CIRCULAR Nº 3.641, DE 4 DE MARÇO DE I - F = fator estabelecido no art. 4º da Resolução nº 4.193, de 2013;

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1 CIRCULAR Nº 3.64, DE 4 DE MARÇO DE 203 Estabelece os procedmentos para o cálculo da parcela dos atvos ponderados pelo rsco (RWA) referente às exposções em ouro, em moeda estrangera e em atvos sujetos à varação cambal cujo requermento de captal é calculado medante abordagem padronzada (RWA CAM ), de que trata a Resolução nº 4.93, de º de março de 203. A Dretora Colegada do Banco Central do Brasl, em sessão extraordnára realzada em º de março de 203, com base no dsposto nos arts. 9º, 0, ncso IX, e, ncso VII, da Le nº 4.595, de 3 de dezembro de 964, e 3º, 2º, e 5 da Resolução nº 4.93, de º de março de 203, e tendo em vsta o contdo na Resolução nº 3.488, de 29 de agosto de 2007, R E S O L V E : Art. º O cálculo dáro da parcela dos atvos ponderados pelo rsco (RWA), relatva às exposções em ouro, em moeda estrangera e em atvos sujetos à varação cambal cujo requermento de captal é calculado medante abordagem padronzada (RWA CAM ), de que trata a Resolução nº 4.93, de º de março de 203, deve ser efetuado com base na segunte fórmula: RWA CAM F EXP = " F I - F = fator estabelecdo no art. 4º da Resolução nº 4.93, de 203; II - F" = fator aplcável às exposções em ouro, em moeda estrangera e em atvos e passvos sujetos à varação cambal, defndo no 3º deste artgo; III - EXP = exposção cambal calculada de acordo com a segunte fórmula: EXP = Exp + H Exp2 + G Exp3 a) Exp = exposção cambal calculada de acordo com a segunte fórmula: Exp n = EC EV. n = número de moedas, nclundo o ouro, para as quas são apuradas as exposções menconadas no caput; 2. EC = total das exposções compradas na moeda "";

2 3. EV = total das exposções venddas na moeda ""; b) H = fator aplcável ao montante do menor dos excessos das exposções compradas ou venddas (Exp2), defndo no 3º deste artgo; c) Exp 2 = exposção cambal calculada de acordo com a segunte fórmula: Exp n n = mn ExC ExV = = 2 ;. n = número de moedas, consderando apenas as exposções em dólar dos Estados Undos, euro, franco suíço, ene, lbra esterlna, dólar canadense e ouro; 2. ExC = excesso da exposção comprada em relação à exposção vendda, apurado para a moeda ""; e 3. ExV = excesso da exposção vendda em relação à exposção comprada, apurado para a moeda ""; d) G = fator aplcável ao montante das posções opostas em ouro, em moeda estrangera e em atvos e passvos sujetos à varação cambal, no Brasl e no exteror, defndo no 3º; e e) Exp 3 = exposção cambal calculada de acordo com a segunte fórmula: Exp n2 n3 = mn = = 3 ; ElB ElE. n 2 = número de moedas, nclundo o ouro, para as quas são apuradas as exposções no Brasl; 2. n 3 = número de moedas, nclundo o ouro, para as quas são apuradas as exposções no exteror, nclusve para subsdáras e dependêncas localzadas no exteror; 3. ElB = exposção líquda no Brasl na moeda "", resultante da dferença entre o total das posções compradas e o total das posções venddas no Brasl; e 4. ElE = exposção líquda no exteror na moeda "", resultante da dferença entre o total das posções compradas e o total das posções venddas no exteror, nclundo subsdáras e dependêncas localzadas no exteror. º O valor da RWA CAM é gual a zero para as exposções em ouro, em moeda estrangera e em atvos e passvos sujetos à varação cambal (EXP) guas ou nferores a 0,02 (dos centésmos) do Patrmôno de Referênca (PR), defndo nos termos da Resolução nº 4.92, de º de março de 203, no período de 30 de abrl de 202 a 3 de dezembro de 203. Págna 2 de 6 Crcular nº 3.64, de 4 de março de 203

3 2º As exposções devem ser apuradas em reas, pela conversão dos respectvos valores, com base nas cotações de venda dsponíves na transação PTAX800, opção 5, do Sstema de Informações Banco Central (Ssbacen), do da anteror ao da a que se refra a apuração. 3º Para o cálculo da parcela RWA CAM devem ser consderados: I - F" defndo a partr da razão entre as exposções em ouro, em moeda estrangera e em atvos e passvos sujetos à varação cambal (EXP) e o Patrmôno de Referênca (PR), defndo nos termos da Resolução nº 4.92, de 203, consderando a segunte gradação: a) F" = 0,40 (quarenta centésmos), caso a razão EXP/PR seja gual ou nferor a 0,05 (cnco centésmos); b) F" = 0,60 (sessenta centésmos), caso a razão EXP/PR seja gual ou nferor a 0,0 (dez centésmos); c) F" = 0,80 (otenta centésmos), caso a razão EXP/PR seja gual ou nferor a 0,5 (qunze centésmos); e centésmos); d) F" =,00 (um ntero), caso a razão EXP/PR seja superor a 0,5 (qunze II - H = 0,70 (setenta centésmos); e III - G =,00 (um ntero), se n2 G = 0 (zero), em caso contráro. ElB e n3 ElE tverem posções opostas, e 4º Para o cálculo de Exp e Exp 3, as exposções em dólar dos Estados Undos da Amérca, euro, franco suíço, ene, lbra esterlna, dólar canadense e ouro devem ser consderadas conjuntamente, como uma únca moeda. 5º Para o cálculo de Exp 3, não devem ser consderadas as exposções relatvas às operações realzadas entre nsttuções consoldadas, nclundo dependêncas, exceto as exposções referentes aos recursos captados no exteror e utlzados em operações de empréstmo, repasse, adantamento, fnancamento e arrendamento mercantl, contratadas com pessoas naturas e jurídcas no País, observado que: I - o patrmôno líqudo de nsttuções, subsdáras e dependêncas no exteror, sujetas à consoldação nos termos da regulamentação em vgor, deve ser consderado como posção vendda no exteror, para apuração de ElE ; e II - o valor correspondente a nvestmento em nsttuções, subsdáras e dependêncas no exteror, em bases percentuas, sujetas à consoldação nos termos da regulamentação em vgor, poderá ser consderado, total ou parcalmente, como posção comprada para a apuração de ElB e ElE, desde que mantda exposção líquda vendda em valor equvalente ou superor, observado anda que: Crcular nº 3.64, de 4 de março de 203 Págna 3 de 6

4 a) posção comprada pode ser composta por uma ou mas moedas estrangeras, a crtéro da nsttução; b) a opção pela prerrogatva deve ser delberada em reunão do conselho de admnstração, quando houver, ou da dretora da nsttução, com a defnção do percentual do nvestmento a ser consderado como posção comprada, o respectvo percentual de partcpação de cada moeda e a data de níco de vgênca da referda defnção; c) a opção pela prerrogatva de que se trata não pode ser alterada antes do prmero balanço semestral segunte à sua delberação; d) a exposção vendda líquda em valor equvalente ou superor deve ser mantda durante a vgênca dessa opção; e) a base percentual e a composção de moedas da posção comprada, vgentes no últmo da de cada semestre, devem ser automatcamente consderadas para o semestre segunte, salvo na hpótese de nova delberação da nsttução nos termos da alínea "b", a ser tomada no decorrer do própro semestre, para vgorar no semestre subsequente; e f) as nformações relatvas à opção pela prerrogatva de que se trata devem ser documentadas e mantdas à dsposção do Banco Central do Brasl. 6º Para a apuração da parcela RWA CAM devem ser consderadas as operações contratadas que apresentem, a qualquer tempo, rsco cambal para a nsttução. Art. 2º Para a apuração do valor dáro da parcela RWA CAM, bem como do lmte de exposção cambal de que trata a Resolução nº 3.488, de 29 de agosto de 2007, defne-se como: I - exposção comprada: a soma dos atvos que aumentam seu valor em moeda naconal e das posções passvas em nstrumentos fnanceros dervatvos que dmnuem seu valor em moeda naconal, em função de uma desvalorzação do valor da moeda naconal em relação à moeda estrangera em que referencados; II - exposção vendda: a soma das posções atvas em nstrumentos fnanceros dervatvos que dmnuem seu valor em moeda naconal e dos passvos que aumentam seu valor em moeda naconal, em função de uma desvalorzação do valor da moeda naconal em relação à moeda estrangera em que referencados. º Os fluxos referencados em ouro e em moeda estrangera devem ser marcados a mercado, pelo período remanescente de cada contrato, tomando-se por base a estrutura temporal da taxa de juros referente à moeda objeto de negocação. 2º Os nstrumentos fnanceros dervatvos referencados em ouro, em moeda estrangera ou em atvos sujetos à varação cambal devem ser apurados com base no montante do atvo objeto. 3º No caso de operações em aberto de contratos de opções referencados em ouro, em moeda estrangera ou em atvos sujetos à varação cambal, os cálculos pertnentes a Págna 4 de 6 Crcular nº 3.64, de 4 de março de 203

5 cada operação devem ser realzados separadamente e os seus resultados devem ser ncluídos no cálculo da exposção líquda relatva ao atvo objeto do contrato. 4º Para efeto da apuração do valor representatvo das posções em opções, deve ser consderada a varação do preço da opção em relação à varação do preço do atvo objeto (delta) multplcada pela quantdade de contratos e pelo seu tamanho. 5º Os valores das posções detdas em decorrênca de aplcações em cotas de fundos de nvestmento devem ser tratados de forma consstente com base na composção proporconal de suas carteras ou, na mpossbldade, como uma posção em uma moeda, vedada a compensação com qualquer posção vendda. 6º Não ntegram a base de cálculo as operações: I - nas quas a nsttução atue exclusvamente como ntermedadora, não assumndo quasquer dretos ou obrgações para com as partes; e da apuração. II - vncendas até o da útl subsequente, desde que lqudadas pela cotação do da 7º A metodologa de apuração das taxas utlzadas para a marcação a mercado das exposções em ouro, em moeda estrangera e em atvos e passvos sujetos à varação cambal deve ser estabelecda com base em crtéros consstentes e passíves de verfcação, em conformdade com as normas em vgor. Art. 3º O valor correspondente a partcpações, em bases percentuas, de nvestmentos estrangeros no patrmôno de nsttuções fnanceras e demas nsttuções autorzadas a funconar pelo Banco Central do Brasl pode ser consderado, total ou parcalmente, como posção vendda em moeda estrangera, desde que exsta exposção líquda comprada em valor equvalente ou superor. º A posção vendda de que trata o caput pode ser composta por uma ou mas moedas estrangeras, a crtéro da nsttução. 2º A opção pela prerrogatva de que trata o caput deve ser delberada em reunão do conselho de admnstração, quando houver, ou da dretora da nsttução, com a defnção do percentual do nvestmento a ser consderado como posção vendda, o respectvo percentual de partcpação de cada moeda e a data de níco de vgênca da referda defnção. 3º A opção pela prerrogatva de que trata o caput não poderá ser alterada antes do prmero balanço semestral segunte à sua delberação. 4º A base percentual e a composção de moedas da posção vendda referdas neste artgo, vgentes no últmo da de cada semestre, devem ser automatcamente consderadas para o semestre segunte, salvo na hpótese de nova delberação da nsttução nos termos do 2º deste artgo, a ser tomada no decorrer do própro semestre, para vgorar no semestre subsequente. 5º As nformações relatvas à opção pela prerrogatva de que trata o caput devem ser documentadas e mantdas à dsposção do Banco Central do Brasl. Crcular nº 3.64, de 4 de março de 203 Págna 5 de 6

6 Art. 4º A posção vendda em moeda estrangera realzada com o objetvo de proporconar hedge para a partcpação em nvestmentos no exteror de nsttuções fnanceras e demas nsttuções autorzadas a funconar pelo Banco Central do Brasl poderá consderar o valor necessáro para proporconar a efetva proteção da referda posção comprada em moeda estrangera, nclusve computando-se os efetos fscas, para fns da apuração da parcela RWA CAM. º Os parâmetros para a determnação do valor da proteção de que trata o caput devem ser documentados e estabelecdos com base em crtéros consstentes com a estratéga de hedge adotada. 2º A opção pela prerrogatva de que trata o caput deve ser delberada em reunão do conselho de admnstração, quando for o caso, ou da dretora da nsttução, observado que não poderá ser alterada antes do prmero balanço semestral que se segur à sua delberação. 3º As nformações relatvas à opção pela prerrogatva de que trata o caput devem ser documentadas e mantdas à dsposção do Banco Central do Brasl. Art. 5º Deve ser encamnhado ao Banco Central do Brasl, na forma a ser estabelecda, relatóro detalhando a apuração da parcela RWA CAM. º Cabe à nsttução do conglomerado responsável pela remessa de nformações contábes ao Banco Central do Brasl a apuração consoldada da parcela RWA CAM. 2º As nsttuções devem manter à dsposção do Banco Central do Brasl, pelo prazo de cnco anos, as nformações utlzadas para a apuração dára da parcela RWA CAM, assm como a metodologa utlzada para apuração do valor de mercado das respectvas operações. Art. 6º Fcam mantdos no Plano Contábl das Insttuções do Sstema Fnancero Naconal (Cosf) os títulos contábes PATRIMÔNIO LÍQUIDO EXIGIDO PARA COBERTURA DO RISCO DE MERCADO e EXIGÊNCIA DE PATRIMÔNIO LÍQUIDO PARA COBERTURA DO RISCO DE MERCADO, para o regstro do valor apurado para a RWA CAM nos balancetes mensas e balanços. Art. 7º Esta Crcular entra em vgor em º de outubro de 203. Art. 8º Fcam revogadas, a partr de º de outubro de 203, as Crculares ns , de 25 de junho de 2008, e 3.608, de 7 de agosto de 202. Parágrafo únco. As ctações à Crcular nº 3.389, de 2008, passam a ter como referênca esta Crcular. Luz Awazu Perera da Slva Dretor de Regulação do Sstema Fnancero Págna 6 de 6 Crcular nº 3.64, de 4 de março de 203