CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DO AMAPÁ CEAP Prof a. Nazaré Ferrão
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- Elisa do Amaral da Cunha
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1 1 Centro Ensino Superior do Amapá Curso de Administração Disciplina: ADM. DE REC. MATERIAIS E PATRIMONIAIS Professor: NAZARÉ DA SILVA DIAS FERRÃO Aluno: Turma: 5 ADN FRANCISCHINI, Paulino G.; GURGEL, F. A. Administração de materiais e do patrimônio. São Paulo: Pioneira, MARTINS, Petrônio G.; ALT, Paulo Renato Campos. Administração de materiais e recursos patrimoniais. 3 ed. rev. São Paulo: Saraiva, III- AQUSIÇÃO DE RECURSOS MATERIAIS 3.1 INTRODUÇÃO Aquisição de recursos ou bens materiais, quer sejam produtivos, não produtivos ou itens de revenda, é tratada pelas empresas de uma forma mais simples, por meio de seus departamentos (que também são chamados de diretorias, divisões ou setores) de compras ou de suprimentos. Por tratar-se da situação mais comum, encontrada em praticamente toda empresa, independentemente de seu porte. 3.2 Recursos Materiais Recursos materiais são os itens ou componentes que uma empresa utiliza nas suas operações do dia-a-dia, na elaboração cio seu produto final ou na execução do seu objeto social. Como tal são adquiridos regularmente, constituindo os estoques da empresa. Eles podem ser classificados em materiais auxiliares, matéria-prima, produtos em processo e produtos acabados. Os materiais auxiliares são aqueles que não se incorporam ao produto final. Óleos de corte, materiais de escritório e manutenção são classificados como materiais arribares. São também chamados de materiais, indiretos ou não produtivos. Os materiais que se incorporam ao produto final, incluindo os de embalagem, são classificados como matéria-prima. São também chamados de materiais diretos ou Produtivos. Os produtos em processo são os materiais que estão em processo de fabricação. Muitas pessoas dizem corriqueiramente que eles são os produtos que estão "no meio" da fábrica. Os produtos acabados são os materiais, agora já sob a forma de produto final, prontos para serem comercializados ou entregues, caso tenham sido feitos sob encomenda. Os produtos acabados são bem conhecidos por nós em nosso dia-a-dia, e itens como os de revenda enquadram-se nessa categoria. 3.3 Organização A importância e, consequentemente, a organização da área de compras na empresa estão diretamente ligadas a participação no custo do produto ou serviço vendido, dos itens comprados. É usual tal participação chegar a 80%, do custo final, como no caso das montadoras, em que normalmente o chefe da área de compras tem status de diretor. No início do processo de industrialização, a participação dos itens comprados era muito baixa, da ordem de 10% a 20% do custo final. Com a diminuição da participação dos artesões no processo industrial, a compra de componentes passou a crescer de maneira contínua até os dias de hoje e, consequentemente, aumentando a importância das compras no processo como um todo. A função de comprador era, até recentemente, atribuição do dono da empresa, que negociava
2 desde as condições de pagamento até prazos de entrega. Conhecedor que era da importância das compras na formação dos custos e na obtenção do lucro, só recentemente abriu mão de tais funções, delegando-as a compradores profissionais. Foram então surgindo nas empresas as áreas de compra, organizadas das mais variadas formas. Hoje em dia é tendência manifesta nas empresas a organização voltada por processos, em detrimento da organização voltada para as tarefas. Toda atenção deve ser dada às atividades que agregam valor ao produto, já que aquelas que não agregam valor somente são justificadas se existirem para atender exigências fiscais e/ou legais. Na identificação dos macro ou megaprocessos de uma empresa, é praticamente certa a existência do processo de compras ou procurement, independentemente do seu porte e objetivo. 3.4 O Sinal da Demanda O sinal da demanda é a forma sob a qual a informação chega à área de compras para desencadear o processo de aquisição de bem material ou patrimonial. No caso de bens patrimoniais, o sinal pode vir, por exemplo, de um estudo de viabilidade ou de uma necessidade de expansão. Já no caso de obras públicas, ele pode ser resultado, entre outros, de um estudo de mercado ou de necessidades sociais. No caso de recursos materiais, as formas mais comuns são solicitação de compra, MPR, just-intime, reposição periódica, ponto de pedido, caixeiro- viajante e contratos de fornecimento Solicitação de Compras Por meio da solicitação de compras ou requisição de compras, qualquer unidade organizacional ou mesmo um colaborador qualquer manifesta a sua necessidade de comprar um item para uso em benefício da empresa. A solicitação de compras é enviada à área de compras que providenciará, seguindo procedimentos estabelecidos, a compra do material MRP O materials requirement planning ((MRP) ou planejamento das necessidades de materiais é uma técnica que permite determinar as necessidades de compras dos materiais que serão utilizados na fabricação de um certo produto. Com base na lista de materiais (bill of material), obtida por meio da estrutura analítica do produto, também conhecida por árvore do produto ou explosão do produto, e em função de uma demanda dada, o computador calcula as necessidades de materiais que serão utilizados e verifica se há estoque disponíveis para o atendimento. Se não há material em estoque na quantidade necessária, ele emite uma solicitação de compra para os itens comprados ou uma ordem de fabricação para itens fabricados internamente. 2
3 Sistema Just-in-Time O sistema just-in-time é um método de produção com o objetivo de disponibilizar os materiais requeridos pela manufatura apenas quando forem necessários para que o custo de estoque seja menor. O JIT, que é baseado na qualidade e flexibilidade do processo de compras, também pode disparar o processo. Dependendo de como o sistema é idealizado, um cartão ou um conjunto de cartões kanban pode dar início ao processo de compras O Sistema de Reposição Periódica Para determinados itens de estoque, recomenda-se a utilização do sistema denominado reposição periódica ou intervalo padrão. No sistema de reposição periódica, depois de decorrido um intervalo de tempo preestabelecido, por exemplo, três meses, um novo pedido de compra para um certo item de estoque é emitido. Para determinar quanto deve ser comprado no dia da emissão do pedido, verifica-se a quantidade ainda disponível em estoque, comprando-se o que falta para atingir um estoque máximo, também previamente determinado Sistema da Reposição Contínua O sistema da Reposição Contínua ou sistema do ponto de pedido ou lote padrão é o mais popular método utilizado nas fábricas e consiste em disparar o processo de compra quando o estoque de um certo item atinge um nível previamente determinado. O ponto de pedido é calculado em função do consumo médio e do prazo de atendimento.
4 3.4.6 Caixeiro-Viajante O sistema de caixeiro-viajante consiste em um vendedor visitar os clientes e verificar in loco se está faltando mercadoria no estoque para que ele, em comum acordo com o cliente, tire o pedido. O sinal da demanda, no caso, a falta de mercadoria, é identificado pelo caixeiro-viajante. Com a revolução das comunicações, este sistema está desaparecendo Contratos de Fornecimento Nos contratos de fornecimento o processo de compra é iniciado em função de uma necessidade de produção. Assim, quando o material se faz necessário, o próprio sistema de computador emite e envia urna ordem de compra via EDI. Este sistema está ganhando muita importância no meio empresarial. 3.5 Softwares de Planejamento e Controle Quase todas as empresas, a partir de um certo porte, já dispõem de softwares para o acompanhamento do processo de compras. Em muitos deles o pedido de compra é emitido pelo próprio computador, quer esteja usando, para um dado item de estoque, o método do lote padrão ou o do intervalo padrão. O acompanhamento é feito por um gráfico de Gantt ou cronograma, para pedidos maiores e mais complexos. O status do pedido pode ser acompanhado por meio da verificação das fases pelas quais o processo passa. Fases pelas Quais um Processo Pode Passar Preparação das especificações Identificação dos proponentes fornecedores Preparação das cartas-convites Entrega da solicitação de fornecimento acompanhada de todas as informações necessárias e suficientes para os proponentes elaborarem suas propostas Recebimento das propostas Análise e julgamento Negociações - Emissão do pedido de compra ou contrato de fornecimento Acompanhamento do fornecimento (follow-up) Recebimento Aprovação ou contestação Solicitação do pagamento ao fornecedor 4
5 Essas fases devem ser simplificadas em função, por exemplo, da natureza do produto a ser comprado, do número de fornecedores disponíveis no mercado, da urgência da compra. 5
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