Impacto da Educação Defasada sobre a Criminalidade no Brasil:

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1 1 Impaco da Educação Defasada sobre a Crmnaldade no Brasl: Evandro Camargos Texera Ana Lúca Kassouf Seembro, 2011 Workng Paper 010 Todos os dreos reservados. É probda a reprodução parcal ou negral do coneúdo dese documeno por qualquer meo de dsrbução, dgal ou mpresso, sem a expressa auorzação do REAP ou de seu auor.

2 2 IMPACTO DA EDUCAÇÃO DEFASADA SOBRE A CRIMINALIDADE NO BRASIL: Evandro Camargos Texera Ana Lúca Kassouf Evandro Camargos Texera Unversdade Federal de Ouro Preo Insuo de Cêncas Socas Aplcadas (ICSA) Rua do Caee, nº166 Cenro Marana, MG Brasl Ana Lúca Kassouf Escola Superor de Agrculura Luz de Queroz (ESALQ) Av. Pádua Das, nº11 Caxa Posal 132 Agronoma Praccaba, SP - Brasl

3 3 IMPACTO DA EDUCAÇÃO DEFASADA SOBRE A CRIMINALIDADE NO BRASIL: RESUMO Evandro Camargos Texera Ana Lúca Kassouf O objevo desse argo é analsar o mpaco da axa de abandono escolar dos alunos da prmera sére do ensno médo, defasada em um período, sobre a axa de homcídos nos esados brasleros enre os anos de 2001 e Para angr al objevo fo ulzado o esmador generalzado de momenos em ssema (GMM-SYS), a fm de corrgr a já conhecda endogenedade exsene enre crmnaldade e educação. Os resulados demonsram que a elevação na axa de abandono escolar aumena a axa de homcídos um ano mas arde. Assm, pode-se dzer que provavelmene os jovens se defronam com dversos problemas nesse período de um ano, o que explca a elevação da crmnaldade, as como: desemprego, nfluênca negava de gangues e baxos saláros no mercado de rabalho formal. Palavras-chave: Educação defasada; Crme; Economa ABSTRACT The am of hs paper s o analyze he mpac of he dropou rae of sudens n frs grade of secondary school, lagged one perod, on he homcde rae n he Brazlan saes beween 2001 and To acheve hs goal we used he generalzed momens esmaor n sysem (GMM-SYS) n order o fx he well known endogeney beween crme and educaon. The resuls show ha hgher dropou rae ncreases he rae of homcdes a year laer. Thus, one can say ha probably young people are faced wh several problems durng hs perod of one year, whch explans he ncrease n crme, such as unemploymen, negave nfluence of gangs and low wages n he formal labor marke. Keywords: Lagged educaon; Crme; Economcs Jel Classfcaon: I2, K Inrodução A leraura mas recene 1 em enfazado que a educação é um mporane deermnane da crmnaldade. Segundo Lochner (2007), a educação afea o crme de quaro formas dsnas: 1 Ver Usher (1997), Lochner (1999), Lochner (2004), Lochner e More (2004).

4 4. a educação aumena os saláros fuuros, o que eleva os cusos de oporundade do crme;. a educação pode afear dreamene os reornos fnanceros ou psíqucos do crme;. a educação pode alerar preferêncas em relação ao rsco; v. a educação pode afear redes socas ou grupos de ndvíduos. A prmera forma aponada pela qual a educação mpaca sobre a crmnaldade va ao enconro do modelo eórco desenvolvdo por Becker (1968). Assm, quano maor a escolardade de um ndvíduo, mas elevado ende a ser o seu saláro no mercado líco. Essa elevação no nível salaral aumena os cusos de oporundade do crme e ende a reduzr a avdade crmnal pós-escola. De modo mas específco, os saláros mas elevados aumenam os cusos de oporundade de crme de duas formas dsnas. Prmero, consderando que o crme pode requerer empo para ser comedo, al período não poderá ser ulzado para ouros propósos produvos, como o rabalho (aqu, é fea referênca a odo o empo envolvdo no planejameno e execução de um crme). Segundo, cada crme comedo requer um período esperado de encarcerameno, que é mas cusoso para ndvíduos com maores habldades e saláros no mercado de rabalho formal. Todava, de acordo com Lochner (2004), essa eora se aplca apenas aos crmes que exgem pouca habldade por pare do nfraor (crmes desqualfcados ), e, porano, menos empo para seu planejameno e execução, como geralmene é o caso do homcído. Por ouro lado, crmes conra a propredade que exgem mas habldade (crmes qualfcados ) como, por exemplo, o eselonao, o ráfco de drogas, e os crmes de colarnho branco, são geralmene lucravos, o que jusfca o fao de pessoas com maor nsrução apresenarem probabldade mas elevada de auar nessa avdade líca. Além dsso, ndvíduos com mas escolardade êm menor probabldade de nsucesso no crme, pos eorcamene são mas efcenes (LOCHNER, 2007). Além de afear o cuso de oporundade, a educação, conforme defnção de Usher (1997), possu um efeo não mercado, que afea as preferêncas dos ndvíduos. Ese é denomnado pelo auor como efeo de cvlzação", que ende a reduzr a crmnaldade. Nesse sendo, segundo Olvera (2005), a escola assume um papel fundamenal na formação de valores moras, pos é na escola que muas vezes o ndvíduo começa a neragr e er relaconamenos fora de sua famíla. Nesse conexo, os professores, assm como os pas, podem assumr o papel de ransmssão de valores moras, que serão mporanes na consrução dos valores própros da crança. A educação pode anda ensnar os ndvíduos a serem mas pacenes, o que desencorajará o crme, desde que os ndvíduos deem maor peso a qualquer punção esperada com suas avdades crmnas e que o encarcerameno seja demorado. A educação ambém pode afear preferêncas dane do rsco. Quano maor a escolardade de um ndvíduo, mas elevada é sua aversão ao rsco, o que desencoraja o ao crmnoso. Por ouro lado, uma pessoa com menos escolardade ende a ser mas propensa ao rsco, já que o reorno fnancero da avdade líca é maor. Os grupos ou redes socas ambém podem ser mporanes deermnanes do crme e do desempenho educaconal. Jovens que dessem da escola podem ser nfluencados por grupos mas perversos, o que pode exacerbar alguma endênca de se engajar no crme. Smlarmene, jovens que se unem em gangues ou que engajam na crmnaldade podem ser encorajados a dexar a escola pelos seus respecvos grupos (LOCHNER, 2007). No Brasl, não exse nenhum rabalho que explore especfcamene o mpaco do nível de escolardade sobre o crme. Com o objevo de preencher essa lacuna na leraura, ese esudo em como objevo analsar o mpaco da educação defasada sobre a crmnaldade nos esados brasleros enre 2001 e Para al, o presene argo esá dvddo em mas quaro

5 seções, além dessa nrodução. Na próxma seção será apresenada a revsão de leraura que concerne o mesmo. Em seguda, é esabelecdo o modelo eórco que servrá de base para a análse empírca, assm como o méodo e as varáves a serem ulzadas no rabalho. Em seguda serão apresenados os prncpas resulados do modelo esmado. Por fm, são apresenadas as consderações fnas. 2.2 Revsão de leraura Como já salenado, poucos rabalhos êm analsado a relação enre educação e crme. Lochner (2004) desenvolveu um modelo eórco, no qual o nvesmeno em capal humano aumena o cuso de oporundade do crme e os cusos esperados assocados com a prsão. Nesse sendo, educação e renameno no rabalho elevam os níves de capal humano e as axas salaras no mercado, o que aumena os cusos de planejameno e engajameno no crme. Para crmes que requerem pouca habldade (crmes desqualfcados ), o modelo sugere que dade e educação devem ser negavamene correlaconadas com a crmnaldade. Por sua vez, delos conra a propredade, que demandam mas habldade por pare dos nfraores (crmes qualfcados ), como o eselonao e a corrupção, êm uma relação posva com a escolardade. Como será vso abaxo, a grande maora dos esudos confrma a eora preconzada por Lochner (2004). O prmero auor a enfazar a relação enre educação e crme fo Ehrlch (1975), que enconrou uma relação sgnfcava e posva enre o número médo de anos compleos na escola pela população adula (acma de 25 anos) e crmes comedos conra a propredade, nos Esados Undos, em Alguns anos depos, Tauchen e We (1994) corroboraram com os resulados de Ehrlch (1975) ao conclur que os jovens que esão no mercado de rabalho formal ou que frequenam a escola apresenam menor probabldade de se engajar no mundo do crme. Cnco anos mas arde, Lochner (1999) ulzou um modelo de dos períodos para verfcar algumas relações dnâmcas enre educação, rabalho e crme. Em seu rabalho, o auor enfazou o papel da acumulação de capal humano sobre o comporameno crmnoso. Os resulados economércos confrmaram que o fao de um ndvíduo ermnar o segundo grau dmnu sua propensão ao crme. Quaro anos depos, Jacob e Lefgren (2003) exploraram os efeos da frequênca escolar sobre as axas de crme juvens. Para denfcar as efeos, os auores compararam essencalmene as axas de crme juvenl local em das quando escola não esá funconando aos das em que ela esá em funconameno. Os resulados sugerem que a freqüênca escolar reduz o crme conra a propredade e aumena o crme conra a pessoa. Lochner e More (2004) esmaram o efeo da educação sobre a parcpação em avdades crmnas, conrolando a endogenedade 2 aravés da ulzação das les esaduas de obrgaoredade de esudo como varável nsrumenal. Os resulados obdos permem aos auores conclur que a escolardade reduz sgnfcavamene a avdade crmnal. Segundo Lochner e More (2004), para pessoas brancas, nos Esados Undos, o ensno secundáro reduz a probabldade de um ndvíduo ser preso em 0,76%. Para pessoas negras, o efeo negavo da obenção do ensno médo é mas elevado: 3,4%. No Brasl, como já salenado, não exsem rabalhos aé o momeno que analsem o mpaco específco da educação sobre o crme. Nos rabalhos já realzados, a varável educação, geralmene, aparece como conrole na esmação dos deermnanes da crmnaldade. Um exemplo é o esudo de Araújo Junor e Fajnzylber (2000). Os auores analsaram os deermnanes das axas de crme nas mcrorregões mneras. Ulzando dados 2 Crmnaldade e educação possuem uma provável relação de endogenedade. Porém, poucos rabalhos enaram conornar esse problema. 5

6 6 da Políca Mlar de Mnas Geras e do Mnséro da Saúde (para homcídos) Araújo Junor e Fajnzylber (2000) demonsraram que a educação esá negavamene relaconada à ncdênca de crmes conra a pessoa, mas posvamene assocada a crmes conra a propredade. Carnero e Fajnzylber (2001) esmaram os deermnanes da vmzação, ulzando mcrodados de váras pesqusas dferenes. Os auores apresenaram as endêncas longudnas da crmnaldade nas regões meropolanas do Ro de Janero e São Paulo, além de esmar os deermnanes demográfcos, econômcos e socas das axas de rsco ndvduas de vmzação usando modelos Log. Os auores concluíram que ndvíduos com baxa escolardade apresenam maores rscos de vmzação em crmes não-economcamene movados e menores rscos naqueles com movação econômca. Kume (2004) esmou um panel dnâmco para esados brasleros enre com o nuo de analsar os deermnanes da axa de crmnaldade braslera. Como medda para educação, o auor ulzou o número médo de anos de esudo para população a parr dos 25 anos de dade. Kume (2004) concluu que um ano a mas de esudo pode provocar uma queda de 6% na axa de homcídos no curo prazo e de, aproxmadamene, 12% no longo prazo. Lemos e al. (2005) nvesgaram os deermnanes socoeconômcos das axas de homcído e de crmes conra o parmôno no muncípo de Aracaju. Os auores ulzaram como uma de suas varáves explcavas o percenual de responsáves pelos domcílos com aé rês anos de esudo. Os resulados demonsraram que quano mas elevado esse percenual, maores serão as axas de crme conra o parmôno. Esse ndcador de escolardade ulzado pelos auores, junamene com as varáves concenração de renda, caraceríscas da nfraesruura exsene nos barros, baxa densdade demográfca, e a menor parcpação dos jovens no oal da população, explcam aproxmadamene 90% da varação na axa de crmes conra o parmôno. No caso do modelo de crmes conra a pessoa, a maor pare das varáves não apresenou um efeo esascamene sgnfcavo sobre a axa de homcídos. No mesmo ano, Olvera (2005) ulzou em seu rabalho dados longudnas de odas as cdades brasleras. O auor concluu que a nefcênca do ensno básco apresena uma relação drea com a axa de homcídos, ou seja, quano maor a nefcênca mas elevada será essa axa. Um ano mas arde, Harung (2006) analsou a nfluênca de faores demográfcos de 1980 sobre a crmnaldade no ano Usando dados dos muncípos de São Paulo, o auor ulzou a varável educação como conrole, sendo a mesma represenada pela méda de escolardade da população com mas de 15 anos. Os resulados denoam que para furos, uma avdade crmnosa de execução bem menos complexa, o coefcene é negavo. Porém, a educação méda apresena um efeo posvo para os crmes de fraude e eselonao, que exgem mas habldade por pare do nfraor. Lourero e Carvalho Junor (2007) esmaram o mpaco dos gasos em segurança públca e asssênca socal sobre a crmnaldade nos esados brasleros para o período Os auores ulzaram como ndcador de educação a méda de anos de esudo da população dos esados. De modo geral, os resulados demonsraram que a varável de educação apresena um efeo negavo sobre os homcídos e roubos, e um efeo posvo sobre crmes como furo e seqüesro. Resende (2007) explorou a relação enre desgualdade de renda e crmnaldade para os muncípos brasleros em 2004 e ulzou como uma de suas varáves de conrole o percenual de adolescenes freqüenando a escola. O auor concluu que a axa de homcídos nas grandes cdades brasleras decresce à medda que o número de adolescenes enre 15 e 17 anos, que freqüenam a escola, aumena.

7 7 2.3 Referencal eórco e meodologa O modelo de capal humano do crme O modelo eórco que servrá de base para o presene esudo é o de Lochner (2004). O auor desenvolveu um modelo eórco que deermna a alocação óma do empo dos ndvíduos em rabalhar, comeer crmes, e fazer nvesmenos em capal humano. Se eles se engajam na crmnaldade se defronam com uma probabldade fuura de encarcerameno. Se presos, eles êm um nível mínmo de consumo e não podem nvesr, rabalhar ou enrar no mundo do crme novamene, aé que sejam lberados. Lochner (2004) defne que os ndvíduos êm doações ncas de capal humano, H 0, habldade de aprendzagem, A, e habldade crmnal, θ. Nos prmeros T anos de vda, os ndvíduos podem opar por rabalhar, se engajar em avdades crmnosas, ou nvesr em suas habldades, al que H denoa a habldade no período, I represena o nvesmeno em habldade, e k é o empo gaso comeendo crmes. Se o ndvíduo esá rabalhando, ele recebe onde w H por undade de empo gaso, w denoa a axa de aluguel após a dedução dos mposos ou preço do capal humano, e é um ermo de erro ndependene e dencamene dsrbuído com méda zero, varânca consane e covarânca em dferenes períodos de empo gual a zero. A equação de acumulação do esoque de capal é dada por: H 1 H f ( I ; H ; A) (1) Onde f ( I ; H; A) é crescene e côncava em cada um de seus argumenos. Assume-se que educação e renameno no rabalho são as prncpas formas de nvesmeno em capal humano. Uma suposção mporane no modelo é que quano maor a habldade de aprendzagem, mas elevado é o reorno sobre o nvesmeno no renameno do rabalho, al f que 0. Há ambém cusos dreos relaconados ao nvesmeno, que são represenados AI por. O reorno líqudo de se comeer crme é dado por Nk, H,,, onde é um dsúrbo com méda zero aos reornos crmnas, al que cov, 0 para j. Supõe-se que esa função seja esramene crescene e côncava em k e, e não decrescene em H. Além dsso, crmnosos com mas habldade êm maor reorno em suas avdades crmnas 2 N ( 0), assm como o empo gaso no crme se orna mas produvo com um choque k 2 N ecnológco favorável ( 0). k Uma suposção mporane do modelo é a de que ndvíduos que se engajam no crme podem ser encarcerados com uma probabldade π(k ) (onde π(0) = 0, π(h ) 1, π (k) > 0). Se presos, os ndvíduos pagam uma penaldade F. Uma vez condenados, eles êm que passar J anos na prsão consumndo c a cada ano. Durane os anos de prsão, as habldades se deprecam a uma axa 0,1 ao ano. As varáves de esado para quem não esá preso ncluem seu capal humano (H ) e os,, al que a função de valor esperada condconada para choques correnes - ndvíduos lvres é dada por V H j,. No caso dos ndvíduos que esão presos não há

8 8 decsões a serem omadas e para eles os choques são rrelevanes. Consequenemene, esses ndvíduos êm uma função de valor esperada na forma H. Nesse sendo, o problema dos ndvíduos lvres é maxmzar os rendmenos durane o cclo de vda (com o parâmero de descono de empo 0 1), decdndo quano empo gasar em avdades de nvesmeno na habldade, rabalho e comeendo crmes. De acordo com a equação de Bellman: V ( H, ) max I K w H h I k Nk, H,, I k F k 1 k EV H,, (2) Sujeo à equação de acumulação de capal (1) e às segunes resrções: I, k 0 e 0 I k h, para. (3) A função valor para o ndvíduo que acaba de enrar na prsão é dada por: J 1 j0 J H V V H 1 Onde a consane: J J J, J c EV H 1, (4) j J x1, x 1 (5) 1 Enre os períodos T + 1 e T, o período de fnal da vda, os ndvíduos recebem cera renda que é proporconal aos seus esoques de capal humano ( é o faor de proporconaldade); desde que eles não esejam presos. O período T pode ser enenddo como a dade de aposenadora, onde se pressupõe que os ndvíduos não nvesem em habldade e nem comeem crme. Oura suposção realzada é a de que os ndvíduos não morrem aé que cumpram suas senenças compleas, o que pode ser formalmene denoado como T T J. Assm, a função de valor para alguém que não esá preso e que já passou da dade de aposenadora é dada por: Onde, x V ( H ) T 1 j0 J J J H, T H (6) é defndo pela equação (5). É mporane enfazar que o saláro e os choques na avdade crmnal esão ausenes da equação (6) porque não em mporânca após a aposenadora. A condção de prmera ordem em relação aos nvesmenos dos ndvíduos que esão lvres é dada por: w H E V 1 H 1, 1 f k ' 1 1 k (7) H 1 I

9 Aravés da equação (7) é possível verfcar que al condção requer que o cuso margnal do nvesmeno no lado esquerdo (saláro que se dexa de ganhar mas qualquer cuso dreo de nvesmeno) deve ser gual ao valor margnal do nvesmeno (que depende do produo margnal do nvesmeno e da probabldade de prsão). O valor margnal do capal humano para alguém que não esá preso é dado pelas condções de envelope: V H, H w h I k N H E V 1 H 1, 1 f k ' 1 H 1 1 k 1 (8) H 1 H A condção de prmera ordem para o crme é dada por: 9 N k, H k,, w ' k F ' k E V H H 1 1, (9) A equação (9) mosra o equlíbro enre o reorno correne do crme e a renda poencal renuncada no rabalho legal, mulas e rendmenos fuuros perddos por uma maor probabldade de apreensão. O nível de capal humano (deermnado pelos nvesmenos passados e doações ncas) desencoraja crmes ao aumenar o cuso de oporundade dreo do empo e cusos ndreos aravés das perdas poencas assocadas com a prsão. O capal humano ambém pode fazer dos ndvíduos melhores crmnosos, o que encoraja o crme. O balanço dessas forças deermnará como as decsões crmnas dependerão das escolhas de nvesmeno no passado. O auor consderou dos casos para os reornos crmnas em relação à habldade. Na méda, ndvíduos que comeem crmes volenos são mas jovens, êm menos habldades, e adqurem pouca educação formal. Por ouro lado, os reornos a alguns crmes conra a propredade (como, por exemplo, crmes de colarnho branco ) parecem depender mas dos níves de habldade do mercado. Porano, dsngu-se enre crmes desqualfcados (como o homcído, por N exemplo), onde se pressupõe que 0 e crmes de colarnho branco (crmes H 2 N N qualfcados ), onde se espera que 0 e 0. H Hk Nesse conexo, pode-se pergunar: como as caraceríscas ndvduas (A, H 0, θ) nfluencam a decsão de comeer crme? Habldade de aprendzagem, A, nfluenca conssenemene o crme aravés dos nvesmenos passados e seus efeos nos níves de habldade correnes - ndvíduos mas capazes geralmene nvesem mas em suas habldades e acumulam mas habldades por undades de nvesmeno. Habldade de aprendzagem ambém afea o cuso de aprsonameno aravés da forma pela qual ela deermna a renda esperada fuura. Assm, ndvíduos mas capazes possvelmene comeem menos crmes desqualfcados em dades mas elevadas, porque eles erão acumulado mas capal humano. Por sua vez, ndvíduos mas jovens e mas capazes devem comeer menos crme (que os menos capazes) porque a prsão é mas cusosa do que a produvdade margnal de oporundades de aprendzagem perddas. Como as dferenças nas habldades enderão a perssr com o passar do empo de um coore, ndvíduos que começam a vda com mas capal humano (H 0 ) enderão a comeer

10 10 menos crmes desqualfcados em odas as dades. Por ouro lado, a habldade crmnal (θ) afea dreamene os reornos do crme. Ceers parbus 3, os ndvíduos com maor θ apresenam propensão mas elevada em se engajar em avdades crmnas em qualquer dade, dado o maor reorno margnal do crme. Assm, faores que refleem maores valores para A e H 0 e menores valores para θ devem ser negavamene correlaconados com crmes desqualfcados. Todas essas relações podem mudar compleamene quando se raa de crmes qualfcados, como o de colarnho branco. Análse empírca Para especfcar um modelo empírco a ser esmado, Lochner (2004), ncalmene, consdera que a função de reorno para avdades crmnas é quadráca: N (10) 2 2 k H,, k H k k A função lnear de apreensão é dada por:, k k (11) A condção de prmera ordem do crme especfcada em (9) dz que o ndvíduo se engaja em avdades crmnas (k > 0) se e somene se: w H F FEV H H (12) 1 1, Supõe-se ambém que A AZ A, H0 H Z H, e Z, onde Z é um veor de caraceríscas observáves do ndvíduo e os ermos j denoam deermnanes não observáves das rês doações. Além dsso, pressupõe-se que o esoque de capal humano no período possa ser aproxmado pela segune função lnear: H S, A,, H S 3A 4H0 5 S A 4 H 5 3A 4H 5 Z (13) Onde S represena os anos de esudo, al que o nvesmeno é refledo ano nos anos de aqusção de esudo como na dade, que denoa a experênca. A eora sugere que os quaro prmeros coefcenes devem ser posvos enquano que o quno é negavo. Fnalmene, supõe-se que o cuso esperado de encarcerameno é lnear no esoque de capal humano e na duração da senença (J ), denro de um âmbo ndvdual, al que: V, 1H, 1,, 1, 1H, 1 0 1H, 1 J E 2 (14) 3 Tudo permanecendo consane.

11 11 A eora sugere ambém que 1, 2 0, que demonsra o efeo da duração da senença sobre os cusos explícos de condenação e que os ndvíduos podem se defronar com dversas formas de condenação, dependendo de onde vvem. Além dsso, pressupondo-se que w = w para qualquer, chega-se à segune regra de decsão para o crme: um ndvíduo com dade se engajará no crme se e somene se: F J 0 S Z (15) Onde: 1 1 w (16) w (17) A 4 H 5 w (18) (19) 0 w 1 3 A 4 H 5 As formas reduzdas dos parâmeros represenam os efeos causas da dade, escolardade, e caraceríscas socoeconômcas ndvduas sobre a parcpação crmnal aravés de seus efeos no esoque de capal humano e cuso esperado de encarcerameno. Se o capal humano possbla um maor reorno no mercado de rabalho formal do que no crme, a eora predz enão que w >. Nesse caso, o modelo eórco mplca que a parcpação crmnal dmnu com dade e educação ( 1, 2 < 0). O snal do coefcene em Z (educação dos pas e caraceríscas socoeconômcas locas) dependerá da força relava de cada uma das caraceríscas do ndvíduo na deermnação das doações A, H 0, e θ; bem como da força relava das mesmas em deermnar dferenes níves de capal humano. Com dados rcos em meddas ndvduas de habldade, background famlar, e ambene, pode-se capar as varações em A, H 0, e θ com caraceríscas observáves Z. Nesse caso, sera possível esmar a equação (9), ulzando um prob ou log, supondo-se que ε e n são normalmene dsrbuídos. Isso mplca que Ey x 0 1 2S 3Z F 2J, onde x é o veor de varáves explcavas e y = 1 se o ndvíduo comee algum crme e 0 caso conráro. Porano, o modelo eórco de Lochner (2004), que serve de base para a esmação do modelo empírco ulzado nesse esudo, oma como base as caraceríscas socoeconômcas ndvduas. Porém, como salenado por Araújo Junor e Fajnzylber (2001), a grande maora das pesqusas empírcas na leraura econômca do crme, nclundo o presene rabalho, fo consruída a parr de uma esruura de dados agregados por regão, em função da ndsponbldade de dados ndvduas. Os auores afrmam que essa esraéga possu o cuso de nroduzr a hpóese de que o crmnoso aua na mesma regão em que resde. No enano, a ulzação dessa hpóese mplca na exsênca de um dlema. Quano menor for a undade geográfca em consderação, mas mprovável ende a ser essa hpóese. Quano maor for essa regão, mas nformações se perdem ao se ulzar médas agregadas. Enreano, apesar das crícas feas aos esudos que empregam dados agregados, seus resulados êm nfluencado a formulação de polícas públcas voladas à redução da crmnaldade (CORNWELL; TRUMBULL, 1973) Meodologa

12 12 Para analsar a relação enre educação e crmnaldade, serão ulzados dados em panel para os esados brasleros enre 2001 e Sanos e Kassouf (2007) afrmam que em análses econômcas e empírcas da crmnaldade, a melhor alernava é ulzar dados em panel. Nesse caso, além da possbldade de explorar ano a dmensão emporal quano a espacal dos dados, a heerogenedade não-observável enre os esados pode ser conrolada. Nesse sendo, a equação que represena a relação enre educação e crmnaldade é especfcada da segune forma 4 : crme x' z ' (20) Onde Crme é a axa de homcídos por habanes por esado do país, x corresponde às k varáves de conrole por esado, z, é a heerogenedade ou efeo ndvdual de cada esado, e é o ermo de erro do modelo. Nesse esudo, o homcído fo escolhdo para ser o ndcador de crmnaldade em função de seu baxo sub-regsro. De acordo com Fajnzylber e Araújo Junor (2001), o subregsro é relavamene pequeno por mplcar em perda de vda humana. Um homcído não regsrado é em conseqüênca, denre ouros movos, do fao de que nem odas as mores consderadas homcídos nenconas são correamene classfcadas e algumas mores não são smplesmene reporadas. A fone dessa esaísca é o Ssema de Informações sobre Moraldade - SIM 5 (BRASIL, 2009a). Segundo Carnero e Fajnzylber (2001), no caso de homcídos, há pelo menos quaro fores razões para se preferr as axas calculadas com base nos dados do SIM:. seus dados e procedmenos são públcos;. seguem créros nernaconas, no caso os da Classfcação Inernaconal de Doenças - CID;. cobrem odos os muncípos do Brasl; v. é possível er-se acesso ao banco de mcrodados. Cabe salenar que, no modelo eórco de Lochner (2004) e ambém nesse rabalho, os homcídos são classfcados como crmes desqualfcados, ou seja, que exgem pouca habldade por pare do nfraor. Exsem K varáves de conrole por esado do país em x, exclundo-se o ermo consane. São elas: educação defasada, deerrence 6, dade 1524, moraldade nfanl, desgualdade de renda, renda, e grau de urbanzação. As varáves de conrole foram seleconadas endo como base o modelo eórco de Lochner (2004), os esudos anerores, e a dsponbldade de dados no país. Assm, adequando o modelo eórco de Lochner (2004) do âmbo ndvdual para o nível agregado, as varáves explcavas ncluem, além do nível de educação, o nível médo de dade da população, e caraceríscas socoeconômcas dos esados brasleros. A segur serão apresenadas as jusfcavas para a nclusão de cada uma das varáves explcavas. 4 Baseada em Greene (2008). 5 O Ssema de Informações sobre Moraldade - SIM do DATASUS é gerdo pelo Cenro Naconal de Epdemologa - CENEPI. Traa-se de uma base de mcrodados que, aos efeos das análses sobre crme, perme calcular axas de moraldade por homcídos para qualquer nível de agregação. O SIM fo mplanado em 1975/76, mas os dados esão dsponíves com coberura naconal apenas a parr de As nformações do SIM podem ser abuladas a parr dos própros mcrodados, ou seja, exse um regsro para cada ndvíduo falecdo no Brasl, além de algumas caraceríscas compuáves do mesmo, as como o local de resdênca, dade, causa da more, e ec. 6 Varáves que denoam mpedmeno ao avanço da crmnaldade. Exemplo: gasos com segurança públca e efevo polcal.

13 A varável proxy para a educação nesse rabalho é a axa de abandono escolar dos alunos da prmera sére do ensno médo defasada em um período, que em como fone o EDUDATABRASIL (2009) - Ssema de Esaíscas Educaconas, vnculado ao Insuo Naconal de Esudos e Pesqusas Educaconas Aníso Texera - INEP. Segundo Lochner (2004), quano maor o nvesmeno em capal humano por pare de um ndvíduo, mas elevado é o seu cuso de oporundade de se engajar no mundo do crme. Nesse sendo, no caso de um crme consderado desqualfcado, como o homcído, a relação enre essa varável e a crmnaldade deve ser posva. Isso ocorre porque os adolescenes que abandonam a escola apresenam uma maor predsposção em comeer crmes, já que seus rendmenos poencas no fuuro são menores, assm como suas propensões ao rsco são mas elevadas. Além dsso, como enfazado por Lochner (2007), eles podem er dexado a escola em função da nfluênca negava de gangues ou podem ser nfluencados após abandonar as avdades acadêmcas. Cabe anda salenar que a ulzação da axa de abandono escolar dos alunos da prmera sére do ensno médo, defasada em um período, é plenamene jusfcável. De acordo com Fajnzylber, Lederman e Loaysa (1998), a relação enre crme e educação é um ano quano complexa, pos quase sempre exse um efeo defasado da educação sobre a crmnaldade, que geralmene não é levado em consderação. A dea básca é que passado um ano em que abandonou a escola, sem oporundades no mercado de rabalho, e/ou se defronando com baxos saláros no mercado de rabalho formal, o jovem resolve ngressar numa avdade líca. No enano, a relação enre crmnaldade e educação não é ão smples assm. Como desacado por Lochner e More (2004), geralmene exse um ouro problema nessa relação: a endogenedade. Por um lado, um nível maor de escolardade dmnuu a axa de crmes desqualfcados. Por ouro lado, quano maor a axa de homcídos menor será o desempenho acadêmco do aluno. Para raar desse possível problema de endogenedade serão ulzados os esmadores Generalzado de Momenos em Dferenças - GMM-DIF e Generalzado de Momenos em Ssema - GMM-SYS. Nesse rabalho, a varável nsrumenal a ser ulzada é a axa de evasão escolar dos alunos da oava sére do ensno fundamenal. Tal varável pode ser consderada um bom nsrumeno, pos aende aos pré-requsos defndos por Wooldrdge (2002): é não-correlaconada com o ermo de erro, e é (parcalmene) correlaconada com a varável consderada endógena em quesão a axa de abandono escolar dos alunos da prmera sére do ensno médo. Por sua vez, as varáves de deerrence esão quase sempre presenes na leraura econômca do crme por serem mporanes conroles da crmnaldade. Nesse esudo elas erão como proxy o gaso per capa em segurança públca por esado 7, deflaconado aravés do INPC 8 - IBGE, Reas de A pressuposção é de que quano mas elevados forem os gasos per capa com segurança públca, maor será a efcênca das avdades prevenvas e de combae ao crme. Assm, mplcamene, pressupõe-se que um maor nível de gasos em segurança eleva a probabldade de punção na medda em que possbla ano um aparao polcal mas elevado, quano uma maor qualdade écnca no combae ao crme. Porém, como dscudo por Lourero e Carvalho Junor (2007), é consenso na leraura do crme que as varáves de deerrence ambém esão geralmene sujeas à problemas de causaldade nversa com as meddas de crmnaldade. Em geral, regões com menores axas de crmnaldade endem a alocar menos recursos públcos em segurança comparavamene aquelas que esão sujeas à maor ncdênca de crmes. Além dsso, de acordo com Andrade e Lsboa (2000), é possível que a políca de segurança eseja correlaconada com ouras varáves econômcas do modelo, como, por exemplo, que regões mas rcas enham maor 7 A fone dos gasos públcos em segurança é BRASIL (2009c) e da população por esado é BRASIL (2009b). 8 Índce Naconal de Preços ao Consumdor. 13

14 14 acesso a nsrumenos efcazes de segurança. Assm como no caso da educação, com a esmação dessa relação aravés dos esmadores GMM-DIF e GMM-SYS, buscar-se-á resolver esse provável problema de endogenedade. A varável nsrumenal a ser ulzada é o própro gaso per capa em segurança públca defasado em quaro e cnco períodos. De acordo com Wooldrdge (2002), eses são bons nsrumenos, pos se uma varável for endógena no modelo, sua prmera defasagem anda pode ser correlaconada com o erro, mas é muo pouco provável que as defasagens segunes o sejam. A varável Idade 1524 represena a proporção da população enre 15 e 24 anos, endo como fone o Insuo Braslero de Geografa e Esaísca - IBGE (2001, 2002, 2003, 2004, 2005). A relação enre dade e envolvmeno em avdades crmnas é bem esabelecda no rabalho de Wlson e Hernsen (1985). Eses auores documenaram um rápdo aumeno no envolvmeno em avdades crmnas a parr dos 15 ou 16 anos. A probabldade de um ndvíduo comeer um crme connua crescendo aé os 24 anos, quando começa a dmnur lenamene. A parr dos 29 anos o envolvmeno em avdades crmnas ca bruscamene. Consequenemene, a faxa eára de anos é pare do pco da avdade crmnal de um ndvíduo. Nesse sendo, Lochner (2004) esabeleceu que quano menor a dade, mas baxo é o nvesmeno em capal humano, e consequenemene mas elevada é a probabldade de que um ndvíduo comea ou seja víma de um crme desqualfcado, como o homcído. Lochner (2004) desacou anda que as relações famlares e algumas caraceríscas socoeconômcas e locas afeam a probabldade de um ndvíduo comeer crmes, sendo uma proxy desses efeos a vulnerabldade socal. Segundo Abramovay e Pnhero (2003), a vulnerabldade socal é o resulado negavo da relação enre a dsponbldade de recursos (maeras ou smbólcos) dos aores e o acesso à esruura de oporundades socas, econômcas, culuras que provêem do esado, do mercado e da socedade cvl. Nesse rabalho, a vulnerabldade socal é represenada pela axa de moraldade nfanl. Assm, espera-se que quano mas elevada a axa de moraldade nfanl maor será a axa de homcídos. Oura varável socoeconômca de conrole é a desgualdade de renda, aqu represenada pela proporção de ndvíduos com renda equvalene aos 1% mas rcos da população, que em como fone BRASIL (2009b). Apoando-se na leraura econômca do crme e no modelo de Lochner (2004), pode-se dzer que a desgualdade de renda eleva o nível de crmnaldade, pos coloca ndvíduos com baxos reornos no mercado legal e que, porano, êm baxos cusos de oporundade, próxmos a ndvíduos com uma renda elevada, os quas, consequenemene, são vímas economcamene aravas. Assm, espera-se que um aumeno na proporção de ndvíduos com renda equvalene aos 1% mas rcos mplque em maor desgualdade de renda e, consequenemene, em um nível mas elevado de crmnaldade. A renda per capa domclar, que em como fone o IBGE (2001, 2002, 2003, 2004, 2005), é ncluída nesse rabalho como uma varável socoeconômca que caracerza o ambene onde o ndvíduo resde, conforme esabelecdo por Lochner (2004). Na leraura econômca do crme, a renda possu um efeo ambíguo sobre a crmnaldade. Isso ocorre porque esa varável esá assocada ano aos ganhos do crme, caso em que a relação sera posva, quano aos seus cusos de oporundade, caso em que sera negava. Cabe ressalar que a renda é deflaconada aravés do INPC - IBGE, Reas de Também endo como fone o IBGE (2001, 2002, 2003, 2004, 2005), o grau de urbanzação é mas uma varável explcava ncluída no modelo empírco. A hpóese é a de que os ambenes com maor aglomeração de pessoas faclam a fuga e dfculam a denfcação dos crmnosos. Além dsso, como ressalado por Glaeser, Sacerdoe e Schenkman (1996), a neração enre crmnosos e fuuros crmnosos sera maor em áreas

15 urbanas. Assm, espera-se uma relação posva enre grau de urbanzação e axa de homcídos. O modelo empírco será esmado aravés de cnco écncas dsnas: Regressão Pooled, Efeos Fxos, Efeos Aleaóros, Méodo Generalzado de Momenos em Dferenças - GMM-DIF, e Méodo Generalzado de Momenos em Ssema - GMM-SYS. Na equação (20), a heerogenedade ou efeo ndvdual de esado é represenado por z, sendo que z coném um ermo consane e um conjuno de varáves específcas de esado, que podem ser observadas ou não-observadas para odos os esados. Pressupõe-se que z possa ser observado para odos os esados e, porano, não exsem efeos de esado não observáves, ou seja, que z coném somene o ermo consane. Nesse caso, a Regressão Pooled fornece esmavas conssenes e efcenes pelo méodo de Mínmos Quadrados Ordnáros - MQO. As esmavas va regressão Pooled são apresenadas como referênca para comparação com as esmavas que conrolam a presença de heerogenedade não-observável enre os esados. Segundo Cornwell e Trumbull (1994), há pelo menos duas razões para esperar a presença desse po de heerogenedade. Prmero, por mas que conrolemos por caraceríscas socoeconômcas dos esados, espera-se que exsam ouras caraceríscas culuras relavamene esáves no empo, que fazem com que a população de alguns esados possua axas de crme mas alas do que ouros. Enre essas caraceríscas, de acordo com Fajnzylber e Araújo Junor (2001), esão a forma pela qual os conflos nerpessoas são soluconados, o consumo de álcool, a presença de avdades legas, a exsênca de conflos assocados à posse da erra, e ec. Uma segunda razão pela qual se jusfca a esmação conrolando a heerogenedade não-observável é a presença de erro de medção nas axas de crmes. Ulzando os méodos de efeos fxos ou efeos aleaóros, sera possível o conrole dessa heerogenedade não-observável enre os esados. Se al heerogenedade esver correlaconada com x, o méodo a ser usado é o de Efeos Fxos. Nesse caso, pressupõe-se que = z é um ermo consane específco de esado esável no empo. Enão, é um parâmero desconhecdo a ser esmado. Assm, a equação (20) pode ser reescra da segune forma: 15 crme X (21) No enano, caso exsa a heerogenedade de esado não-observável, mas não correlaconada às varáves de conrole, o méodo de Efeos Aleaóros é preferível. Nesse caso, a equação (21) é reformulada: crme x' E z ' z ' E z ' x' (22) = u Na Equação (22), o únco ermo consane é a esperança da heerogenedade nãoobservável: E[z ]. O componene u ={z - E[ z ]} é a heerogenedade não-observável aleaóra do -ésmo esado, que é consane no empo. Enreano, segundo Fajnzylber e Araújo Junor (2001), geralmene, o conrole da heerogenedade não-observável é nsufcene para elmnar odos os problemas de endogenedade presenes no modelo. Nesse sendo, podera exsr causaldade nversa enre o nível de crme de um esado com as condções econômcas nele exsenes. Assm, por exemplo, à medda que o crme afea sgnfcavamene a qualdade de vda das pessoas e o bom andameno das avdades econômcas em geral, áreas com elevado grau de crmnaldade poderam apresenar maores saláros (compensaóros) e menores níves de emprego.

16 16 Além dsso, o componene varável (no empo) do erro de medção ambém podera esar correlaconado ao valor, no período correspondene, das caraceríscas socoeconômcas ulzadas no modelo. Para esar a nfluênca deses efeos em relação às esmavas baseadas nas Regressões Pooled, de Efeos Fxos e de Efeos Aleaóros, ambém serão ulzados os méodos GMM-DIF e GMM-SYS. A ulzação desses esmadores, porano, em como objevo amenzar problemas economércos, que afeam a maora dos rabalhos nesa área, como a possível endogenedade de algumas varáves explcavas e erros de medda gerados pela subnofcação das axas de crmes. Nesse sendo, para conrolar a possível presença de endogenedade no modelo empírco enre as axas de crme e as varáves de conrole educação defasada e gasos per capa com segurança públca, a equação (20) é reescra: crme crme ', 1 x com < 1 (23) Onde crme, 1 é mas uma varável de conrole ncluída no modelo e ambém raada como poencalmene endógena: a axa de homcídos defasada em um período. Na leraura econômca do crme, quase odos os esudos que nvesgam os efeos das axas de crmes defasadas sobre a crmnaldade aual enconraram evdêncas a favor da hpóese de que as axas de crmes esão sujeas aos efeos de nérca (ARAÚJO JUNIOR; FAJNZYLBER, 2001; FAJNZYLBER; ARAÚJO JUNIOR, 2001; ANDRADE; LISBOA, 2000; KUME, 2004; SANTOS, 2009). Uma jusfcava para a ocorrênca de nérca é que, assm como ocorre nas avdades do seor formal da economa, há uma especalzação da avdade crmnal que ambém mplca em elevações na produvdade de avdades legas. Além dsso, quano menor o nível de resolução dos crmes e maor a mpundade dos nfraores, mas elevados são os esímulos à enrada no mundo do crme. Nesse sendo, espera-se que a axa de homcídos defasada possua um efeo posvo sobre a axa de homcídos aual. Pressupõe-se que: v (24) Em que são os efeos fxos, so é, efeos específcos de esado não observáves e v são choques aleaóros, e pressupõe-se que: e Ev E v 0 E para =1,...,N e =2,...,T (25) 0 E crme 1 para =1,...,N e =3,...,T (26) Os úncos esmadores que permem esmar adequadamene o modelo expresso na equação (23) são o GMM-DIF (ARELLANO; BOND, 1991) e o GMM-SYS (BLUNDELL; BOND, 1998). Tas esmadores êm a capacdade de evar o denomnado vés de panel dnâmco, em função da correlação exsene enre a axa de crme defasada e o erro, que esá expressa na condção (26). Arellano e Bond (1991) propõem o modelo em prmeras dferenças com a ulzação de varáves defasadas em pelo menos dos períodos como nsrumenos, como especfcado abaxo: crme crme, 1 x' v (27)

17 Porém, como bem especfcado por Sanos (2009), como nesse rabalho o panel é desbalanceado 9 e o período é relavamene pequeno, se for ulzado o esmador GMM- DIF muas observações seram perddas. Nesse sendo, é mas convenene ulzar o procedmeno de ransformação proposo por Arellano e Bover (1995), que subra a méda de odas as observações fuuras dsponíves de uma varável. Na sequênca do desenvolvmeno desse esmador, Blundell e Bond (1998) demonsram que, se a varável dependene é aleaóra, enão o esmador GMM-DIF possu propredades fracas em função dos níves passados guardarem relavamene poucas nformações sobre as mudanças fuuras das varáves. Consequenemene, as defasagens ransformadas se ornam nsrumenos fracos para as varáves em prmera dferença. Assm, consderando que: 0 E crme (28) 2 É possível a ulzação de mas defasagens como nsrumenos, o que aumena a efcênca do esmador. Nesse caso, o modelo em T - 2 condções de momenos adconas, já que: 0 E para =1,...,N e =3,...,T (29) crme, 1 Assm, pode-se ulzar a prmera dferença das varáves como nsrumenos para as equações em níves, o que se consu no esmador GMM-SYS, pos se raa bascamene de um ssema de duas equações: a equação orgnal e a equação ransformada. Defndo que o esmador GMM-SYS é o mas adequado, cabe ressalar que além da axa de homcídos defasada em quaro e cnco períodos, duas varáves são raadas poencalmene como endógenas, como já salenado anerormene: educação defasada e gasos per capa com segurança públca. Esas varáves êm como nsrumenos a axa de evasão escolar correne 10 de alunos da oava sére, e os gasos em segurança públca per capa defasados em quaro e cnco períodos, respecvamene. 2.4 Resulados Na Tabela 1 são reporadas algumas esaíscas descrvas das varáves ulzadas nas esmações: crme (axa de homcídos por habanes) educação defasada (axa de abandono dos alunos da prmera sére do ensno médo por habanes defasada em um período), crme defasado (axa de homcídos por habanes do ano aneror), segurança públca (gasos per capa com segurança públca em Reas de 2001), dade 1524 (proporção de ndvíduos com dade enre 15 e 24 anos nos esados do país), moraldade nfanl (axa de moraldade nfanl por habanes), renda (nível de renda per capa domclar em Reas de 2001), e grau de urbanzação (percenagem de ndvíduos que resdem no meo urbano por esado do país). Percebe-se que os desvos padrões mas elevados são verfcados nas varáves renda e gasos per capa com segurança públca, respecvamene. Isso é plenamene jusfcável, pos o Brasl é um país composo por esados economcamene muo heerogêneos. Assm, o nível de gaso per capa com segurança públca vara quase que proporconalmene à renda auferda em cada esado. Em conraparda, a varável dade 1524 apresena o menor desvo 17 9 Não exsem nformações de odas as varáves para odos os esados. 10 O conceo écnco de abandono é dferene de evasão. Abandono quer dzer que o aluno dexa a escola num ano, mas pode reornar em anos poserores. Por sua vez, evasão sgnfca que o aluno sa da escola e não vola mas para o ssema.

18 18 padrão, o que denoa que a proporção de ndvíduos com dade enre 15 e 24 anos dfere pouco de um esado em relação a ouro. Tabela 1 - Esaíscas descrvas Varáves Méda Desvo Padrão Mínmo Máxmo Crme 26,70 12,38 9,10 58,80 Educação Defasada 25,98 5,28 9,60 49,70 Crme Defasado 26,03 14,24 4,80 58,80 Segurança Públca 100,84 49,96 0,77 236,98 Idade ,01 1,38 17,94 23,64 Moraldade Infanl 26,46 8,97 13,50 54,96 Desgualdade de Renda 22,66 6,08 9,83 38,68 Renda 458,86 147,34 251,00 820,00 Grau de Urbanzação 78,20 8,69 62,45 96,45 Incalmene, o modelo fo esmado aravés de rês écncas dferenes: Regressão Pooled, Efeos Fxos, e Efeos Aleaóros 11. Porém, os resulados demonsraram que relavamene poucas varáves são esascamene sgnfcavas. A parr desses resulados, fo esmado um modelo dnâmco aravés do esmador GMM-DIF 12. Quando se compara os resulados dos modelos de Regressão Pooled, Efeos Fxos e Aleaóros com esse modelo dnâmco (GMM-DIF) percebe-se que o úlmo é mas adequado para a esmação do modelo apresenado nesse rabalho. Porém, como já salenado, esse argo ulza um período relavamene pequeno e o panel é desbalanceado. Nesse sendo, o deal é a ulzação do esmador GMM-SYS, a fm de mnmzar a perda de observações e garanr maor robusez às esmações. Assm, ao se esmar o modelo va GMM-SYS, nclundo o crme defasado como varável dependene e consderando a possível endogenedade desa, da educação defasada e dos gasos per capa em segurança públca, ocorrem alerações subsancas nas esmavas dos parâmeros (valores e níves de sgnfcânca). Ao se ulzar o esmador GMM-SYS e os nsrumenos já cados, quase odas as varáves 13 se ornam esascamene sgnfcavas a um nível de sgnfcânca de 10%. O modelo dnâmco (GMM-SYS) pode ser esmado em um ou dos eságos. Segundo Wndmejer (2005), para amosras fnas, a esmava em dos eságos é mas efcene que a esmava em um eságo. Como a amosra consderada nesse rabalho é de As esmações do modelo proposo ulzando Regressão Pooled, Efeos Fxos, e Efeos Aleaóros são apresenadas no ANEXO A. 12 A esmação do modelo ulzando o GMM-DIF ambém esá no ANEXO A. 13 Com exceção da varável desgualdade de renda.

19 observações 14, o GMM-SYS em dos eságos é ulzado para que sejam defndos os parâmeros do modelo. As esmavas geradas pelo esmador GMM-SYS dependem prmordalmene da valdade dos nsrumenos ulzados na denfcação das varáves endógenas. O ese de Sargan 15 é ulzado para esar a valdade conjuna dos nsrumenos ulzados. Segundo esse ese, falhar em rejear 16 a hpóese nula sgnfca que os nsrumenos usados são robusos. Ao se execuar o ese de Sargan nesse rabalho conclu-se que os nsrumenos ulzados são váldos, so é, que não são correlaconados com o ermo de erro. A parr da conclusão de que o modelo dnâmco (GMM-SYS) é o mas adequado, orna-se mporane nerprear os coefcenes esmados, assm como comparar os resulados com ouros rabalhos já realzados no país, mesmo com resrções. Como bem salenado por Sanos (2009), as meodologas assm como os dados ulzados nos ouros rabalhos são dsnos, o que mpossbla uma comparação mas elaborada. Na Tabela 2 são apresenados os resulados das esmações 17 aravés do Méodo GMM-SYS. A forma funconal empregada é a log-log e, porano, odos os valores reporados na abela represenam as elascdades. Verfcou-se que exse uma relação dreamene proporconal e esascamene sgnfcava enre a axa de abandono escolar dos alunos da prmera sére do ensno médo defasada em um período e as axas de homcídos nos esados. Esse resulado corrobora com a hpóese de Lochner (2004) de que há uma correlação nversa enre nível de escolardade e crmes desqualfcados. Alguns esudos já realzados no Brasl, como os de Araújo Junor e Fajnzylber (2000), Kume (2004), Resende (2007), Olvera (2005), Lourero e Carvalho Junor (2007) e Sanos (2009) confrmam al relação. Porém, nenhum dos rabalhos aé enão realzados no país conrolou a endogenedade da varável de educação e muo menos levou em consderação a defasagem do efeo da escolardade sobre a crmnaldade, cada por Fajnzylber, Lederman e Loaysa (1998). Ese rabalho consdera a endogenedade da educação, ao ulzar como nsrumeno a axa de O esado de Sana Caarna fo excluído da amosra, pos o mesmo não possu a axa de evasão escolar dos alunos da oava sére, que é o nsrumeno ulzado para conrolar a possível endogenedade da educação defasada. 15 O ese de Sargan é ulzado com o objevo de verfcar a valdade dos nsrumenos. A falha em rejear a hpóese nula ndcará que os nsrumenos são robusos. Além dsso, como se supõe ncalmene que o erro não seja auocorrelaconado, é feo um ese de correlação seral de prmera ordem e ouro de segunda ordem sobre os resíduos em prmera dferença. Espera-se que os erros em prmera dferença não sejam auocorrelaconados em segunda ordem. Se udo sso ocorrer, smulaneamene, as condções de momeno são correamene especfcadas e odos os nsrumenos são váldos. 16 Não necessaramene acear a hpóese nula. 17 O sofware ulzado fo o Saa 9.

20 20 evasão escolar de alunos da oava sére, e ambém a relação de defasagem enre crme e escolardade ao consderar como varável de conrole a axa de abandono escolar dos alunos da prmera sére do Ensno Médo defasada em um período. Dado esse raameno dferencado, acreda-se que o presene argo conrbu de forma sgnfcava na leraura econômca do crme no país. Tabela 2 - Resulados das esmações va GMM-SYS Varáves Coefcenes Educação Defasada 0, * (0, ) Crme Defasado 0, * (0, ) Segurança Públca 0, ** (0, ) Idade ,404693* (0, ) Moraldade Infanl 1,04423* (0, ) Desgualdade de Renda 0, (0, ) Renda 0, * (0, ) Grau de Urbanzação 2,240526** (0, ) Consane -9,028715*** (5,493766) Tese de Sargan 17,00 *, **, *** denoam níves de sgnfcânca de, respecvamene, 1%, 5% e 10%. A dea básca é que um ano após abandonar a escola, no níco do ensno médo, o jovem apresena uma maor probabldade de comeer crmes. Nesse período de um ano, ele pode er se defronado com alguns problemas: baxos saláros no mercado de rabalho formal, elevadas axas de desemprego e pode anda er sdo nfluencado negavamene por gangues; ornando-se um crmnoso (LOCHNER, 2007). Cabe ressalar que um faor mporane pode explcar o abandono escolar: a qualdade das escolas. Se a escola é rum, os alunos se ornam desmovados, o que pode er como conseqüênca o abandono escolar. Nessa suação, a própra famíla dexa de ncenvar a

21 permanênca do adolescene na escola, já que a má qualdade da mesma dmnu a probabldade de que o aluno obenha fuuramene êxo no mercado de rabalho. Analsando o resulado dos demas coefcenes esmados, verfca-se que exse uma relação posva e esascamene sgnfcava enre a axa de homcídos defasada em um período e a axa de homcídos correne, ou seja, o crme passado gera o crme correne (nérca crmnal). No Brasl, os efeos de nérca crmnal são relaados pelos rabalhos de Araújo Junor e Fajnzylber (2001), Fajnzylber e Araújo Junor (2001), Andrade e Lsboa (2000), Guerrez e al. (2004), Kume (2004), Almeda e al. (2005), e Sanos (2009). Com relação à varável de deerrence fo consderada a já descra relação de smulanedade enre as axas de homcídos e os gasos per capa em segurança públca. Verfcou-se uma relação posva e esascamene sgnfcava enre as gasos e as axas de homcídos nos esados do país enre 2001 e Tal resulado va ao enconro daquele verfcado por Mendonça (2002), que não levou em consderação a possível relação de endogenedade. Uma possível explcação para o resulado enconrado no presene argo é a de que esados com um nível mas elevado de crmnaldade alocam mas recursos em segurança públca. Além dsso, como especfcado por Andrade e Lsboa (2000), esados que possuem uma renda mas elevada endem a alocar mas recursos em segurança públca. Porém, não há um consenso na leraura braslera sobre a relação enre os gasos em segurança públca e a crmnaldade. Guerrez e al (2004), e Lourero e Carvalho Júnor (2007) enconraram uma relação negava enre gasos com segurança públca e crme, levando-se em consderação a suposa endogenedade exsene. Por sua vez, Kume (2004) e Sanos (2009) não observaram nenhuma relação enre esas varáves. Já em relação à desgualdade de renda, represenada nesse rabalho pela proporção de ndvíduos com renda equvalene aos 1% mas rcos da população, o coefcene esmado ambém não fo esascamene sgnfcavo a um nível de sgnfcânca de 10%. Ese resulado va ao enconro daquele verfcado por Lourero e Carvalho Junor (2007), e Sanos (2009), que não observaram relação enre desgualdade de renda e axas de crmes leas. Em conraposção, Andrade e Lsboa (2001), Araújo Junor e Fajnzylber (2001), Fajnzylber e Araújo Junor (2001), Kume (2004), Olvera (2005), Mendonça (2002), Guerrez e al. (2004), Sanos e Kassouf (2007), e Resende (2007) concluíram que o aumeno da desgualdade de renda eleva o nível de crmnaldade. No que ange a proporção de jovens na população, alguns rabalhos na leraura econômca do crme braslera, como os de Araújo Junor e Fajnzylber (2000), Resende (2007) e Sanos (2009), concluíram que quano mas homens jovens na população oal dos esados, maor será a ncdênca de crmes leas. Dferenemene do ocorrdo nesses esudos, no presene argo, o coefcene esmado para a varável Idade 1524 fo surpreendenemene negavo e esascamene sgnfcavo, com uma elevada elascdade obda: -2,4. Esse resulado é smlar àquele verfcado por Lourero e Carvalho Junor (2007), o que pode er duas explcações. Em prmero lugar, segundo Fougère, Kramarz e Pouge (2006), não é a proporção de jovens por s só, mas caraceríscas do ambene que cercam a população jovem, como o desemprego e a baxa escolardade enre os jovens, que nduz ao crme. Uma oura explcação para ese resulado advém da baxa varabldade da varável Idade 1524, vde o seu baxo desvo padrão como verfcado anerormene, o que pode compromeer as nferêncas. O coefcene esmado para a varável moraldade nfanl fo posvo e esascamene sgnfcavo. Esse resulado confrma a hpóese de Abramovay e Pnhero (2003) de que quano mas elevado o grau de vulnerabldade socal, que em como proxy nesse rabalho a axa de moraldade nfanl, maor será a axa de homcídos em um deermnado esado. 21

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