PADRÕES DE QUALIDADE DOS CUIDADOS DE ENFERMAGEM PROJETO: QUEDAS CENTRO HOSPITALAR DO MÉDIO TEJO, EPE



Documentos relacionados
REP REGISTO DOS PROFISSIONAIS DO EXERCICIO

H. Problemas/outras situações na ligação com a Segurança Social;

ANEXO CONDIÇÕES OU RESTRIÇÕES RESPEITANTES À UTILIZAÇÃO SEGURA E EFICAZ DO MEDICAMENTO A SEREM IMPLEMENTADAS PELOS ESTADOS-MEMBROS

ISO 9001:2008 alterações à versão de 2000

WORKSHOPS SOBRE AS POSSIBILIDADES DE COOPERAÇÃO / CONCENTRAÇÃO NO SECTOR AUXILIAR NAVAL

EIXO 3 CONECTIVIDADE E ARTICULAÇÃO TERRITORIAL AVISO DE ABERTURA DE CONCURSO N.º 2

PROJETO: QUEDAS PADRÕES DE QUALIDADE DOS CUIDADOS DE ENFERMAGEM. Secção Regional do Sul. Trabalho elaborado por:

Modelo de Comunicação. Programa Nacional para a Promoção da Saúde Oral

Em qualquer situação, deve ser incluída toda a informação que seja relevante para a análise e resolução da questão/problema.

Apresentação ao mercado do cronograma do processo de adopção plena das IAS/IFRS no sector financeiro

REGULAMENTO DE ESTÁGIO DE INICIAÇÃO PROFISSIONAL

Unidade 7: Sínteses de evidências para políticas

QUEDAS EM CRIANÇAS E JOVENS: UM ESTUDO RETROSPETIVO ( ) Reedição, revista e adaptada

MONITORIZAÇÃO DA SATISFAÇÃO DOS UTILIZADORES DA ULSNA

INFORMAÇÃO COMPLEMENTAR

Número de cédula profissional (se médico); Nome completo; 20/06/2014 1/7

PROGRAMA DE AÇÃO PARA O ANO 2016

Novas Salvaguardas Ambientais e Sociais

Regulamento para realização do Trabalho de Conclusão de Curso

Âmbito do Documento. Modelo de Comunicação. Modelo de Comunicação. Prescrição Eletrónica Médica - Aplicação

Capítulo 17. Sistema de Gestão Ambiental e Social e Plano de Gestão Ambiental e Social

Curso Profissional de Técnico Auxiliar de Saúde

SMART CONTROLE DO ESTOQUE DE GONDOLA

URGENTE AVISO DE SEGURANÇA HeartSine Technologies samaritan PAD 500P (Desfibrilhador de Acesso Público) Actualização do Software

CIRCULAR. Circular nº 17/DSDC/DEPEB/2007. Gestão do Currículo na Educação Pré-Escolar. Contributos para a sua Operacionalização

SEGURANÇA DO PACIENTE: A PRESCRIÇÃO MÉDICA E A PREVENÇÃO

O projeto Key for Schools PORTUGAL

DEPARTAMENTO DE EXPRESSÕES

INDICE DE PREÇOS TURISTICO. Desenvolvido no quadro do Programa Comum de Estatística CPLP com o apoio técnico do INE de Portugal

Regulamento da Feira de Ciência

Relatório de Gerenciamento de Riscos

Manual de Procedimentos

OBJECTIVO. Ligação segura às redes públicas de telecomunicações, sob o ponto de vista dos clientes e dos operadores;

Orientações e Recomendações Orientações relativas à informação periódica a apresentar à ESMA pelas Agências de notação de risco

Em qualquer situação, deve ser incluída toda a informação que seja relevante para a análise e resolução da questão/problema.

Aplicações Clinicas. Patologia Clínica. Luís Lito

Resultado do Inquérito On-line aos Participantes dos Workshops Realizados pela Direção-Geral das Artes. Avaliação da Utilidade dos Workshops

INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO DE VISEU ESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIA E GESTÃO DE LAMEGO EDITAL

Banco Industrial do Brasil S.A. Gerenciamento de Capital

DISCIPLINA: Matemática. MACEDO, Luiz Roberto de, CASTANHEIRA, Nelson Pereira, ROCHA, Alex. Tópicos de matemática aplicada. Curitiba: Ibpex, 2006.

Cursos Profissionais de Nível Secundário (Decreto-Lei n.º 74/2004, de 26 de Março)

Modelo de Negócios. TRABALHO REALIZADO POR: Antonio Gome // Jorge Teixeira

Anexo V. Software de Registro Eletrônico em Saúde. Implantação em 2 (duas) Unidades de Saúde

GESTÃO DE LABORATÓRIOS

SEGURANÇA NO TRABALHO CONTRATADOS E TERCEIROS DO CLIENTE

Relatório de Gerenciamento de Riscos

Promover a obtenção de AIM (Autorização de Introdução no Mercado) no estrangeiro de medicamentos criados e desenvolvidos em Portugal.

1. Conceituação Percentual de crianças imunizadas com vacinas específicas, em determinado espaço geográfico, no ano considerado.

AMBULATÓRIO DE ENDOCRINOLOGIA OBSTÉTRICA ENDOB. 1- Hipóteses diagnósticas que devem ser encaminhadas para este ambulatório

Pessoal, vislumbro recursos na prova de conhecimentos específicos de Gestão Social para as seguintes questões:

BENEFÍCIO AUXÍLIO CUIDADOR DO IDOSO

Legenda da Mensagem de Resposta à Verificação de Elegibilidade (respostaelegibilidade)

Direitos e Obrigações no âmbito dos Acidentes Profissionais e Doenças Profissionais

Estratégias de Conservação da Biodiversidade

CONCORRÊNCIA AA Nº 05/2009 BNDES ANEXO II PROJETO BÁSICO: JORNADA AGIR

Projetos, Programas e Portfólios

CURSO DE TRIPULANTE DE AMBULÂNCIA DE SOCORRO

Em qualquer caso, deve ser incluída toda a informação que seja relevante para a análise e resolução

Boletim Técnico. CAGED Portaria 1129/2014 MTE. Procedimento para Implementação. Procedimento para Utilização

DISSERTAÇÃO NOS MESTRADOS INTEGRADOS NORMAS PARA O SEU FUNCIONAMENTO

INSTITUTO DE EXCELÊNCIA EM EDUCAÇÃO DE SAÚDE IEES. Excelência na Formação através da Experiência e Aplicação MARKETING FARMACÊUTICO PRÁTICO

MANUAL DE PROCEDIMENTOS PARA REGISTO DE. Técnicos de Instalação e Manutenção de Edifícios e Sistemas. (TIMs)

PRINCIPAIS FACTOS E NÚMEROS SOBRE NUTRIÇÃO 1

Novas Salvaguardas Ambientais e Sociais

Gabinete de Serviço Social

POR UMA GEOGRAFIA MELHOR

Processos de Apoio do Grupo Consultivo 5.5 Suporte Informático Direito de Acesso à Rede

PLATAFORMA EMPRESAS PELO CLIMA

Vensis PCP. Rua Américo Vespúcio, 71 Porto Alegre / RS (51) comercial@vensis.com.br

METAS DE COMPREENSÃO:

ALTERAÇÕES NO SISTEMA ORION

Operação Metalose orientações básicas à população

CTH - ALERT REFERRAL NOVAS FUNCIONALIDADES/Perfil Administrativo Centro de Saúde

SITUAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA ATUAL

5. PLANEJAMENTO E ORGANIZAÇÃO DA MANUTENÇÃO:

Orientações para as Candidaturas

Alteração à Linha de Crédito para apoio às Empresas de Produção, Transformação e Comercialização de Produtos Agrícolas, Pecuários e Florestais

T12 Resolução de problemas operacionais numa Companhia Aérea

AUTOR NICOLAU BELLO 1. N I c o b e l h o t m a I l. C o m

Resumo Executivo - Funcionalidades 1 INTRODUÇÃO

Plano de curso Planejamento e Controle da Manutenção de Máquinas e Equipamentos

(1) (2) (3) Estágio II Semestral 6 Inovação e Desenvolvimento de Produtos Turísticos

Apresentação Higiene, Segurança e Medicina no Trabalho

Apresentação. Higiene, Segurança e Medicina no Trabalho

DISCIPLINA: Matemática e Matemática Aplicada

GUIA DE RELACIONAMENTO MT-COR: 001 Revisão: 000

ENCONTROCAS 2º SEMESTRE ORIENTAÇÕES GERAIS PARA O CURSO DE PEDAGOGIA. O ENCONTROCAS é um evento semestral realizado pelo Instituto Superior de

Informática II INFORMÁTICA II

Consulta Serviços de conceção e desenvolvimento criativo, produção e montagem do Fórum PORTUGAL SOU EU

3 Formulação da Metodologia 3.1. Considerações Iniciais

ÍNDICE. 1. Introdução Objectivos Metodologia Estudo de Painel Definição e selecção da amostra...

Posição CELPA Associação da Indústria Papeleira

Pesquisa Oficial de Demanda Imobiliária SINDUSCON Grande Florianópolis. NÃO ASSOCIADOS Apresentação

Novo Sistema Almoxarifado

Resultados Consolidados 1º Semestre de 2015

3. DESTINATÁRIOS DA ACÇÃO 4. EFEITOS A PRODUZIR: MUDANÇA DE PRÁTICAS, PROCEDIMENTOS OU MATERIAIS DIDÁCTICOS

DIRETRIZES PARA APRESENTAÇÃO DE REDES E CRONOGRAMAS SUMÁRIO 1 OBJETIVO ELABORAÇÃO PLANEJAMENTO...2

A Cooperação para a Saúde no Espaço da CPLP

Vensis Manutenção. Rua Américo Vespúcio, 71 Porto Alegre / RS (51) comercial@vensis.com.br

Transcrição:

Secçã Reginal d Sul PADRÕES DE QUALIDADE DOS CUIDADOS DE ENFERMAGEM PROJETO: QUEDAS CENTRO HOSPITALAR DO MÉDIO TEJO, EPE TRABALHO ELABORADO POR: Carla Travanca, Emília Rat, Margarida Carm e Nelsn Paulin OUTUBRO DE 2011

ÍNDICE pág. 1 IDENTIFICAR E DESCREVER O PROBLEMA. 4 2 PERCEBER O PROBLEMA. 5 2.1 GRAUS DE EVIDÊNCIA E RECOMENDAÇÕES.. 8 3 O PROBLEMA DAS QUEDAS NO CHMT.... 16 4 PERCEBER AS CAUSAS DO PROBLEMA. 26 5 PLANEAR E EXECUTAR AS TAREFAS... 5.1 OBJETIVOS.. 5.2 INDICADORES 33 33 33 6 VERIFICAÇÃO DOS RESULTADOS. 35 7 PROPOR MEDIDAS CORRECTIVAS, STANDARDIZAR E TREINAR A EQUIPA 36 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ANEXOS Anex 1 Prtcl Medidas de Segurança na Prevençã de Quedas (PT. GRL. 047.05) Anex 2 Instruçã de Trabalh Avaliaçã d Risc de Queda (IT.GRL.409.05) Anex 3 Impress Avaliaçã d Risc de Queda (IMP.GRL.409.04) Anex 4 Impress Medidas de Prevençã na queda (IMP.GRL.416.01) Anex 5 Impress Ocrrência de Queda d Utente (IMP.GRL.404.06) Anex 6 Recmendações para a Prevençã de Quedas n Dmicili Prject: Quedas CHMT, EPE Página 1

INDICE DE QUADROS pág. Quadr 1 Factres de risc para quedas 7 Quadr 2 - Níveis de evidência. 8 Quadr 3 - Graus de Recmendaçã 9 Quadr 4 Causas das quedas e percentagens. 30 Quadr 5 - Critéris de Qualidade na prevençã de quedas. 32 Prject: Quedas CHMT, EPE Página 2

INDICE DE GRÁFICOS pág. Gráfic 1 Taxas de mrtalidade ajustada pela idade para mrtes pr queda pr 1000 000 idss na UE 6 Gráfic 2 Taxa de incidência de quedas 18 Gráfic 3 Factres de risc na queda 19 Gráfic 4 Origem da queda. 20 Gráfic 5 Quedas pr nível de risc 21 Gráfic 6 Quedas pr faixa etária 22 Gráfic 7 Intervençã médica 22 Gráfic 8 Quedas pr turn. 23 Gráfic 9 Cnsequências da queda 24 Prject: Quedas CHMT, EPE Página 3

1- IDENTIFICAR E DESCREVER O PROBLEMA N an de 2007 a Direcçã de Enfermagem d CHMT definiu cm priridade, em terms de qualidade, a mnitrizaçã d númer de quedas. Esta decisã teve cm pnt de partida as rientações da DGS e a Jint Cmmissin Internatinal. O bjectiv geral inicial fi diminuir númer de quedas, ainda que nesse mment nã fsse cnhecida a dimensã d prblema. N CHMT ns ans de 2007 a 2010 númer de quedas fi de: 138, 190, 181 e 165 respectivamente, que crrespndeu a uma taxa de incidência de quedas: 7,07 ; 10,11 ;10,16 e 9,75. Em 2011, perante s dads prduzids, pdems cnfirmar que este cntinua a ser um prblema, centrad n utente, sensível à prática autónma de enfermagem e cnducente a ganhs em saúde e ptimizaçã de custs. Apesar de nã cnhecerms as taxas de incidência de quedas hspitalares a nível internacinal e nacinal, tend em cnsideraçã s custs em saúde e ecnómics que as quedas e suas cnsequências pdem representar este é cnsiderad um prblema para a segurança ds utentes. O fc cair cnsta d Resum mínim de Dads e Cre de Indicadres de Enfermagem ind a encntr das necessidades de infrmaçã ds múltipls utilizadres d sistema de saúde (OE, Outubr de 2007) Cm base n terceir enunciad descritiv (Prevençã de cmplicações) fi prpst este prject de melhria da qualidade ds cuidads de enfermagem, na temática da prevençã de quedas em ambiente hspitalar. Cair é um fc de Enfermagem que se define cm: descida rápida d crp de um nível superir para um nível inferir, devid a desequilíbri, desmai u incapacidade para sustentar pess e permanecer na vertical. (CIPE versã 2.0;2011) Prject: Quedas CHMT, EPE Página 4

2- PERCEBER O PROBLEMA Para perceber a dimensã d prblema n CHMT fms pesquisar dads e rientações nacinais e internacinais sbre a temática. As quedas sã classificadas cm um prblema de Saúde Pública e têm sid bjet de precupaçã ds decisres plítics a nível nacinal e internacinal, a pnt de se terem criad prgramas nacinais de prevençã de quedas nas pessas idsas, trnand-se pr iss imprtante a sua implementaçã a nível lcal e pr cnseguinte também a nível das instituições de saúde. A Organizaçã Mundial da Saúde chama a atençã para fact de as quedas serem a segunda principal causa de mrte pr lesã acidental u nã intencinal em td mund, lg após s acidentes rdviáris (WHO, 2010) A nível mundial, embra nã fatais, cerca de 37,3 milhões de quedas pr an sã graves suficiente para exigir atençã médica. A mair mrbilidade crre em pessas cm mais de 65 ans, jvens adults cm idades entre s 15 e s 29 ans e crianças cm 15 u mens ans. Os custs financeirs assciads às lesões relacinadas cm quedas sã substanciais. N Ranking eurpeu (EU 27), Prtugal apresenta a nna taxa de mrtalidade ajustada pela idade para mrtes pr quedas pr 100 000 idss de 27.5, cnfrme se pde bservar n gráfic a seguir apresentad (EUNESE, 2006). Prject: Quedas CHMT, EPE Página 5

Gráfic 1 Taxas de mrtalidade ajustada pela idade para mrtes pr queda pr 1000 000 idss na UE A Eurpa e Prtugal mais cncretamente nã se deparam apenas cm prblema da mrtalidade relacinada cm quedas ns idss. Há utras cnsequências que geram custs elevads para a saúde tais cm lesões múscul-esqueléticas, em particular as fracturas da anca, que geram um ds principais custs ns hspitais (EUNECE, 2006) A Incidência de quedas em lares e hspitais é duas a três vezes mais elevadas d que na cmunidade e as suas cmplicações sã também cnsideravelmente maires. Dez a 25% das quedas em instituições resultam em fractura, laceraçã u necessitam de cuidads hspitalares (NICE, 2004). Aprximadamente 50% das quedas ds idss crrem dentr da sua própria casa. (EUNECE, 2006) Em ambiente hspitalar, episódi de queda de utente pde aumentar temp de internament, cust d tratament e causar descnfrt a utente e família e assciar cepticism relativamente à qualidade d serviç de enfermagem e à respnsabilidade ds prfissinais (Marin, Burie, Safran, 2000). Em Prtugal e segund dads d IGAS em 2006, 2007 e Janeir de 2008 em 56 hspitais prtugueses inspeccinads registaram-se 4200 quedas de dentes de Prject: Quedas CHMT, EPE Página 6

macas u de camas, send que 85 vieram a falecer, ainda que nã seja pssível estabelecer uma relaçã causa-efeit. A literatura de uma frma glbal, refere que para uma intervençã a nível da prevençã de quedas, é fundamental recnhecer s factres de risc e nível de expsiçã a risc e cnsidera genericamente que s factres de risc para quedas, pdem ser dividids em três categrias: factres intrínsecs (u individuais), factres extrínsecs (u ambientais) e expsiçã a risc que a seguir se apresentam. Idade Géner feminin Histrial de quedas Factres Intrínsecs Medicaçã psictrópica Plimedicaçã (mais de 4) Viver szinh Denças crónicas: DPOC; Depressã, artrses Mbilidade reduzida e balanç Med de cair Deficiências nutricinais Factres Extrínsecs Riscs ambientais (fraca iluminaçã, piss escrregadis, superfícies irregulares) Calçad e vestuári nã aprpriad Bengalas u andarilhs nã aprpriads Quedas a entrar e sair de autcarrs, slavancs ns autcarrs e cmbis cm peã u cndutr; quedas de bancs, cadeiras, cama, escadtes, telhads, árvres, etc; usar ferramentas, etc. Falta de vitamina D Dificuldades cgnitivas, demência Visã reduzida (cataratas, glaucma, etc.) Prblemas cm s pés (defrmidades ds deds, úlceras, etc.) Histrial de enfartes, dença de Parkinsn Infecções graves/dença (infecções urinárias, gripe, etc.) Prject: Quedas CHMT, EPE Página 7

Quadr 1 Factres de risc para quedas N respeitante à expsiçã a risc alguns estuds referem que: Pessas mais activas e as mais inactivas crrem maires riscs de quedas; Algumas actividades parecem ptenciar risc de quedas, pr aumentar a expsiçã a situações de risc ambiental (piss escrregadis e/u irregulares, áreas atulhadas, paviments degradads), exaustã u práticas incrrectas em sessões de exercíci 2.1 - GRAUS DA EVIDÊNCIA Os graus u níveis de evidência aqui apresentads fram atribuíds a partir d estad da evidência que deriva da revisã de evidencias. A hierarquia da evidência apresentada n Quadr 1, é a recmendada pel NICE. Evidência btida a partir de meta-análises de estuds de cntrle I randmizads, u pel mens a partir de um estud de cntrle randmizad Evidência btida a partir de um estud de cntrle nã II randmizad, u de pel mens um utr tip de estud quasiexperimental. Evidência btida a partir de estuds descritivs nã experimentais, III bem cm estuds de cmparaçã, estuds de crrelaçã e estuds cas-cntrle. Evidência btida a partir de relatóris u piniões de perits e u IV experiencia clínica e autridades recnhecidas. Quadr 2 - Níveis de evidência De acrd cm NICE para frmulaçã e us de recmendações clínicas, cncrdu-se cnsiderar seguir s seguintes factres: A melhr evidência cm preferência dada às evidências empíricas sbre a apreciaçã de perits quand dispníveis, incluind: Resultads d mdel ecnómic; Eficácia ds dads, tend em cnsideraçã a frça de evidência - nível, qualidade, precisã - bem cm tamanh d efeit e da relevância da evidência; Sempre que relataram dads sbre resultads adicinais cm events adverss, aceitabilidade e piniões d utente; Prject: Quedas CHMT, EPE Página 8

Uma cmparaçã entre s resultads para intervenções alternativas, sempre que pssível; A viabilidade de intervenções inclusive, quand dispnível, cust da intervençã, a aceitabilidade para s clínics, utentes e cuidadres e adequaçã da intervençã; O equilíbri ds benefícis cntra s riscs - incluind, nde fram reprtads s parâmetrs pertinentes de tds s utentes e s resultads d mdel ecnómic A aplicaçã das evidências para grups definids n âmbit da rientaçã, tend cnsiderad perfil ds utentes recrutads para s ensais. A Diretamente baseada na categria da evidência I B Diretamente baseada na categria da evidência II u recmendaçã extraplada a partira da categria da evidência I C Diretamente baseada na categria da evidência III u recmendaçã extraplada a partir da categria da evidência I u II D Diretamente baseada na categria da evidência IV u recmendaçã extraplada a partir da categria da evidência I, II, u III Quadr 3 - Graus de Recmendaçã Recmendações e Nível de evidência da intervençã cm suprte em revisões da evidência IDENTIFICAÇÃO DO RISCO História de quedas A história de queda é frequentemente relatada cm um imprtante fatr de risc e preditr de ptencial de mais quedas Recmendaçã [C] Nível de evidência III - A queda anterir é fatr de risc mais frequentemente relatad. Mbilidade e Equilíbri Mbilidade reduzida, distúrbis da marcha e défices d equilíbri têm sid frequentemente referids cm preditres significativs de futuras quedas em estuds de crte prspectivs. Prject: Quedas CHMT, EPE Página 9

Recmendaçã [C] Nível de evidência III A Mbilidade reduzida, distúrbis da marcha e défices de equilíbri sã frequentemente referids cm imprtantes fatres de risc Nível de evidência I A intervençã cm fc na marcha e equilíbri têm revelad uma reduçã nas quedas Avaliaçã Multifactrial d Risc de Quedas Deve ser realizada a avaliaçã de pessas cm história de queda e a presença de utrs fatres de risc. A identificaçã das pessas em situaçã de risc vai permitir as prfissinais referenciarem as pessas mais velhas para intervenções efetivas rientadas para factres específics. Recmendaçã [C] A avaliaçã multifatrial deve incluir seguinte: Identificaçã de história de quedas; Avaliaçã da marcha, equilíbri, mbilidade, e fraqueza muscular; Avaliaçã d risc de steprse; Avaliaçã da pessa idsa percebend a capacidade funcinal e med relacinad à queda; Avaliaçã de deficiência visual; Avaliaçã de cmprmetiment cgnitiv e exame neurlógic; Avaliaçã da incntinência urinária; Avaliaçã ds perigs em casa; Exame cardivascular e revisã medicamentsa Nível de evidência III - Muits fatres de risc individuais têm vind a prvar serem preditivs subsequentes de queda; Prtant, a presença de mais d que um ds fatres abaix indicads aumenta risc de queda: A história de queda Défice de marcha Défice de equilíbri Deficiência da mbilidade Prject: Quedas CHMT, EPE Página 10

Med de cair Deficiência visual Cmprmetiment cgnitiv Incntinência urinária Perigs em casa O númer de medicaments Medicaments psictrópics e cardivasculares Fraqueza muscular Intervençã Multifatrial A tds s idss cm quedas recrrentes, u avaliads cm tend mair risc de queda, deve ser cnsiderada intervençã individualizada multifatrial. Para sucess ds prgramas de intervençã multifatrial sã cmuns s seguintes cmpnentes específics: Trein de frça e equilíbri; Avaliaçã e intervençã ds perigs em casa/serviç; Avaliaçã da visã e encaminhament; Revisã da medicaçã cm alteraçã / suspensã. Após tratament de uma lesã pr queda, deve ser desenvlvida uma avaliaçã e intervençã multidisciplinar individualizada, para identificar e reslver riscs futurs, que visem prmver a independência e melhrar a funçã física e psiclógica. Recmendaçã [A] Nível de evidência I As intervenções Multidisciplinares e multifatriais, sã eficazes na reduçã das quedas ns seguintes grups ppulacinais e cnfigurações: Pessas mais idsas residentes na cmunidade Pessas mais idsas em lcais de cuidads prlngads Prgramas de reabilitaçã multidisciplinares e multifatriais, sã eficazes na reduçã da incidência de quedas em pessas mais idsas que sfreram uma queda cm lesã. Trein de frça e equilíbri A prescriçã de prgramas individualizads de exercíci tem demnstrad ser eficaz na prevençã de quedas. Prject: Quedas CHMT, EPE Página 11

É recmendad trein da frça e equilíbri. As pessas cm mair prbabilidade de benefíci sã as mais idsas Recmendaçã [A] Nível de evidência I - A prescriçã individual de prgramas de frtaleciment muscular e trein de equilíbri, é eficaz na reduçã de quedas. Os prgramas individuais de frtaleciment muscular prgressiv, de exercícis de trein de equilíbri e andar, reduzem significativamente númer de quedas, pr um períd superir a um an. Exercíci em serviçs de cuidads prlngads Sã recmendadas Intervenções multifatriais cm uma cmpnente de exercíci para pessas mais idsas que se encntram em unidades de cuidads prlngads e que estã em risc de queda. Recmendaçã [A] Nível de evidência I - A evidência sugere que uma abrdagem cm base na prescriçã de intervenções de exercíci, individualmente u em grup em unidades de cuidads prlngads nã é eficaz na reduçã de quedas N entant, exercíci é eficaz cm cmpnente em prgramas multifatriais. Perig em casa e intervençã de segurança Às pessas idsas que recebam tratament hspitalar depis de uma queda deve ser realizada avaliaçã ds perigs em casa e intervençã na segurança / mdificações. Ist deve fazer parte d planeament de alta e realizad dentr de um praz acrdad pel utente u cuidadr, e membrs da equipe de saúde. A avaliaçã d risc só é eficaz se fr assciada a intervençã e acmpanhament e nã um act islad. Recmendaçã [A] Nível de evidência I A evidência sugere que as intervenções de mdificaçã d perig em casa (intervenções de segurança) pdem diminuir a incidência de quedas sbretud em pessas idsas cm histrial de quedas (resultad de 4 ensais) Prject: Quedas CHMT, EPE Página 12

Medicaçã Psictrópica Pessas idsas a fazer medicaçã psictrópica devem ter a medicaçã revista pr especialistas, se adequad, e esta deve ser diminuída lg que pssível para diminuir risc de queda. Recmendaçã [B] Nível de evidência II Um estud em pessas cm mais de 65 ans sugere que prgramas de diminuiçã prgressiva da medicaçã psictrópica, cm retirada gradual num períd de 14 semanas é eficaz na diminuiçã de quedas. Estimulaçã cardíaca A estimulaçã cardíaca cm cardiinibiçã da hipersensibilidade d sei cartide deve ser cnsiderada em pessas idsas que tiveram quedas inexplicáveis. Recmendaçã [B] Nível de evidência II Esta estimulaçã cardíaca é eficaz na reduçã de quedas e síncpes (um ensai). Incentiv à participaçã ds idss na prevençã de quedas Para prmver a participaçã ds mais idss em prgramas de prevençã de quedas deve cnsiderar-se: Os prfissinais envlvids na avaliaçã e prevençã de quedas devem negciar as mudanças que as pessas estã dispstas a fazer para prevenir as quedas; Os prgramas de prevençã e quedas devem abrdar aspects cm: bstáculs ptenciais, baixa aut-estima e med de cair e encrajar a mudança de atitude negciand cm a pessa idsa; Os prfissinais de saúde envlvids ns prgramas de prmçã devem garantir que estes sã flexíveis suficiente para abranger diferentes preferências e necessidades prmvend valr scial ds prgramas. Recmendaçã [D] Nível de evidência III a IV As pessas pdem estar relutantes para participar ns prgramas se: Nã frem treinadas; Nã perceberem risc de queda; Tiverem med de cair; Sentirem puca capacidade funcinal; Prject: Quedas CHMT, EPE Página 13

Nã frem negciadas as mudanças a fazer. Nível IV Muita da infrmaçã ds prgramas de prevençã de quedas pde desmtivar em vez de estimular se nã estiver dispnível em várias línguas. Tal nã enfatiza a prmçã scial ds prgramas de prevençã. Infrmaçã e Educaçã Tds s prfissinais de saúde que trabalham cm pessas cm risc de queda devem desenvlver cmpetências básicas na avaliaçã e prevençã de quedas. Pessas cm risc de queda e seus cuidadres devem ser infrmads verbalmente e pr escrit (panflets, etc.) sbre: Medidas de prevençã de quedas; Manutençã da mtivaçã para prevençã de quedas que inclui estratégias de exercíci e trein de equilíbri; Benefícis físics e psiclógics da prevençã de quedas; Onde bter infrmaçã e cuidads; Cm actuar em cas de queda. Recmendaçã [D] Nível de evidência III e IV idêntic a referid n incentiv à participaçã ds idss na prevençã de quedas. Intervenções nã recmendadas Caminhadas rápidas Nível de evidência II Nã há evidência de que caminhadas rápidas diminuam risc de queda. Um estud demnstru que prgramas de caminhada rápida sem supervisã aumentu risc de queda em mulheres na menpausa cm histria de fratura n an anterir. N entant pde haver utrs benefícis de saúde em caminhadas rápidas em pessas idsas. Intervenções que nã pdem ser recmendadas pr nível insuficiente de evidência Exercícis de baixa intensidade cmbinads cm prgramas de incntinência Nível de evidência I nã há evidência de diminuiçã de quedas em idss. Exercícis em grup Prject: Quedas CHMT, EPE Página 14

Nível de evidência I exercíci em grup nã deve ser desencrajad cm medida de prmçã da saúde mas há puca evidência da sua eficácia na diminuiçã de quedas. Intervençã cgnitiv-cmprtamental Nível de evidência I nã há evidência que esta intervençã islada diminua risc de queda em níveis de risc descnhecids Encaminhament para crrecçã da diminuiçã da acuidade visual Nível de evidência I nã há evidência que a crrecçã da visã em pessas idsas diminua risc de queda. Suplement de vitamina D Nível de evidência I há evidência da carência de vitamina D ns mais idss e que esta influencia na diminuiçã da frça muscular, mas nã há evidência de que a crrecçã da deficiência de vitamina D pssa diminuir a prpensã para quedas. Prject: Quedas CHMT, EPE Página 15

3 -O PROBLEMA DAS QUEDAS NO CHMT A prevençã de quedas n CHMT tem um percurs cm referid anterirmente, desde an de 2007, cm bjectiv traçad para s serviçs de internament, send prtant, s dads referentes às participações de crrência de quedas efectuadas a partir de Janeir de 2007, a partir das quais fram planeadas e implementadas intervenções até final de 2010, inclusive alteraçã de metdlgia de Avaliaçã de risc de queda Em 2007: Iniciu-se a ntificaçã brigatória das quedas, em impress própri; Inicia-se a elabraçã de critéris de qualidade de cuidads (prtcl, instruçã de trabalh e utrs impresss); Os dads btids sã analisads pel Serviç de Higiene e Segurança n Trabalh (um enfermeir) e Gestã da Qualidade (1 enfermeira) e apresentads n final d an a tds s enfermeirs chefes; Mnitrizada a incidência de quedas. Em 2008: Em funçã d anterirmente expst fram intrduzidas medidas crrectivas e de melhria: criada Instruçã de Trabalh (de avaliaçã de risc de queda), e Prtcl de Medidas Preventivas, melhrad impress de ntificaçã de queda; Apresentadas as alterações as enfermeirs respnsáveis ds serviçs; Inici da mnitrizaçã d risc a tds s utentes (decrrente d PT e IT) cm Escala prduzida pr Grup de Trabalh intern e sinalizaçã ds utentes cm Médi e Alt risc, cm pulseira azul; Fc, Diagnóstic e Intervenções parametrizadas n aplicativ SAPE de acrd cm Catálgs CIPE de cada serviç e PT e IT acima referids; Mnitrizaçã de indicadr de prcess: % de cnfrmidade da aplicaçã das medidas de segurança na prevençã de quedas; Prject: Quedas CHMT, EPE Página 16

Mnitrizaçã da incidência de quedas e d prcess de implementaçã d Prtcl que era verificad pr auditria interna (Enfermeirs Chefes em cada serviç); Mnitrizaçã das medidas implementadas em funçã d Diagnóstic também auditad pels auditres interns d SCD (Sistema de Classificaçã de Dentes pr Níveis de Dependência). Em 2009: Iniciu-se a mnitrizaçã cm a Escala de Mrse (n SAPE) A sinalizaçã é realizada apenas a utentes de alt risc; Manteve-se a prduçã ds indicadres epidemilógic e de prcess; Saída d enfermeir da Higiene e Segurança n Trabalh e enfermeira da Qualidade; Mnitrizaçã realizada pels enfermeirs chefes e segunds elements ds serviçs e pela Direcçã de Enfermagem; Pediatria inicia uma dinâmica própria que cnduziu à elabraçã d PT.PED.001.00 Medidas de segurança na prevençã de acidentes e vilência em pediatria aprvad em 15/01/2010 e flhet Recmendações Segurança e prevençã de acidentes em Pediatria, cmeça pr valrizar factres de risc já evidenciads na literatura; trabalha fc cair cm um acidente. Em 2010: Manteve-se actuaçã idêntica ns serviçs; Dads analisads em 2011 pel Grup de Dinamizadres d PPQCE, cm base ns dads frnecids pela Direcçã de Enfermagem; Nas áreas pediátricas implementa-se a mnitrizaçã d risc após parametrizaçã d fc tend cm suprte a dcumentaçã elabrada; iniciam a ntificaçã das quedas de frma cnsistente. Em 2011: Refrmulads s Prtcl e a Instruçã de Trabalh de md a adequar as intervenções e a parametrizá-las de frma idêntica n SAPE; Definid bjectiv para CHMT relacinad cm as quedas; Prject: Quedas CHMT, EPE Página 17

Mnitrizads indicadres epidemilógic e de resultad (R1); As áreas pediátricas estruturam a sua prática em cnjunt cm as restantes áreas, salvaguardand as especificidades em dcumentaçã própria para crianças cm mens de 6 ans (só a partir da 3ªinfancia cnsiderams que desenvlviment mtr n qual se inclui a marcha esta cnslidad, pel que a estes já aplicams a Escala de Mrse). A análise ds dads dispníveis referentes a este períd (2007-2010) cnsta ns gráfics seguintes: Gráfic 2 Taxa de incidência de quedas Apesar d percurs nestes 4 ans a taxa de incidência de quedas reduziu de frma puc significativa. Prject: Quedas CHMT, EPE Página 18

35,00% FACTORES DE RISCO NA QUEDA - CHMT 30,00% 25,00% 20,00% 15,00% 10,00% 5,00% 0,00% 2007 2008 2009 2010 Gráfic 3 Factres de risc na queda A leitura deste gráfic permite verificar que a cnfusã, alteraçã de equilíbri a agitaçã têm sid s principais factres de risc (intrínsecs). Cntud, a análise d gráfic que se segue permite cncluir que alguns factres extrínsecs também têm estad relacinads cm as quedas. Prject: Quedas CHMT, EPE Página 19

40,00% ORIGEM DA QUEDA 35,00% 30,00% 25,00% 20,00% 15,00% 10,00% 2007 2008 2009 2010 5,00% 0,00% Gráfic 4 Origem da queda Cm base n impress de Ocrrência de Quedas, n camp rigem da queda nã só estã incluss s lcais nde crrem as quedas cm factres extrínsecs (pis, iluminaçã, bstáculs). Verificam-se cm prevalentes em 2010: quedas da cama (27,7%), quedas n WC (18,48%) e pis escrregadi (12,5%). De salientar que a lng d quadriéni esses dads fram reflectids e implementadas medidas crrectivas, nmeadamente: Aquisiçã de grades para macas; Frmaçã da empresa de limpezas sbre a imprtância de sinalizar pis escrregadi; Aquisiçã de cadeirões mais adequads para evitar as quedas. Prject: Quedas CHMT, EPE Página 20

Send a avaliaçã d risc de queda uma realidade n CHMT neste quadriéni, ns serviçs de internament, gráfic seguinte representa risc de queda que estava avaliad ns 165 utentes que caíram n an de 2010. 60,0% 50,0% 40,0% QUEDAS POR NIVEL DE RISCO 36,4% 47,9% 30,0% 20,0% 10,0% 0,0% 13,9% 1,8% Baix Médi Alt Nã especificad Gráfic 5 Quedas pr nível de risc Da análise d gráfic cnclui-se que cerca de 48% ds utentes que caíram tinham alt risc de queda. Imprta ainda perceber que tip de intervençã crreu nas quedas, que se encntra express n gráfic 7. Perante s dads internacinais é para nós imprtante perceber a faixa etária ds utentes vítimas de queda. Prject: Quedas CHMT, EPE Página 21

45,0% QUEDAS POR FAIXA ETÁRIA 41,8% 40,0% 35,0% 30,0% 27,9% 25,0% 20,0% 15,0% 10,0% 5,0% 6,7% 3,6% 9,1% 10,9% 0,0% <41 41-50 51-60 61-70 71-80 >80 Gráfic 6 Quedas pr faixa etária A análise d gráfic permite cncluir que a mairia ds utentes que caíram, n an de 2010, tinha mais de 71 ans (cerca de 70%) 90,0% 80,0% 77,0% INTERVENÇÃO MÉDICA 70,0% 60,0% 50,0% 40,0% 38,8% 30,0% 20,0% 10,0% 0,0% Cnheciment Médic Intervençã Médica Gráfic 7 Intervençã médica Prject: Quedas CHMT, EPE Página 22

Analisand gráfic cnclui-se que 77% das quedas (n an de 2010) fram cmunicadas a médic e que em cerca de 39% huve intervençã deste prfissinal. Imprta ainda perceber em que turns existiram mais quedas. 60,0% QUEDAS POR TURNO 50,0% 50,9% 40,0% 30,0% 27,3% 20,0% 21,2% 10,0% 0,0% 0,6% M T N Nã determinad Gráfic 8 Quedas pr turn O gráfic 8 permite-ns perceber que a grande mairia das quedas n an de 2010 crreram n turn da manhã. As cnsequências das quedas encntram-se representadas n gráfic seguinte. Prject: Quedas CHMT, EPE Página 23

30,00% CONSEQUÊNCIAS DAS QUEDAS 25,00% 20,00% 15,00% 10,00% 5,00% 0,00% 15,76% 17,13% 16,32% 26,09% 4,24% 2,76% 3,68% 5,07% 3,64% 3,31% 1,58% 4,35% 6,06% 11,60% 4,21% 5,80% 3,03% 1,66% 0,00% 2,90% 12,73% 17,13% 12,11% 15,22% Escriaçã Cntusã Laceraçã Crte Fractura Hematma 2007 2008 2009 2010 Gráfic 9 Cnsequências da queda Pela análise pdems cncluir que em tds s ans as maires cnsequências fram escriações e hematmas, cntud é de salientar que têm existid cass de fracturas (3,03% em 2010) e que estas têm aumentad ns últims dis ans. Actualmente nã ns é pssível cntabilizar s custs ecnómics que essas fraturas tiveram para CHMT, cntud pretendems faze-l ns próxims ans. Cntud cnsultáms alguns estuds internacinais para perceber s custs que pdem decrrer das quedas. É referid pr Sharn; Cynthia and Mary (2009) que cerca de 3 a 20% ds dentes caem pel mens uma vez durante internament. Dessas quedas resultam lesões, aument de acções judiciais, aument d temp de internament e mais de 2,873.31 eurs em taxas de excess pr internament. Cm base em dis estuds anterires (Bates, Pruess, Suney, & Platt, 1995; Granek et al., 1987), Bswell, Ramsey, Smith, and Wagers (2001) fram utilizads s dads reclhids durante períd entre Julh de 1998 e Març de Prject: Quedas CHMT, EPE Página 24

2000 para estimar cust relacinad cm as quedas para s hspitais. Os autres referem que se um hspital de cuidads aguds tiver uma taxa de lesã pr queda de 6,6%, estes incidentes cm lesã resultam num aument de 7,5 dias de média n ttal da estadia e um aument médi 5.317 dólares em perda de receita ttal (cust) para s hspitais. O cust médi pr queda (incluind quedas cm e sem lesã) seria de 351 dólares (253.842 eurs). Psterirmente usu-se uma frma de cálcul através de dads da inflaçã frnecidas pel Departament de Estatísticas ds EUA referente a an de 2007, para calcular cust estimad de quedas para s hspitais em 2007. Fi estimad que cust prjetad pr queda cm feriments para hspitais em 2007 seria de pel mens 6.437 dólares (4.65531 eurs) e cust médi pr queda seria de 425 dólares (307.349 eurs). (HUEY-MING TZENG, CHANG-YI YIN;2008) Se ns basearms neste estud e tiverms em cnsideraçã as 165 quedas crridas, em internament, n an de 2010 pderems supr que cust para CHMT ascendeu s 50 mil eurs. Este pde ser um cust evitável se cnseguirms diminuir númer de quedas. Prject: Quedas CHMT, EPE Página 25

4 - PERCEBER AS CAUSAS DO PROBLEMA Cm base ns dads ds ans 2007 a 2010 é pssível fazer uma análise das principais causas ainda que estas só se reprtem as serviçs de internament. Estas sã agra apresentadas através d diagrama de causa-efeit (Ishikama) após reflexã n Grup de Dinamizadres d Prject e serã psterirmente discutidas nas equipas para melhr apurament. Prject: Quedas CHMT, EPE Página 26

Diagrama de Causa Efeit (Ishikawa u Espinha de Peixe) Histrial d utente Factres ambientais Presença de bstáculs Iluminaçã Vigilância Sistema de Sinalizaçã (pis mlhad) Pis escrregadi Infecções graves/dença Deficiências nutricinais Cntençã (Terapêutica, ambiental, física, química u farmaclógica) Visã reduzida História de quedas Med de cair Denças crónicas Vigilância Avaliaçã Diagnóstic secundári Plimedicad Medicaçã Medicaçã préanestesica Calçad/vestuári Api na transferência/marcha Psictrpics Terapeutica em perfusã Ocrrência de Quedas Intervenções cgnitivas e d cmprtament Us dispsitivs de segurança Ajudas técnicas Cntençã Agitaçã/Cnfusã Mbilidade e equilíbri Cnsciência das limitações Prject: Quedas CHMT, EPE Página 27

Para a avaliaçã das causas cm mair prevalência na crrência de quedas, esta a ser elabrada uma flha de verificaçã (base de dads que cnsta na IT.GRL.409.05), de frma que s dads clhids pssam ser trabalhads de frma sistematizada e eficiente. Cm metdlgia para tratament de dads, será realizad um Diagrama de Paret, que facilitará a leitura e identificaçã das principais causas que cntribuem para prblema. A prssecuçã d prject respeitará s passs a seguir apresentads a) Identificaçã da(s) dimensã(ões) em estud As dimensões em estud sã a efectividade resultante da reduçã da taxa de incidência das quedas e adequaçã técnic-cientifica. b) Unidades em estud As unidades de estud cnsideradas sã: 1) Tds s utentes admitids ns serviçs de Internament e de Ambulatóri; 2) Períd de temp de avaliaçã: Janeir a Dezembr de 2011 c) Tip de dads a clher Os dads reclhids serã para prduçã de Indicadres Epidemilógics, de Prcess e de Resultad. d) Fnte de dads As fntes de dads a utilizar sã: Mviment de utentes d serviç (Mviment assistencial); SAPE; Regists d Prcess clínic de enfermagem; Impress de crrência de queda (IMP. GRL.404.06) e) Tip de avaliaçã A avaliaçã será: Prject: Quedas CHMT, EPE Página 28

Interna (El de Ligaçã a PPQCE n serviç) e Inter-pares. f) Critéris de avaliaçã Critéris de avaliaçã sã: Interna: Avaliaçã /Critéris implícits e explícits. Será imprtante referir que haverá indicaçã sbre as medidas adequadas para a prevençã de crrência de quedas nrmalizadas n Prtcl e IT que serã revists sempre que necessári. Em tds s utentes que caiam será auditada a crrecta implementaçã das medidas precnizadas n PT. GRL.047.05 Medidas de Segurança na Prevençã da queda e Agressã (critéri de qualidade). g) A clheita de dads Os respnsáveis pela reclha e tratament ds dads sã: Interna: A(O) enfermeira() chefe/respnsável u segund respnsável d serviç (u el de ligaçã a PPQCE) h) Selecçã e definiçã da amstra A selecçã da Amstra será: Amstra Institucinal Tds s utentes admitids ns Serviçs de internament e ambulatóri, entre 01 de Janeir de 2011 a 31 de Dezembr de 2011. Amstra selectiva - 6 Meses seguids u interplads de 1 de Janeir a 31 de Dezembr CRITÉRIOS DE EXCLUSÃO É critéri de exclusã, td utente cm Quedas verificadas nutr serviç, n períd em que Utente está à sua respnsabilidade Prject: Quedas CHMT, EPE Página 29