Estrutura Tributária e Formalização da Economia: Simulando Diferentes Alternativas para o Brasil 1

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1 Estrutura Trbutára e Formalzação da Economa: Smulando Dferentes Alternatvas para o Brasl Reynaldo Fernandes Amaury Patrck Gremaud Renata Del Tedesco Narta Resumo Neste artgo mplementa-se um modelo de equlíbro geral computável com o objetvo de se avalarem mudanças na estrutura trbutára sobre o produto, o emprego e os saláros no setor formal da economa. A abordagem é de steady-state e as ofertas de trabalho são especfcadas em sua forma reduzda, consderando-se 8 tpos dferentes de trabalhadores. As smulações realzadas avalam a redução da carga trbutára total e dferentes mudanças na composção dos trbutos, mantendo-se a arrecadação constante. Os resultados ndcam que um pequeno corte lnear dos trbutos gera um aumento de produto e emprego formal sufcente para, no longo prazo, a arrecadação retornar ao seu nível ncal. Entretanto, a taxa de nformaldade da mão-de-obra contnuara elevada. Para se obter um aumento substancal na taxa de formalzação sera necessáro cortes de trbutos extremamente elevados. Quanto às alternatvas de mudança de base trbutára, o maor mpacto sobre produto é obtdo a partr da redução de mpostos sobre a renda do captal. Essa medda, no entanto, tem um efeto comparatvamente pequeno sobre o emprego, em vrtude de elevar a relação captal-trabalho da economa, além de manter nalterada a dstrbução de saláros. Do ponto de vsta dstrbutvo, o melhor resultado é aquele observado a partr da redução dos mpostos sobre a folha salaral dos trabalhadores menos qualfcados. Nesse sentdo, o estudo sugere que propostas de desoneração da renda do captal assocadas à redução dos mpostos sobre os saláros dos trabalhadores menos qualfcados seram as mas adequadas do ponto de vsta dos trabalhadores menos qualfcados e, assm, as mas recomendadas do ponto de vsta da redução da pobreza. Os autores agradecem a Márco Verd e a Jefferson Rodrgues da COPAT/Receta Federal pelo fornecmento de dados e sugestões. Agradecemos também a Rozane Bezerra de Squera pelos comentáros, a Márco Nakane, Marcelo C. Mederos, Paulo Pchett e Fabana de Felíco que auxlaram nas smulações deste estudo e a Sérgo Naruhko Sakura pela coleta das nformações sobre trbutos.

2 Estrutura Trbutára e Formalzação da Economa: Smulando Dferentes Alternatvas para o Brasl Reynaldo Fernandes * Amaury Patrck Gremaud* Renata del Tedesco Narta**. Introdução Uma das característcas marcantes da economa braslera é a sua elevada taxa de nformaldade da mão-de-obra. Dados da PNAD-00 mostram que cerca de 5% dos trabalhadores ocupados no setor prvado da economa não contrbuíam para a prevdênca socal. Essa taxa vara sensvelmente entre grupos de trabalhadores, sendo mas alta para os pouco qualfcados. Na hpótese de que os empregos formas sejam mas produtvos, esses números dão uma medda da nefcênca que vgora na economa. Dante dsso, uma questão relevante para a polítca econômca é saber o que determna essa baxa taxa de formalzação e que meddas adotar para elevá-la. Um dos argumentos mas recorrentes para explcar esse fato dz respeto à estrutura trbutára do país. A carga trbutára, como proporção do PIB, aumentou consderavelmente na década de 990, passando de 5,% em 99 para 34,36% em 00, sendo consderada demasadamente elevada para o nível de desenvolvmento econômco do país.. Não apenas o nível da carga trbutára é consderado mportante, mas também sua composção. Enquanto alguns alegam excesso de taxação sobre o captal outros destacam o peso dos mpostos sobre o trabalho não qualfcado. Nesse últmo caso, a déa é que, em vrtude das oportundades de ocupação no setor nformal da economa, os trabalhadores pouco qualfcados teram uma oferta de trabalho para o setor formal bastante elástca, aumentando o caráter dstorcvo do mposto. Tas teses, porém, têm sdo pouco avaladas de forma sstemátca. Enquanto a hpótese de que a carga trbutára ncentva a nformaldade não parece ser controversa, a sensbldade da taxa de formalzação ao nível da carga trbutára é uma questão em aberto. Por outro lado, substtur os encargos da folha de saláros para os trabalhadores pouco qualfcados por, por exemplo, um mposto sobre valor adconado (IVA) pode, no longo * Escola de Admnstração Fazendára / Mnstéro da Fazenda e FEA-RP/USP. ** Escola de Admnstração Fazendára / Mnstéro da Fazenda. Ver Tabela.

3 prazo, ter um efeto perverso sobre a acumulação de captal. Isso porque no Brasl esse tpo de mposto não senta completamente os bens de nvestmento 3. Avalar os mpactos de mudanças na estrutura trbutára sobre o setor formal da economa, no entanto, não é um exercíco smples. Uma abordagem puramente empírca fcara restrta às mudanças passadas, que podem não servr para analsar as propostas atuas. Além dsso, mudanças trbutáras não são tão freqüentes e, quando ocorrem, tendem a afetar toda a economa no mesmo nstante do tempo, acarretando dfculdades de dentfcação dos parâmetros relevantes do modelo. Modelos de sére de tempo enfrentam dfculdades em encontrar séres sufcentemente longas, especalmente mportantes quando o objetvo é avalar mpactos de longo prazo das meddas. Modelos de cross-secton também apresentam problemas de dentfcação: se a undade de análse são os estados, toda a nformação dos trbutos de âmbto naconal é perdda, enquanto que a utlzação de setores ncorre em problemas de endogenedade. Em vrtude da dmensão dos problemas, análse de dados em panel dfclmente tera melhor sorte. Uma alternatva é mplementar um modelo de equlíbro geral computável. Assm, na mpossbldade de se avalarem quanttatvamente mudanças trbutáras que anda não ocorreram, smulam-se tas mudanças em uma economa artfcal, garantndo que tal economa possua certas característcas, consderadas desejáves, da economa real 4. O modelo a ser mplementado é relatvamente smples. Ele supõe que o setor formal da economa opera de manera compettva, os agentes possuem prevsão perfeta e a produtvdade no setor nformal da economa é fxa. A abordagem é de steady-state e as ofertas de trabalho são especfcadas em sua forma reduzda. Desse modo, o modelo não é aproprado para analsar trajetóras nem bem-estar. Entretanto, ele consdera 8 tpos dferentes de trabalhadores e possu uma estrutura trbutára relatvamente complexa, com um mposto sobre o trabalho, um mposto sobre captal, transferêncas relaconadas ao emprego formal e dos IVAs: um que gera crédto referente ao trbuto pago sobre bens de captal e um que não gera. Com essa estrutura, é possível acomodar razoavelmente bem a 3 Um dos prncpas resultados teórcos da moderna lteratura de fnanças públcas é o de Chamley-Judd [Chamley (986) e Judd (985)], estabelecendo que a taxa ótma de mposto sobre a renda do captal é zero no longo prazo. 4 Ver, por exemplo, Altg e Carlstrom (999), Altg et al. (00) e Auerbach e Kotlkoff (987), para uma análse das reformas trbutáras nos Estados Undos.

4 composção da carga trbutára braslera: os trbutos utlzados nas smulações correspondem a 85% da carga trbutára do país. As smulações realzadas seguem em três dreções: a) reduções lneares nas alíquotas de todos os mpostos; b) concessões de crédtos trbutáros para os mpostos sobre bens de captal mplíctos no IVA e; c) desonerações parcas da folha de saláro para os trabalhadores menos qualfcados. Nos dos últmos casos, a perda de arrecadação é compensada por um aumento na alíquota do IVA ou dos encargos da folha de saláros dos trabalhadores mas qualfcados. Todas as smulações têm como base os mpostos de âmbto federal. As prmeras smulações vsam avalar a sensbldade da arrecadação, do produto e do emprego formal de longo prazo em relação às reduções nas alíquotas. Os cortes de mpostos são acompanhados de reduções nos gastos do governo, os quas são consderados não produtvos. Assm, procura-se avalar reduções na carga trbutára que seram possbltadas por corte de gastos do governo que não afetem a efcênca produtva da economa, como por exemplo, reduções nas transferêncas do governo 5. As demas smulações consderam a arrecadação de mpostos fxa e exploram dferentes estruturas trbutáras. A concessão de crédto trbutáro para bens de captal nvestga uma das teses mas dfunddas em fnanças públcas: a de que bens de nvestmento não deveram ser taxados. Por fm, as smulações que desoneram a folha de saláros vsam avalar uma tese cada vez mas comum no debate públco sobre trbutação no Brasl: a de que, na presença de um setor nformal expressvo, os mpostos sobre trabalho seram extremamente nefcentes, ao menos quando esses ncdem sobre os trabalhadores de baxa remuneração. Além do ganho de efcênca e formalzação, uma desoneração da folha de saláros dos trabalhadores menos qualfcados tera a vantagem de reduzr a desgualdade salaral 6. 5 Uma das explcações para alta carga trbutára do país é o elevado volume de transferêncas. Segundo os crítcos, tas transferêncas, além de contrbuem para a nefcênca do sstema, falham em melhorar a desgualdade de renda no país, uma vez que os recursos não se destnam, prortaramente, aos mas pobres. Um exemplo são os elevados valores dos benefícos prevdencáros dos servdores públcos. Enquanto que, para o ano de 00, a contrbução dos servdores públcos para a prevdênca stuava-se ao redor de % dos saláros, Fernandes e Gremaud (003) calculam que a alíquota atuaralmente justa para fazer frente aos benefícos esperados sera de 73%. Em 00, os gastos com aposentadoras e pensões dos servdores públcos superam as contrbuções em um montante correspondente a 4,% do PIB. 6 O prncpal encargo sobre a folha de saláros é a contrbução para prevdênca socal que, a rgor, não é um mposto. Em termos de seus efetos alocatvos sobre emprego, a contrbução ao INSS representa um mposto 3

5 O artgo trata de algumas das prncpas questões presentes no debate sobre trbutação, crescmento e formaldade no Brasl. Entretanto, nem todos os aspectos mportantes desse debate puderam ser consderados. Por exemplo, os custos admnstratvos referentes ao cumprmento da legslação trbutára não foram ncluídos e, portanto, não pudemos avalar os possíves ganhos de efcênca e formalzação decorrentes de uma smplfcação no sstema trbutáro que, segundo alguns analstas poderam ser expressvos. O mesmo argumento vale para a legslação trabalhsta, que mpõe às empresas uma sére de regras na contratação de trabalhadores, nclundo jornada de trabalho, tens de segurança, ndenzações por demssão e concessão de benefícos não-salaras 7. Em vrtude da natureza agregada do modelo e por não especfcar explctamente o consumo das famílas, os mpactos de efcênca e dstrbutvo de se retrar dstorções ntersetoras (por exemplo, as advndas de mpostos em cascata) e de estabelecer alíquotas dferencadas para dferentes bens de consumo (de acordo com a essencaldade do bem ou em vrtude das dferentes legslações estaduas) não puderam ser analsados. Por esse mesmo motvo, toda trbutação sobre transações fnanceras fo desconsderada. O artgo encontra-se dvddo em quatro seções, além dessa ntrodução. Na seção, o modelo é apresentado. A seção 3 descreve o processo de calbragem e apresenta a estratéga de obtenção dos parâmetros. Os resultados das smulações são apresentados na seção 4. Na seção 5 análses de sensbldade são realzadas. Por fm, na seção 6, são fetos os comentáros fnas.. O Modelo O modelo adotado assume prevsão perfeta e que o setor formal da economa é compettvo. Exste apenas um bem produzdo a partr de captal e trabalho e a tecnologa (subsído) apenas no que dz respeto à parcela que ultrapassa (é ultrapassada) o (pelo) valor atrbuído pelos empregados aos benefícos recebdos. Apesar da alíquota de contrbução ser mas elevada para os trabalhadores com saláros mas elevados, a parcela de mposto tende a ser maor para os trabalhadores pouco qualfcados. Isso porque a e Orgânca da Prevdênca Socal (OAS) garante a todos os brasleros, com mas de 67 anos, um benefíco de um saláro mínmo, caso ele não dsponha de outra fonte de renda. Assm, o valor do benefíco de aposentadora para um trabalhador com remuneração próxma ao saláro mínmo sera pratcamente o mesmo, ndependentemente dele ser ou não contrbunte da prevdênca socal, embora ele possa obtê-lo mas cedo se for um trabalhador formal. 7 Esses benefícos dstorcem trabalho na medda que os custos de fornecê-los superam o valor que os trabalhadores, subjetvamente, atrbuem a eles. Ver Summers (989). 4

6 de produção apresenta retornos constantes de escala. Nessa economa exste apenas um tpo de captal e 8 tpos de trabalho, separados conforme grau de qualfcação e característcas demográfcas. Dferentemente de trabalhos anterores, não se supõe que todos os tpos de trabalhos sejam substtutos perfetos entre s. 8 Partndo dessa estrutura, smulamos dferentes polítcas de trbutação usando uma abordagem de steady-state, onde se admte que a produtvdade margnal do captal, após mpostos, é fxa: ( *) PMgK = c τ, onde c é uma constante e τ* é a taxa de mposto efetva sobre a renda do captal. O termo constante pode ser nterpretado como a taxa de preferênca ntertemporal dos agentes 9 ou, alternatvamente, como a taxa de juros fxada externamente, num modelo de economa pequena e aberta 0. Deste modo, mpostos sobre o trabalho, ou consumo, não alteram a razão captaltrabalho de longo prazo da economa, assm como não alteram o custo por undade efetva de trabalho. No entanto, mpostos sobre trabalho, ou consumo, afetam o produto formal de equlíbro na medda que afetam o saláro líqudo dos trabalhadores do setor formal e, portanto, dstorcem trabalho. Embora nenhum dos dos dstorça captal, mpostos sobre trabalho e mpostos sobre consumo não são dêntcos. Tal dstnção é de fundamental mportânca para nterpretação dos resultados das smulações aqu realzadas. Um dos objetvos do estudo é avalar o mpacto de um crédto de mposto para aqusção de bens de nvestmento. Um IVA que fornece crédto ntegral aos nvestmentos é, na prátca, um mposto sobre consumo. Entretanto, dada a estrutura smplfcada do modelo, não temos como fornecer crédto na aqusção de bens de nvestmento. Assm, o procedmento adotado fo dar um crédto com base na renda do captal e, deste modo, transformar o IVA num mposto sobre trabalho. Na medda que mposto sobre trabalho e sobre consumo não são dêntcos, os resultados das smulações devem ser nterpretados com mas cudado. 8 Ver, por exemplo, Altg e Carlstrom (999) e Altg at al. (00). 9 Segundo o modelo Barro-Ramsey [Barro (974)], onde as famílas possuem horzonte nfnto Na presença de crescmento populaconal e progresso tecnológco, essas taxas estaram ncluídas em c. Um exemplo nteressante é apresentado por Mankw (000), onde ele mostra que esse resultado se mantém quando apenas uma parcela das famílas se comporta como no modelo Barro-Ramsey. As demas famílas são supostas a consumr toda a renda corrente. 0 No modelo admte-se que todo o mposto sobre captal é taxado ao nível da frma. Imposto de renda de pessoa físca ncde apenas sobre renda do trabalho. Caso exsta um mposto de renda sobre juros, teríamos que admtr que a alíquota é a mesma para títulos, naconas ou nternaconas, e para renda de captal dstrbuídas aos aconstas, de modo a não alterar a gualdade acma. 5

7 Do ponto de vsta da acumulação de captal, mpostos sobre o consumo tem sdo consderados superores. Como ressaltado por Summers (98), taxação do consumo extra receta mas tarde na vda das pessoas do que faz a taxação sobre o trabalho e, portanto, o peso do mposto reca mas ntensamente sobre os mas velhos. Se os mas velhos possuem uma maor propensão a consumr, um mposto sobre consumo é mas favorável à poupança quando comparado a um mposto sobre trabalho. Esse resultado é claro em um modelo de cclo de vda sem motvo herança, onde toda renda dos velhos se destna ao consumo. Entretanto, a presença de herança voluntára reduz a dferença entre as duas bases. Quando o motvo herança toma a forma proposta por Barro (974), essa dferença desaparece. Outro aspecto mportante resde na capacdade de taxar o consumo dos aposentados. Se a renda de aposentadora provém da acumulação de atvos prvados, esse problema não exstra. Entretanto, em um mundo onde a renda dos aposentados advém de transferêncas do governo, num sstema de prevdênca do tpo pay-as-you-go, a capacdade de taxar consumo dos aposentados é menos clara 3. Nesse caso, taxar o consumo sgnfca reduzr o benefíco real que o governo transfere para os aposentados e, portanto, a capacdade de taxar os aposentados é a mesma de reduzr o valor real dos benefícos por outros meos. Tas elementos reduzem a vantagem, em termos da acumulação de captal, do mposto sobre consumo sobre o mposto sobre o trabalho, mas, provavelmente, não a elmna completamente. Assm, os resultados das smulações provavelmente subestmam o mpacto do crédto de mposto sobre nvestmento 4. É mportante ter sso em mente no momento de nterpretar os resultados da seção quatro. No modelo, o efeto dstorcvo dos mpostos sobre trabalho ocorre de manera um pouco dferente da usual. Na abordagem tradconal, os mpostos sobre trabalho afetam a decsão entre renda e lazer dos ndvíduos, a qual é feta com base na alíquota margnal de A mposção de um mposto sobre trabalho afetara apenas os mas jovens (os trabalhadores), enquanto um mposto sobre consumo afetara todas as faxas etáras (trabalhadores e aposentados). Assm, o valor presente de pagamentos de mpostos sera, para a presente geração de jovens e todas as gerações futuras, menor sob um mposto sobre consumo do que sobre um mposto sobre trabalho. O nverso, no entanto, se dara para a presente geração de velhos [ver, por exemplo, Auerbach e Kotlkoff (987), cap. 5]. Mudar de um mposto sobre trabalho para um mposto sobre consumo aumenta o produto, o emprego e o consumo no steady-state, fundamentalmente em vrtude de uma redstrbução ntergeraconal da carga de mpostos. Neste caso vale o modelo Barro-Ramsey, onde os agentes se comportam como se vvessem para sempre. 3 No Brasl a grande maora dos aposentados tem sua prncpal fonte de renda no sstema públco de prevdênca socal. Os benefícos são fxados em termos nomnas com reajustes peródcos, segundo a data de reajuste do saláro mínmo. Tratamento smlar pode ser pensado para o caso dos funconáros públcos. 4 Entretanto, o uso de um modelo de cclo de vda sem motvo herança tendera a superestmar o mpacto. 6

8 mposto. Aqu as horas de trabalho são fxas e a decsão dos trabalhadores é a de partcpar, ou não, do setor formal da economa, com base na alíquota méda de mposto. Assm, em vrtude do expressvo setor nformal, o mpacto do mposto se dara fundamentalmente sobre partcpação, ao nvés de horas de trabalho... A função de produção O produto agregado formal, Y, dessa economa é representado por uma função Cobb-Douglas: Y ( K θ ) = θ () onde K é o estoque de captal físco, é a quantdade agregada de trabalho formal e θ a partcpação do trabalho no produto. Na função de produção (), supomos que o captal é homogêneo, enquanto o trabalho rá dferr quanto a sua efcênca (-baxa, -ntermedára, 3-alta). A quantdade agregada de trabalho formal pode ser descrta como uma função das quantdades de trabalho em cada um dos tpos de qualfcação e a mportânca de cada um é dada por seus parâmetros de efcênca em uma função CES, descrta da segunte forma: = [ a (a) ( σ ) / σ ( σ ) / σ ( σ ) / σ σ /( σ ) + a + a33 ] onde é a quantdade de trabalhadores formas do grupo ; a é um parâmetro da função CES que depende da efcênca dos trabalhadores do tpo de trabalho, o qual pode varar no tempo e σ é a elastcdade de substtução que é fxa e gual entre pares dstntos de tpos de trabalho. Admte-se anda que cada tpo de trabalho (=,,3) pode ser subdvddo em 6 subgrupos e que estes sejam substtutos perfetos entre s, de modo que sera descrto por: 7

9 6 = α. =,,3 e j =,...,6 (b) j= onde são subgrupos de trabalhadores formas defndos dentro de cada tpo de trabalho e α são os coefcentes de dstrbução dos subgrupos dentro de cada tpo de trabalho (representam, em cada tpo de qualfcação, a razão entre a remuneração do subgrupo j e a remuneração do subgrupo de referênca)... Estoque de captal No equlíbro de steady-state a remuneração líquda do captal é fxa. Dessa forma, por smplfcação e sem perda de generaldade, a remuneração líquda por undade de captal é fxada em (conseqüentemente, K será o valor dos servços do captal). Nesta economa, captal é taxado, ao nível das frmas, como base em um mposto dreto, cuja alíquota é φ, e dos mpostos ndretos: o IVA tpo alíquota π ) e o IVA tpo ( alíquota π ). O IVA tpo é aquele que não concede crédto para aqusção de bens de ( captal e o IVA tpo é aquele que concede. No modelo, o crédto de mpostos se dá com base senção de uma parcela ρ da renda do captal. Quando ρ for gual a, o IVA tpo se transforma num trbuto sobre trabalho. Assm, em steady-state, temos que ( π π ) PMgK = + φ ρπ e, portanto, o estoque ótmo de captal é: ( π π )( θ ) K = Y (3) + φ ρπ onde a taxa efetva de mposto sobre a renda do captal τ* é dada por ( ρ ) π + π + φ. + φ ρπ Vale notar que mesmo no caso de ρ gual a, π não desaparece da taxa efetva de mposto sobre renda do captal e, portanto, contnua dstorcendo captal. É que na presença 8

10 de outros mpostos que ncdem sobre renda do captal ( π e φ), π contnua onerando o captal através do processo cumulatvo de mposto sobre mposto..3. A demanda por trabalho Partndo das equações (), (a) e (b), as produtvdades margnas do trabalho (PMg) dos dferentes tpos de trabalhadores ( =,,3 e j =,...,6 ) são defndas da segunte forma: PMg -/ σ Y Y Y = = = θ a α (4) A remuneração bruta do trabalhador no setor formal da economa é gual ao saláro contratual acrescentados os trbutos dretos que ncdem sobre o empregador, portanto, o custo dreto do trabalho. Por smplfcação, vamos admtr que todo mposto dreto sobre o trabalho é cobrado do trabalhador, de modo que o saláro é o únco custo dreto com mãode-obra ncorrdo pelas empresas 5. Defnndo a remuneração bruta de cada tpo de trabalho por w, resulta que a demanda por trabalho deve obedecer: ( π π ) PMg = w (5a) -/σ Y ( π π ) θ a α = w (5b).4. A oferta de trabalho Conhecdo o vetor de equlíbro das remunerações brutas do trabalho (w ), a equação (5) determna as quantdades de trabalho de equlíbro ( ). Como o vetor de w é 5 Na prátca, no entanto, uma parte dos custos dretos do trabalho por parte das empresas refere-se a mpostos e contrbução prevdencáras sobre a folha salaral. Assm, se uma empresa paga, para um determnado trabalhador, $ 00 de saláro e $ 0 de mpostos, vamos admtr que ela paga $ 0 de saláro. Por outro lado, se dos $ 00 recebdos, o trabalhador paga $ 0 de mpostos e contrbuções, vamos admtr que ele recebe $ 0 e paga $ 30 de mpostos e contrbuções para o governo. Essa mudança é apenas formal, uma vez que ela em nada altera os resultados. 9

11 determnado endogenamente, necesstamos de um conjunto de funções de oferta de trabalho (uma para cada tpo de trabalho) para fechar o sstema. Ao nvés de modelar explctamente a decsão das famílas em relação ao trabalho, optamos por especfcar dretamente as funções de oferta de trabalho formal. A prncpal vantagem dessa abordagem é que, além da smplcdade, ela pode ser compatível com dferentes explcações teórcas sobre oferta de trabalho formal-nformal. Admtmos que as ofertas de trabalho assumem a segunte forma funconal: = γ [ w ( g ) + T ] (6) ε ondeγ é um parâmetro que explca a oferta de trabalho ndependentemente da remuneração líquda; w é a remuneração bruta do trabalho; T são as transferêncas vnculadas ao trabalho formal; ε é a elastcdade de oferta de trabalho. g é alíquota do mposto que ncde sobre folha de saláros e A hpótese mplícta é que cada trabalhador possu um saláro de reserva fxo, o qual pode varar entre trabalhadores que, no setor formal, sejam produtvamente homogêneos. O saláro de reserva dependera da renda que pode ser obtda fora do setor formal (trabalho nformal ou doméstco), de preferêncas e restrções, as quas podem varar entre dferentes trabalhadores. Caso os trabalhadores de determnado grupo fossem homogêneos em todas essas dmensões, o saláro no setor formal sera fxo para cada um dos tpos de trabalhadores e mudanças trbutáras só afetaram o número de trabalhadores formas. Assm como em ews (954), os trabalhadores fora do setor formal formam um pool de mão-de-obra e estaram dspostos a mgrar para o setor formal a depender da remuneração paga nesse últmo setor. Entretanto, ao permtr que o saláro de reserva vare entre trabalhadores produtvamente homogêneos, damos mas flexbldade ao modelo ao consderar que a elastcdade de oferta de trabalho não necessta ser perfetamente elástca. Da forma que fo especfcado, o modelo apresenta anda algumas característcas que poderam ser consderadas não apropradas, sendo oportuno destacar duas delas. A prmera se refere à ntegração entre os setores formas e nformas. Mudanças na estrutura trbutára afetam o saláro e produtvdade apenas no setor formal da economa, dexando as 0

12 condções de trabalho nalteradas no setor nformal: qualquer trabalhador que decdsse permanecer no setor nformal após uma redução da carga trbutára, por exemplo, não sera afetado pela polítca. Tal hpótese permtu que o setor nformal da economa não fosse explctamente modelado, mas pode ser consderada muto restrtva. Em um mundo mas ntegrado, podera se esperar que a redução de trbutos, ao elevar a demanda por trabalho no setor formal, elevasse também a produtvdade e saláros no setor nformal. Ou seja, caso os efetos de mudanças trbutáras sobre as condções de trabalho na nformaldade não sejam desprezíves podemos superestmar seus mpactos sobre a formaldade e, possvelmente, subestmar seus mpactos sobre pobreza. A segunda restrção dz respeto aos dferencas de saláros. Sera razoável admtr que os benefícos líqudos não-salaras no setor formal sejam maores do que no setor nformal e, assm, sera de esperar um dferencal de saláros favorável ao setor nformal da economa. 6 Entretanto, as evdêncas mostram o contráro: mesmo controlados por uma sére de característcas observáves os saláros líqudos do setor formal mostram-se mas elevados. 7 Isso pode ser fruto de característcas produtvas não observáves ou uma ndcação de segmentação no mercado de trabalho. Em que medda a presença desses elementos pode alterar os resultados obtdos no presente trabalho é algo de dfícl avalação..5. O equlíbro no mercado de trabalho Substtundo (3) em () e reescrevendo a condção (5), resultam as seguntes equações: (θ ) / θ [( + φ ρπ ) ( π π )( θ ] Y = ( Y, > 0) (7) ) ( σ -)/σ ( π π ) θ Y a α = w (8) 6 Além dos saláros, os trabalhadores formas têm acesso a uma sére de benefícos, especalmente os relaconados à prevdênca socal, o que mplcara um saláro líqudo mas elevado no setor nformal. Por outro lado, se, por exemplo, o rsco de perda de emprego for maor no setor formal ou se os empregos no setor formal forem menos flexíves na dsposção do tempo os trabalhadores exgram um prêmo para trabalhar nesse setor. 7 Ver, por exemplo, Fernandes (996).

13 Substtundo a equação de oferta (6) na equação (8), chega-se ao resultado de equlíbro entre oferta e demanda por trabalho: ( / σ ) ~ (/ θ ) / θ = γ [ θ aα ( + φ ρπ ) ( π π ) ( g ) + T ] ε (9) ~ onde θ = θ ( θ ) (θ ) / θ As alocações de trabalho formal de equlíbro dependem dos parâmetros do modelo e da partcpação relatva de cada tpo de trabalho no emprego total da economa. O sstema de equações abaxo, formado a partr de (a), (b) e (9) será resolvdo para as ncógntas,,, 3, ( =,, 3, e j =,..., 6). ( = [ a σ ) / σ ( + a σ ) / σ ( + a 3 ] σ ) / σ σ /( σ ) 3 = 6 α. (0) j= = γ [ θ a α ( + φ ρπ ) ~ (/ θ ) ( π π ) / θ ( g ) ( / σ ) ε + T ] 3. Calbragem Para se resolver o sstema numercamente são necessáras estmatvas das seguntes varáves e parâmetros: ) produto formal (Y); ) número de ocupados formas por tpo de trabalho ( ); ) remuneração bruta por tpo de trabalho (w ); v) elastcdade de substtução (σ); v) elastcdades de oferta de trabalho (ε ); v) valor das transferêncas (T ) e v) alíquotas dos mpostos consderados (π, π, ρ, φ e g ). Com base nesses valores todos os demas parâmetros e o valor do estoque de captal podem ser obtdos. Os valores dos parâmetros e varáves no equlíbro ncal (ano de 00) encontram-se nas tabelas, 3 e 4.

14 3.. Produto, Emprego e Saláros no Setor Formal da Economa. As nformações sobre número de ocupados e saláros no setor formal foram obtdas a partr dos dados da Pesqusa Naconal por Amostra de Domcílos (PNAD-IBGE) para o ano de 00. A amostra usada é consttuída de trabalhadores cuja jornada semanal de trabalho era gual ou superor a 5 horas em emprego remunerado e que eram ntegrantes do setor formal. Trabalhadores formas foram defndos como aqueles se encontravam na stuação de empregado com cartera de trabalho assnada, trabalhador por conta-própra ou empregador, desde que estes dos últmos fossem contrbuntes da prevdênca socal. Assm, o crtéro para defnção de trabalhador formal é a de contrbução para a prevdênca socal 8. Os trabalhadores foram classfcados em cada grupo de acordo com os anos completo de estudo ( = : 0-4; = : 5-; e = 3: ou mas anos de escolardade). Já os sub-grupos j s foram defndos conforme sexo (homens e mulheres) e dade (6-5, 6-45 e 46 ou mas anos de dade). Assm, as combnações entre faxas de escolardade, sexo e faxas de dade resultaram em 8 dferentes tpos de trabalho. Para se obter, o procedmento fo smplesmente somar as horas semanas trabalhadas para cada um dos grupos, dvdndo-se o resultado por 44. Deste modo, é o número de ocupados padronzados pela jornada legal de trabalho (44 horas semanas). Já a remuneração bruta do trabalho (w ) é a méda smples das remunerações ndvduas de cada um dos grupos. As remunerações ndvduas ncluem os encargos trabalhstas de responsabldade das frmas 9 e foram ajustadas para uma jornada de 44 horas semanas. Como as nformações de remuneração da PNAD são mensas (referentes ao mês de setembro) as remunerações mensas foram multplcadas por 3 ( meses mas o 3 o saláro) para se obter o custo do trabalho anual. O produto formal da economa (Y) fo estmado com base no valor adconado fscal, tdo como base de arrecadação do ICMS (Imposto sobre Crculação de Mercadoras 8 Note que os servdores públcos (estatutáros e mltares) foram excluídos. Entretanto, empregados do setor públco que possuem o regme de trabalho do setor prvado foram ncluídos na amostra. 9 Encargos referentes ao INSS cota-parte do empregador e ao Sstema S. Dado que não exste uma relação dreta entre as contrbuções e os benefícos, decdu-se tratar as contrbuções ao INSS como um mposto. Assm, os benefícos do INSS são vstos como um benefíco não salaral, capturado pelo parâmetro γ da equação de oferta de trabalho. 3

15 e Prestação de Servços). Em 00 o ICMS era o mposto sobre valor adconado que possuía a mas ampla base trbutára 0. Infelzmente tal nformação não se encontra dsponível para todos os Estados. Assm, utlzou-se o valor adconado fscal para o Estado de São Paulo, dsponblzados pela Fundação SEAD. Sob a hpótese que a relação entre o valor adconado fscal e o PIB para São Paulo (que é de 0,64) é a mesma para o Brasl e usando a estmatva do IBGE para o PIB braslero, obteve-se para o ano de 00 o valor adconado fscal do Brasl (cerca de R$ 769 blhões). Tal procedmento pode superestmar o produto formal braslero por, pelo menos, dos motvos. Prmero, a base de arrecadação do ICMS engloba as compras fetas pelos empresáros no setor nformal, uma vez que essas não fazem jus ao crédto trbutáro. Em segundo lugar, estma-se que São Paulo seja um estado que apresenta uma das maores taxas de formalzação das empresas, uma vez que é tercero estado com maor taxa de formalzação do trabalho. Por outro lado, alguns servços fnas estão fora da base de arrecadação do ICMS, sendo taxados apenas pelos muncípos. Isso, por sua vez, contrbura para subestmar o produto formal. Em vrtude de tas ncertezas e devdo à mportânca do produto formal, todas as smulações aqu realzadas foram refetas para dferentes valores de Y. Assm, pudemos avalar a sensbldade dos resultados frente a dferentes estmatvas do produto formal. 3.. Alíquotas dos Impostos e Transferêncas. As alíquotas dos mpostos sobre valor adconado (π e π ) foram obtdas pela razão entre a arrecadação e o produto formal (Y), obtendo-se as alíquotas efetvas médas Os dados de arrecadação para o ano de 00 foram obtdos com base nas publcações da Receta Federal. Os trbutos ncluídos no IVA foram o Imposto sobre Crculação de Mercadoras e Prestação de Servços (ICMS) e o Imposto sobre Produtos Industralzados (IPI). O ICMS consttu-se no prncpal mposto ndreto exstente no país, ncdndo sobre o valor 0 Os mpostos sobre valor adconado em âmbto naconal (PIS e a COFINS) eram, em 00, cobrados em cascata, o que mpossblta o cálculo do valor adconado fscal. A estmatva de Y nfluenca os valores das alíquotas de mpostos sobre a produção e o valor de θ da função de produção. 4

16 adconado através de um sstema de cobrança sobre o faturamento e concessão de crédto. Ele é de âmbto estadual e, assm, está sujeto a 7 legslações dferentes, num complexo sstema que envolve além de alíquotas e senções dferencadas dependendo dos Estados, ajustes nas transações nterestaduas. Já o IPI, apesar de possur a mesma sstemátca de apuração que o ICMS, possu uma base mas restrta bens ndustralzados com váras senções - e é de âmbto (legslação) federal, com redstrbução de parte de sua arrecadação para Estados e Muncípos. A alíquota do IVA (π ) será mantda fxa em todas a smulações realzadas, de modo que sua únca mportânca na análse consste em afetar os parâmetros de efcênca do modelo. Por sua vez, os trbutos ncluídos no IVA foram o Programa de Integração Socal (PIS) e a Contrbução para o Fnancamento da Segurdade Socal (COFINS). Estas contrbuções possuem legslação federal e ncdam orgnalmente sobre o faturamento das empresas. No entanto, recentemente ocorreram alterações transformando-as em trbutos sobre valor adconado cuja base é anda mas ampla que a do ICMS. Como tas alterações ocorreram após 00, no equlíbro ncal consderou-se ρ gual a zero. Contudo, as alterações na legslação nsttuíram o crédto aos bens de captal, porém não de modo perfeto.como o crédto é realzado a partr da deprecação dos bens de captal sem que haja correção monetára dos valores ou ncdênca de juros, apenas uma parcela do mposto pago sobre o valor do bem de captal será estornado. Esta parcela será tanto maor quanto menor o tempo de deprecação consderado e as taxas de nflação e juros pressupostas. Para efeto de smulação consderou-se dferentes valores para ρ,entre 0,5 e. 3 A alíquota do trbuto dreto sobre remuneração do captal (φ) é obtda com base na arrecadação do Imposto de Renda da Pessoa Jurídca (IRPJ) e da Contrbução Socal sobre ucro íqudo (CS). Segundo dados da Receta Federal, em 00, a arrecadação com o IRPJ e com a CS totalzou 6,35 blhões. Portanto, a alíquota efetva φ fo calbrada de modo que φk guale a 6,35 blhões. Embora legalmente não sejam trbutos já que são vnculados ao fnancamento de gastos socas, para efeto dos objetvos deste artgo tas dferenças não se mostram relevantes. 3 Consderando bens de captal cujo tempo de deprecação seja de 7 anos e uma nflação de 9%a.a., então, a parcela de estorno ρ sera de cerca de 70%. Caso o tempo de deprecação do bem de captal seja de 5 anos, essa taxa sera próxma de 50%. Recentemente o tempo de deprecação dos bens de captal foram reduzdos para 48 meses aumentando o ρ mplícto. Outro motvo para a mperfeção da desoneração dos nvestmentos em bens de captal é a manutenção de regras de cumulatvdade para alguns setores da economa. 5

17 As alíquotas do mposto sobre folha de saláros (g ) foram obtdas a partr dos dados ndvduas da PNAD. Para cada trabalhador da amostra computou-se, além do custo dreto do trabalho, o rendmento líqudo. Este últmo leva em consderação as contrbuções ao INSS (cota-parte do empregado) e o desconto do mposto de renda na fonte (IRF). Então, para cada grupo de trabalhadores obteve-se a méda remuneração bruta do trabalho (w ) e a méda da remuneração líquda (w* ), sendo g defndo como ( w ). w Por fm, as transferêncas foram também obtdas com base nas nformações ndvduas, sendo T a méda do grupo. Inclu-se nas transferêncas o Saláro Famíla e o Abono Salaral Os Parâmetros da Função de Produção A partr dos valores de, w, Y, π e π encontra-se o parâmetro θ que defne a partcpação do fator trabalho no produto. Partndo das equações (a) e (8), temos que θ = ( w ) π π Y /( ) 5. Uma vez encontrado θ, obtêm-se também os valores de K e com base nas equações (3) e (7). Para se obter a elastcdade de substtução entre tpos de qualfcação (σ), precsase prmero construr, que depende por sua vez de α. Os coefcentes α s defnem a produtvdade relatva entre os subgrupos j s dentro de cada tpo de trabalho e foram obtdos a partr da razão das remunerações bruta do trabalho entre cada subgrupo j e o subgrupo de referênca (homens com 6 a 45 anos de dade). De posse dos s, σ é encontrado a partr da estmação empírca da equação lnear obtda a partr da equação (8) e da equação de θ. A estmação fo feta por Mínmos Quadrados Ordnáros, usando dados em panel com 8 tpos de trabalho e para o período de 98 a 00 (PNAD). 4 O abono salaral concede ao trabalhador com uma remuneração nferor a saláros-mínmos mensas um benefíco anual de saláro mínmo. Como o recebmento do abono salaral depende se o trabalhador esteve empregado por pelo menos 30 das no ano anteror e esta não é uma nformação dsponível na PNAD, atrbur smplesmente um saláro para cada ndvíduo segundo somente o crtéro de renda ra superestmar as transferêncas com o abono salaral. Por sso, usou-se o número de benefcáros do abono salaral em 00 (segundo o Mnstéro do Trabalho, foram cerca de 4,9 mlhões) e ajustou-se a transferênca por ndvíduo amostrado na PNAD de modo que ao fnal chega-se a este número real de benefcáros. 5 Para maores detalhes, ver parte do Apêndce. 6

18 A partr de σ, os parâmetros a podem ser faclmente obtdos pela equação a partr da qual se estmou σ. Os detalhes da estmação desses parâmetros podem ser vstos na parte do Apêndce. Em vrtude da possbldade da presença de vés de estmação, todas as smulações aqu realzadas foram refetas para dferentes valores de σ, de modo a avalar a sensbldade dos resultados frente a dferentes estmatvas da elastcdade de substtução Os Parâmetros da Função de Oferta de Trabalho Formal As elastcdades de oferta de trabalho formal por tpo de trabalhador foram também estmadas por Mínmos Quadrados Ordnáros com base na equação (6). Segundo a estratéga de dentfcação de Blundell, Duncan e Meghr (997), a regressão do logartmo do número de trabalhadores em relação ao logartmo do rendmento líqudo nclu um conjunto de varáves dummes ndcando grupo (tpos de trabalho) e tempo. Assm, nossa varável de nteresse está nstrumentalzada pela nteração entre as dummes de ano e de grupo, de modo que varações temporas nos saláros líqudos relatvos são consderadas exógenas. Para permtr que as elastcdades varem entre grupos, ncluímos também nterações entre o logartmo do rendmento líqudo e as dummes de grupo. As varáves de controle utlzadas foram: ) o logartmo da méda salaral do tpo de trabalho caso os trabalhadores estvessem no setor nformal e ) a proporção das pessoas no grupo em relação à população. Essa últma varável serve para controlar mudanças nos tamanhos relatvos dos grupos. A estmação da oferta de trabalho fo feta separadamente para homens e mulheres e usando a amostra de 98 a 990 da PNAD. A escolha desse período se deve ao fato de que durante os anos 90 houve mudanças nsttuconas, por conta da regulamentação de reformas no sstema de prevdênca e do mercado de trabalho que acarretaram mpactos não exógenos dos saláros relatvos dos agrupamentos de trabalhadores. O modelo empírco, descrto na parte 3 do Apêndce, mostra como foram calculadas estas elastcdades. Por fm, substtundo cada um dos valores de ε na equação (6), encontram-se os valores para γ. Novamente, para se verfcar o mpacto de um possível vés de estmação, todas as smulações foram refetas para dferentes valores de ε. 7

19 3.5. Resolvendo o modelo Consderando a parametrzação feta nas seções (3.) a (3.3), o sstema não-lnear de equações (0) fca automatcamente resolvdo. Para realzação das smulações, o sstema será resolvdo para,,,, 3 ( =,, 3, e j =,..., 6) tendo como base o método teratvo de Gauss-Newton. O crtéro utlzado para encontrar a solução por este método consste em mnmzar a soma dos quadrados dos erros das equações do sstema. Este algortmo parte ncalmente de valores arbtrados para as varáves de nteresse,,, 3,. Se a solução for encontrada para estes valores, então dzemos que a solução é consstente com o crtéro usado. Do contráro, tenta-se novos valores para estas varáves até que o crtéro de convergênca seja satsfeto. 4. Smulações Em todas as smulações, partmos do mesmo equlíbro ncal de steady-state calbrado para a economa braslera em 00. Nas prmeras smulações remos supor que a reforma proposta não é neutra do ponto de vsta da arrecadação, enquanto nas demas tal hpótese é feta. Nesse caso, no entanto, a arrecadação a ser mantda não é a arrecadação líquda total, mas a arrecadação líquda federal. Chamamos de arrecadação líquda federal a soma de todos os mpostos à exceção do IVA, portanto à exceção do ICMS (estadual) e do IPI (federal). Como a maor parte deste mposto se deve ao ICMS denomnamos este mposto de estadual, embora sso não seja rgorosamente correto Redução da carga trbutára As prmeras smulações consstem em reduções lneares nas alíquotas de todos os mpostos 7. Os cortes de mpostos são acompanhados de reduções nos gastos do governo, 6 Uma alternatva tera sdo ncorporar o IPI no IVA de modo a se ter de fato no IVA o mposto estadual. Não se optou por esta assocação já que o IPI possu uma base bem mas estreta e regras dferentes quando comparado com o PIS/COFINS, o que dfcultara a nterpretação das smulações. 7 Uma redução de 0% na alíquota de todos mpostos mpõe também uma redução nstantânea de 0% na arrecadação. 8

20 os quas são consderados não produtvos. O nteresse é avalar os mpactos de reduções na carga trbutára que seram possbltadas por corte de gastos do governo que não afetem a efcênca produtva da economa. Os resultados dessas smulações encontram-se na tabela 5, onde podemos observar que para reduções moderadas de mpostos (0%) a arrecadação tende, no longo prazo, a retornar ao nível ncal. Entretanto, sso não se verfca para cortes mas elevados: 30%, 50% e 70%. Reduções proporconas na carga trbutára possuem um mpacto sgnfcatvo no produto formal de longo prazo: uma elastcdade próxma da undade. Como parte dos recursos necessáros para o crescmento do produto formal advêm do setor nformal, o crescmento do produto da economa sera menor do que as taxas reportadas na tabela. Um aspecto mportante a ser observado é que o prncpal elemento para o crescmento do produto formal refere-se à acumulação de captal, ao nvés do crescmento do emprego formal. Em todas as smulações o crescmento do emprego é menor que o crescmento do produto e do estoque de captal. E mas, a taxa de crescmento do emprego não qualfcado é sempre menor. O crescmento do emprego formal possu duas fontes báscas: a nformaldade e a natvdade. Como o modelo não possblta dentfcar a orgem dos novos ocupados no setor formal, a taxa de formalzação da mão-de-obra não pode ser calculada 8. Entretanto, se admtrmos que todo o aumento do emprego formal advém da nformaldade, podemos obter um lmte superor para o crescmento da taxa de formalzação da mão-de-obra. É esse o procedmento adotado na tabela 5. Assm, observamos que o mpacto de redução nas alíquotas de mpostos sobre a taxa de formalzação da mão-de-obra é relatvamente modesto. Uma redução de 0% na alíquota de todos os mpostos elevara a taxa de formalzação da mão-de-obra de 46% para, no máxmo, 48,45%. Mesmo uma redução de 70% nas alíquotas elevara essa taxa para, no máxmo, 65,4%. Esses resultados dão suporte à tese de que os ganhos de formalzação da mão-de-obra baseados em reduções de gastos e trbutos são bastante lmtados, fazendo-se necessáro outras meddas 8 A taxa de formalzação da mão-de-obra é a proporção de trabalhadores formas entre o total de ocupados no setor prvado da economa. 9

21 complementares: reduzr os custos admnstratvos da formaldade, reformar a legslação trabalhsta, elevar a qualfcação da mão-de-obra etc 9. Por fm, as smulações ndcam que o prncpal mpacto sobre o mercado de trabalho ocorre nas remunerações líqudas: um crescmento ao redor de 0% na prmera smulação e ao redor de 00% na últma (dados não reportados). Entretanto, esse aumento é maor para os mas qualfcados. A razão de rendmentos líqudos entre os grupos de maor e menor remuneração se elevou em todas as smulações. 4.. Concessão de Crédto Trbutáro para Bens de Captal A concessão de crédto trbutáro para bens de captal nvestga uma das teses mas dfunddas em fnanças públcas: a de que bens de nvestmento não deveram ser taxados. Entretanto, como ressaltado anterormente, a estrutura do modelo não permte fornecer crédto na aqusção de bens de nvestmento e o procedmento adotado fo dar um crédto com base na renda do captal. Deste modo, o crédto trbutáro atua no sentdo de transformar o IVA num mposto sobre trabalho, ao nvés de um mposto sobre consumo. Tal procedmento pode subestmar o mpacto do crédto trbutáro sobre acumulação de captal e crescmento do produto formal. Nesta seção, assm como na próxma, a perda de arrecadação federal é compensada por um aumento na alíquota do IVA. A compensação de alíquotas para manter a arrecadação é realzada com base em dos cenáros: manter a arrecadação no curto e no longo prazo. No prmero, a alíquota é calculada de modo a manter a arrecadação fxa, tendo como base o produto, emprego, saláros e renda do captal do equlíbro ncal. No segundo, a alíquota é calbrada de modo que, no longo prazo, a arrecadação retorne ao nível ncal, consderando as alterações nas varáves de nteresse. A tabela 6 apresenta os resultados das smulações para ρ gual a 0,5 e ρ gual a. Podemos observar que a medda possu um mpacto postvo sobre o produto formal de longo prazo. O crescmento do produto chega a 0,4% quando a desoneração é total e a arrecadação líquda federal é mantda no longo prazo. Esse resultado pode ser anda maor 9 Cabe ressaltar que esses resultados são compatíves com a experênca recente de elevação da carga trbutára. Na década de 90 a carga trbutára cresceu ao em torno de 0% do PIB e não se observou um crescmento correspondente da taxa de formalzação da mão-de-obra, conforme se pode observar na tabela. 0

22 se consderarmos que na prátca esse crédto va apenas para o captal novo, ao nvés da renda de todo captal exstente. Como nas smulações da seção anteror, o prncpal elemento para o crescmento do produto formal refere-se à acumulação de captal. Na melhor stuação, quando o crescmento do produto é de 0,4%, o crescmento do emprego é apenas de,4%. Assm, o crédto trbutáro aos bens de captal apresentou um mpacto bastante modesto sobre a taxa de formalzação da mão-de-obra. A medda não apresentou qualquer mpacto sobre a desgualdade salaral e produzu um aumento nos saláros líqudos mas mportante do que sobre o emprego: em torno de 5% quando o crescmento do produto é de 0,4% (dados não reportados) Desoneração Parcal da Folha de Saláro para os Trabalhadores Menos Qualfcados Nas smulações até aqu realzadas, vmos que os mpactos postvos tendem a ser maores para o produto formal do que para o emprego, enquanto os ganhos de saláros são proporconas ou maores para os mas qualfcados. Portanto, se todos os grupos são, no longo prazo, benefcáros das meddas analsadas, os ganhos são relatvamente menores para os menos qualfcados 30. Ou seja, a população mas necesstada é justamente aquela que menos se benefca das meddas. Assm, a redução de mpostos sobre trabalho para os menos qualfcados podera ser pensada como forma de compensar tal assmetra. Tem sdo defenddo que tal medda, além de reduzr a desgualdade salaral, contrbura para um aumento na efcênca do sstema. Isso porque, na presença de um setor nformal expressvo, os trabalhadores pouco qualfcados teram uma oferta de trabalho formal bastante elástca. Nessa seção avala-se a desoneração parcal da folha de saláros sobre os trabalhadores menos qualfcados. Isso é feto por tornar a contrbução ao INSS (cota parte das empresas) progressva. Assm, admte-se que o prmero saláro mínmo é sento de contrbução para todos os trabalhadores. A perda de arrecadação será compensada por um 30 Isso é especalmente verdade se admtrmos que os trabalhadores menos qualfcados pratcamente não acumulam captal.

23 aumento da alíquota do IVA (com ρ gual a 0 e ρ gual a ) ou com aumento na alíquota da contrbução do INSS para os demas saláros. O procedmento adotado fo, com base nos dados da PNAD, recalcular a contrbução ndvdual e, assm, recalcular a alíquota méda para cada um dos grupos 3. Quando a compensação é feta com aumento da alíquota do INSS para os demas saláros, o procedmento adotado fo elevar a alíquota efetva de todos os grupos de trabalhadores em um mesmo percentual. Embora não estrtamente correto esse procedmento smplfca bastante a análse. Os resultados das smulações encontram-se na tabela 7. Na prmera smulação a compensação é feta com o aumento da alíquota do IVA supondo ρ gual a zero. Neste caso, o mpacto sobre o produto e estoque de captal fo negatvo. Isso porque a mudança de base passa a dstorcer captal. O mpacto sobre emprego, apesar de postvo, fo bastante modesto, pratcamente não alterando a taxa de formalzação da mão-de-obra. Para os trabalhadores mas qualfcados o emprego formal se reduzu. O prncpal mpacto da medda ocorre sobre a desgualdade salaral: a razão entre os saláros líqudos maores e menores se reduzu em torno de 0%. Nesse caso, os saláros dos menos qualfcados aumentam em até 5%, enquanto que para os mas qualfcados a queda chega a ser de 4% (dados não reportados). O ponto a ser ressaltado nessa dscussão é que desonerar bens de captal e folha de saláros para os menos qualfcados não são meddas confltantes. As duas podem ser mplementadas smultaneamente. Prmero, torna-se o IVA um mposto sobre consumo ao fornecer crédto ntegral na aqusção de bens de captal. Feto sso, transfere-se os encargos da folha de saláros dos menos qualfcados para o novo mposto sobre o consumo. Esse exercíco é realzado na segunda smulação da tabela 7, onde podemos observar que o mpacto sobre crescmento do produto formal é pratcamente o mesmo do obtdo pela smples desoneração do captal (smulação da tabela 6) e, ao mesmo tempo, mantém os ganhos dstrbutvos da smulação anteror. Assm, desonerar bens de captal conjuntamente com a redução dos mpostos sobre trabalho apresenta-se como uma medda bastante nteressante. 3 Exste um efeto de segunda ordem (da mudança das alíquotas sobre os saláros e, portanto, novamente sobre as alíquotas médas) que não fo levado em conta nas smulações.

24 Por fm, a últma smulação transfere o encargo sobre a folha de saláros dos menos para os mas qualfcados. Tal medda tem pouco mpacto sobre o produto formal, se mostrando efcente apenas para reduzr a desgualdade salaral. 5. Análse de Sensbldade (Em andamento) 6. Consderações Fnas Neste artgo mplementa-se um modelo de equlíbro geral computável com o objetvo de se avalar mudanças na estrutura trbutára sobre o produto, o emprego e os saláros no setor formal da economa. A abordagem é de steady-state e as ofertas de trabalho são especfcadas em sua forma reduzda. Foram consderados 8 tpos dferentes de trabalhadores e o modelo possu uma estrutura trbutára relatvamente complexa, com um mposto sobre o trabalho, um mposto sobre captal, transferêncas relaconadas ao emprego formal e dos tpos de mpostos sobre o valor adconado: um que estorna o trbuto pago referente a bens de captal e um que não o estorna. Avalaram-se três tpos de mudanças na estrutura trbutára: a) reduções lneares nas alíquotas de todos os mpostos; b) concessões de crédtos trbutáros para os mpostos sobre bens de captal mplíctos no IVA e; c) desonerações parcas da folha de saláro para os trabalhadores menos qualfcados. Nos dos últmos casos, a perda de arrecadação é compensada por um aumento na alíquota do IVA ou dos encargos da folha de saláros dos trabalhadores mas qualfcados. Os resultados da redução da carga trbutára foram os mas expressvos, apresentado uma elastcdade de longo prazo do produto formal em relação ao corte nas alíquotas próxma da undade. Entretanto, o crescmento do produto se dá prncpalmente pelo acúmulo de captal, ao nvés do crescmento do emprego formal. Em todas as smulações, o crescmento do emprego é menor do que o crescmento do produto e do estoque de captal. E mas, a taxa de crescmento do emprego não qualfcado é sempre menor. Observou-se 3

25 também que o mpacto de redução nas alíquotas de mpostos sobre a taxa de formalzação da mão-de-obra é relatvamente modesto. Por exemplo, uma redução de 0% na alíquota de todos os mpostos elevara a taxa de formalzação da mão-de-obra de 46% para, no máxmo, 48,45%. Esses resultados dão suporte a tese de que os ganhos de formalzação da mão-de-obra baseados em reduções de gastos e trbutos são bastante lmtados, fazendo-se necessáro outras meddas complementares: reduzr os custos admnstratvos da formaldade, reformar a legslação trabalhsta, elevar a qualfcação da mão-de-obra etc. A concessão de crédto trbutáro para bens de captal possu também um mpacto sgnfcatvo sobre o produto formal de longo prazo. Novamente, o prncpal elemento para o crescmento do produto formal refere-se à acumulação de captal. Embora benéfca para todos os grupos de trabalhadores, a medda é menos favorável aos menos qualfcados. Por sua vez desonerar a folha de saláros dos menos qualfcados, compensando a queda de arrecadação por um IVA que não desonera captal, melhora a desgualdade e traz ganhos para os trabalhadores menos qualfcados. Isso se dá às custas dos saláros e emprego dos mas qualfcados e da acumulação de captal. O produto formal de longo prazo se reduz com a medda. O ponto mportante, destacado no artgo, é que o crédto aos bens de captal e a desoneração da folha de saláros para os menos qualfcados não são meddas confltantes. Quando mplementadas smultaneamente, os resultados postvos sobre produto e emprego da prmera e sobre desgualdade salaral da segunda medda são mantdos. Assm, se estamos preocupados tanto com formalzação como com desgualdade, adotá-las conjuntamente parece recomendável. Referêncas Bblográfcas Altg, D. e Carlstrom, C. T. Margnal Tax Rates and Income Inequalty n a fe-cycle Model, Amercan Economc Revew, 999, vol. 89, n. 5, pp Altg, D., Auerbach, A. J., Kotlkoff,. J., Smetters, K. A. e Wallser, J. Smulatng fundamental tax reform n the Unted States, Amercan Economc Revew, 00, vol. 9, n. 3, pp Auerbach, A. J. e Kotlkoff,. J. Dynamc fscal polcy. Cambrdge: Cambrdge Unversty Press,

26 Barro, R. J. Are Government Bonds Net Wealth? Journal of Poltcal Economy, 974, vol. 8, n. 6, pp Blundell, R., Duncan, A. e Meghr, C. Estmatng labour supply responses usng tax reforms, Econometrca, 997, vol. 66, pp Chamley, C. Optmal Taxaton of Captal Income n General Equlbrum wth Infnte ves, Econometrca, 986, vol. 54, n. 3, pp Fernandes, R. Mercado de trabalho não-regulamentado: partcpação relatva e dferencas de saláros, Pesqusa e Planejamento Econômco, 996, vol. 6, n., pp Fernandes, R. e Gremaud, A. P. Regme de Prevdênca dos Servdores Públcos: Equlíbro Fnancero e Justça Atuaral. Escola de Admnstração Fazendára ESAF, 003, Texto para Dscussão n.. Judd, K.. Redstrbutve Taxaton n a Smple Perfect Foresght Model, Journal of Publc Economcs, 985, vol. 8, n., pp Judd, K.. The Welfare Cost of Factor Taxaton n a Perfect-Foresght Model, Journal of Poltcal Economy, 987, vol. 95, n. 4, pp ews, W. A. Economc development wth unlmted supples of labor, Manchester School of Economcs and Socal Studes, 954, vol., n., pp Mankw, N. G. The Savers-Spenders Theory of Fscal Polcy, Amercan Economc Revew, 000, vol. 90, n., pp Summers,. H. Captal Taxaton and Accumulaton n a fe Cycle Growth Model, Amercan Economc Revew, 98, vol. 7, n. 4, pp Summers,. H. Some Smple Economcs of Mandated Benefts, Amercan Economc Revew, 989, vol. 79, n., pp

27 Tabela : Proporção de Contrbunte ao INSS entre os Ocupados no Setor Prvado Anos de Escolardade Sexo Total ou mas Mulheres Homens Total Fonte: PNAD-IBGE. Tabela : Parâmetros Estmados Defnção Símbolo Valor Função de Produção Cobb- Douglas fração do trabalho no produto θ 0.45 Função CES elastcdade de substtução entre tpos de trabalho σ.36 Efcênca do tpo de qualfcação (baxa) a Efcênca do tpo de qualfcação (ntermedára) a.97 Efcênca do tpo de qualfcação 3 (alta) a Equações (b) mportânca do subgrupo j no tpo α Oferta de Trabalho Trbutos elastcdade de oferta de trabalho formal do tpo de trabalho ε (Ver gráfco ) parcela da oferta de trabalho do tpo de trabalho não explcada por varações na remuneração líquda alíquota sobre trabalho g (Ver gráfco ) alíquota sobre captal φ alíquota sobre VA (tpo ) π 0.48 alíquota sobre VA (tpo ) π γ taxa de desoneração dos nsumos de captal ρ

28 Tabela 3: Produto Formal, Estoque de Captal e Arrecadação Equlíbro Incal Varáves do Modelo Valores (Em blhões) Produto Formal 769,06 Estoque de Captal 300,88 Arrecadação sobre Folha Salaral 75,98 Arrecadação sobre Captal 6,35 Arrecadação sobre VA (tpo ) 3,77 Arrecadação sobre VA (tpo ) 57,76 Transferêncas vnculadas ao trabalho formal, Arrecadação íquda Total 7,75 Arrecadação íquda Federal (Exclu-se o IVA tpo ) 57,99 Tabela 4: Emprego, Remunerações íqudas e Transferêncas Vnculadas ao Emprego Formal Equlíbro Incal Grupos Qtde de Empregos Formas Remuneração íquda (Méda Mensal) Transferêncas de Renda (Méda Anual) Escolardade 0-4 Homens;Idade ,48 7,63 Homens;Idade ,0 70,76 Homens;Idade 46 ou mas ,3 8,03 Mulheres;Idade ,6 8,55 Mulheres;Idade ,64 0,90 Mulheres;Idade 46 ou mas ,0 9,68 Escolardade 5- Homens;Idade ,83 7,74 Homens;Idade ,45 77,8 Homens;Idade 46 ou mas ,4 3,96 Mulheres;Idade ,5 86,35 Mulheres;Idade ,8 8,54 Mulheres;Idade 46 ou mas ,4 55,06 Escolardade ou mas Homens;Idade ,94 6,0 Homens;Idade ,0 5,63 Homens;Idade 46 ou mas ,69,6 Mulheres;Idade ,69 34, Mulheres;Idade ,6 4,8 Mulheres;Idade 46 ou mas ,05 8,7 7

29 Tabela 5: Redução da Carga Trbutára (ano de 00=00) Redução da carga trbutára em 0% Redução da carga trbutára em 30% Redução da carga trbutára em 50% Redução da carga trbutára em 70% Produto Formal 09,50 30,867 55,399 83,867 Estoque de Captal 3,568 45,656 85,58 34,003 Arrecadação sobre Folha Salaral 0,304 99,37 88,470 65,840 Arrecadação sobre Captal 0, 0,959 9,579 70,0 Arrecadação sobre VA (tpo ) 98,559 9,607 77,699 55,60 Arrecadação sobre VA (tpo ) 98,559 9,607 77,699 55,60 Transferêncas vnculadas ao trabalho formal 05,638 7,698 30,785 45,078 Arrecadação íquda Federal 00,394 96,655 84,653 6,605 Arrecadação íquda Total 99,65 94,54 8,74 58,907 Número de ocupados formas Total 05,38 6,67 8,9 4,07 Escolardade ,33 3,404,980 33,59 Escolardade 5-05,703 7,90 3,07 45,753 Escolardade ou mas 05,349 6,669 8,79 4,856 Razão K / 08,386 6,75 47,38 70,45 Taxa de Formalzação (ano 00=46%) 48,45% 53,67% 59,30% 65,4% Desgualdade (Razão Maor/Menor Saláro) (ano 00=0.57) 0,79,6,47,73 Tabela 6: Mudança de Base Trbutára - Crédto ao Captal (ano de 00=00) Crédto ao Captal (rho=0,5) => Aumento do IVA Equlbra arrecadação no CP Equlbra arrecadação no P Crédto ao Captal (rho=) => Aumento do IVA Equlbra arrecadação no CP Equlbra arrecadação no P Produto Formal 0,484 03,54 07,3 0,363 Estoque de Captal 04,564 05,834 3,438 7,786 Arrecadação sobre Folha Salaral 00,075 0,666 00,566 07,343 Arrecadação sobre Captal 04,564 05,834 3,438 7,786 Arrecadação sobre VA (tpo ) 0,484 03,54 07,3 0,363 Arrecadação sobre VA (tpo ) 0,979 95,69 03,4 8,3 Transferêncas vnculadas ao trabalho formal 00,07 00,600 00,05 0,605 Arrecadação íquda Federal 0,50 00,000 03,696 00,000 Arrecadação íquda Total 0,94 0,30 05,76 04,338 Número de ocupados formas Total 00,05 00,563 00,9 0,440 Escolardade ,0 00,466 00,59 0,08 Escolardade 5-00,07 00,605 00,06 0,69 Escolardade ou mas 00,04 00,539 00,84 0,338 Razão K / 04,550 05,844 3,56 5,487 Taxa de Formalzação (ano 00=46%) 46,0% 46,6% 46,09% 47,% Desgualdade (Razão Maor/Menor Saláro) (ano 00=0.57) 0,57 0,58 0,57 0,59 8

30 Tabela 7: Mudança de Base Trbutára Desoneração Parcal da Folha Salaral (ano de 00=00) Redução dos encargos sobre folha de saláros => Aumento do IVA Equlbra arrecadação no CP Equlbra arrecadação no P Redução dos encargos sobre folha de saláros e Crédto ao Captal (rho=) => Aumento do IVA Equlbra arrecadação no CP Equlbra arrecadação no P Redução dos encargos sobre folha dos menos qualfcados => Aumento dos encargos sobre os mas qualfcados Equlbra arrecadação no CP Equlbra arrecadação no P Produto Formal 98,808 96,54 07,050 09,076 00,09 00,94 Estoque de Captal 97,63 93,66,47 5,89 00,09 00,94 Arrecadação sobre Folha Salaral 85, 8,697 85,546 89,69 00, 99,88 Arrecadação sobre Captal 97,63 93,66,47 5,89 00,09 00,94 Arrecadação sobre VA (tpo ) 98,808 96,54 07,050 09,076 00,09 00,94 Arrecadação sobre VA (tpo ) 4,788 7,66 0,34 07,79 00,09 00,94 Transferêncas vnculadas ao trabalho formal 0,007 00,446 0,54 03,765 0,54 0,548 Arrecadação íquda Federal 97,80 00,000 0,57 00,000 00,49 00,000 Arrecadação íquda Total 98,8 98,43 04,40 03,799 00,74 00,08 Número de ocupados formas Total 0,496 00,04 0,633 03,35 0,00 0,034 Escolardade 0-4 0,950 00,734 0,064 03,34 0,590 0,66 Escolardade 5-0,75 00,80 0,899 0,69 0,38 0,73 Escolardade ou mas 99,878 98,5 00,007 0,338 99,57 99,9 Razão K / 96,586 93,75,553 3,039 00,000 00,000 Taxa de Formalzação (ano 00=46%) 46,69% 46,0% 46,75% 47,44% 46,46% 46,48% Desgualdade (Razão Maor/Menor Saláro) (ano 00=0.57) 9,58 9,57 9,58 9,59 9,48 9,48 9

31 Gráfco : Alíquotas do Trbuto sobre Trabalho (g ) Gráfco : Elastcdades de Oferta de Trabalho (ε ) 30

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