Conferência Internacional de Crédito Imobiliário Salvador - Bahia Novembro 2007 1
Política Governamental e Propostas para Combate do Déficit Habitacional Crédito Imobiliário: Desenvolvendo Mecanismos de Mercado 2
Objetivos do Ministério da Fazenda Desenvolver e consolidar os mecanismos de mercado que proporcionem uma base sólida para o crescimento sustentado do setor imobiliário. Arcabouço legal eficiente; Segurança jurídica das operações; Eficiência tributária. 3
Principais Medidas Adotadas 4
Lei nº 9.514/1997 Criação do Sistema Financeiro Imobiliário Ministério da Fazenda sistema de financiamento imobiliário eminentemente voltado para as condições de mercado, sem restrições ao valor do imóvel financiado e à taxa de juros cobrada. Instituição do Mercado de Securitização de Recebíveis Imobiliários CRI: previsão de ter o mercado de capitais como fonte de recurso para os financiamentos imobiliários. Permissão para Alienação Fiduciária de Imóveis. 5
Lei nº 10.931/2004 Consolidação do Instituto da Alienação Fiduciária redução do custo e do prazo de retomada do bem. Criação do Patrimônio de Afetação blindagem do ativo financiável e do bem do mutuário frente à situação econômico-financeira da construtora. Permissão para emissão de LCI e CCI nova forma de atrair o mercado de capitais para o financiamento do setor imobiliário. Instituição do Valor Incontroverso restringiu o uso de processos judiciais como medida eminentemente protelatória. 6
Outras Medidas Ministério da Fazenda Isenção de IR para CRI, FII, LCI; Isenção de IR sobre ganho de capital na alienação de imóvel residencial seguida de aquisição de novo imóvel em até 180 dias; Uso de plano de previdência como colateral em financiamento imobiliário; Consignado Imobiliário; Portal Imobiliário. 7
Evolução do SBPE 8
Fatores que Justificam o Desempenho do Crédito Imobiliário: Consolidação da estabilidade macroeconômica; Aumento da renda dos trabalhadores; Adoção de medidas legais; Adoção de medidas tributárias; Decaimento do uso do FCVS Virtual; Crescimento dos depósitos de poupança. 9
Evolução do Saldo do FCVS Virtual Bancos Privados 21.000 Lei nº 10.931/04 19.000 17.000 15.000 R$ Milhões 13.000 11.000 9.000 7.000 5.000 out 02 02 fev 03 abr 03 03 ago 03 out 03 03 fev 04 abr 04 04 ago 04 out 04 04 fev 05 abr 05 05 ago 05 out 05 05 fev 06 abr 06 06 ago 06 out 06 06 fev 07 abr 07 07 ago 07 Fonte: BCB Elaboração: MF / SPE 10
Evolução do Saldo Poupança 220.000 Ministério da Fazenda 45.000 205.000 Lei nº 10.931/04 40.000 190.000 35.000 175.000 30.000 R$ Milhões 160.000 145.000 130.000 25.000 20.000 15.000 R$ Milhões 115.000 10.000 100.000 5.000 85.000-70.000 (5.000) 00 mar 01 01 set 01 01 mar 02 02 set 02 02 mar 03 03 set 03 03 mar 04 04 set 04 04 mar 05 05 set 05 05 mar 06 06 set 06 06 mar 07 07 Fonte: BCB Elaboração: MF / SPE Saldo de Poupança Fluxo - Ac. 12 Meses 11
Evolução do Crédito Imobiliário - SBPE Ministério da Fazenda 14.000 Lei nº 10.931/04 175.000 12.000 150.000 R$ Milhões - Ac. 12 Meses 10.000 8.000 6.000 4.000 125.000 100.000 75.000 50.000 Uniddades Financiadas 2.000 25.000 0 94 95 95 96 96 97 97 98 98 99 99 00 00 01 01 02 02 03 03 04 04 05 05 06 06 07 0 Fonte: BCB Elaboração: MF / SPE Financiamentos Unidades Financiadas 12
Perspectivas Ministério da Fazenda O FCVS Virtual termina em /2008, o que reduz em R$ 3,3 bi/ano o montante direcionado a novos financiamentos a partir de 2009. Mesmo com o bom desempenho na captação dos depósitos de poupança, a tendência é que os recursos do SBPE se mostrem insuficientes para atender à demanda crescente por crédito habitacional. Desta forma, o papel dos recursos captados nos mercado de crédito e de capitais, com livre alocação no setor imobiliário, tende a ser cada vez mais importante para o crescimento do setor e para que a participação do crédito habitacional no PIB convirja para patamares mais próximos ao de países como México (9%), Chile (13%) ou África do Sul (24,8%). 13
Mercado de Capitais 14
Mercado de Capitais como Fonte de Recursos Captações Primárias via CRI 2.500 2.000 R$ Milhões 1.500 1.000 500-1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007* Fonte: CVM * Período Nov/06 a Out/07. Elaboração: MF / SPE 15
Mercado de Capitais como Fonte de Recursos Captações em Emissões Primárias de Ações por Setor Econômico - Classificação IBGE R$ Milhões 2003 2004 2005 2006 2007* Total Agricultura, Pecuária, Produção Florestal, Pesca e Aquicultura - - 16,00 583,20 308,00 907,20 Água, Esgoto, Atividades de Gestão de Resíduos e Descontaminação - - - 813,46-813,46 Atividades Administrativas e Serviços Complementares - - - 156,83 692,80 849,62 Atividades Financeiras, de Seguros e Serviços Relacionados - 3.206,22 1.953,69 3.663,96 11.944,18 20.768,05 Atividades Imobiliárias - - - 411,64 548,68 960,31 Atividades Profissionais, Científicas e Técnicas - - - 100,29-100,29 Comércio, Reparação de Veículos Automotores e Motocicletas - - 482,50 607,64 235,40 1.325,54 Construção 80,00-646,50 2.607,34 7.716,26 11.050,11 Eletricidade e Gás - - 57,10 3.200,00-3.257,10 Indústrias de Transformação 150,00 1.137,55 885,77 894,53 5.319,51 8.387,36 Informação e Comunicação - - 322,97 524,10-847,07 Saúde Humana e Serviços Sociais - 126,14-660,03-786,17 Transporte, Armazenagem e Correio - - - - 734,01 734,01 Total 230,00 4.469,90 4.364,53 14.223,02 27.498,84 50.786,29 Fonte: CVM Elaboração: SPE/MF * Dados até Outubro de 2007 16
Mercado de Capitais como Fonte de Recursos Distribuição por Destinação dos Recursos na Construção Civil R$ Milhões 2003 2004 2005 2006 2007 Total Aquisição de Ativos - - - 25 1.109 1.134 Aquisição de Participação - - 40 55 927 1.022 Atividades Operacionais 16-275 1.488 4.475 6.253 Capital de Giro - - 55 644 537 1.236 Investimento em Infra-Estrutura - - 104 - - 104 Outros - - - - 31 31 Redução de Passivo 64-173 396 636 1.270 Total 80-647 2.607 7.716 11.050 Fonte: Prospectos Disponibilizados pela CVM Elaboração: SPE/MF 17
Mercado de Capitais como Fonte de Recursos Atividades Operacionais 17% 42% 41% Aquisição de Terrenos Incorporações e Lançamentos Outros 18
Medidas em Discussão no Congresso 19
Cadastro Positivo PL 5.850/2005 Ministério da Fazenda Possibilita o uso de um conto maior de informações para construir o histórico de pagamento do consumidor. Facilita o acesso ao financiamento a: pessoas físicas com menor nível de renda; e trabalhadores informais ou profissionais liberais que têm dificuldade em apresentar comprovante de renda. 20
Normas Contábeis PL 3.741/2000 Ministério da Fazenda Induz a convergência dos nossos padrões de contabilidade aos aceitos internacionalmente; e Obriga a publicação de demonstrações financeiras para as empresas de grande porte. Tais medidas: facilitam a captação de novos recursos, seja no mercado de capitais, seja no de crédito; beneficiam o mutuário que terá acesso a informações mais detalhadas da situação econômico-financeira das empresas que constroem seus imóveis; e fortalecem o setor da construção ao incentivar o uso de boas práticas de governança corporativa. 21
Medidas em Discussão no Ministério da Fazenda 22
Medidas em Estudo Desenvolvimento dos mercados de seguro de: término de obra; performance ou prestamista; hipotecário (substitui a poupança prévia). Ministério da Fazenda Registro eletrônico e concentração das informações na matrícula do imóvel; Fortalecimento do mercado secundário de títulos; Fortalecimento da portabilidade do crédito. 23
O auxilio ao desenvolvimento dos mecanismos de mercado, propícios para o financiamento das classes médias e altas, não implica falta de preocupação com a concessão de moradia às classes menos favorecidas. O Ministério da Fazenda tem buscado auxiliar o Ministério das Cidades nesse desafio e tem consciência de que o atendimento das demandas das classes média e alta por mecanismos de mercado, facilita a focalização das políticas públicas e o acesso à moradia pelas classes com menor nível de renda. 24
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