Cláudio Monico Innocencio. Planejamento, Programação e Controle da Produção



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Transcrição:

Cláudio Monico Innocencio Planejamento, Programação e Controle da Produção

APRESENTAÇÃO É com satisfação que a Unisa Digital oferece a você, aluno(a), esta apostila de Planejamento, Programação e Controle da Produção, parte integrante de um conjunto de materiais de pesquisa voltado ao aprendizado dinâmico e autônomo que a educação a distância exige. O principal objetivo desta apostila é propiciar aos(às) alunos(as) uma apresentação do conteúdo básico da disciplina. A Unisa Digital oferece outras formas de solidificar seu aprendizado, por meio de recursos multidisciplinares, como chats, fóruns, aulas web, material de apoio e e-mail. Para enriquecer o seu aprendizado, você ainda pode contar com a Biblioteca Virtual: www.unisa.br, a Biblioteca Central da Unisa, juntamente às bibliotecas setoriais, que fornecem acervo digital e impresso, bem como acesso a redes de informação e documentação. Nesse contexto, os recursos disponíveis e necessários para apoiá-lo(a) no seu estudo são o suplemento que a Unisa Digital oferece, tornando seu aprendizado eficiente e prazeroso, concorrendo para uma formação completa, na qual o conteúdo aprendido influencia sua vida profissional e pessoal. A Unisa Digital é assim para você: Universidade a qualquer hora e em qualquer lugar! Unisa Digital

SUMÁRIO INTRODUÇÃO... 5 1 PLANEJAMENTO DE INSTALAÇÃO INDUSTRIAL... 7 1.1 Noções de Planejamento Empresarial...7 1.2 Planejamento e Controle de Produção (PCP)...8 1.3 Previsão de Vendas...11 1.4 Sistema de Produção...12 1.5 Capacidade de Produção...16 1.6 Elaboração do Plano de Produção...17 1.7 Resumo do Capítulo...18 1.8 Atividades Propostas...19 2 PROGRAMAÇÃO DE PRODUÇÃO... 21 2.1 Conceito de Programação da Produção...21 2.2 Fases da Programação da Produção...23 2.3 Análise da Capacidade de Produção...27 2.4 Resumo do Capítulo...28 2.5 Atividades Propostas...28 3 CONTROLE DE PRODUÇÃO... 29 3.1 Conceito de Controle de Produção...29 3.2 Finalidade do Controle de Produção...30 3.3 Fases do Controle de Produção...32 3.4 Métodos de Controle da Produção...33 3.5 Resumo do Capítulo...36 3.6 Atividades Propostas...36 4 SUPORTES AO PLANEJAMENTO E CONTROLE DE PRODUÇÃO... 37 4.1 MRP...37 4.2 JIT...42 4.3 Kanban...43 4.4 OPT...44 4.5 Teoria das Restrições...45 4.5 Lean Manufacturing (Produção Enxuta)...45 4.6 Resumo do Capítulo...46 4.7 Atividades Propostas...46 5 SISTEMA DE INFORMAÇÃO E O PCP... 47 5.1 Informatização do PCP...47 5.2 Conceito de ERP...48 5.3 Relação ERP e o PCP...48 5.4 Resumo do Capítulo...49 5.5 Atividades Propostas...49

RESPOSTAS COMENTADAS DAS ATIVIDADES PROPOSTAS...51 REFERÊNCIAS...55

INTRODUÇÃO Caro(a) aluno(a), O objetivo geral do curso é oferecer-lhe subsídios para um estudo abrangente sobre as interfaces que ocorrem entre produtos e produção, pois para resultados satisfatórios há uma grande necessidade de equalização envolvendo o mercado e o fornecimento de serviços e operações, principalmente quando nos referimos à produção ou ao chão de fábrica, ponto resultante de uma postura empresarial, quando temos uma estratégia, um produto e técnicas de manufatura e serviços, são bem aplicados. Esta apostila e a disciplina, como um todo, buscam apresentar uma análise abrangente sobre o Planejamento, Programação e Controle da Produção (PPCP) e sua importância no cenário empresarial, visto o montante de variáveis que a definem, totalmente interligadas entre si, tais como o planejamento, o custo, pessoas, equipamento, marketing, o produto etc. Seu objetivo é a obtenção de uma fábrica com uma alta produtividade por meio da organização da produção, de projetos dos produtos e dos processos, aderentes às necessidades mercadológicas, um meio de campo entre vendas e fábrica bem balanceado, para dar uma vazão perfeita aos pedidos e conseguir um equilíbrio ótimo dentro da empresa. Dentro dessa perspectiva, o conteúdo está organizado de forma a promover uma visão sequencial de eventos, para um empreendimento industrial sem conturbações. Dessa forma, analisaremos o planejamento de produção, um fluxo de materiais balanceado com uma boa utilização do MRP (ferramenta de cálculo de necessidades) e um domínio dos processos e padrões de produção, garantindo, assim, uma programação que tenha uma repercussão positiva no custo produtivo e um controle de produção que permita uma administração dos resultados, revertendo-os corretivamente e preventivamente. Será um prazer acompanhá-lo a esta viagem técnico-gerencial ao mundo do PPCP. Cláudio Monico Innocencio 5

1 PLANEJAMENTO DE INSTALAÇÃO INDUSTRIAL Caro(a) aluno(a), Neste capítulo, trataremos de analisar quais as variáveis que compõem um planejamento empresarial. Vamos iniciar a discussão? 1.1 Noções de Planejamento Empresarial O Planejamento, a Organização, a Direção e o Controle das operações produtivas são algumas preocupações da Administração da Produção e Operações. O Planejamento fornece as bases para as atividades gerenciais futuras, estabelecendo planos de ação que devem ser satisfazer os objetivos traçados e seus momentos. A Organização é o processo de combinar os recursos produtivos, isto é, mão de obra, matérias-primas, equipamentos e capital. A Direção é o processo de transformar planos teóricos em atividades concretas, estipulando tarefas e responsabilidades aos colaboradores. O Controle traduz a avaliação do desempenho dos colaboradores. O Planejamento pode ser classificado em grandes níveis (3). São eles: a) nível estratégico; b) nível tático; c) nível operacional. No detalhamento, teremos: a) Nível estratégico Este nível envolve: ações nas políticas corporativas; escolha de linhas de produto; localização de novas fábricas; projeto de processos de manufatura; planejamento com horizontes de longo prazo (5 anos) com altos graus de riscos; é constituído pelo Conselho, Presidência ou Diretoria da Organização. b) Nível tático Este nível envolve: ações nas alocações e utilizações de recursos de fábrica; o Planejamento Agregado de Produção com uma visão de médio prazo (1 a 5 anos) e moderado grau de risco; 7

Cláudio Monico Innocencio é constituído por um nível gerencial médio da Organização. c) Nível operacional Este nível envolve: ações na programação de produção e controle de estoques; planejamento com curtos horizontes de tempo e riscos relativamente menores; é constituído por um nível operacional de decisão na Organização. ações na alocação de cargas aos departamentos produtivos; 1.2 Planejamento e Controle de Produção (PCP) a) Conceito de PCP Seria muito interessante, caro(a) aluno(a), você entender que o planejamento da produção (PP) é o estabelecimento a priori daquilo que a empresa deverá produzir, tendo em vista, de um lado, a sua capacidade de produção, e de outro, a previsão de vendas que deve ser atendida. O PP é um conjunto de funções integradas que visam orientar o processo produtivo em função dos objetivos da empresa e dos recursos empresariais disponíveis. A finalidade do planejamento da produção é obter simultaneamente a melhor eficiência e eficácia do processo produtivo (CHIAVENATO, 1990). Tabela 1 Comparativo entre Eficácia e Eficiência. Fonte: Chiavenato (1990). Em suma, o planejamento da produção procura definir antecipadamente o que se deve fazer, quando fazer, quem deve fazer e como fazer (CHIAVENATO, 1990). 8

Figura 1 O planejamento e seus desdobramentos. Planejamento, Programação e Controle da Produção. Fonte: Chiavenato (2005). Por sua vez, prezado(a) aluno(a), o controle é a função administrativa que consiste em medir e corrigir o desempenho para assegurar que os planos sejam executados da melhor maneira possível. A tarefa do controle é verificar se tudo está sendo feito de acordo com o que foi planejado e organizado, conforme as ordens dadas, para identificar os erros ou desvios, a fim de corrigi-los e evitar sua repetição. As definições apresentadas de planejamento e de controle são genéricas, mas ilustram bem o seu significado. No caso específico da produção, o Planejamento e Controle da Produção (PCP) planeja e controla as atividades produtivas da empresa. Se a empresa é produtora de bens ou mercadorias, o PCP planeja e controla a produção desses bens ou mercadorias, cuidando das matérias primas necessárias, da quantidade de mão de obra, das máquinas e equipamentos e do estoque de produtos acabados disponíveis no tempo e no espaço, para a área de vendas efetuar as entregas aos clientes. Se a empresa é produtora de serviços, o PCP planeja e controla a produção desses serviços, cuidando da quantidade de mão de obra necessária, das máquinas e equipamentos e dos demais recursos necessários, para a oferta dos serviços no tempo e no espaço, a fim de atender à demanda dos clientes e usuários. Saiba mais Existem literaturas que tratam o PCP como PPCP, isto é, Planejamento, Programação e Controle da Produção. b) Finalidade do PCP Caro(a) aluno(a), para compreender a dupla finalidade, o PCP tem de planejar a produção e controlar seu desempenho. De um lado, o PCP estabelece antecipadamente o que a empresa deverá produzir e, consequentemente, o que deverá dispor de matérias-primas e materiais, de pessoas, de máquinas e equipamentos, bem como de estoques de produtos acabados para suprir as vendas. De outro, o PCP monitora e controla o desempenho da produção em relação ao que foi planejado, corrigindo eventuais desvios ou erros que possam surgir. Entenda que o PCP atua antes, durante e depois do processo produtivo. Antes, planejando o processo produtivo, programando materiais, máquinas, pessoas e estoque. Durante e depois, controlando o funcionamento do processo produtivo para mantê-lo de acordo com o que foi planejado. Assim, o PCP assegura a obtenção da máxima eficiência e eficácia do processo de produção da empresa. O PCP mantém uma rede de relações com as demais áreas da empresa. As principais inter- -relações do PCP com as demais áreas da empresa são descritas a seguir. Com a área de engenharia industrial: o PCP programa o funcionamento de máquinas e equipamentos e baseia-se em Boletins de Operações (BOs) fornecidos pela engenharia industrial. Por sua vez, a engenharia industrial progra- 9

Cláudio Monico Innocencio ma a paralisação de máquinas e equipamentos para manutenção e reparos. Com a área de suprimentos e compras: o PCP programa materiais e matérias-primas que devem ser obtidos no mercado fornecedor pelo órgão de compras e estocados pelo órgão de suprimentos. Assim, a área de suprimentos e compras funciona com base naquilo que é planejado pelo PCP. Com a área de recursos humanos: o PCP programa a atividade da mão de obra, estabelecendo a quantidade de pessoas que devem trabalhar no processo de produção. O recrutamento, a seleção e o treinamento do pessoal são atividades estabelecidas em função do PCP. Com a área financeira: o PCP se baseia nos cálculos financeiros fornecidos pela área financeira para estabelecer os níveis de estoques de matérias-primas e de produtos acabados, além dos lotes econômicos de produção. Com área de vendas: o PCP se baseia na previsão de vendas fornecida pela área de vendas, para elaborar o plano de produção da empresa e planejar a quantidade de produtos acabados necessária para suprir as entregas aos clientes. À medida que a previsão de vendas sofre alterações em função do comportamento do mercado, o PCP altera também o plano de produção e os seus desdobramentos. Com a área de produção: o PCP planeja e controla a atividade da área de produção, o que significa que essa área funciona de acordo com o que é planejado e programado pelo PCP. c) As Fases do PCP Considere, prezado(a) aluno(a), que as empresas são partes de uma sociedade e têm com ela, sobretudo a interna, um forte compromisso. Cada grupo organizado tem características próprias quanto a missão, valores e ética, que constituem verdadeiros desafios. Para Russomano (1979), como um organismo, o planejamento da produção exerce um certo número de funções a fim de cumprir sua missão. Nem sempre, entretanto, todas essas funções estão sujeitas à chefia de um só departamento. Veja bem, podemos listar as seguintes funções do planejamento da produção: planejamento e controle de estoques; emissão de ordens; programação das ordens de fabricação; movimentação das ordens de fabricação; acompanhamento da produção. Segundo Chiavenato (1990), o planejamento da produção obedece às seguintes fases: a) elaboração do plano de produção; b) programação de produção (máquinas, materiais e mão de obra); c) emissão de ordens de produção; d) liberação da produção. Observe ainda, os principais fatores determinantes do plano de produção: a) previsão de vendas: que constitui a expectativa de vendas da empresa; b) capacidade de produção: que representa o potencial produtivo da empresa; c) disponibilidade de matérias-primas (MPs) no mercado fornecedor; d) recursos financeiros que a empresa tem a sua disposição para adquirir matérias- -primas e demais recursos para produzir. 10

Planejamento, Programação e Controle da Produção 1.3 Previsão de Vendas a) Introdução A previsão de vendas dentro de uma empresa forma a base para o planejamento da produção, das vendas e das finanças da empresa. Ela representa o volume de produtos ou serviços que a empresa se dispõe a colocar no mercado durante um determinado período da sua capacidade de produção. A previsão de vendas deve especificar cada produto/serviço da empresa e as vendas previstas para cada mês do exercício. Essa quantidade de vendas prevista mensalmente representa a quantidade de produtos/serviços que deve ser produzida e colocada à disposição do órgão de vendas para a entrega aos clientes (CHIAVENATO, 1990). Prezado(a) aluno(a), atente ao fato de que a previsão de vendas geralmente é elaborada pelo departamento de marketing ou vendas da empresa. A forma pode ser por métodos qualitativos ou quantitativos. A primeira forma citada baseia-se no julgamento de gerentes ou profissionais de vendas da empresa em vistas a vendas passadas. Já na forma quantitativa levam-se em conta dados e valores históricos obtidos por meio dos períodos passados de funcionamento da empresa ou do mercado. Os métodos de previsão de demanda podem ser qualitativos, quantitativos ou mistos. Os primeiros, exclusivamente intuitivos, baseiam-se no julgamento dos gerentes e vendedores da empresa, bem como na opinião dos consumidores e fornecedores. Nos métodos quantitativos, os dados futuros são obtidos a partir de dados históricos, que são plotados, ajustados a curvas representativas e extrapolados (RUSSOMANO, 1995). Para você entender melhor a diferença entre planejamento, predição e previsão, vamos conceituá-los: planejamento: processo lógico que descreve as atividades necessárias para ir do ponto no qual nos encontramos até o objetivo definido; predição: processo de determinação um acontecimento futuro baseado em dado completamente subjetivo e sem uma metodologia de trabalho clara; previsão: processo metodológico para determinação de dados futuros baseados em modelos estatísticos matemáticos ou, ainda, em modelos subjetivos apoiados em uma metodologia de trabalho clara e previamente definida. b) Demanda Os padrões de demanda mais comuns são: Média: em que as flutuações da demanda estão em torno de um valor constante; Tendência linear: em que a demanda cresce ou decresce linearmente; Tendência não linear: em que a demanda cresce e decresce de modo não linear, conforme uma equação de segundo grau, por exemplo; Estacional (sazonal): em que a demanda cresce e decresce em certos períodos, por exemplo, um dia da semana, do mês ou em mês específico do ano. 11

Cláudio Monico Innocencio Figura 2 Gráficos de previsões de vendas. Fonte: Martins e Laugeni (2005). 1.4 Sistema de Produção Prezado(a) aluno(a), vamos entender o conceito de sistema de produção, pois ele traduz o universo ou o conjunto de atividades e operações inter-relacionadas envolvidas na produção de bens (indústrias) ou serviços (MOREIRA, 2011). Para que você possa planejar e programar corretamente a produção, é necessário conhecer como ela funciona. Os elementos fundamentais que constituem o sistema de produção são: a) insumos; b) processo de conversão; c) sistema de controle. a) Insumos São recursos a serem transformados diretamente em produtos. Exemplos: matérias-primas, mão de obra, o capital, as máquinas e equipamentos, as instalações, o conhecimento técnico dos processos etc. b) Processo de Conversão Este processo de conversão traduz a Manufatura, em que temos uma mudança no formato das matérias-primas, na composição ou na forma dos recursos. Em serviços, não há transformação, e sim uma criação. Em serviços, a tecnologia é mais baseada em conhecimento (Know-how) do que equipamentos. c) Sistema de Controle É o conjunto de atividades que visa assegurar o cumprimento das programações, que os padrões sejam obedecidos, que os recursos estejam sendo usados de forma eficaz e que a qualidade desejada seja obtida. Em resumo, o sistema de controle promove a monitoração dos três elementos do sistema de produção (MOREIRA, 2011). Em suma, teríamos os processos subdivididos em: processos de conversão = manufatura processos de transferência = serviços 12

Planejamento, Programação e Controle da Produção No processo de conversão em manufatura (indústria): muda o formato da matéria-prima; muda a composição; muda a forma dos recursos. No processo de transferência (serviços): há a transferência de conhecimentos e/ ou tecnologia. Os tipos de sistema de produção seguem algumas classificações: a) classificação tradicional; b) classificação cruzada de Schroeder; c) classificação da produção enxuta. d) Classificação Tradicional Este sistema está sempre relacionado com o fluxo de produção, tendo assim, uma orientação e uma dimensão. Tradicionalmente falando, os sistemas de produção são agrupados em três grandes categorias: sistema de produção contínua ou de fluxo de linha; sistema de produção por lotes ou por encomenda (fluxo intermitente); sistema de produção para grandes projetos sem repetição. No sistema de produção contínua em massa, temos: grandes volumes e pouca variedade; sequência linear; produtos padronizados, não são flexíveis; as etapas de produção fluem em uma sequência prevista de um posto de trabalho para outro; as etapas são balanceadas para que as atividades mais lentas não prejudiquem a velocidade do processo; são mais eficientes; produção em grandes quantidades para linhas de montagem; serve para produtos variados produzidos na mesma plataforma; pode ser ininterrupta; exemplos: indústrias de refrigerantes, de eletrodomésticos, de alimentos e de CDs. No sistema de produção contínua ininterrupta, temos: processo totalmente automatizado; produtos padronizados; tarefas repetitivas; rentabilidade obtida por meio da produção de grandes volumes; custos altos em função de máquinas e equipamentos; a linha de montagem não pode ser modificada; exemplos: indústria química, de papel, de derivados de petróleo e de aço. Temos alguns cuidados para com o sistema de fluxo: competição e concorrência; risco de obsolescência do produto; risco de mudanças tecnológicas; monotonia do trabalho para os empregados; processos caros tanto em investimentos iniciais quanto de manutenção. 13

Cláudio Monico Innocencio No sistema de produção intermitente em lotes por encomenda jobbing jobshop, temos: cada tipo de produto tem o seu processo, e, ao fim de cada lote, os produtos podem ser diversificados; há famílias de produtos com pouca variação; para processos automatizados são exigidos maiores volumes; em geral os projetos são dos clientes; o arranjo físico é conforme o processo de produção e pode ser disposto de acordo com as habilidades das pessoas, operações do processo e/ou equipamentos; não há regularidade no fluxo dos produtos de uma fase para outra; os recursos humanos são mais exigidos; são necessárias mudanças e calibragens nos equipamentos de acordo com os produtos; exemplos: indústrias de máquinas e ferramentas, roupas, algumas indústrias alimentícias, peças para automóveis, indústria metalúrgica (portas, janelas, portões) e indústria moveleira (armários e móveis em geral). Temos alguns cuidados para com o sistema por lotes: é bastante flexível e pode apresentar problemas diversos; o controle de estoques deve ser perfeito; a programação da produção deve ser do conhecimento de todos antes do início do processo; exige a implantação de programas de qualidade para evitar desperdícios, erros etc.; há perda de tempo com os rearranjos; perde-se em eficiência, e o volume de produção é baixo; o mercado pode ser reduzido. Dicionário Obsolescência 1 Redução gradativa e consequente desaparecimento. 2 Fim de um processo fisiológico. Fonte: Dicionário on-line inglês/wikipédia No sistema de produção de grandes projetos, temos: cada projeto é um produto único; não há um fluxo do produto; produção em baixos volumes e grande variedade; processo de longa duração, com início e fim bem definidos; tarefas com pouca ou nenhuma repetitividade; intervalos de tempos diferentes; produtos de alto custo; há dificuldades para gerenciar os projetos em função das diferentes atividades concorrentes e concomitantes; necessita de planejamento e controle de todo o processo, com técnicas como PERT-CPM; Exemplos: estaleiros (navios); fabricação de aviões; grandes estruturas de engenharia e construção civil (túnel no Canal da Mancha, pontes, hidroelétricas, edifícios); turbogeradores para Itaipu; produção de filmes. 14

Planejamento, Programação e Controle da Produção b) Classificação Cruzada de Schroeder Pode ser aplicada para serviços e para indústria, tendo duas orientações e duas dimensões. Podemos sugerir algumas orientações: por fluxo do produto com 3 tipos linha, intermitente e etapas do processo; por tipo de consumidor; para estoques: serviço rápido para o consumidor a baixo custo; o cliente tem poucas opções de escolha inflexível; necessita estudos de mercado para projetar as vendas o estoque é criado e existe antes das vendas justamente para apoiá-las; para o cliente: todas as operações são de acordo com o desejo do cliente; as condições do negócio são ditadas pelo cliente; prazo de entrega: dimensões; preço; embalagem. Podemos sugerir algumas dimensões: para estoques; para o cliente ou encomendas. Tabela 2 Classificação Cruzada de Schoroeder: exemplos. Fonte: Moreira (2011). C) Classificação Produção Enxuta O sistema de produção enxuta, na verdade, foi uma evolução da produção em massa desenvolvida pela Toyota (Japão). Nesse modelo, temos a introdução de novos conceitos: just in time; engenharia simultânea; tecnologia de grupo; consórcio modular; células de produção; desdobramento da função qualidade; comakership; sistemas flexíveis de produção; manufatura integrada por computador; benchmarking. 15

Cláudio Monico Innocencio 1.5 Capacidade de Produção Caro(a) aluno(a), é extremamente importante seu entendimento de que a capacidade de produção da empresa constitui o potencial produtivo de que ela dispõe; é aquilo que a empresa pode produzir em condições normais. Em outras palavras representa o volume ideal de produção de produtos/serviços que a empresa pode realizar. Contudo, nem sempre esse volume ideal significa o volume máximo de produção que a empresa pode suportar em um regime intensivo de horas extras e de utilização ininterrupta de equipamentos. O volume ideal de produção representa um nível adequado de atividades que permita o máximo de lucratividade e o mínimo de custos, de produção, de mão de obra, de manutenção etc. (CHIAVENATO, 1990). A capacidade de produção da empresa depende, por sua vez, de quatro subfatores, a saber: a capacidade instalada, a mão de obra disponível, a matéria-prima disponível e os recursos financeiros. Vejamos a seguir cada um desses quatro fatores. a) Capacidade instalada: é a quantidade de máquinas e equipamentos que a empresa possui e o potencial de produção que eles permitem alcançar. A capacidade instalada representa a produção possível, se todas as máquinas e equipamentos estiverem plenamente disponíveis e em funcionamento ininterrupto. b) Mão de obra disponível: é a quantidade de pessoas com que a empresa pode contar para executar o plano de produção. As máquinas não funcionam sozinhas e dependem dos operários habilitados para operá-las e mantê-las em funcionamento. c) Matéria-prima disponível: representa a matéria-prima básica, os materiais e insumos que os fornecedores entregam à empresa para abastecer a produção. d) Recursos financeiros: a capacidade financeira de fazer investimentos em produção, compras de matérias-primas, aquisição de máquinas e equipamento é um importante subfator da capacidade produtiva (CHIAVENATO, 1990). Para você saber, existem várias formas de se obter a capacidade de produção de um plano. Depende basicamente de como este plano foi obtido, de como foram agrupados os produtos em famílias dentro da unidade de negócio e de qual nosso interesse em consolidar os recursos em grupos (departamentos, células, máquinas etc.) para análise. Segundo Tubino (2000), uma rotina que pode ser seguida para esta análise é a seguinte: 1. identificar os grupos de recursos a serem incluídos na análise; 2. obter o padrão de consumo (horas/unidade) de cada família incluída o plano para cada grupo de recursos; 3. multiplicar o padrão de consumo de cada família para cada grupo de recursos pela quantidade de produção própria prevista no plano para cada família; 4. consolidar as necessidades de capacidade para cada grupo de recursos. 16

Planejamento, Programação e Controle da Produção 1.6 Elaboração do Plano de Produção Saiba que o plano de produção ou plano mestre representa aquilo que a empresa pretende produzir dentro de um determinado período. A elaboração do plano de produção depende do sistema de produção utilizado pela empresa. Se ela utiliza o sistema de produção sob encomenda, a própria encomenda ou pedido é quem vai definir o plano de produção, pois cada encomenda é em si mesma um plano de produção. Se a empresa utiliza o sistema de produção em lotes ou contínua, a previsão de vendas é transformada em plano de produção (CHIAVENA- TO, 1990). Figura 3 Origem do planejamento-mestre da produção. Fonte: Tubino (2000). No sistema de produção em lotes e no de produção contínua, o plano de produção é função da previsão de vendas. Se houver estoque de produtos acabados no depósito de PA no início do período, isso representa uma produção já executada no período anterior. A previsão de vendas é a estimativa do volume de vendas que a empresa pretende atingir em um dado período de tempo. A capacidade de produção, como já vimos, representa o potencial de produção que a empresa pode desenvolver (CHIAVENATO, 1990). Figura 4 O plano de produção nos três sistemas de produção. Fonte: Chiavenato (2005). 17

Cláudio Monico Innocencio O plano de produção qualquer que seja o sistema de produção utilizado pela empresa deve dimensionar a carga de trabalho que aproveite integralmente a capacidade de produção de empresa da melhor maneira possível. Carga de trabalho é o cálculo do volume de trabalho a ser atribuído a cada seção ou máquina em um determinado período de tempo, a fim de atender ao plano de produção. O dimensionamento da carga de trabalho não pode ser exagerado nem insuficiente. No primeiro caso, pode provocar sobrecarga, que é a atribuição de carga acima da capacidade de produção. No segundo, quando o dimensionamento está muito além da capacidade de produção, provoca capacidade ociosa. Capacidade ociosa é a capacidade de produção não aproveitada e que permanece sem utilização, um custo que não tem retorno (CHIAVENATO, 1990). Figura 5 A elaboração do plano de produção. Fonte: Chiavenato (2005). Atenção Para se elaborar o plano de produção, a política de produção, para se atender vendas, tem que ficar muito clara, pois envolve vários recursos, principalmente em torno da mão de obra. 1.7 Resumo do Capítulo Caro(a) aluno(a), Neste capítulo estudamos como deveremos planejar nossa indústria como um todo, desde algumas definições importantes, níveis de decisões, as definições e entendimentos dos tipos de processos até as tecnologias a serem aplicadas, bem como qual o sistema de produção a ser utilizado em função principalmente de seus produtos. 18

Planejamento, Programação e Controle da Produção 1.8 Atividades Propostas 1. Quais são as fases do planejamento de produção, segundo Chiavenato? 2. Quais são os padrões de demanda mais comuns? Descreva-os. 3. Quais são os tipos de sistema de produção existentes? 19

2 PROGRAMAÇÃO DE PRODUÇÃO Caro(a) aluno(a), Neste capítulo, trataremos de analisar quais as variáveis que compõem um microplanejamento, isto é, a programação, que, neste caso, está vinculada à produção. Vamos analisar esta atividade? Venha comigo. 2.1 Conceito de Programação da Produção Vamos à definição? Programação da produção é a determinação antecipada do programa de produção a médio prazo dos vários produtos que a empresa produz. Ela representa o que deve ser produzido, expresso em quantidades e datas de modelos específicos, é obtido a partir da Estimativa de Vendas. A programação da produção leva em consideração, além da Estimativa de Vendas, vários fatores, tais como: carteira de pedidos; disponibilidade de material; capacidade disponível; etc. Isso visa estabelecer, com antecedência, a melhor estratégia de produção (RUSSOMANO, 1995). Para Chiavenato (1990), a programação da produção corresponde ao detalhamento do Plano de Produção e a sua transformação em ordens de produção ou compra que deverão ser executadas cotidianamente pelas respectivas seções envolvidas. 21

Cláudio Monico Innocencio Figura 6 O fluxo de informações da programação da produção. Fonte: Chiavenato (2005). Segundo Chiavenato (1990), a programação da produção passa a ser a interface entre o planejamento, a execução e o controle da produção. Os objetivos da programação da produção são os seguintes: a) coordenar e integrar todos os órgãos envolvidos direta ou indiretamente no processo produtivo da empresa; b) garantir a entrega dos produtos acabados (PAs) ao cliente nas datas previstas ou prometidas; c) garantir disponibilidades de matérias- -primas (MPs) e componentes que serão requisitados pelos órgãos envolvidos; d) distribuir a carga de trabalho proporcionalmente aos diversos órgãos produtivos, de modo a assegurar a melhor sequência da produção e o melhor resultado em termos de eficiência e eficácia; e) balancear o processo produtivo de modo a evitar gargalos de produção, de um lado, e desperdícios de capacidade, de outro; f) aproveitar ao máximo a capacidade instalada, bem como o capital aplicado em MP, PA e materiais em processamento. g) estabelecer uma maneira racional de obtenção de recursos, como MP(compras), de mão de obra (pessoal), de máquinas e equipamentos (engenharia) etc.; h) estabelecer, por meio de ordens de produção, padrões de controle para que o desempenho possa ser continuamente avaliado e melhorado. A programação da produção é a etapa de execução do que se planejou para a produção. Nesta etapa se estabelece, por meio das ordens de produção e compras, o que será produzido, bem como quando e por quem isso será feito. É o estabelecimento de um roteiro de tarefas para os diversos setores envolvidos no processo produtivo da empresa. Além disso, a programação da produção estabelece um fluxo de informações entre todas as áreas envolvidas com a intenção de comandar, coordenar e integrar todo o processo produtivo da empresa. Além do que já foi mencionado, temos outros objetivos muito importantes na programação da produção, que seriam: 22