Notas do Curso de SMA356 - Cálculo IV e SMA333 - Cálculo III. Prof. Wagner Vieira Leite Nunes. S~ao Carlos - 1.o semestre de 2015

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1 Notas do Curso de SMA356 - Cálculo IV e SMA333 - Cálculo III Prof. Wagner Vieira Leite Nunes S~ao Carlos -.o semestre de 05

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3 Sumário Avisos Gerais sobre a Disciplina 7. Pagina na web Endereco de do professor Sala do professor no ICMC Telefone/Ramal do professor Horario das aulas Ementa Bilbiograa Notas de aula Horarios de monitoria Horario de atendimento do docente Listas de exerccios Frequ^encia Criterio de avaliac~ao Prova substitutiva da disciplina Datas das avaliac~oes Gabaritos das provas Trancamento Numeros de aulas Calendario USP Observac~oes nais Introdução 5 3 Sequências Numéricas 7 3. Denic~oes Operac~oes com sequ^encias Converg^encia de sequ^encias numericas Sequ^encias monotonas Sequ^encias divergentes Subsequ^encias Sequ^encias de Cauchy Exerccios

4 4 SUM ARIO 4 Séries Numéricas Denic~oes Operac~oes com series numericas Converg^encia de series numericas Resultados Gerais Criterios de Converg^encia Converg^encia de Series Alternadas Reagrupamento de Series Numericas Series Absolutamente Convergentes Series Condicionalmente Convergentes Exerccios Sequência de Funções Denic~oes Converg^encia Pontual de Sequ^encias de Func~oes Converg^encia Uniforme de Sequ^encias de Func~oes Sequ^encias de Func~oes de Cauchy Propriedades da converg^encia uniforme Exerccios Séries de Funções 9 6. Series de Func~oes Converg^encia Pontual de Series de Func~oes Converg^encia Uniforme de Series de Func~oes Exerccios Séries de Potências 5 7. Denic~oes Converg^encia Pontual de Series de Pot^encias Converg^encia Uniforme de Series de Pot^encias Integrac~ao Series de Pot^encias Derivac~ao de Series de Pot^encias Serie de Taylor e de McLaurin Representac~ao de Func~oes em Series de Pot^encias Serie Binomial Aplicac~ao de series de pot^encias Exerccios Séries de Fourier 3 8. Introduc~ao Metodo das Separac~ao de Variaveis Os Coecientes de Fourier Interpretac~ao Geometrica dos Coecientes de Fourier

5 SUM ARIO Converg^encia Pontual da Serie de Fourier Converg^encia Uniforme da Serie de Fourier Notas Historicas Exerccios Aplicação de Série de Fourier às EDP s 4 9. O Problema da Conduc~ao do Calor em um Fio O Problema da Corda Vibrante Corda Vibrante com as Extremidades Fixas Corda Vibrante com as Extremidades num Trilho Vertical A Equac~ao de Laplace O Problema de Dirichlet num Ret^angulo O Problema de Dirichlet num Crculo Exerccios Refer^encias

6 6 SUM ARIO

7 Capítulo Avisos Gerais sobre a Disciplina As informações que cosntam des capítulo tratam da turma do prof. Wagner a aula. Página na web da disciplina A pagina da disciplina SMA356 - Calculo IV, que sera ministrada pelo prof. Wagner, tem o seguinte endereco: Endereço de do professor O do professor Wagner, e wvlnunes@icmc.usp.br.3 Sala do professor no ICMC A sala do professor Wagner, e a sala 3-8, no ICMC-USP.4 Telefone/Ramal do professor O telefone/ramal do professor Wagner, no ICMC, e (33)

8 8 CAPITULO. AVISOS GERAIS SOBRE A DISCIPLINA.5 Horário das aulas Os horarios das aulas da disciplina SMA356 - Calculo IV ser~ao: 3.as-feiras e 5.as-feiras, das 4:0 às 6:00, na sala Matadouro Outras informac~oes podem ser obtidas no seguinte endereco da web: Ementa da disciplina A ementa da disciplina SMA356 - Calculo IV e a seguinte:. Sequ^encias numericas. (a) Denic~oes e exemplos. (b) Subsequ^encias de uma sequ^encia numerica. (c) Sequ^encias numericas de Cauchy. (d) Converg^encias de sequ^encias numericas. (e) Sequ^encias numericais monotonas (crescentes e decrescentes).. Series numericas: (a) Denic~oes e exemplos. (b) Converg^encia para series numericas, cujos termos s~ao n~ao negativos: i. Criterio de diverg^encia para series numericas; ii. Criterio de Cauchy para series numericas; iii. Criterio da comparac~ao para series numericas, iv. Criterio da comparac~ao, por limite, para series numericas; v. Criterio da raz~ao para series numericas; vi. Criterio da raz~ao, por limite, para series numericas; vii. Criterio da raiz para series numericas; viii. Criterio da raiz, por limite, para series numericas. (c) Series alternadas: i. Criterio de Leibniz (ou da integral) para series numericas. (d) Series numercias absolutamente convergentes. 3. Sequ^encias de Func~oes: (a) Denic~oes e exemplos. (b) Tipos de converg^encia para sequ^encias de func~oes:

9 .6. EMENTA 9 i. Converg^encia pontual para sequ^encias de func~oes; ii. Converg^encia uniforme para sequ^encias de func~oes. (c) Propriedades da func~ao limite de uma sequ^encias de func~oes: i. Continuidade da func~ao limite; ii. Integrabilidade da func~ao limite; iii. Diferenciabilidade da func~ao limite. 4. Series de Func~oes: (a) Denic~oes e exemplos; (b) Tipos de converg^encia para series de func~oes: i. Converg^encia pontual para sequ^encias de func~oes; ii. Converg^encia uniforme para sequ^encias de func~oes. (c) O criterio de Cauchy para a converg^encia uniforme de uma serie de func~oes. (d) Propriedades da func~ao soma de uma serie de func~oes: i. Continuidade da func~ao soma; ii. Integrabilidade da func~ao soma; iii. Diferenciabilidade da func~ao soma. 5. Series de pot^encias: (a) Denic~oes e exemplos. (b) Propriedades gerais das series de pot^encias. (c) Raio e intervalo de converg^encia de series de pot^encias. (d) Propriedades da func~ao soma de uma serie de pot^encias: i. Continuidade da func~ao soma; ii. Integrabilidade da func~ao soma; iii. Diferenciabilidade da func~ao soma. (e) Criterio para representac~ao de func~oes em series de pot^encias. (f) Serie de Taylor associada a uma func~ao. (g) Serie binomial. 6. Series de Fourier: (a) Denic~oes e exemplos. (b) Resultados sobre a converg^encia pontual e uniforme das series de Fourier (Teorema de Fourier). (c) Series de senos e cossenos associadas a uma func~ao periodica. (d) Series de Fourier associadas a func~oes pares e mpares.

10 0 CAPITULO. AVISOS GERAIS SOBRE A DISCIPLINA ou 7. Aplicac~oes de sequ^encias e series de func~oes na resoluc~ao de diferenciais ordinarias e parciais. Outras informac~oes podem ser obtidas no seguinte endereco da web: Bilbiografia da disciplina Os livros sugeridos para a disciplina SMA356 - Calculo IV ser~ao: Guidorizzi, H.L. - Um Curso de Calculo, vol. 4 e 5, ed. Rio de Janeiro, LTC, 00. Boyce, E.W., Diprima, R.C. - Equac~oes diferenciais elementares e problemas de valores de contorno, ed. Rio de Janeiro, LTC, 00 Stewart, J. - Calculo, vol. e, ed. S~ao Paulo:Pioneira, 00. Leithold, G. - O Calculo com Geometria Analica, Vol., Editora Harbra, S~ao Paulo, 994. Simmons, G.F. - Calculo com Geometria Analtica, Vol., Mc Graw-Hill do Brasil, Rio de Janeiro, 987. Swokowski, E.W. - Calculo com Geometria Analtica, Vol., Makron-Books do Brasil Editora Ltda., Rio de Janeiro, 995. Tolstov, G.P. - Fourier Series, New York: Dover, 976. Churchill, R., Brown, J. - Fourier series and boundary value problems, 4 ed. New York: McGraw-Hill, 987. Butkov E. - Fsica Matematica, Rio de Janeiro: Guanabara, 988. Outras informac~oes podem ser obtidas no seguinte endereco da web: Notas de aula No endereco estar~ao disponveis as notas de aula da disciplina SMA356 - Calculo IV, relativas ao conteudo desenvolvido pelo professor Wagner, em sala de aula. As notas de aula ser~ao atualizadas periodicamente.

11 .9. HOR ARIOS DE MONITORIA.9 Horários de monitoria da disciplina O aluno Átila Correia sera o monitor da disciplina SMA356 - Calculo IV, ministrada pelo professor Wagner. Ele ministrara aula de exerccios semanalmente e dara plant~ao de duvidas semanalmente. Os horarios e locais desta e das outras monitorias ser~ao: Plantão de dúvidas:.as-feiras das 9:00 às :00, na sala 3-0 no ICMC-USP Aula de exercícios: 4.as-feiras das 9:00 às :00, na sala C7 no EESC-USP Alem desse monitor ha outros quatro monitores, a saber, Leonardo (do SMA), Gabriel (do SMA), Lito (PAE) e Rodrigo (PAE), que dar~ao atendimento nos seguintes dias/horarios/locais: Leonardo: 4.as e 5.as-feiras, das 9:00 às :00, na sala 3-0 ou 3-0, no ICMC-USP Gabriel:.as das 9:00 às :00 e 6.as-feiras das 7:00 às 9:00, na sala 3-0 ou 3-0 Lito: 3.as e 4.as-feiras, das 9:00 às :00, na sala 5-00 e 3-00, respectivamente Rodrigo: 3.as e 5.as-feiras, das :00 às 3:00, na sala 3-0, no ICMC-USP Outras informac~oes podem ser obtidas no seguinte endereco da web: Horário de atendimento dos docentes da disciplina para suas respectivas turmas O horario de atendimento da disciplina SMA356 - Calculo IV, ministrada pelo professor Wagner, ocorrera na:.as-feiras das 6:00 às 8:00, na sala do professor Wagner no ICMC-USP. Outras informac~oes podem ser obtidas no seguinte endereco da web:

12 CAPITULO. AVISOS GERAIS SOBRE A DISCIPLINA. Listas de exercícios da disciplina As oito listas de exerccios da disciplina SMA356 - Calculo IV, ministrada pelo professor Wagner, podem ser encontradas na seguinte pagina da web: Frequência na disciplina Uma condic~ao necesssaria (mas n~ao suciente) para o aluno ser aprovado na disciplina SMA356 - Calculo IV, e que sua frequ^encia na disciplina, que denotaremos por F, seja maior ou igual a 70%. A lista de presenca da disciplina sera controlada. So ser~ao aceitas ASSINATURAS ou NOME COMPLETO POR EXTENSO na lista de presenca. Qualquer outro modo NÃO sera aceito e sera colocado falta na lista de presenca..3 Critério de avaliação e aprovação da disciplina A avaliac~ao da disciplina ministrada pelo professor Wagner, constara de duas provas, a primeira prova, que sera denotada P, valendo da nota nal, a segunda prova, que sera 5 denotada P, valendo 3 da nota nal, ou seja, a media nal, que denotaremos por MF, sera 5 dada pela seguinte formula: MF. P + 3 P. 5 Para ser considerado aprovado na disciplina ministrada pelo professor Wagner, a media do aluno na disciplina devera ser maior ou igual a 5, 0 e sua frequ^encia ser maior ou igual a 70%, ou seja: 5, 0 MF e 70% F. Alem disso, ser~ao aplicados exerccios aos alunos, nas aulas de exerccios ministrada pelo monitor, que entregar~ao as notas das respectivas provas. Outras informac~oes sobre os dois itens acima podem ser encontradas no seguinte endereco da web: Prova substitutiva da disciplina O aluno que perder uma, e somente uma, das duas provas do item (.3) podera se submeter a assim denominada prova substitutiva, cujo valor denotaremos por PS.

13 .5. DATAS DAS AVALIAC ~OES 3 A nota desta prova entrara na lugar da nota da prova que o aluno perdeu e a media sera calculada como no item (.3), substituindo-se a nota prova perdida pela nota da prova substitutiva, ou seja, MF. PS + 3 P 5 ou MF. P + 3 PS 5 no caso, o valor a esquerda na primeira linha, sera para o aluno que perdeu a primeira prova, valor a direita na primeira linha, sera para o aluno que perdeu a segunda prova. SOMENTE podera fazer a prova substitutiva o aluno que perdeu uma das duas provas do item (.3). Para ser considerado aprovado na disciplina SMA356 - Calculo IV, ministrada pelo professor Wagner, a media do aluno na disciplina, apos a prova substitutiva, devera ser maior ou igual a 5, 0 e sua frequ^encia ser maior ou igual a 70%, ou seja: 5, 0 MF e 70% F. Observação.4. O conteudo da prova substitutiva sera todo o conteudo desenvolvido durante a disciplina ministrada pelo professor Wagner. Outras informac~oes sobre o item acima podem ser encontradas no seguinte endereco da web: Datas das avaliações, prova substitutiva e de recuperação da disciplina As datas das provas da disciplina SMA356 -Calculo IV ser~ao:.a Prova:.a Prova: Prova Substitutiva: 30 de abril - 5.a-feira 5 de junho - 5.a-feira de julho - 5.a-feira Outras informac~oes sobre os itens acima podem ser encontradas no seguinte endereco da web:

14 4 CAPITULO. AVISOS GERAIS SOBRE A DISCIPLINA.6 Gabaritos das provas da disciplina Os gabaritos das provas da disciplina SMA356 - Calculo IV, que ser~ao aplicadas durante o desenvolvimento da mesma, estar~ao a disposic~ao dos alunos, logo apos as mesmas terem sido aplicadas, e se encontrar~ao no seguinte endereco da web: Trancamento da disciplina A data maxima para o trancamento da disciplina SMA356 - Calculo IV e 8 de abril de 05. Procure a sec~ao de graduac~ao da sua unidade para maiores esclarecimentos de como proceder o trancamento..8 Números de aulas O numero total de aulas a serem ministradas, ser~ao de 33 aulas, sendo que 3 destas ser~ao destinadas as avaliac~oes..9 Calendário USP O incio do.o semestre de 05 sera no dia 3 de fevereiro e o termino do mesmo sera no dia 4 de julho. N~ao havera aula nos seguintes dias/semanas: 30 de marco a 4 de abril (semana da Patria). 0 de abril (recesso). de abril (Tiradentes). de maio (dia do trabalho). de maio (recesso). 4 de junho (corpus Christi). 5 e 6 junho (recesso). Outras informac~oes sobre os dois itens acima podem ser encontradas no seguinte endereco da web: USP 05 - Jupiterweb.0 Observações finais

15 Capítulo Introdução Estas notas de aula ser~ao utilizadas para o cursos cuja ementa trata de sequencias e series numericas, sequencias e series de func~oes, em particular, serie de pot^encias e de Fourier. Aplicaremos series de Fourier para a resoluc~ao de alguns problemas relacionados com algumas Equac~oes Diferenciais Parciais, a saber, as Equac~oes do Calor, da Onda e de Laplace, no caso periodico. Ser~ao exibidos todos os conceitos relacionados com o conteudo acima, bem como propriedades e aplicac~oes dos mesmos. As refer^encias (ver (9.5)) ao nal das notas poder~ao servir como material importante para o conteudo aqui desenvolvido. 5

16 6 CAPITULO. INTRODUC ~AO

17 Capítulo 3 Sequências Numéricas a aula 3. Definições Comecaremos tratando de: Definição 3.. Uma sequência de numeros reais (ou complexos) (ou, simplesmente, sequ^encia numerica) e uma aplicac~ao a : N R (ou C) n a(n) isto e, uma lei que associa a cada numero natural n um, unico, numero real (ou complexo) a(n), que indicaremos por a n e denotaremos uma sequ^encia numerica por: (a n ) n N, (a n ), {a n } n N, {a n }. Para cada n N xado, o elemento a n sera dito termo da sequ^encia numerica (a n ) n N. O conjunto {a n : n N} sera dito conjunto dos valores da sequ^encia numerica (a n ) n N. Exemplo 3... Considere a sequ^encia numerica (real) (a n ) n N, onde. a n, para cada n N. n Logo o conjunto dos valores da sequ^encia numerica (a n ) n N {,, 3 },. sera: 7

18 8 CAPITULO 3. SEQU ^ENCIAS NUM ERICAS. Considere a sequ^encia numerica (real) (a n ) n N, onde a n. 0, para cada n N. Notemos que o conjunto dos valores da sequ^encia numerica (a n ) n N sera: {0}. 3. Considere a sequ^encia numerica (real) (a n ) n N, onde (. n π ) a n sen { 0, quando a n for par ( ) n+3, quando n for mpar. Observemos que o conjunto dos valores da sequ^encia numerica (a n ) n N sera: {, 0, }. 4. Considere a sequ^encia numerica (real) (a n ) n N, onde a n. n, para cada n N. Notemos que o conjunto dos valores da sequ^encia numerica (a n ) n N sera: {,, 3, 4, }. 5. Considere a sequ^encia numerica (real) (a n ) n N, onde a n. ( ) n, para cada n N. Notemos que o conjunto dos valores da sequ^encia numerica (a n ) n N sera: {, }. 6. Considere a sequ^encia numerica (real) (a n ) n N, onde a n. n + n, para cada n N. Observemos que o conjunto dos valores da sequ^encia numerica (a n ) n N {, 3, 43, 54 },. sera: 7. Considere a sequ^encia numerica (real) (a n ) n N, onde a n. + ( ) n, para cada n N. n Logo, o conjunto dos valores da sequ^encia numerica (a n ) n N {0,, 0,, 0, 3 }, 0,. sera:

19 3.. OPERAC ~OES COM SEQU ^ENCIAS 9 3. Operações com sequências numéricas Como sequ^encias numericas s~ao func~oes a valores reais (respectivamente, complexos), cujo domnio e N, podemos soma-las, multiplica-las por numeros reais (ou complexos) de maneira semelhante a quando tratamos de quaisquer func~oes a valores reais (respectivamente, complexos), isto e, Definição 3.. Dadas as sequ^encias numericas (a n ) n N, (b n ) n N e α R (ou C) de- nimos a sequ^encia numerica soma da sequ^encia numerica (a n ) n N com a sequ^encia numerica (b n ) n N, denotada por (a n ) n N + (b n ) n N, como sendo a seguinte sequ^encia numerica: (a n ) n N + (b n ) n N. (an + b n ) n N, (3.) ou seja, a sequ^encia numerica soma, a saber, (a n ) n N + (b n ) n N, e obtida somando-se os correspondentes termos de cada uma das sequ^encias numericas (a n ) n N e (b n ) n N. Denimos a sequ^encia numerica produto do numero real (respectivamente, complexo) α, pela sequ^encia numerica (a n ) n N, indicada por α (a n ) n N, como sendo a seguinte sequ^encia numerica: α (a n ) n N. (α an ) n N, (3.) ou seja, a sequ^encia numerica produto, isto e, α (a n ) n N, e obtida multiplicando-se os correspondentes termos de cada sequ^encia numerica (a n ) n N pelo numero real (respectivamente, complexo) α. Denimos a sequ^encia produto da sequ^encia numerica (a n ) n N pela sequ^encia numerica (b n ) n N, indicada por (a n ) n N (b n ) n N, como sendo a seguinte sequ^encia numerica: (a n ) n N (b n ) n N. (an b n ) n N, (3.3) ou seja, a sequ^encia numerica produto, isto e, (a n ) n N (b n ) n N, e obtida multiplicando-se os correspondentes termos de cada uma das sequ^encias numericas (a n ) n N e (b n ) n N. Se b n 0, para todo n N, denimos a sequ^encia numerica quociente da sequ^encia numerica (a n ) n N pela sequ^encia numerica (b n ) n N, indicada por (a n ) n N /(b n ) n N ou como sendo a seguinte sequ^encia numerica: (a n ) n N (b n ) n N, (a n ) n N /(b n ) n N. (an /b n ) n N, (3.4)

20 0 CAPITULO 3. SEQU ^ENCIAS NUM ERICAS ou seja, a sequ^encia numerica quociente, isto e, (a n ) n N /(b n ) n N, e obtida dividindo-se os correspondentes termos de cada uma das sequ^encias numericas (a n ) n N (observe que b n 0, para todo n N). e (b n ) n N Com isto temos o seguinte exerccio: Exercício 3.. Se as sequ^encias numericas (reais) (a n ) n N e (b n ) n N s~aos dadas por:. a n n e b. n ( ) n, para cada n N (3.5) e α., encontrar as sequ^encia numericas: (a n ) n N + (b n ) n N, α (a n ) n N, (a n ) n N (b n ) n N e (a n ) n N /(b n ) n N. Resolução: Logo, de (3.), segue que ( ) (3.5) e (3.) (a n ) n N + (b n ) n N n + ( )n ( ) + ( ) n n). n n N n N De (3.), temos que: De (3.3), segue que (3.5) e (3.) α (a n ) n N ( ). n n N ( ) n n N ( ) (3.5) e (3.3) (a n ) n N (b n ) n N n ( )n ( ) ( ) n. n n N n N Finalmente, de (3.4), temos que: (3.5) e (3.4) (a n ) n N /(b n ) n N n ( ) n ( ) ( ) n n n N. n N

21 3.. OPERAC ~OES COM SEQU ^ENCIAS Observação 3.. Como sequ^encias numericas s~ao func~oes a valores reais (respectivamente, complexos), cujo domnio e N, podemos representar seus gracos em N R (ou em N C, respectivamente). Denotaremos o graco da sequ^encia numerica (real ou complexa) (a n ) n N por G ( (a n ) n N ), e sera denido por: G ( (a n ) n N ). {(n, an ) ; n N}. Na verdade, isto n~ao tera muito interesse no estudo das sequ^encias numericas. A seguir temos alguns exemplos relacionados com esta quest~ao. Exemplo 3.. Se a sequ^encia numerica (real) (a n ) n N e dada por: ent~ao seu graco sera dado por: a n. n, para cada n N, G ( (a n ) n N ). {(n, n) ; n N}, e assim, a representac~ao geometrica do seu graco sera: 3 3 n Exemplo 3.. Se a sequ^encia numerica (real) (b n ) n N e dada por:. b n ( ) n, para cada n N, ent~ao seu graco sera dado por: G ( ). (a n ) n N {(n, ( ) n ) ; n N}, e assim, a representac~ao geometrica do seu graco sera: n Exemplo 3..3 Se a sequ^encia numerica (real) (c n ) n N e dada por. c n, para cada n N, n

22 CAPITULO 3. SEQU ^ENCIAS NUM ERICAS ent~ao seu graco sera dado por: G ( {( ). (a n ) n N n, ) n } ; n N, e assim, a representac~ao geometrica do seu graco sera: / /4 3 4 n 3.3 Convergência de sequências numéricas Observação 3.3. Empiricamente, observando os exemplos acima temos:. No Exemplo (3..), os termos da sequ^encia numerica (a n ) n N crescem, ilimitadamente, quando n cresce, ou ainda, os termos v~ao para "innito", quando n cresce ilimitadamente, ou seja, quando n vai para "innito".. No Exemplo (3..), os termos da sequ^encia numerica (b n ) n N oscilam entre e, quando n cresce ilimitadamente, ou seja, quando n vai para "innito". 3. No Exemplo (3..3), os termos da sequ^encia numerica (c n ) n N "aproximam-se" de zero, quando n cresce ilimitadamente, isto e, os termos da sequ^encia "tendem" a zero, quando n vai para innito. A seguir vamos formalizar esta ultima situac~ao de modo mais preciso, ou seja, colocar de forma correta o conceito de "convergir" (ou "aproximar-se de", ou ainda "tender a"). Definição 3.3. Diremos que uma sequ^encia numerica (a n ) n N e convergente (ou converge, ou tende) para l R (respectivamente, C), quando n vai para innito, denotandose por: lim a n n l, ou a n l, ou ainda, a n l, n se, e somente se: dado ε > 0, podemos encontrar N o N, de modo que, para Observação 3.3. n N o, deveremos ter a n l < ε. (3.6). A Denic~ao (3.3.) acima nos diz, formalmente, que podemos car t~ao proximo de l, quanto se queira (isto e, dado ε > 0), desde que o ndice da sequ^encia numerica, ou seja, n, seja sucientemente grande (isto e, tenhamos n N o ).

23 3.3. CONVERG ^ENCIA DE SEQU ^ENCIAS NUM ERICAS 3. Na linguagem dos intervalos, a Denic~ao (3.3.) acima, nos diz que dado o intervalo (l ε, l + ε) (ou seja, dado ε > 0), todos os termos da sequ^encia numerica caem dentro desse intervalo excetuando-se, eventualmente, os N o primeiros termos da sequ^encia numerica. 3. Em geral, na Denic~ao (3.3.) acima, o numero natural N o depende do numero real positivo ε dado inicialmente. 4. A Denic~ao (3.3.) acima, e semelhante a denic~ao de limites no innito, para func~oes a valores reais, de uma variavel real, estudadas no Calculo I. Compare com aquela e veja as semelhancas. O resultado a seguir, garante a unicidade do limite de uma sequ^encia numerica, caso ele existe, mais precisamente: Proposição 3.3. (unicidade do limite de uma sequ^encia convergente) Se o limite da sequ^encia numerica (a n ) n N existir ele devera ser unico, isto e, se lim a n l e lim a n l, n n ent~ao l l. Demonstração: Mostremos que, para cada ε > 0, teremos o que implica que l l < ε, l l. Para isto temos que, para cada ε > 0, como podemos encontar N N, de modo De modo analogo, como podemos encontrar N N, de modo que lim n a n l, se n N, deveremos ter: a n l < ε. (3.7) lim n a n l, se n N, deveremos ter: a n l < ε. (3.8)

24 4 CAPITULO 3. SEQU ^ENCIAS NUM ERICAS Logo, se segue que n N o. max{n, N }, l l l a n + a n l l a n }{{} a n l n N < ε + ε ε, completando a demonstrac~ao do resultado. Temos o:, logo vale (3.7) ε < Exemplo 3.3. A sequ^encia numerica (a n ) n N, dada por + a n l }{{} n N, logo vale (3.8) ε <. a n, n para cada n N, (3.9) e convergente para zero, isto e, lim n n 0. (3.0) Resolução: De fato, observemos que dado ε > 0, se considerarmos N o N, de modo que N o > ε. (3.) Ent~ao, para teremos a n l a n n e l0 n N o, (3.) n>0 n (3.) < ε, n 0 n (3.) N o N o mostrando a armac~ao. Temos temabem o: Exemplo 3.3. A sequ^encia numerica (a n ) n N, dada por e convergente para, isto e,. n a n, para cada n N, (3.3) n + lim n n n +. (3.4)

25 3.3. CONVERG ^ENCIA DE SEQU ^ENCIAS NUM ERICAS 5 Resolução: De fato, observemos que dado ε > 0, consioderemos N o N, de modo que N o > ε, (3.5) Ent~ao, se teremos n N o, (3.6) a n l a (3.3) n n n+ e l n n + n n n + n + n + n+ n (3.6) N o N o (3.5) < ε, mostrando que a armac~ao e verdadeira. Um outro caso e dado pelo: Exemplo A sequ^encia numerica (a n ) n N, dada por n~ao e convergente. Resolução: De fato, observemos que a n. cos(n π), para cada n N, (3.7) a n cos(n π) ( ) n, para n N.. (3.8) Se a sequ^encia fosse convergente para algum l R, ent~ao dado ε > 0, deveria existir um N o N, de modo que, para n N o, deveramos ter ( ) n l <, isto e, l < ( )n < l +,

26 6 CAPITULO 3. SEQU ^ENCIAS NUM ERICAS o que um absurdo, pois isto implicaria que os termos da sequ^encia numerica, (3.8) a n+ e (3.8) a n, deveriam pertencer ao intervalo ( l, l + ), cujo comprimento e igual a (notemos que se os numeros e pertencem a um mesmo intervalo, este intervalo devera ter um comprimento maior ou igual a ), o que e um absurdo. Portanto a sequ^encia numerica n~ao e convergente a aula A seguir temos o seguinte: Exercício 3.3. Consideremos a sequ^encia numerica (a n ) n N, onde seus termos s~ao dados por. a 0.3,. a 0.33,. a ,.. a ,, an 0. } 33 {{ 3 } n casas,. (3.9) Mostre que a sequ^encia numerica (a n ) n N e convergente para, ou seja, 3 Resolução: De fato, dado ε > 0, consideremos N o N, de modo que ou ainda, Logo, para teremos lim a n. (3.0) n }{{} 3.l N o > log 3 ε, ou seja, 0N o > 3 ε, < ε. (3.) No 3 0 n N o, (3.) (3.9) e (3.0) a n l 0. } 3 {{ 3 } 3 n casas n casas {}}{ (n ) casas 0. {}}{ 0 0 3

27 3.3. CONVERG ^ENCIA DE SEQU ^ENCIAS NUM ERICAS 7 0 n n n (3.) N o < (3.) < ε, 3 0 N o como queramos mostrar, completando a resoluc~ao do exerccio. Definição 3.3. Diremos que uma sequ^encia numerica (a n ) n N e limitada, se existir M > 0, de modo que a n M, para todo n N. (3.3) Observação Nos Exemplos (3.3.), (3.3.), (3.3.3) e Exerccio (3.3.) acima, todas sequ^encias numericas s~ao limitadas. Observemos que nem todas elas s~ao sequ^encia numericas convergentes (veja o Exemplo (3.3.3)). Como veremos a seguir existe uma relac~ao entre sequencias numericas convergentes e sequencias numericas limitadas, a saber: Proposição 3.3. Toda sequ^encia numerica convergente e limitada, isto e, se a sequ^encia numerica (a n ) n N e convergente, ent~ao ela sera uma sequ^encia numerica limitada. Demonstração: Como a sequ^encia numerica (a n ) n N e convergente, segue que existe l R, de modo que lim n a n l, ou seja, dado ε > 0, podemos encontrar N o N, de modo que Em particular, se tomarmos poderemos encontrar N o N, de modo que para n N o, teremos: a n l < ε. ε., para n N o, teremos a n l <, ou seja, para n N o, teremos < a n l < ou, equivalentemente, l < a n < + l, para n N o, ou ainda, l < a n < l +, para n N o, isto e, a n < l +, para n N o. (3.4)

28 8 CAPITULO 3. SEQU ^ENCIAS NUM ERICAS Denamos Como isto temos que como queramos demonstrar. M. max { a, a,, a No, l + }. (3.5) a n M para todo n N, Observação A recproca do resultado acima e falsa, isto e, nem toda sequ^encia numerica limitada e convergente, como mostra o Exemplo (3.3.3). A seguir temos algumas propriedades gerais para converg^encia de sequ^encias numericas. Teorema 3.3. (propriedades basicas da converg^encia de sequ^encias) Sejam (a n ) n N, (b n ) n N e (c n ) n N sequ^encias numericas.. Se as sequencias numericas (a n ) n N e (b n ) n N s~ao convergentes para a e b, respectivamente, ent~ao a sequ^encia numerica (a n ) n N +(b n ) n N e convergente para a + b, isto e, se existem lim a n a e lim b n b, ent~ao existe lim (a n + b n ) e n n n isto e, lim n (a n + b n ) a + b, Vale os analogos para as sequ^encias numericas lim (a n + b n ) lim a n + lim b n. (3.6) n n n (a n ) n N (b n ) n N, (a n ) n N (b n ) n N e (a n ) n N (b n ) n N, ou seja, as respectivas sequ^encias numericas ser~ao convergentes para a a b, a b e b, onde, no ultimo caso deveremos ter b n, b 0 para todo n N, respectivamente, ou seja: ou ainda, lim (a n b n ) a b, n lim (a n b n ) a b, n a n lim a n b n b, lim (a n b n ) lim a n lim b n, (3.7) n ( n ) n ( ) lim (a n b n ) lim a n lim b n, (3.8) n n n a n lim n b n lim a n n lim b. (3.9) n n

29 3.3. CONVERG ^ENCIA DE SEQU ^ENCIAS NUM ERICAS 9. Se as sequ^encias numericas (a n ) n N e (b n ) n N s~ao convergentes para a e b, respectivamente, e a n b n, para cada n N, ent~ao isto e, a b, lim a n lim b n. (3.30) n n 3. Se a sequ^encia numerica (a n ) n N e convergente para zero e a sequ^encia numerica (b n ) n N e limitada, ent~ao a sequ^encia numerica (a n ) n N (b n ) n N (a n b n ) n N e convergente para zero, isto e, lim (a n b n ) 0. (3.3) n 4. Suponhamos que as sequ^encias numericas (a n ) n N e (b n ) n N s~ao convergentes para l e a sequ^encia numerica (c n ) n N satisfaz: a n c n b n, para cada n N. (3.3) Ent~ao a sequ^encia numerica (c n ) n N e convergente para l, isto e, Demonstração: De.: Comecemos demonstrando (3.6): Como lim c n l. (3.33) n lim a n a e lim b n b, n n dado ε > 0, podemos encontrar N, N N, de modo que se n N temos a n a < ε (3.34) e se n N temos b n b < ε. (3.35) Logo, tomando-se temos para N o. max{n, N }, (3.36) n N o, (3.37)

30 30 CAPITULO 3. SEQU ^ENCIAS NUM ERICAS segue que (a n + b n ) (a + b) (a n a) + (b n b) a n a + b n b n (3.37) N o (3.36) N e n (3.37) N o (3.36) N, logo valem (3.4) e (3.35)] < mostrando que lim n (a n + b n ) a + b ou, equivalentemente, lim (a n + b n ) lim a n + lim b n, n n n ε + ε ε, mostrando a validade da identidade (3.6). A demonstrac~ao de (3.7) e analoga e sera deixada como exerccio para para leitor. Demonstrac~ao da indentidade (3.8): Vamos supor que a 0 Como as sequ^encias numericas (a n ) n N e (b n ) n N s~ao convergentes, pela Proposic~ao (3.3.), elas ser~ao sequ^encias numericas limitadas, em particular, a sequ^encia (b n ) n N e uma sequ^encia numerica limtada. Logo devera existir M > 0, tal que b n M, para todo n N. (3.38) Dado ε > 0, como as sequ^encias numericas (a n ) n N e (b n ) n N s~ao convergentes, podemos encontrar N, N N, tais que: se n N, teremos: a n a < ε M, (3.39) Seja Observemos que logo se n N, teremos b n b < ε. (3.40) a }{{} >0 N o. max{n, N }. (3.4) se n N o, segue, de (3.4), que n N e n N. (3.4) (a n b n ) (a b) (a n a) b n + (b n b) a a n a b n + b n b a (3.38) < a n a M + b n b a (3.4) implca que vale (3.39) e (3.40) < ε + ε ε, ε M M + ε a a

31 3.3. CONVERG ^ENCIA DE SEQU ^ENCIAS NUM ERICAS 3 mostrando que ou, equivalentemente, isto e, a validade de (3.8). Se lim n (a n b n ) a b lim (a n b n ) lim a n n n b 0, lim n b n, podemos fazer uma demonstrac~ao semelhante e esta sera deixada como exerccio para o leitor. Se a b 0, ent~ao temos que dado ε > 0, como as sequ^encias numericas (a n ) n N e (b n ) n N s~ao convergentes, podemos encontrar N, N N, tais que: se n N, teremos: a n a0 a n 0 < ε, (3.43) se n N, teremos: b n b0 b n 0 < ε. (3.44) Seja N o. max{n, N }. (3.45) Observemos que Neste caso teremos: se n N o, de (3.45), segue que n N e n N. (3.46) (a n b n ) a b ab0 a n b n a n b n (3.46), implica na validade de: (3.43) e (3.44) < ε ε ε, mostrando que ou, equivalentemente, lim n (a n b n ) 0 lim (a n b n ) lim a n n n lim n b n, isto e, a validade de (3.8). A demonstrac~ao de (3.9) e semelhante e sera deixada como exerccio. De.: Suponhamos, por absurdo, que a > b, isto e, lim n a n > lim n b n. Logo, a b > 0,

32 3 CAPITULO 3. SEQU ^ENCIAS NUM ERICAS dado ε. a b > 0, (3.47) como as sequ^encias numericas (a n ) n N e (b n ) n N s~ao convergentes, podemos encontrar N, N N, de modo que e se n N, teremos a n a < ε, ou seja, ε < a n a < ε, isto e, ε + a < a n < ε + a, que, de (3.47), e o mesmo que: a b + a < a n < a b + a, } {{} a+b em particular, teremos: a + b < a n. (3.48) assim isto e, Logo, que, de (3.47), e o mesmo que: se n N, teremos b n b < ε, em particular, teremos: ou seja, ε < b n b < ε, isto e, ε + b < b n < ε + b, a b b n < a + b + b < b n < a b + b, } {{} a+b. (3.49) se n max{n, N }, teremos n N e n N, (3.50) (3.50) implica na validade de (3.50) b n < o que e um absurdo pois, por hipotese, a + b b n < a n, se n max{n, N }, a n b n, para todo n N, (3.48) implica na validade de (3.50) < a n, isto e, vale (3.30). De 3.: Como a sequ^encia numerica (b n ) n N e uma sequ^encia numerica limitada, podemos encontrar M > 0, tal que b n M, para todo n N. (3.5) Por outro lado, como a sequ^encia numerica (a n ) n N e uma sequ^encia numerica convergente para zero, dado ε > 0, podemos encontrar N o N, tal que se n N o teremos: a n a n 0 < ε M. (3.5)

33 3.3. CONVERG ^ENCIA DE SEQU ^ENCIAS NUM ERICAS 33 Logo, dado dado ε > 0, se n N o, teremos mostrando que a n b n 0 a n b n (3.5) e (3.5) lim n (a n b n ) 0, ε M M < ε, ou seja, a validade de (3.3). De 4.: Como as sequ^encias (a n ) n N e (b n ) n N s~ao convergentes para l, dado ε > 0, podemos encontrar N, N N, tais que: Logo denido-se se n N, teremos: a n l < ε, que implicara em: ε ( ) < a n l < ε, (3.53) se n N, teremos: b n l < ε, que implicara em para n N o, teremos que n N e n N, assim ε ε < b n l ( ) < ε (3.54) N o max{n, N }, (3.55) ( ) em (3.53) < a n l an ou seja, ε < c n l < ε, ou, equivalentemente, c n l < ε, (3.3) c n c n l cn (3.3) b n b n l ( ) em (3.54) < ε, mostrando que lim n c n l, isto e, a validade de (3.33), completando a demonstrac~ao do resultado. Observação O item. do Teorema (3.3.) acima, e conhecido como o Teorema da Compa ração para sequ^encias numericas.. Uma sequ^encia numerica que tem limite zero sera dita infinitésimo. Com isto o item 3. do Teorema (3.3.) acima, pode ser resumido como: "o produto de uma sequ^encia numerica que e um innitesimo, por uma sequ^encia numerica limitada e uma sequ^encia numerica que e um innitesimo". 3. O item 4. do Teorema (3.3.) acima, e conhecido como o Teorema do sanduiche ou do confronto para sequ^encias numericas.

34 34 CAPITULO 3. SEQU ^ENCIAS NUM ERICAS Apliquemos os resultados acima ao: Exemplo Mostre que lim n n + (n + ) + + ( n) 0. }{{} (n+) parcelas Resolução: Para isto observemos que.c {}} n {. a n 0 n + (n + ) + + ( n) }{{} para cada n N. Notemos que: n + n n + n... n n n + n (n+) parcelas n + n. bn, n + n + + n }{{} (n+) parcelas lim a a n 0 n 0, (3.56) n e do Exemplo (3.3.) e do item. do Teorema (3.3.), segue qe ( lim b n lim n n n + ) n ou seja, de (3.56) e (3.57), teremos: (3.6) e (3.8) lim n n + ( lim n ) ( lim n n ) n (3.0) , (3.57) lim a n 0 n }{{}.l lim n b n. Logo, do item 4. do Teorema (3.3.) (isto e, do Teorema do sanduiche), segue que lim n n + (n + ) + + (n) }{{ lim a n lim n } (n+) parcelas 0. n b n (3.57)

35 3.3. CONVERG ^ENCIA DE SEQU ^ENCIAS NUM ERICAS 35 Observação Vale observar que no Exemplo (3.3.4) acima, não podemos aplicar a propriedade de soma de limites, isto e, limite da soma e a soma dos limites, pois o numero de parcelas de a n aumenta, quando n aumenta. Observemos que para: n (duas parcelas), temos que: a + n (tr^es parcelas), temos que: a e assim por diante. n 3 (quatro parcelas), temos que: a Um resultado bastante importante no estudo da converg^encia de sequ^encias numericas e o que relaciona limites de sequ^encias numericas com limites, no innito, de func~oes a valores reais, de uma variavel real (estudado no Calculo ), a saber: Teorema 3.3. Seja f : [, ) R uma func~ao e suponhamos que Ent~ao a sequ^encia numerica (a n ) n N, onde lim f(x) l R. (3.58) x a n. f(n), para n N, (3.59) e convergente para l, isto e, Demonstração: Dado ε > 0, como dado R > 0, de modo que lim a n lim f(x). (3.60) n x lim x f(x) l R, Seja N o N, de modo que Logo ou seja, se x R, teremos: f(x) l < ε. (3.6) N o R. (3.6) (3.6) se n N o R, teremos, por (3.6), que: f(n) l < ε, }{{} (3.59) a n se n N o, teremos: a n l < ε, mostrando que a sequ^encia numerica (a n ) n N e convergente para l, ou seja, vale (3.60), completando a demonstrac~ao.

36 36 CAPITULO 3. SEQU ^ENCIAS NUM ERICAS Observação Observemos que NÃO podemos aplicar as regras de L'H^ospital para sequ^encias numericas (a n ) n N. Porem, podemos utilizar o resultado acima para estudar o limite de func~oes a valores reais, de uma variavel real, no innito (utilizando, se possvel, a regra de L'H^ospital), e assim tirar conclus~oes para o limite da sequ^encias numericas associada, como veremos em alguns exemplos a seguir. Exemplo Mostre que lim n Resolução: Para isto, consideremos a fumc~ao f : [, ) R dada por Notemos que: Notemos que n n + 0. (3.63) f(x). x, para cada x [ ). (3.64) x + x lim f(x) lim x x x + a n do tipo:, por L'H^ospital lim x lim x x Exerccio de Calculo 0.. n n + d [ x] dx [ x + ] d dx (3.64) f(n), para cada n N. Logo, do Teorema (3.3.) acima, segue que a sequ^encia numerica ( ) n (a n ) nn N n + e convegente para l 0, ou seja, ou ainda, como armamos. n lim n n lim n n N lim n a n lim x f(x) 0, n n + 0,

37 3.3. CONVERG ^ENCIA DE SEQU ^ENCIAS NUM ERICAS 37 Exemplo Estudemos a converg^encia da sequ^encia numerica (a n ) nn N, onde a n Resolução: Denamos a func~ao f : [, ) R dada por. n, para cada n N. (3.65) en f(x). x, para cada x [, ). (3.66) ex Notemos que: x lim f(x) lim x x e x, por L'H^ospital lim x d dx x d dx ex lim x e x Exerccio de Calculo 0, (3.67) onde estamos utilizando o fato que ultimo limite foi tratado na disciplina Calculo I. De (3.65), temos que a n (3.65) n e n Assim, do Teorema (3.3.) acima, segue que (3.66) f(n), para cada n N. lim n n e n lim n a n lim x f(x) (3.67) 0, ou seja, ou seja, sequ^encia numerica lim n n e n 0, ( n ) (a n ) nn N e n e convegente para l 0, completando a resoluc~ao. n N Exemplo A sequ^encia numerica (a n ) nn N, onde a n. ( + n) n, para cada n N, (3.68) e convergente para e (ou seja, o numero de Euler).

38 38 CAPITULO 3. SEQU ^ENCIAS NUM ERICAS Resolução: Consideremos a func~ao f : [, ) R dada por f(x). ( + x) x, para cada x [, ). (3.69) Ent~ao, do.o limite fundamental (estudado em Calculo ), segue que lim f(x) e. (3.70) x Notemos que (3.68) a n ( + ) n n Assim segue, do Teorema (3.3.) acima, que (3.69) f(n), para cada n N. (3.7) ( lim a (3.68) n lim + ) n n n n (3.7) lim x f(x) (3.70) e, ou seja, ou ainda, a sequ^encia numerica ( lim + n e, n n) (a n ) nn N (( + ) n ) n n N e convegente para e, como queramos mostrar. Exemplo Seja r (0, ) xado. Ent~ao a sequ^encia numerica (a n ) n n N, onde a n. r n, para cada n N, (3.7) e convergente para 0, se r (0, ),, se r, n~ao sera convergente, se r (, ).

39 3.3. CONVERG ^ENCIA DE SEQU ^ENCIAS NUM ERICAS 39 Resolução: Notemos que, se teremos que r 0, a n (3.7) r n r0 0 n 0, para cada n N, e assim a a sequ^encia numerica sera convergente para 0. Se teremos que (a n ) n n N (r n ) n N r, a n (3.7) r n r n, para cada n N, e assim a a sequ^encia numerica sera convergente para. Por outro lado, se temos que (a n ) n n N (r n ) n N r (0, ) (, ), Portanto, se a n (3.7) r n e assim a sequ^encia numerica (a n ) n n N Se logo a sequ^encia numerica (a n ) n n N e n ln r, para cada n N. (3.73) r (0, ], teremos que ln r < 0, e convergente para zero, pois ln r Exerccio de Calculo lim ex 0, para cada r (0, ]. x r (, ), teremos ln r > 0, n~ao sera convergente pois, neste caso completando a resoluc~ao. ln r Exerccios de Calculo lim ex, para cada r (, ), x

40 40 CAPITULO 3. SEQU ^ENCIAS NUM ERICAS Observação Vale observar, uma vez mais, que NÃO podemos aplicar a Regra de L'H^ospital, diretamente, as sequ^encias numericas.. O Teorema (3.3.) acima não garante que se o limite lim f(x) não existe, ent~ao x o limite lim a n tambem n~ao existira, onde n como mostra o seguinte exemplo: a n. f(n), para cada n N, Consideremos a func~ao f : R R dada por f(x) sen(π x), para cada x R. (3.74) Notemos que o limite lim f(x) x n~ao existe (Exerccio de Calculo ) porem, considerando-se a sequ^encia numerica (a n ) n N, onde. f(n) a n (3.74) sen(π n) 0, para n N, teremos lim a n 0, n ou seja, a sequ^encia numerica (a n ) n N sera convergente (para 0). 3. Todos os resultados apresentado acima permanecem verdadeiros se substituirmos a hipotese n N, por n N o, para algum N o N xado. Por exemplo, no item. do Teorema (3.3.), se trocarmos a hipotese: a n b n, para cada n N, por a n b n, para cada n N o, a conclus~ao continuara valida, isto e, lim a n lim b n. n n Observação Como vimos anteriormente (veja a Proposic~ao (3.3.)) toda sequ^encia numerica convergente e limitada, mas não vale a recproca (veja o Exemplo (3.3.3)). A quest~ao que poderamos colocar e a seguinte: alem de ser limitada, que propriedade(s) uma sequ^encia numerica poderia ter, para que pudessemos garantir que ela sera convergente? A seguir introduziremos uma nova classe de sequ^encias numericas que nos ajudar~ao a responder essa pergunta.

41 3.4. SEQU ^ENCIAS MON OTONAS Sequências numéricas monótonas Definição 3.4. Diremos que uma sequ^encia numerica (a n ) n N e:. crescente se:. decrescente se: a n+ a n, para cada n N. (3.75) a n+ a n, para cada n N. (3.76) 3. estritamente crescente se: a n+ > a n, para cada n N. (3.77) 4. estritamente decrescente se a n+ < a n, para cada n N. (3.78) Se a sequ^encia numerica (a n ) n N for de um dos tipos acima ela sera dita monótona. Exemplo 3.4. A sequ^encia numerica (a n ) n N, onde e estritamente crescente (portanto monotona) Resolução: De fato, pois a n. n, para cada n N, (3.79) a n+ (3.79) n + > n mostrando que a equ^encia numerica (3.79) a n, para cada n N, (a n ) n N (n) n N e estritamente crescente. Exemplo 3.4. A sequ^encia numerica (a n ) n N, onde por e estritamente decrescente (portanto monotona).. a n, para cada n N, (3.80) n

42 4 CAPITULO 3. SEQU ^ENCIAS NUM ERICAS Resolução: De fato, pois (3.80) a n+ n + n+>n < n (3.80) a n para cada n N, mostrando que a equ^encia numerica ( ) (a n ) n N n e estritamente decrescente. n N Exemplo A sequ^encia numerica (a n ) n N, onde por não e monotona. Resolução: Notemos que a n. cos(n π), para cada n N, (3.8) a n (3.8) cos(n π) ( ) n, para cada n N, que mostra que nenhuma das condic~oes da Denic~ao (3.4.) ocorrera. Exemplo A sequ^encia numerica (a n ) n N, onde e estritamente decrescente (portanto monotona).. a n, para cada n N, (3.8) n Resolução: De fato, pois, como segue que n+ > n, para cada n N, a n+ (3.8) n+ < n (3.8) a n,

43 3.4. SEQU ^ENCIAS MON OTONAS 43 para cada n N, mostrando que a sequ^encia numerica ( ) (a n ) n N e estritamente decrescente. n n N a aula Observação Podemos estudar a monotonicidade de uma sequ^encia numerica (a n ) n N, estudandose o comportamento da sequ^encia numerica dada por: ) se a n 0, para cada n N. Para ilustrar, suponhamos que Com isto teremos que: ( an+ a n n n N, a n > 0, para cada n N. a n+ a n, para cada n N se, e somente se a sequ^encia numerica (a n ) n N e crescente.. Podemos obter um resultado analogo ao citado acima, trocando-se o sinal e a palavra 3. Notemos tambem que, se, pelo sinal: > crescente, pela palavra: estritamente crescente. a n > 0, para cada n N, temos que a n+, para cada n N a n se, e somente se a sequ^encia numerica (a n ) n N e decrescente. 4. Podemos obter um resultado analogo ao citado acima, trocando-se o sinal e a palavra, pelo sinal: < decrescente, pela palavra: estritamente decrescente.

44 44 CAPITULO 3. SEQU ^ENCIAS NUM ERICAS 5. Podemos obter resultado analogos aos acima, para o caso que trocando-se as palavras e vice-versa. Conclusão: supondo que a n < 0, para cada n N, crescente, pela palavra: decrescente. a n > 0 (ou a n < 0), para cada n N, a sequ^encia numerica (a n ) n N sera monotona se, e somente se, ou ( a n+ ou a ) n+, para cada n N. a n a n 6. Podemos, quando possvel, estudar a monotonicidade de uma sequ^encia numerica (a n ) n N estudando-se a monotonicidade de uma func~ao f : [, ) R, onde a n. f(n), para cada n N. Por exemplo, se a func~ao f e crescente (respectivamente, estritamente crescente, decrescente, estritamente decrescente), isto e, f(x) f(y) (respectivamente, >,, <), para cada x y, ent~ao a sequ^encia numerica (a n ) n N, a n. f(n), para cada n N sera crescente (respectivamente, estritamente crescente, decrescente, estritamente decrescente). 7. Lembremos que, quando possvel (ou seja, se a func~ao f : [, ) R for diferenciavel em [, )), poderemos estudar a monotonicidade da func~ao f acima, estudando o sinal de sua derivada, mais precisamente: se f (x) 0, para todo x [, ), a func~ao f sera crescente em [, ), se f (x) > 0, para todo x [, ), a func~ao f sera estritamente crescente em [, ), se f (x) 0, para todo x [, ), a func~ao f sera decrescente em [, ), se f (x) < 0, para todo x [, ), a func~ao f sera estritamente decrescente em [, ).

45 3.4. SEQU ^ENCIAS MON OTONAS Pode ocorrer da func~ao f : [, ) R não ser uma func~ao monotona, mas a sequ^encia numerica (a n ) n N, onde a n. f(n), para cada n N ser monotona, como mostra o seguinte exemplo: Consideremos a func~ao f : [, ) R dada por f(x). sen(π x), para cada x [, ). Ent~ao a func~ao f n~ao e monotona, mas a sequ^encia numerica (a n ) n N, onde a n. f(n) sen(π n) 0, para cada n N, e uma sequ^encia numerica monotona, pois Apliquemos as ideias acima aos: a n+ 0 0 a n, para cada n N. Exemplo A sequ^encia numerica (a n ) n N, onde e estritamente decrescente. Resolução: De fato, pois. n a n, para cada n N, (3.83) n + a n+ (3.83) a n n + n + (n + ) (n + ) + n n + n + n n + n + n + n + >. (3.84) } n {{ + } >0 para cada n N. Como a n (3.83) < 0, para n N,

46 46 CAPITULO 3. SEQU ^ENCIAS NUM ERICAS para cada n N, multiplicando-se (3.84) por a n, segue que a n+ < a n, para cada n N, ou seja, a sequ^encia numerica (a n ) n N e estritamente decrescente, em particular, sera uma sequ^encia numerica monotona. Exemplo A sequ^encia numerica (a n ) n N, onde e estritamente crescente.. n a n, para cada n N, (3.85) 3 n + Resolução: De fato, pois para cada n N. Como a n+ (3.85) a n (n + ) 3 (n + ) + n 3 n + n + 3 n + 3 n + 5 n 6 n + 0 n n + 0 n 4 >, (3.86) } 6 n {{ + 0 n } >0 a n (3.85) < 0, para cada n N, para cada n N, multiplicando-se (3.86) por a n, segue que a n+ > a n, para cada n N, ou seja, a sequ^encia numerica (a n ) n N e estritamente crescente, em particular, sera sequ^encia numerica monotona. Exemplo A sequ^encia numerica (a n ) n N, onde e estritamente decrescente. a n. ln(n + ) n +, para cada n N, (3.87)

47 3.4. SEQU ^ENCIAS MON OTONAS 47 Resolução: De fato, consideremos a func~ao f : [, ) R, dada por Notemos que f(x). ln(x + ) x + (3.87) a n, para cada x [, ). (3.88) ln(n + ) n + (3.88) f(n), para cada n N. (3.89) Por outro lado, notemos que a func~ao f e diferenciavel em [, ) e f (x) (3.88) d [ ] ln(x + ) dx x + (x + ) ln(x + ) regras de derivac~ao x + (x + ) para x [, ). De fato, pois se Logo, como ln(x + ) (x + ) < 0 x [, ), teremos x + > e, logo, ln(x + ) >, ou seja, ln(x + ) < 0. f (x) < 0, para x [, ), segue, do item 7. da Observac~ao (3.4.), que a func~ao f sera estritamente decrescente e assim, pelo item 6. da mesma Observac~ao, teremos que a sequ^encia numerica (a n ) n N tambem sera estritamente decrescente (pois a n (3.89) f(n), para cada n N). Observação 3.4. Sabemos que toda sequ^encia numerica convergente e limitada (veja a Proposic~ao (3.3.)), mas nem toda sequ^encia numerica limitada e convergente (veja o Exemplo (3.3.3)). A pergunta que podemos formular e a seguinte: que outra propriedade a sequ^encia numerica podera ter (alem de ser limitada), para que possamos garantir que ela seja converente? A resposta sera dada no resultado a seguir: Teorema 3.4. Toda sequ^encia numerica limitada e monotona sera convergente em R.

48 48 CAPITULO 3. SEQU ^ENCIAS NUM ERICAS Demonstração: Faremos a demonstrac~ao para o caso em que a sequ^encia numerica (a n ) N N seja crescente. Os outros casos ser~ao deixados como exerccio para o leitor. Como a sequ^encia numerica (a n ) N N e limitada temos que existe M > 0, de modo que a n M, para cada n N. Logo o conjunto sera limitado em R. Portanto existe A. {a n ; n N} L. sup{a n : n N} R. Armamos que lim n a n L. De fato, dado ε > 0, da denic~ao de supremo, como podemos encontrar N o N, de modo que L. sup{a n : n N} R, L ε < a No L. (3.90) Como a sequ^encia numerica (a n ) N N e crescente temos, para n N o, que L ε (3.90) < a No a n L e limitante superior do conjunto A L < L + ε, (3.9) ou seja, para n N o, teremos ou ainda mostrando que como queramos demonstrar. Observação L ε < a n < L + ε, a n L < ε, para n N o, lim n a n L sup{a n ; n N},. O Teorema (3.4.) acima nos diz que se uma sequ^encia (a n ) n N e monotona e limitada, ent~ao ela sera convergente para algum L R e, alem disso, lim a n L sup{a n ; n N}. (3.9) n

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