novação durane um longo empo no processo de desenvolvmeno, pode compromeer a economa a uma armadlha com axas de crescmeno basane resduas e sem qualquer convergênca para fronera. A equação G.4 no pono da armadlha e negrando os seores é defnda como: 2 2 TRAP g 2 TRAP u 2 = λπ d w d d η G.6 0 A mudança de esraégas de mação para novação fo bem sucedda na ndusralzação do lese asáco. Na medda em que a Coréa do Sul fo se aproxmando das froneras ecnológcas, muas apdões consruídas pelo modelo de mação permram ransformações, sem muas dfculdades, em avdades de P&D. A exemplo dso, a engenhara reversa na Coréa do Sul permu uma efeva neração enre os écncos de uma equpe de projeos junamene com os deparamenos de produção, markeng, nsuos locas de P&D e as unversdades. Tal planejameno consuu o mesmo preparo da organzação para as avdades de novação em P&D KIM, 997. 3. MODELO EMPÍRICO 3. Operaconalzação das Varáves O modelo empírco conssu em um panel com 39 países no período de 960 a 2007. Esa amosra fo consderada segundo a dsponbldade da base de dados de Barro e Lee 200. Os dados sobre o PIB, força de rabalho e as séres de nvesmeno foram obdos na base de dados da Penn World Tables 6.3 complados por Heson, Summers e Aen 2009. As nformações sobre educação foram obdos pelo banco de dados de Barro e Lee 200 dsposos em nervalos de 5 anos enre 960-2000. O panel esmado consderou os nervalos de 5 anos com exceção ao nervalo 2000-2007. Esa sére dvde os anos de escolardade em rês níves: prmáro, secundáro e ercáro ou superor. A ulzação da varável, anos de escolardade, segue as evdêncas empírcas da mcroeconoma mncerana que assoca a relação enre os anos médos de escolardade com o reorno salaral. Esa abordagem do capal humano relacona o ndcador de qualfcação como uma função exponencal da escolardade méda, medda 0

em anos de esudo, de forma que as esmavas economércas apresenam uma modelagem log-lnear enre renda e o ndcador de capal humano COHEN E SOTO, 2007. Para se calcular os esoques de capal K de cada país, fez-se uso do méodo do nvenóro perpéuo defndo a segur: K = I + δ K Na equação acma, δ reflee a axa de deprecação do esoque de capal 5. A sére ncal do esoque é I950 defnda como: K = 0 = ; δ = 0, 06 g + δ A varável g corresponde à axa de crescmeno médo anual do PIB enre 950-2007. Para deermnar o esoque de mão de obra qualfcada e não-qualfcada ulzou-se como proxy, os anos de escolardade méda do ensno superor S e os anos de escolardade méda do ensno prmáro e secundáro U, consderando uma população com 25 anos ou mas 6. Para quanfcar a produvdade oal dos faores PTF Hck s neura adoou-se uma função de produção agregada do po Cobb-Douglas: α Y = A f K L = A K L α, α Y K A = L L Y K ln A = ln α ln L L Aonde Y/L corresponde ao PIB por rabalhador, K/L ao esoque de capal por rabalhador, α a elascdade parcal do capal e A produvdade oal dos faores. Para calbrar a PTF ulzou-se um valor α = 0,3, além das demas séres menconadas7. Em seguda, o modelo economérco aplcado consuu-se num panel com efeos fxos, aleaóros Generalzed Leas Squares GLS, máxma verossmlhança e de varáves nsrumenas8 Two-Sage Leas Square wh Fxed Effecs 2SLS, Componen Error Two-Sage Leas Squares EC2SLS. A medda de dsânca ecnológca fo obda pela razão da PTF de cada país em relação à maor em cada ano ao longo do período a PTF dos EUA fo consderada como a fronera ecnológca: A a = 0, A max A A max A { } ] { } A abela apresena as varáves do modelo e suas relações enre varáves nsrumenadas e seus nsrumenos: TABELA Relação enre as varáves do modelo economérco. Varáves Dependenes Varáves Insrumenadas Insrumenos lnpib/l ; lna ; gpib/l ; ga ; a Fone: Elaboração dos auores. S - ; U - ; S*a - ; U*a - S -2 ; U -2 ; a -2 ; S*a -2 ; U*a -2 5 Vandenbussche, Aghon e Meghr 2006 adoam o mesmo valor δ = 0, 06. 6 Os modelos de crescmeno apresenados por Hall e Jones 999 e Benhabb e Spegel 2005 adoam os anos de escolardade méda para mensurar o esoque de capal humano. Os auores Vandenbussche, Aghon e Meghr 2006 adoaram os anos de escolardade méda e o percenual da população com a escolardade complea enre os rês níves para analsar os mpacos da políca educaconal no crescmeno. 7 O valor da elascdade parcal do esoque de capal fo o mesmo aplcado por Hall e Jones 999. 8 Teses de auocorrelação e heerocedascdade confrmaram a ausênca de as fenômenos no modelo esmado. Sob as crcunsâncas, o esmador de varáves nsrumenas apresena ganhos de efcênca assnóca em relação ao méodo dos momenos generalzados GMM. Para maores dealhes, veja Baum, Schaffer e Sllman 2003.

A segur será apresenado o modelo de mpaco segundo os méodos de esmação do panel. A prncípo será consuído por 3 equações, dferencando-se enre log da produvdade, log do PIB per capa e o crescmeno do PIB per capa. 3.2 Modelo Economérco Fo consderada a segune especfcação empírca para os níves de PIB por rabalhador, produvdade, crescmeno do PIB por rabalhador e crescmeno da PTF: ln A + * a + * a * U + * a * S + * U + S + ε = 0 2 3 4 5 * ε = + + η Y 2 ln = + * a L + * a * U + * a * S + * U + * S + ε ε = + + η 0 2 3 4 5 Y 3 g = + * g A + * a * g U + * a * g S + * U + * S L + * a + ε ε = + + η 0 2 3 4 5 6 2 Conforme o modelo acma, as varáves, A, Y/L, a, S, U e g., são respecvamene a PTF, PIB por rabalhador, proxmdade com a fronera ecnológca, anos de escolardade méda do ensno ercáro superor, anos de escolardade méda do ensno prmáro e secundáro, e as funções de crescmeno. Para valdar as esmavas do panel com efeos fxos em relação aos efeos aleaóros GLS e máxma verossmlhança adoou-se o ese de Hausman. Sob a hpóese nula, os coefcenes de heerogenedade ndvdual e emporal, não são correlaconados com a marz de regressores e o méodo de efeos aleaóros apresena-se conssene. Caso conráro, o esmador de efeos fxos orna-se mas aconselhado. Para esar o méodo de esmação por varáves nsrumenas adoou-se uma sére de procedmenos esaíscos eses de hpóese para valdar o modelo. Denre as prncpas esaíscas, confgura-se a valdação dos nsrumenos: correlaconados com os regressores endógenos e ao mesmo empo orogonas à perurbação esocásca. Para so, adoaram-se as esaíscas de Sargan 958, a razão de verossmlhança de Anderson 984 e os eses de endogenedade. 4. ANÁLISE DOS RESULTADOS Os resulados apresenam apenas duas esmavas feas com modelos de efeos fxos e aleaóros para as varáves de renda por rabalhador Y/L e PTF, por lmações de espaço. As referêncas às esmavas feas para o ercero modelo e ambém aquelas que usam varáves nsrumenas consam de uma versão amplada do rabalho. Todava, esa omssão em nada alera as conclusões do rabalho. A prmera pare da análse apresena os ndcadores consruídos, como a aproxmação ecnológca dos países ao longo do empo, e ouros ndcadores relevanes para a nvesgação. Brasl cresceu o PIB/rabalhador em 4,55% no período méda de 2,44% a.a. e obeve uma axa de progresso ecnológco de 85,08% no período méda de,8% a.a.. Depos do Brasl, enconra-se o Chle com um crescmeno de 4,3% no período méda de 2,43% a.a. e o Méxco com crescmeno de 92,99% no período méda de,98% a.a.. Na amosra oal, a Chna eve o maor crescmeno do PIB por rabalhador com 283,60% no período méda de 6,03% a.a. e progresso ecnológco de 84,82% no período méda de 3,93% a.a., seguda de Tawan com crescmeno de 282,05% no período méda de 6% a.a. e Coréa do Sul com crescmeno de 26,55% no período méda de 5,56% a.a.. No rankng dos países com maor crescmeno do PIB por rabalhador e progresso ecnológco, os países Asácos compõem do º ao º lugar. 2

Conforme o gráfco 3, a proporção de pesqusadores auando nas empresas, segundo o po de seor Governo, Empresas, Insuções de ensno Superor e Organzações sem fns lucravos, possu uma relação drea e sgnfcava com o grau de proxmdade com a fronera. Segundo o gráfco, 38,73% das varações da proporção de pesqusadores nas empresas são explcadas pelas varações da proxmdade com a fronera, de acordo com as nformações da RICYT 9. No Brasl, o cenáro de C,T&I vem passando por mudanças gradavas e posvas em sua esruura. Enreano, algumas defcêncas anda perssem. GRÁFICO 3 Relação enre o percenual de pesqusadores/seor em 2007 e a proxmdade com a fronera em 960, segundo a amosra de países da RICYT. Pesqusadores por Seor empresa/seor % 45,00% 35,00% 25,00% 5,00% 5,00% -5,00% -5,00% Ecuador El Salvador Porugal Trndad & Tobago Venezuela y = 0,7226x - 0,0262 Colomba R 2 = 0,3873 Argenna Brazl Span 0 0, 0,2 0,3 0,4 0,5 Proxmdade com a Fronera Fone: Elaboração dos auores. Noa: No gráfco o amanho das bolhas é defndo pela axa de crescmeno do PIB/rabalhador ao longo da sére 960-2007. Segundo Sala--Marn 200, o Brasl em feo um grande esforço aravés de uma evolução crescene na nensdade dos gasos agregados em pesqusa P&D. Enreano, gargalos nsuconas, como a elevada burocraca, um poder judcáro leno na condução dos processos, uma educação básca anda defcene, corrupção e as grandes assmeras regonas nos nvesmenos em nfra-esruura, anda perssem e resrngem o poencal da economa para avançar ecnologcamene. Tas defcêncas fazem o Brasl e ouras economas gravarem no eságo de efcênca econômca Sage 2 Effcency Drven, enquano que ouros países com menores esforços em novação acabam por superar ese eságo de desenvolvmeno, avançando aos eságos nermedáros de efcênca econômca e de novação Transon from 2 o 3, Sage 3 Innovaon Drven, que é o caso do Méxco e da Rússa. A abela 2 mosra o modelo geral num panel esmado com efeos fxos, aleaóros e de máxma verossmlhança. No prmero méodo de efeos fxos, os efeos de heerogenedade de países e no empo foram ncluídos na esmação. As esmavas mosram a relação log-lnear enre os níves de escolardade e renda de cada país. TABELA 2 Esmavas do modelo segundo os países da amosra. a - U - Varável Dependene: lnpib/l ; =960-2007 Efeos Fxos Efeos Fxos 2 Efeos Aleaóros Máx.Verossm. 3,36629* 3,09866* 2,9847* 2,438488* 0,626624 0,60282 3,9500 0,574499 0,206577* 0,2599903* 0,229936* 0,2385224* 0,034856 0,02396 9,6900 0,0236605 9 Red de Indcadores de Cenca Y Tecnología RICYT 200. 3

S - a - *S - a - *U - -0,44854* -0,28409** -0,2477833** -0,2569756** 0,33937 0,2258,9600 0,2467 0,527059* 0,6560627* 0,7207822* 0,6992355* 0,84663 0,7589 4,000 0,73005-0,32664** -0,06990-0,025292-0,0380 0,058723 0,04504 0,5700 0,044064 Efeos Fxos --- Países sm sm - - Esa F 63,700 6,867 - - Prob F 0,0000 0,0000 - - --- Ano sm não - - Esa F 23,9800 - - - Prob F 0,0000 - - - LR Tese - χ 2 - - - 498,82 Prob χ 2 - - - 0,0000 Wald Tese - χ 2 - - 243,4400 - Prob χ 2 - - 0,0000 - R 2 0,9753 0,9740 - - R 2 - Ajusado 0,9695 0,9692 - - Tese Hausman - χ 2 2,8000 36,4300 - - Prob χ 2 0,0000 0,0000 - - Noa: Os aserscos *,**,***, correspondem respecvamene à sgnfcânca dos parâmeros aos níves de %, 5% e 0%. Os valores em álco e negro correspondem às esmavas de erro-padrão dos parâmeros. Elaboração dos auores. Os parâmeros de efeos fxos demonsraram sgnfcânca esaísca países F: 63,7 ; empo F: 23,98. A proxmdade com a fronera no período aneror - ajuda a explcar o nível do PIB por rabalhador parâmero posvo e sgnfcane a %. Os parâmeros esmados para a escolardade U - e S - apresenaram sgnfcânca esaísca a %. Embora o parâmero esmado para escolardade superor enha demonsrado uma relação negava com o PIB por rabalhador, a neração desa varável com a proxmdade ecnológca demonsrou coerênca com o modelo eórco parâmero posvo e sgnfcavo a %. Iso demonsra que, nas economas próxmas de fronera ecnológca, o ensno superor em um mpaco superor em relação ao ensno prmáro e secundáro para a acumulação da rqueza. O resulado negavo do parâmero da escolardade superor se explca pelo fao da amosra conssr de países desenvolvdos, em desenvolvmeno e subdesenvolvdos, de forma que somene o grupo de países suados próxmo da fronera era uma dsrbução das áreas de formação voladas para as avdades de novação ecnológca, como os cursos de cênca e engenhara. A formação de rabalhadores nesas áreas se defrona com uma elevada demanda nos seores de ala ecnologa conrbundo para os avanços da fronera, RODRIGUEZ, DAHLMAN E SALMI, 2008. O parâmero de neração enre escolardade prmára e secundára com a proxmdade com a fronera mosrou ser sgnfcavo e negavamene relaconado com o PIB por rabalhador. Como o ndcador de proxmdade possu um valor que vara enre 0,, valores próxmos a ndcam um efeo negavo maor na redução do PIB por rabalhador. Desa forma, a educação prmára e secundára perde mporânca para as economas suadas próxmas da fronera. O ajusameno do modelo apresenou elevada sgnfcânca no poder de explcação R 2 = 0,9753 e R 2 ajusado = 0,9695. O méodo de efeos fxos 2 apresena resulados smlares ao, apenas com a fala de sgnfcânca do parâmero a - *U -. Enreano a sgnfcânca do modelo anda é consderada elevada, mesmo sem nclur os efeos fxos de empo R 2 = 0,9740 e R 2 -ajusado 4

= 0,9692. O ese hausman ndca que o méodo de efeos fxos é mas aconselhado em relação ao de efeos aleaóros máxma verossmlhança ese hausman: 2,8 no modelo e 36,43 no modelo 2. Nos demas méodos de esmação, efeos aleaóros e máxma verossmlhança, os snas dos parâmeros anda confrmam as hpóeses do modelo, com exceção da sgnfcânca do parâmero esmado a - *U - enreano os eses de Wald 243,44 e a razão de verossmlhança 498,82, apresenaram sgnfcânca conjuna dos parâmeros. Na abela 3, consderando como varável dependene o logarmo da PTF, a prevsão do modelo anda se confrma. TABELA 3 Esmavas do modelo segundo os países da amosra. a - U - S - a - *S - a - *U - Varável Dependene: lnptf ; =960-2007 Efeos Fxos Efeos Fxos 2 Efeos Aleaóros 2,08004*,80644*,8289* 0,47773 0,46254 0,43457 0,337908* 0,742867* 0,53353* 0,02606 0,0839 0,0860-0,2222788** -0,409-0,0800 0,02 0,09406 0,09947 0,2708823*** 0,3807678* 0,4757277* 0,4078 0,3496 0,424-0,072744*** -0,0255 0,00262 0,03955 0,03456 0,03495 Efeos Fxos --- Países sm sm - Esa F 70,4690 68,564 - Prob F 0,0000 0,0000 - --- Ano sm não - Esa F 20,400 - - Prob F 0,0000 - - Wald Tese - χ 2 - - 90,6700 Prob χ 2 - - 0,0000 R 2 0,9803 0,9790 - R 2 - Ajusado 0,9757 0,975 - Tese Hausman - χ 2 29,7900 29,3700 - Prob χ 2 0,0000 0,0000 - Noa: Os aserscos *,**,***, correspondem respecvamene à sgnfcânca dos parâmeros aos níves de %, 5% e 0%. Os valores em álco e negro correspondem às esmavas de erro-padrão dos parâmeros. Elaboração dos auores. Os méodos de efeos fxos e 2 apresenam parâmeros sgnfcavos o méodo apresena sgnfcânca em odos os parâmeros; no méodo 2 os parâmeros a - *U - e S - não apresenam sgnfcânca e com elevado poder de explcação R 2 = 0,98033 e R 2 ajusado = 0,9757 no modelo e R 2 = 0,9790 e R 2 ajusado = 0,975 no modelo 2. As esaíscas de hausman mosram que a perurbação esocásca é correlaconada com a marz de varáves explanaóras 29,79 méodo e 29,37 no méodo 2. No méodo de efeos aleaóros, exse uma perda sgnfcânca do parâmero a - *U - ; enreano, a sgnfcânca conjuna dos parâmeros é preservada ese Wald = 90,67. Comparando os efeos ln PTF cumulavos da educação superor = 3 + 4 * a, podemos dsngur o grupo de países, S conforme o grau de proxmdade com a fronera, que se benefcam com o aumeno da escolardade do 5

ensno superor. Tomando os valores líqudos posvos, ou seja, 3 3 + 4 * a > 0 a >, os países 4 com proxmdade superor a 82% Efeos Fxos endem a apresenar reornos posvos com o aumeno da escolardade 7% para Efeos Fxos 2 e 23% para Efeos aleaóros. Foram realzadas esmavas baseados no méodo de esmação por varáves nsrumenas, conforme a Tabela,cujos resulados corroboram aqueles apresenados nas Tabelas 2 e 3 acma. No méodo apresenado nas Tabelas acma, efeos fxos com componene do empo, a axa de progresso ecnológco crescmeno da PTF em mpaco posvo no crescmeno do PIB por rabalhador parâmero sgnfcavo a %. Um aumeno de 0% na axa de progresso écnco aumena, em méda, de 2,7% a 2,30% o PIB/rabalhador. O crescmeno da escolardade do ensno superor em efeo aumenador do crescmeno para as economas que ncaram próxmas da fronera, no período -. 0. No segundo méodo de efeos fxos, os parâmeros são sgnfcavos a % e 5%, desacando o efeo negavo do crescmeno da escolardade prmára e secundára no crescmeno das economas avançadas suadas próxmas da fronera no período -.. As esmavas dos parâmeros das varáves de proxmdade com fronera e crescmeno da escolardade superor, a - *gs, apresenaram dsorções vsíves enre os méodos de efeos fxos 0,0253 EF e varáves nsrumenas 0,2576286 IV- 2SLS/EF. No prmero méodo, um aumeno de 0% na escolardade do ensno superor para as economas suadas a 80% de proxmdade com a fronera conrbu para um crescmeno médo de 0,7%. Esa esmava é subesmada ao se compara com o méodo de varáves nsrumenas, cujo mesmo aumeno de escolardade ao mesmo posconameno ecnológco, conrbu para um crescmeno no PIB/rabalhador de aproxmadamene 2,06% ao período. Na esmava de efeos aleaóros, o parâmero esmado da varável a - *gs apresenou sgnfcânca esaísca a 5% e com snal posvo o crescmeno da escolardade superor esmula o crescmeno do PIB por rabalhador das economas mas avançadas próxmas da fronera. 2 5. CONCLUSÕES Ese esudo propôs uma reformulação eórca e empírca dos canas de geração do crescmeno por meo da composção do capal humano. Aualmene, exsem város esudos que comprovam a relação drea enre educação e crescmeno. Conudo, esa relação pode oferecer uma dfícl arefa ao nvesgador na deermnação dos reas efeos do capal humano no crescmeno. O modelo eórco conssu na apresenação da dcooma do capal humano a dvsão do esoque enre faor qualfcado e não-qualfcado e da nclusão dos ncenvos às esraégas de novação ou mação das frmas. As economas mas afasadas da fronera apresenam uma relava dfculdade na adoção de esraégas de novação e, por esa razão, a mação pode oferecer grandes resulados econômcos. Enreano, a perssênca de as polícas à longo prazo pode compromeer a rajeóra ecnológca, conduzndo as economas em dreção a uma armadlha da não-convergênca. Na armadlha, elevados cusos de oporundade à novação podem enrjecer a demanda por compeêncas com ala qualfcação, crando uma esruura com baxa absorção para ese faor. 0 Os efeos fxos de empo apresenaram sgnfcânca esaísca a % F 5,6760. O ajusameno do modelo mosrou ser elevado e com qualdade R 2 = 0,8946 e R 2 -ajusado = 0,8777. O ese de Hausman χ 2 = 38,65 revela que a hpóese nula é rejeada, o méodo de efeos fxos apresena ser conssene em relação ao esmador de efeos aleaóros. O modelo apresenou um fore ajusameno R 2 = 0,9296 e R 2 -ajusado = 0,962. O ese Hausman χ 2 = 47,89 novamene confrma a nconssênca do esmador de efeos aleaóros. 2 A elevada sgnfcânca do ese Wald revela a sgnfcânca conjuna dos parâmeros sgnfcavamene dferenes de zero a %, χ 2 = 503,67. As esmavas de máxma verossmlhança apresenam resulados smlares com a exceção da sgnfcânca do parâmero da varável a - *gs. Enreano, o ese da razão de verossmlhança revela que os parâmeros são esascamene dferenes de zero χ 2 = 559,34 ; sgnfcânca a %. 6

Para esar as hpóeses, o modelo empírco apresenou váras meodologas de esmação com dados em panel, desacando, efeos fxos, aleaóros, máxma verossmlhança e varáves nsrumenas. As prmeras esmavas revelam que os anos de escolardade da educação prmára e secundára conrbuem para a acumulação do PIB por rabalhador e da PTF nas economas que ncalmene esveram mas afasadas da fronera ecnológca. Os parâmeros esmados apresenaram sgnfcânca esaísca e com snas esperados pela hpóese da nvesgação em cada méodo de esmação os parâmeros esmados das varáves de neração a*u apresenaram snas negavos.. Já os anos de escolardade do ensno superor ercáro êm um efeo aumenador do PIB por rabalhador e da PTF nas economas mas próxmas da fronera. Nese mesmo sendo, as esmavas dos parâmeros de neração com a proxmdade da fronera apresenaram sgnfcânca esaísca e com snas esperados conforme as hpóeses da ese em cada méodo de esmação os parâmeros esmados das varáves de neração a*s apresenaram snas posvos. Nos méodos de efeos fxos, aleaóros e máxma verossmlhança, a sgnfcânca esaísca dos parâmeros é alcançada junamene com a coerênca dos snas parâmero posvo em odos os méodos de esmação. Consderando os méodos de varáves nsrumenas, a sgnfcânca e o sendo de mpaco da educação superor na acumulação do PIB por rabalhador e na PTF anda são preservados. 3. Eses resulados confrmam as hpóeses de um crescmeno dferencado da vznhança da fronera, mosrando que a concepção dos dferenes pos de capal humano e eságos de desenvolvmeno podem afear o crescmeno relavo das economas. No modelo com as funções de crescmeno, que não foram apresenados nos resulados o aumeno da escolardade superor conrbu para um maor crescmeno do PIB por rabalhador nas economas mas avançadas e próxmas da fronera. Enreano, o aumeno da escolardade básca, medda pelo nível educaconal prmáro/secundáro, conrbu mas para o crescmeno das economas mas afasadas da fronera. Para as duas funções de crescmeno consderando o crescmeno do PIB por rabalhador e a PTF, em odos os méodos de esmação efeos fxos, aleaóros e de máxma verossmlhança os parâmeros sasfazem as hpóeses e apresenam fore sgnfcânca no modelo. A mporane consderação é que os resulados dese rabalho comprovam as conjecuras levanadas por ouros esudos, como Vandenbussche, Aghon e Meghr 2006 e Aghon, Bousan, Hoxby, e Vandenbussche 2009, Rocha e Slvera 2009, Coad 20 e Ang, Madsen e Islam 20. Os nvesmenos em educação devem ser alocados conforme as necessdades de cada economa, dagnoscando a sua real nfluênca e propondo arranjos conecados com uma políca ndusral demanda. Ese planejameno eva a aplcação de modelos desconexos com a realdade de cada país. REFERÊNCIAS ACEMOGLU, D.; AGHION, P.; ZILIBOTTI, F. 2002 "Dsance o Froner, Selecon and Economc Growh", Journal of he European Economc Assocaon, March, 4:37 74. AGHION, P.; BOUSTAN, L.; HOXBY, C; VANDENBUSSCHE, J. 2009 The Causal Impac of Educaon on Economc Growh: Evdence from Uned Saes Brookngs Papers on Economc Acvy, Aprl 2009 Conference.. 2007 Explong Saes Msakes o Idenfy he Causal Impac of Hgher Educaon on Growh. Harvard Unversy, mmeo. AGHION, P.; HOWITT, P. 2009 The Economcs Of Growh. Cambrdge, MA: MIT Press. 3 Os parâmeros esmados por varáves nsrumenas apresenaram sgnfcânca esaísca e com snas esperados. Os eses de poso ndcaram uma relevânca dos nsrumenos, segudos de ese de exogenedade Sargan e de endogenedade, cujos resulados não foram apresenados por fala de espaço. 7

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