Comércio na internet: muito mais que e-commerce



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Transcrição:

Comércio na internet: muito mais que e-commerce

Sophia Mind A Sophia Mind Pesquisa e Inteligência de Mercado é a empresa do grupo de comunicação feminina Bolsa de Mulher voltada para pesquisa e inteligência de mercado. Cem por cento focada em compreender profundamente as mulheres e ajudar seus clientes a maximizar as oportunidades de comunicação com elas, a Sophia Mind busca desvendar o que elas querem, quando querem, da maneira que querem. O século XIX ficou conhecido como o século europeu; o XX, como o americano. O século XXI será lembrado como o Século das Mulheres. (Tsvi Bisk, Center for Strategic Futurist Thinking, 2008) Sophia Mind acredita que este é o século do avanço feminino em todos os setores e do aumento contínuo do poder nas mãos delas, seja de compra, seja de grandes transformações políticas e sociais. As mulheres estão passando por grandes mudanças comportamentais, culturais e sociais, e precisam ser compreendidas profundamente para que se estabeleça com elas uma comunicação efetiva e conveniente.

Contextualização O espaço que a internet vem conquistando no dia a dia dos consumidores já é um fato que pode ser notado tanto com o crescimento dos lucros provenientes do e- commerce, que pretende alcançar a marca de R$14,3 bilhões até o final de 2010, quanto com o aumento do tempo médio despendido pelos usuários entre redes sociais, blogs, sites e a última novidade do mercado: sites de compras coletivas. Este estudo tem o objetivo de mostrar que a influência da internet no comércio ultrapassa o e-commerce (o ato de comprar online) e tem impacto no comportamento de consumo feminino em diferentes categorias, como produtos de beleza, produtos tecnológicos, bens virtuais, entre outras. A relevância deste estudo é elevada para empresas e profissionais que já se deram conta que as mulheres representam o maior mercado consumidor do país. Dados de outras pesquisas da Sophia Mind indicam que 66% das decisões de compra das famílias brasileiras são tomadas por mulheres.

E-commerce O e-commerce é a forma direta de impacto da internet no consumo. Representa o ato de compra através de ferramentas online. O crescimento desta modalidade de comércio no Brasil, que, desde 2001, registrou um aumento de mais de 2.000%, revela a internet como uma ferramenta potencializadora de vendas para as empresas/marcas. Apenas no primeiro semestre de 2010, segundo dados do estudo Webshoppers, divulgado pelo e-bit, cerca de 55% dos e-consumidores que realizaram uma compra pela internet através de uma rede social são mulheres. Dentre os principais motivos de uso da internet pelas mulheres, fazer compras é mencionado por 41% delas.

E-commerce Nos últimos anos, o crescimento do e-commerce se deu pela entrada de novos compradores, bem como o aumento da frequência de compra. O aumento da base compradora ocorreu por dois motivos fundamentais: o aumento na credibilidade e redução da insegurança nas transações online e maior penetração da internet nas classes C e D. 4.4 2.5 13.2 1.1 0.6 2 1.4 3.4 2001 2003 2005 2007 2009 E-c onc umidores Novos e- consum idores 7 Fonte: e-bit

E-commerce Com o aumento dos e-consumidores e da frequência de compra, o volume transacionado também cresce ano a ano. Desde 2001, a menor variação anual foi de 30%. Faturamento (R$ bilhões) com e-commerce no Brasil: 14.3 10.6 4.4 6.3 8.2 0.54 0.85 1.18 1.75 2.5 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 * Fonte: e-bit (2010 é uma previsão)

E-commerce Gastos com e-commerce: 28% das entrevistadas gastam mais de R$ 500 / mês, e 20% gastam entre R$ 200 e R$ 500 / mês com compras online. O gasto médio aproximado é de R$ 475.

E-commerce Categoria de produtos mais comprados: Livros ou revistas e aparelhos eletrônicos ou de informática são as duas categorias mais compradas pelas mulheres. Entre 2004 e 2006, CDs e DVDs estavam em segundo lugar como produtos mais consumidos no e-commerce brasileiro.

Influência da internet nas decisões de compra Quando relacionamos internet e consumo, logo imagina-se e-commerce. Como mostrado nos slides anteriores, as compras online no Brasil estão crescendo anualmente em volume de transações e número de e-consumidores. Porém, não é só o e-commerce que relaciona internet e consumo. A rede tem sido fundamental para determinar como, quando e por que as mulheres consomem. Nos próximos slides, apresenta-se a importância da internet nas decisões de compra em diversos mercados. Em cada um deles, a internet e suas ferramentas (redes sociais, por exemplo) têm uma forma diferente de impacto.

1. Produtos eletrônicos 81% das mulheres possuem interesse em comprar produtos eletrônicos nos próximos 6 meses. Dentre elas, 65% buscam informações na internet sobre produtos eletrônicos (TVs de alta definição, notebooks, smartphones, tablets, etc.), o que revela a importância da ferramenta no processo de decisão de compra. A compra de produtos desta natureza, por se tratar de valores altos, são bem trabalhadas pelas mulheres. Além da internet para buscar informações, elas pesquisam preço, perguntam para pessoas de confiança, entre outras medidas e, muitas vezes, chegam às lojas sabendo mais sobre o produto do que os próprios vendedores. O que você faz para decidir sua compra? Onde você compraria um produto tecnológico? As lojas de grande varejo e as grandes lojas na internet são os principais pontos de venda de produtos tecnológicos. Internet como fonte de informação para a tomada de decisão de compras.

2. Eletroportáteis Percepção das mulheres em relação as frases: Este mercado composto por aparelhos como liquidificador, batedeira, mixer e outros sofre a influência da internet de outra maneira. 70% das entrevistadas afirmam usar a internet para pesquisar o melhor preço. Também é através da internet que grande parte das mulheres fica sabendo das novidades. 65% concordam que a publicidade na internet apresenta as novidades do setor. Internet como forma de conhecimento de novos produtos (novidades) via publicidade é útil para a tomada de decisão (sites de comparação de preço).

3. Produtos de beleza Apenas 12% das mulheres entrevistadas não usam a internet para buscar informações sobre produtos de beleza. Para as demais, 88%, a internet possui diversas finalidades na busca de informações e no processo de compra desses produtos. A principal atividade realizada na internet é a leitura de dicas de como usar os produtos de beleza encontrada em sites com conteúdos femininos, redes sociais, sites do fabricantes, etc. A comparação de preço também é relevante para mais da metade das mulheres.

3. Produtos de beleza A compra de produtos de beleza é muito influenciada pelas indicações de amigas (pessoas de confiança) e profissionais da área (cabeleireiro, por exemplo). Como você fica sabendo de novos produtos de beleza? Com isso, o papel da internet e, principalmente, das redes sociais é muito relevante. Sem tempo de encontrar todos os amigos ou familiares, as redes sociais se transformaram em ambientes de interação entre as pessoas com a troca de notícias, fotos, vídeos, acontecimentos e, até mesmo, experiências de compras. As redes sociais são importantes neste segmento para a construção da imagem de um produto ou marca, visto que as indicações entre amigas podem alavancar as vendas. Por outro lado, a rejeição ou reclamação tem efeito contrário. Os dados para ilustrar a conclusão acima são: 52% das mulheres buscam indicações de outras pessoas; 33% não compram quando leem comentários negativos sobre o produto ou marca desejada. Ou seja, as redes sociais são grandes repositórios de resenhas de uso de produtos ou experimentação de serviços. Redes sociais como fonte de indicação ou rejeição de produtos ou serviços.

4.1 Compras coletivas Essa nova categoria de sites teve bastante aceitação entre as mulheres, que, atualmente, são maioria nas bases de usuários cadastrados. A grande maioria das ofertas já são oferecidas visando esse público, com serviços de beleza, gastronomia e lazer. 43% das usuárias de internet conhecem algum site de compras coletivas, mesmo com a recente chegada do modelo ao Brasil (início de 2010). Praticamente metade das mulheres que conhecem o modelo comprou pelo menos 1 produto. 90% delas compraram até 3 vezes. O ticket médio é superior a R$ 30 para 79% das consumidoras. Distribuição da quantidade de compras por usuária: 60% 50% 49% 40% 30% 25% 20% 15% 10% 4% 3% 2% 1% 2% 0% 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10oumais

4.2 Bens virtuais No e-commerce tradicional, a consumidora compra um produto através da internet e o recebe fisicamente em seu endereço. Os bens virtuais são itens comprados através de e-commerce que são usados virtualmente em redes sociais e social games (como avatar e itens de jogos como Farmville). Este é um mercado ainda novo no Brasil (18% das usuárias de internet já compraram um bem virtual), mas já possui público elevado nos EUA (45% das usuárias de internet). Considerando as brasileiras que já compraram itens dessa natureza, 36% gastam mais de US$50 por compra realizada. O gasto médio por compra é de US$20. E-commerce possibilitando novas formas de negócios.

Twitter Dentre as redes sociais mais populares atualmente, o microblog Twitter permite o relacionamento entre consumidoras e empresas / marcas. As mulheres, que gostam de ser ouvidas, querem interagir com as marcas, recebendo promoções e conteúdo e dando ideias e feedback para as empresas. No Facebook, 39% das usuárias já curtem alguma marca. Da mesma forma que as seguidoras de marcas no Twitter, elas gostariam de saber sobre promoções e novidades da marca.

Conclusões Seguindo a lógica do mercado tradicional, as mulheres também estão em busca de vantagens, orientadas por uma nova lógica de consumo mediada pela internet. Mesmo os grandes varejistas que já obtinham consideráveis lucros no mercado tradicional, com o crescimento do número de consumidores da classe C e o aumento da familiaridade com a ferramenta internet, perceberam a necessidade de entrar no mundo online. Os bens virtuais, mesmo não oferecendo produtos físicos, já roubam uma parcela dos gastos femininos na rede, tendência que vem aumentando conforme o mercado apresenta novidades. O e-mail não perdeu sua importância, pois, em conjunto com as redes sociais, se bem utilizados, impulsionam os empreendimentos de qualquer negócio que pretenda atingir as mulheres, seja para que elas possam compartilhar suas experiências, seja para que tenham acesso a informações sobre os produtos e serviços. Estes conteúdos têm de oferecer, principalmente, promoções e descontos, sempre atrelados a utilidade e funcionalidade. O controle exercido pelas mulheres na maioria dos setores do mercado, conquistado nos últimos anos, está criando uma necessidade de marcas, empresas e futuros empreendedores conhecerem melhor seus comportamentos de consumo e os melhores canais para estabelecer comunicação com elas.

Conclusões Quando se trata da relação consumo e internet, não é só o e-commerce que está envolvido. Apesar do crescimento ano após ano das transações online, a internet tem muitos outros papéis na forma de consumo feminino. - Informações sobre produtos e serviços para avaliação e posterior compra online ou offline; - Poupar tempo, já que é possível a pesquisa do melhor preço em sites especializados; - Apresentar novidades; - Na troca de experiências de compra; - Possibilitar novas formas de negócio; - Relacionar empresas e consumidoras. Cada mercado possui a sua dinâmica própria. A internet tem formas de influência nas decisões de compra de forma diferente para cada mercado. As empresas precisam entender as consumidoras e seus anseios para terem com elas uma comunicação eficiente e produtos que as atendam.

www.sophiamind.com