Síntese neoclássica e o modelo IS-LM

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Transcrição:

3. Polítca Monetára em Keynes e nos keynesanos 3.2. O modelo IS-LM, nefcáca da polítca monetára e o fscalsmo 3.3. Vsões alternatvas (horzontalstas e q de Tobn) Carvalho et al. (2015: cap. 8) 14/09/2018 1

O modelo IS-LM 14/09/2018 2

Velho-keynesanos ou síntese neoclássca Esta corrente tem como expoentes autores como Paul Samuelson e Lawrence Klen. Seus autores, em geral, são descrentes da efcáca da polítca monetára para estmular o nível de atvdade econômca. De um lado, não acredtam que a queda da taxa de juros seja capaz de ncentvar de manera sgnfcatva o nvestmento, conforme constatação empírca à época. No lmte, questonam a própra possbldade de a polítca monetára levar à queda da taxa de juros. Como resultado, portanto, costumam ser defensores da polítca fscal para establzar a economa, debatendo o nstrumento fscal mas adequado (gastos ou mpostos). 14/09/2018 3

Velho-keynesanos ou síntese neoclássca e o modelo IS-LM A nterpretação e as propostas da síntese neoclássca podem ser apreenddas a partr da análse do modelo IS-LM, proposto por Hcks em seu artgo Mr. Keynes and the Classcs: A Suggested Interpretaton. Este modelo determna o nível de renda () e a taxa de juros (r) que equlbram smultaneamente o mercado de bens e servços e o mercado monetáro. IS: e r que equlbram mercado de bens e servços LM: e r que equlbram mercado monetáro 14/09/2018 4

O mercado de bens e servços Identdades Contábes Produto = Demanda = Renda = C + I + G = C + S + T Poupança = Investmento S + T = I + G St = Sp + Sg = S + (T-G) = I 14/09/2018 5

O mercado de bens e servços Curva IS nível de renda de equlíbro no mercado de bens e servços para dferentes taxas de juros = C + I + G = C + S + T C = C + c(-t), c é a PMgC T = t, t é a alíquota de mposto I = j b, b é a sensbldade-juros do nvestmento = C + c(1-t) + j b + G = C+j b+g 1 c 1 t = α C + j b + G = αa é o multplcador dos gastos autônomos (A) 14/09/2018 6 IS

O mercado de bens e servços Curva IS - deslocamento = C + I + G = C + S + T C = ҧ + j b + G = αa 1 c 1 t = α A Onde A = ҧ C + j + G = α A IS IS maor dado maor A, maor c e menor t 14/09/2018 7

O mercado de bens e servços Curva IS - nclnação = C + I + G = C + S + T = C + j b + G 1 c 1 t = αa 0 1 -(1/αb) IS IS = α b maor dado maor b, maor c e menor t = αb + 1 b C + j + G mas plana 14/09/2018 8

O mercado monetáro Curva LM taxa de juros que equlbra o mercado monetáro para dferentes níves de renda M P = L 1 + L 2 = L, LM L1 é a demanda pelo motvo transação L2 é a demanda pelo motvo especulação M P = k h ou = 1 h M P + k h k é a sensbldade-renda da demanda por moeda h é a sensbldade-juros da demanda por moeda 14/09/2018 9

O mercado monetáro Curva LM deslocamento M P = k h LM LM M P = k h = 1 h M P + k h maor dado maor M e menor h 14/09/2018 10

O mercado monetáro Curva LM - nclnação M = k h P LM LM M P = k h k/h = 1 h M P + k h 0 1 menor dada menor k e maor h mas plana 14/09/2018 11

Equlíbro nos mercados de bens e servços e monetáro Curvas IS e LM IS: = C+j b+g 1 c 1 t = αa LM LM: M P = k h = 1 h M P + k h IS 14/09/2018 12

Equlíbro nos mercados de bens e servços e monetáro Curvas IS e LM Caso Clássco IS: = C+j b+g 1 c 1 t = αa LM LM: M P = k h = 1 h M P + k h IS h = 0 b alto 14/09/2018 13

Equlíbro nos mercados de bens e servços e monetáro Curvas IS e LM Caso Keynesano Caso Keynesano (CK) IS: = C+j b+g 1 c 1 t = αa LM LM: M P = k h IS h = (armadlha da lqudez) Pessmsmo Elastcdades Pessmsmo das elastcdades h alto b baxo (velho keynesano) LM IS 14/09/2018 14

Inefcáca da polítca monetára e o fscalsmo 14/09/2018 15

Polítca Econômca no modelo IS-LM Curvas IS e LM Polítca Monetára IS: = C+j b+g 1 c 1 t = αa LM: M P M = k h M rm A A LM B LM IS A A B L () L ( ) A A B M,L I I I Mecansmo de transmssão da PM: M ( h) ( b) I ( c t) ( k) 14/09/2018 16

Polítca Econômca no modelo IS-LM Polítca Monetára IS: = C+j b+g 1 c 1 t LM: M P = k h = αa Caso Keynesano (CK) LM=LM IS Inefcáca PM: h b c t k Aumento da oferta de moeda pressona pouco a taxa de juros para baxo ao aumentar muto a demanda por moeda para especulação ( h), o que estmula pouco o nvestmento, pela pequena queda dos juros e pequena sensbldade do nvestmento ( b) e, va multplcador ( c t), aumenta pouco a renda, que, anda assm, eleva a demanda por moeda para transação ( k). (CK-PE: h alto e b baxo) 14/09/2018 17 Pessmsmo Elastcdades IS LM LM

Polítca Econômca no modelo IS-LM Polítca Monetára Caso Clássco (CC) LM LM IS: = C+j b+g 1 c 1 t = αa LM: M P = k h IS Efcáca PM: h b c t k Aumento da oferta de moeda pressona a taxa de juros para baxo sem aumentar a demanda por moeda para especulação ( h), o que estmula o nvestmento ( b) e, va multplcador ( c t), a renda, sem elevar muto a demanda por moeda para transação ( k). (CC: h=0 e b alto) 14/09/2018 18

Polítca Econômca no modelo IS-LM Curvas IS e LM Polítca Fscal IS: = C+j b+g 1 c 1 t = αa LM: M P = k h M rm LM B B B A A A A=A A IS L ( ) IS L () M,L I I Mecansmo de transmssão da PF: G ( c t) ( k h) ( b) I I 14/09/2018 19

Polítca Econômca no modelo IS-LM Polítca Fscal IS: = C+j b+g 1 c 1 t LM: M P = k h = αa Efcáca PF: c t k h b Aumento dos gastos públcos elevam a renda, va multplcador ( c t), sem elevar muto a demanda por moeda para transação ( k), o que, combnado à alta elastcdade-juro da demanda por moeda ( h), causa pequena elevação dos juros para reequlbrar o mercado monetáro e pequena retração do nvestmento, pouco sensível aos juros ( b). (CK-PE: h alto e b baxo) Caso Keynesano (CK) 14/09/2018 20 LM IS Pessmsmo Elastcdades IS LM IS IS

Polítca Econômca no modelo IS-LM Polítca Fscal IS: = C+j b+g 1 c 1 t LM: M P = k h = αa Inefcáca PF: c t k h b Aumento dos gastos públcos elevam pouco a renda, va multplcador ( c t), mas aumenta a demanda por moeda para transação ( k), o que, combnado à baxa elastcdade-juro da demanda por moeda ( h), causa grande elevação dos juros para reequlbrar o mercado monetáro e retração do nvestmento, muto sensível aos juros ( b). (CC: h=0 e b alto) 14/09/2018 21 Caso Clássco (CC) LM IS IS

Fscalsmo e o debate sobre a condução da polítca fscal Aumento de Gastos x Redução de Impostos Este debate ocorreu na década de 1960 nos Estados Undos no governo Kennedy, envolvendo Walter Heller, James Tobn, Paul Samuelson e Arthur Okun, entre outro. Todos concordavam com a necessdade do uso de polítca fscal para establzar a economa. Mas não era consenso o melhor nstrumento de polítca fscal para a prátca da polítca antcíclca. 14/09/2018 22

Fscalsmo e o debate sobre a condução da polítca fscal Aumento de Gastos x Redução de Impostos Os progressstas defendam a elevação dos gastos para satsfazer às carêncas socas, como construção de escolas e hosptas, sto é, bens públcos voltados para as classes de baxa renda. Os conservadores defendam a redução de mpostos, como forma de aumentar a dsponbldade de recursos para as frmas nvestrem e para as famílas consumrem, além de ser consderada uma alternatva menos ntervenconsta. Mas eram crtcados pelos progressstas que argumentavam que a lqudez adconal resultante da redução de mpostos podera não se transformar em gastos, enquanto os gastos públcos estmularam dretamente a demanda, o emprego e a renda, além de promover dstrbução ndreta de renda. 14/09/2018 23

Vsões alternatvas (Horzontalstas e q de Tobn) 14/09/2018 24

Síntese neoclássca Horzontalstas e o modelo IS-LM A teora da polítca monetára keynesana horzontalsta Na vsão dos autores desta corrente, tentatvas de alterar a polítca monetára de manera dvergente do comportamento da demanda por moeda não seram efcazes. A tentatva de mplementar uma polítca monetára expansonsta podera gerar excesso de oferta de moeda, sem afetar dretamente o espírto empreendedor (espontâneo) dos empresáros, pouco sensível aos juros ( b). Uma polítca contraconsta, por sua vez, podera afetar a solvênca dos bancos que tentam atender à demanda de seus clentes. Como resultado, os horzontalstas também defendem que a únca polítca econômca efcaz sera a polítca fscal, reforçando a defesa do fscalsmo feta pela síntese neoclássca. 14/09/2018 25

Síntese neoclássca Horzontalstas e o modelo IS-LM A teora da polítca monetára keynesana horzontalsta No que dz respeto à condução da Polítca Monetára, Kaldor, um dos prncpas representantes desta corrente, defende que as autordades monetáras deveram fxar uma taxa de juros (em função, por exemplo, de uma determnada taxa de crescmento do produto) e ajustar a oferta de moeda conforme a demanda, resultado da demanda por crédto tanto de consumdores como de nvestdores. A polítca monetára, neste caso, sera nteramente passva e a oferta de moeda sera perfetamente elástca aos juros, sto é, horzontal. Aqueles que defendem esta orentação para polítca monetára foram batzados por Basl Moore de horzontalstas em função da curva de oferta de moeda. 14/09/2018 26 L M M, L

Síntese neoclássca Q de Tobn e o modelo IS-LM Efcáca da Polítca Monetára por Tobn James Tobn é um dos poucos economstas da síntese neoclássca que defende a efcáca da polítca monetára. "q de Tobn" Relacona o valor de mercado de uma frma de acordo com o valor de suas ações ao custo de reposção do seu estoque de bens de captal, para explcar o mpacto da polítca monetára sobre a economa. q = V/C 14/09/2018 27

Síntese neoclássca Q de Tobn e o modelo IS-LM Efcáca da Polítca Monetára por Tobn "q de Tobn" q > 1: sgnfca que o mercado está avalando a empresa mas alto do que o custo de aqusção de bens de captal,.e., que a empresa sera capaz de gerar lucro no horzonte consderado, e, portanto, estmula novos nvestmentos, tanto pela expectatva de lucros como pela baxa no custo de captação. q < 1: então não há estímulos a novos nvestmentos. Na vsão de Tobn, a expansão da oferta de moeda va mercado aberto causara pressão de alta no preço dos títulos, contrbundo para elevar o coefcente "q" e, portanto, estmular os nvestmentos, por sso a polítca monetára sera efcaz (condconada ao desenvolvmento do mercado de captas). 14/09/2018 28