ARTIGO - AOP ADMINISTRAÇÃO DE OPERAÇÕES PRODUTIVAS E DE SERVIÇOS IMPLEMENTAÇÃO DA FERRAMENTA MRP: ANÁLISE DE UMA EMPRESA SIDERÚRGICA DO SUL DE MINAS.

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1 ARTIGO - AOP ADMINISTRAÇÃO DE OPERAÇÕES PRODUTIVAS E DE SERVIÇOS IMPLEMENTAÇÃO DA FERRAMENTA MRP: ANÁLISE DE UMA EMPRESA SIDERÚRGICA DO SUL DE MINAS. CRISTIANE DE CÁSSIA TOBIAS, ROGER ANTONIO RODRIGUES, THIAGO DE CARVALHO FARIA, SHELDON WILLIAN SILVA O avanço tecnológico vivenciado pelas as empresas nas últimas décadas tem revelado a necessidade de diferenciais em seus sistemas que as ajudem a desenvolver uma produção mais eficiente, ágil e que busque a redução de custo. Este trabalho analisa a implementação do sistema MRP em uma empresa siderúrgica de esquadrias de portas e janelas. O objetivo do estudo foi pesquisar os impactos desse sistema na função produção da empresa. Tal abordagem se faz necessária devido ao crescimento da organização e consequentemente ao surgimento de problemas com a programação e o controle de materiais, mão de obra e matéria prima. Este projeto fundamenta-se em uma revisão bibliográfica e posteriormente na construção de um estudo, observando a realidade da empresa. A análise demonstrou que a implementação tem direcionado a resultados positivos em termos de produtividade e eficiência dos processos. Durante a pesquisa verificou-se que a organização ainda enfrenta problemas com a estrutura de implementação no que tange à resistência de funcionários, subutilização do sistema e pelas características do produto. O estudo demonstrou que a utilização do sistema MRP tem influenciado no ganho da empresa, principalmente com a redução de estoques, lead time de produção e cumprimento dos prazos, com impacto direto na lucratividade da empresa. Palavras-chave: Implementação. Sistema MRP. Empresa siderúrgica. Redução de custo. 1 INTRODUÇÃO Com a crescente globalização, a competição entre as organizações por mais espaço no mercado tem se acirrado a cada dia. Neste contexto, as empresas procuram adequar-se nos padrões que seus clientes exigem, como qualidade dos produtos, flexibilidade na produção, confiabilidade no atendimento, preços acessíveis e agilidade de entrega de seus fornecedores. Para isso, as organizações devem acompanhar as mudanças e tecnologias no mercado, desde seus sistemas produtivos até o administrativo, mantendo-os eficientes e bem planejados para que possa estar à frente dos seus concorrentes no meio a este cenário competitivo. Portanto, a implantação de ferramentas de gestão eficazes no sistema produtivo torna-se cada vez mais

2 essencial para atrair a confiabilidade de seus clientes, além de reduzir custos e melhorar o seu fluxo de manufatura. Diante dessa realidade, este trabalho tem como objetivo analisar se a empresa em questão está obtendo vantagens com o uso da ferramenta MRP, como na busca por mais agilidade no procedimento, planejamento e padronização dos processos com mais eficiência. Também busca-se demonstrar se os impactos na minimização de estoques, aumento no fluxo da produtividade e redução de custos. Diante dessas possíveis hipóteses surge a pergunta de partida para a análise dessa implementação: Qual a importância de se implementar a ferramenta MRP em uma empresa? Em busca da resposta para este problema, haverá uma pesquisa à luz da literatura sobre a temática, buscando analisar as variáveis da empresa em questão e, sair de um senso comum para aprimorar-se num senso científico sobre a implementação da MRP. Portanto, em um primeiro momento, será apresentado uma revisão bibliográfica dos conceitos de administração da produção e operações, sistema produtivo, evolução da tecnologia nas indústrias e planejamento e controle de produção (PCP), em seguida, o trabalho demonstra os resultados obtidos e os problemas que a empresa tem enfrentado durante a implementação. 2 REFERENCIAL TEÓRICO 2.1 Administração da produção e operações A administração da produção é um gerenciamento de atividades, onde gerentes de produção são responsáveis pelas organizações das atividades e processos envolvidos na mesma, sendo assim a administração da produção trata da maneira pela qual as organizações produzem bens e serviços (SLACK; CHAMBERS; JOHNSTON, 2009, p. 5), os autores fala ainda que todas as empresas possui um processo de transformação, as operações produzem produtos ou serviços que sofrem transformações, a figura 1 retrata de forma resumida o que consiste um sistema de produção, onde envolve um conjunto de inputs que são as entradas, usadas para transformar algo ou ser transformado em outputs que são as saídas (SLACK; CHAMBERS; JOHNSTON, 2009). Recursos de entrada a serem transformados Materiais Informação Consumidores Recursos de entrada de transformação Recursos de entrada (input) Processo de transformação Saídas produtos serviços (outputs) de e Consumidores

3 Instalações Pessoal Figura 1 - input Processos transformação output Fonte: Slack; Chambers; Johnston (2009) O processo de produção engloba os recursos transformadores que serão submetidos ao processo produtivo, dando origem ao produto final, por isso ela deve ter uma evolução contínua, sendo que ela possui a principalmente finalidade de transformação de insumos em algum resultado pretendido. 2.2 Sistema produtivo Os sistemas produtivos abrangem tanto a produção de bens como a de serviços, por isso para que ele atinja seus objetivos são necessários três funções básicas: finanças, produção e marketing devem trabalhar juntas, para que o sistema produtivo seja eficiente, e que as informações sejam compartilhadas no momento certo com êxito de atender as necessidades dos clientes (TUBINO, 2000), assim as empresas necessitam fornecerem bens ou serviços com qualidade e excelência, para que isso aconteça e importante prever e gerenciar a demanda, pois ela e a base do planejamento estratégico da produção para que seu sistema produtivo possa rodar sem problemas, sendo assim entende-se por demanda: a disposição dos clientes ao consumo de bens ou serviços ofertados por uma organização (LUTOSA, 2008, p. 50), a mudança dos sistemas produtivos é acompanhada pela reorganização da estrutura da sociedade, onde as empresas busca melhoria no seus sistema produtivos para um melhor atendimento ao seus consumidores. 2.3 Evolução da tecnologia na indústria Diante da evolução tecnológica, as empresas estão se modificando, seu sistema produtivo está cada vez mais eficiente, tornando-as mais competitivas. O foco das empresas até a década de 60 era produzir o tanto que eles podiam, porém, com o surgimento da MRP (materials requirement planning), houve uma evolução significativa no planejamento de materiais, principalmente porque a sistemática de programação realizada é auxiliada por um computador onde permiti que os itens fossem fabricados a partir da demanda do produto acabado (BASOGLU et al. 2007), portanto o MRP irá fazer cálculos para a produção por meio de projeções, assim a empresa tem a viabilidade de replanejar suas alterações necessárias para atender seus objetivos, ele faz parte de uma

4 visão lógica de futuro ou de necessidades de produtos acabados, onde depois de ocorre a explosão das necessidades de componentes nível a nível, sua programação será para trás (CORRÊA; GIANESI; CAON, 2001), ele também faz cálculos de volumes, e auxilia na redução de estoques, aumentando a capacidade produtiva e os lucros, ele visa controlar e melhorar a quantidade e os tempos de entregas de matérias primas na hora certa e no momento certo, assim quando a produção decidir esses recebimentos podem ser entregues mais rápidos ou não, esses controles de MRP resultam na redução de mão de obra, materiais entre outros gastos (GAITHER; FRAIZER, 2002), por esse motivo o planejamento dos lead times deve acontecer de forma coerente para que não ocorra atraso por problemas de capacidade produtiva (CORRÊA; GIANESI, 1993). Partindo para uma evolução dessa ferramenta na década de 80, temos o MRP II (Manufacturing Resources Planning) que procura dar mais ênfase na otimização do processo através da sincronização de materiais com os requisitos de produção (BASOGLU et al., 2007), ele é composto por softwares de computadores, assim suas etapas vão está correspondendo a produção onde serão detalhadas a longo prazo para que seu nível de planejamento de componentes e maquinas sejam mais específicos (CORRÊA; GIANESI, 1993): O MRP II é um sistema hierárquico de administração da produção, em que os planos de longo prazo de produção, agregados (que contemplam níveis globais de produção e setores produtivos), são sucessivamente detalhados até se chegar ao nível do planejamento de componentes e maquinas especificas. (CORRÊA; GIANESI, 1993, p. 116). O MRP pode ter um controle exato do material que é necessário para a produção, no seu momento e hora certa, pois ele e um sistema que reage bem as mudanças, por isso ele tem sua característica voltada especialmente para situações em que as estruturas de produtos sejam mais complexas, com mais níveis e vários componentes por nível e que as demandas sejam pouco estáveis ou instáveis (CORRÊA; GIANESI; CAON, 2001), esse sistema MRP II aproxima-se da automação da manufatura, sendo possível monitorar todo o processo com um sistema informatizado que planeja e controla a produção. Nos anos 90 surgiu o ERP (Enterpraise Resource Planning), isso aconteceu diante da necessidade de incorporar novas técnicas ao sistema de produção e obter maior integração entre todas as partes da empresa, pois ela abrange além da produção atingindo outras áreas como contábil, financeiro, comercial, recursos humanos, engenharia e gestão de projetos (LAURINDO; MESQUITA, 2000)

5 With MRP II supported by standardized software applications that integrated different functions, the beginnings of Enterprise Resource Planning (ERP) was established, from which manufacturing firms could more effectively utilize the resources (MARBET; 2006, p. 351). Essas ferramentas sofreram com várias modificações, e a evolução tecnológica vem acompanhando como elas se transformaram e estão nos dia atuais, e como foi importante no processo de comunicação e de troca de informações. A implantação de um ERP é um projeto de longo prazo, por isso equipes são mobilizadas e treinadas para operar o sistema, e feita toda uma mudança organizacional nos processos da empresa, sendo assim um sistema dito ERP tem a pretensão de suporta todas as necessidade de informação para a tomada de decisão gerencial de um empreendimento como um todo (CORRÊA; GIANESI; CAON, 2011), esse sistema integrado proporciona valor e aumento da eficiência operacional, além fornecer informações sobre a empresa para serem aplicadas como melhoria nas tomadas de decisões (LAUDON; LAUDON, 2010), no entanto essa ferramenta causa impactos positivos nas empresas pois além de padronizarem as informações, seu sistema de informações e bem especifico, diante disso a globalização tem sido uns dos motivos para que as empresas busquem novas alternativas de produção e assim se tornem mais competitivas. a) Estrutura e cadastro de produtos A estrutura do produto é importante pois ela ajuda a definir qual é o nível de burocracia que o sistema MRP vai impor, uma estrutura com níveis mais amplos representam necessidades de muita atividade de apontamento, pois são itens estocáveis, por esse motivo a decisão de se mudar ou excluir um nível, não pode ser tomada de forma isolada (CORRÊA; GIANESI; CAON, 2001), na estrutura do produto também temos os chamados itens pais e itens filhos, o item pai é um item de estoque que tem componentes produzidos e adquiridos em sua formação, cada um deste itens componentes é um item filho deste item pai, no entanto se este item filho tiver componentes itens em sua formação, ele também será item pai deste itens filhos, na figura 3 mostra o item pai com suas formações e seus itens filhos que possuem outras formações que se tornam itens pais destes itens filhos, note que o 2X na figura representa que para cada produto final A, são necessários duas unidades do item C. Por sua vez, o item C tem seus itens filhos D e E. (CORREA; GIANESI, 1993, p. 109). A 2 X

6 B C C D E Figura 3 Relações entre itens pais e itens filhos. Fonte: Corrêa, Gianesi, 1993 b) Programa mestre da produção (MPS) O MPS deve ser bem gerenciado, pois ele coordena a demanda do mercado com os recursos internos da empresa de forma a programar taxas adequadas de produção de produtos finais (CORRÊA; GIANESI; CAON, 2001, p. 204), ainda segundo o autor só o programador mestre não garante sucesso nenhum, se realizado de uma forma mal elaborada o atendimento a demanda do mercado, a empresa corre sérios riscos no poder de competitividade da mesma, sendo assim um bom uso desse programador a empresa tende a ganhar muito na melhora no processo de promessa de ordens para os clientes, um melhora na gestão de estoques do produtos acabados, melhor uso e gestão da capacidade produtiva, sendo assim, os pedidos dos clientes deve estar ligado ao MPS, pois essa informação de pedido deve ser derivada do MPS e ai sim ser fornecida para o setor de vedas (NEUMANN, 2010). c) Sales and operations planning ( S&OP) O S&OP planejamento de vendas e operações, é um processo de planejamento que trata principalmente de decisões agregadas que requerem visão de longo prazo do negócio (CORRÊA; GIANESI; CAON, 2001, p. 153), o autor ainda fala que seus objetivos é gerar um plano de vendas, produção, financeiro e de introdução de novos produtos, que sejam realistas, viáveis e coerentes uns com os outros e coerentes com o objetivos estratégicos da organização (CORRÊA; GIANESI; CAON, 2001, p. 170), portanto o seu processo tem início a partir das necessidades levantadas por meios de dados históricos com a atual situação da empresa, em relação estoques, vendas, produção, assim e realizado uma reunião de S&OP onde serão discutidos todos os pontos que houveram um deslocamento entre o planejamento de produção e o planejamento de demanda (WALLACE 2001)

7 Os principal fator do S&OP são as pessoas que representam a empresa e o processo de negociação desenvolvidos por si para planos operacionais, os softwares são essenciais para a implementação, porem senão houver planilhas de controle podem ajudar nesse requisito (CORREA; GIANESI; CAON, 2001). 2.4 Planejamento e controle da produção (PCP) O PCP é um setor com responsabilidades que engloba toda empresa, e nessa busca por resultados favoráveis para as organizações, ele precisa planejar e programar a sua produção de forma que atenda os prazos e as necessidades dos clientes, sendo assim o setor de planejamento e controle da produção é responsável pela coordenação e aplicação de recursos produtivos, com a finalidade de garantir que a produção produza o que realmente se deve (SLACK et.al. 2010). Para se manter um sistema produtivo mais flexível, o planejamento da produção deve ser realizado de forma onde os leads times sejam curtos e os setups também, assim o PCP terá por sua finalidade um aumento na eficiência e eficácia da produção de uma empresa, planejando as necessidades futuras de capacidade, afim de saber se durante o processo o tempo será necessário para tomada de decisões, avaliar se essas decisões terão o efeito esperado (CORRÊA; GIANESI; CAON, 2001), para se entender melhor sobre as tarefas de se planejar e controlar o processo, pode-se afirmar que o planejamento e controle requer a conciliação do fornecimento e da demanda em termos de volume, em termos de tempo, e em termos de qualidade (SLACK et.al. 2010, p. 240). O PCP tem em sua função também controlar os níveis de estoques para que não aumente, assim o planejamento e a programação só irão ocorrer de acordo com a necessidade da previsão da demanda, portanto planejar e entender como a consideração conjunta da situação presente e da visão de futuro influencia as decisões tomadas no presente para que se atinjam determinados objetivos no futuro (CORRÊA; GIANESI; CAON, 2001, p. 37), assim o planejamento e controle da produção ajuda a empresa a produzir com mais eficiência e rapidez e com o menor custo, assim a empresa tem mais lucratividade, por isso ela e vista como decisões que são tomadas futuramente. a) Gestão de estoque A função do estoque é regular as taxas diferentes de suprimento e consumo de um item, essas taxas podem surgir por várias razões, como falta de coordenação, incerteza nas previsões de suprimento ou demanda, especulação e disponibilidade no canal de distribuição (CORRÊA; GIANESI; CAON, 2000)

8 Quando a demanda mais precisa for não há necessidade de manter estoque, pois fica mais simples de controlar (BALLOU 2006), o autor ainda fala que não há uma previsão exata da demanda, portanto as empresas utilizam os estoques afim de reduzir os efeitos causados por variações de oferta e demanda. Existem diversas razões de se manter um estoque baixo, são elas as diversidade crescente no número de produtos, o elevado custo de oportunidade de capital, o foco gerencial na redução do capital circulante liquido, portanto ao aumentar a eficiência dos processos, a curva de custo estará se deslocando para baixo, assim permite que a empresa opere com lotes de ressuprimento menores, sem afetar a demanda do cliente (WANKE, 2008) b) Lead time O lead time é o tempo que você gasta para entregar seu produto ou serviço assim que o pedido for passado, e o tempo de ressuprimento de um item, portanto quanto menor o lead time, mas rápido o produto acabado estará disponível para a entrega, isso ajuda nas melhoras dos prazos de entrega da empresa (CORRÊA; GIANESI, 1993), além de ajudar nesse pontos, ele reduz a diminuição de estoques intermediários e em seus custos provenientes, existem quatro tempos distintos que podem ser considerados em relação ao lead time, são eles, o tempo de espera, o tempo de processamento, o tempo para inspeção e o tempo de transporte (TUBINO, 2009), assim com a redução do lead time haverá benéficos como o aumento da capacidade de produção e rapidez na entrega do produto para o cliente (PELEGRINO, 2007). 3 MATERIAIS E METÓDOS 3.1 Metodologia O presente trabalho possui a intenção de analisar como as ferramentas estão sendo utilizadas no sistema produtivo de uma empresa, afim de alcançar melhores resultados. Para tal, o trabalho divide-se em duas partes; na primeira, é realizada uma revisão de literatura à luz da teoria para dar embasamento ao estudo. A pesquisa bibliográfica ajuda a explicar problemas que são relatados a partir de referências teóricas publicadas em documentos, onde se busca conhecer e analisar o que ocorreu no passado com contribuições cientificas do assunto abordado (CERVO; BERVIAN, 2002). A segunda parte refere-se ao um estudo na organização. Em relação a forma de abordagem do problema o trabalho se caracteriza com uma pesquisa qualitativa, ou seja, será dada ênfase maior nos procedimentos analíticos do estudo em questão, com diversos problemas e limitações, do que métodos estáticos com pesquisas experimentais ou levantamentos (GIL, 2009). Do ponto de vista de sua finalidade trata-se de uma pesquisa aplicada, afim de produzir conhecimento para se aplicar os resultados para contribuir na

9 resolução do problema encontrado (BARROS; LEHFELD, 2000). Em relação aos objetivos apresenta-se como exploratória, pois haverá esclarecimento de conceitos, ideias dos problemas mais precisos para posteriores estudos, é uma pesquisa muito especifica que irá proporciona uma visão geral, do tipo aproximativo das hipóteses estabelecidas pelo explorador (GIL, 2009). Quanto aos procedimentos a estratégia de abordagem consiste em uma pesquisa-ação, onde os pesquisadores participam do processo da pesquisa com a intenção da resolução do problema (GIL, 2009). O universo da pesquisa delimita-se no sistema produtivo de uma empresa siderúrgica fabricante de portas e janelas do sul de minas. Portanto, do ponto de vista local da realização para os levantamentos dos dados a abordagem do trabalho refere-se à uma pesquisa documental, onde documentos serão investigados para possíveis análises de comparação da realidade atual da empresa (CERVO; BERVIAN, 2002). 3.2 Caracterização da empresa A empresa estudada possui mais de 50 anos de mercado, atualmente a empresa conta com um quadro aproximado de 1000 colaboradores diretos e indiretos em suas unidades fabris, matriz e filial. De área aproximada de cem mil metros quadrados, desempenha um importante papel social na comunidade da cidade onde reside e região do Sul de Minas. Tem sido reconhecida como um dos principais fabricantes de matérias para construção no país. A empresa é objeto desse estudo devido às modificações que vem ocorrendo em decorrência da implementação do sistema MRP que visa à redução de falhas e desperdícios que persistem em seus sistemas produtivos nos últimos anos. 4 RESULTADOS E DISCUSSÕES Desde o início desta implementação do sistema MRP em 2013, ele tem gerado melhorias em diversos setores da empresa objeto de estudo, tendo maior contribuição em vendas, planejamento de controle e produção, controle de estoques, e logística. Porém, esse sistema não está sendo utilizado ainda como o principal módulo de programação da empresa, para que isso ocorra, a data prevista é em janeiro de 2017, onde será implementado completamente. Etes resultados obtidos até o momento foram através de teste. De acordo com a literatura, os autores Corrêa; Gianesi; Caon, 2001 argumentam que o sistema MRP e um sistema que reage bem as mudanças, pois tem sua característica voltada para situações em que as estruturas de produtos sejam mais complexas, com mais níveis e vários componentes por seu nível. Porém, a teoria nesse momento, não reflete na realidade da prática, pois o sistema não considera a estrutura estática onde há complexidade da estrutura do produto, e as variações nos inputs e outputs são mais complexas de serem controladas. Os

10 níveis são amarrados em vários nós, assim quando houver a alteração de um componente, deverá entrar em todos os nós para que essa alteração seja realizada. Do ponto de vista de um produto, não é demasiadamente complexo, no entanto, a empresa em estudo possui uma gama de produtos de vários modelos, assim apresenta uma maior dificuldade em modificar a estrutura de todos os produtos em um tempo hábil. Para fins de análise de desempenho do sistema MRP na empresa, foi escolhido o período de dezembro de 2015 a fevereiro de 2016 para a coleta dos resultados, devido à mudança significativa que obteve em seu estoque nesse período. Para a coleta desses resultados, analisou-se a quantidade consolidada de estoque, tanto que já foi comprado e se encontra em âmbito fabril quanto as que se encontram em transito. Na tabela 1 pode-se observar o estoque mensal e o consumo mensal dos perfis de alumínio tanto branco como fosco, utilizados como matéria prima para a formação do produto final. A empresa obtém mensalmente um estoque de 200 toneladas de perfis independente do acabamento, portanto 110 toneladas são utilizados mensalmente, sendo que 70 toneladas são fosco e 40 toneladas são branco. Tabela 1 Consolidado estoques/trânsito/comprado ESTOQUE MENSAL CONSUMO MENSAL ACABAMENTO 200 TONELADAS 110 TON FOSCO 70 TON BRANCO 40 TON Fonte: Arquivos da empresa objeto do estudo De acordo com os dados da empresa, o Kg do perfil se encontra a R$ 15 reais, na tabela 2 pode-se notar que a empresa gasta com estoque cerca de R$ ,00 reais por mês. Tabela 2 Valor estoque R$ Kg DO PERFIL ESTOQUE MENSAL VALOR ESTOQUE R$ R$ 15 REAIS 200 TONELADAS R$ ,00 Fonte: Arquivos da empresa objeto do estudo Ao fazer esse cálculo pode-se consolidar que 45% do estoque da empresa fica parado até a próxima arremessa, isso pode ser observado no gráfico 1. Em receita para a empresa são cerca de R$ ,00 reais, a empresa está perdendo com estoque parado, pois poderia investir em outro departamento

11 ESTOQUE DE PERFIS Estoque Parado 90 T Consumo Mensal 110 T Estoque Mensal 200 T Gráfico 1 Estoques de perfis Fonte: Arquivos da empresa objeto do estudo Estoque Mensal Consumo Mensal Estoque Parado Com a ajuda da ferramenta S&OP que é uns dos módulos da MRP a empresa obteve uma redução de estoque significativa para a empresa, ao analisar o gráfico 2 a empresa em fevereiro começou ter seu estoque reduzido, nos meses de novembro a janeiro o estoque mensal era de 200 toneladas e no mês de fevereiro caiu pra 120 toneladas, uma redução de 60%. ESTOQUES DE PERFIS Redução de 60% 50 0 nov/15 dez/15 jan/16 fev/16 Estoque Mensal Consumo Mensal branco Consumo mensal fosco Gráfico 2 Estoques de perfis Fonte: Arquivos da empresa objeto do estudo Essa porcentagem de redução foi transformada em receita, cerca de R$ ,00 reais para o caixa da empresa. Outro fator importante que impactou nos resultados da empresa foi o lead time, onde houve uma redução. Na tabela 3, foi realizada uma análise que mostra a redução do tempo de atravessamento de matéria prima que, consequentemente levou-se à uma redução do lead time da entrega do produto final ao seu consumidor. Como pode-se observar, a coleta de dados foi

12 realizada em 3 meses distintos; no mês de novembro o lead time de matéria prima era de 20 dias, no segundo mês que e março houve uma redução para 15 dias. Portanto, destaca-se o mês de junho que teve seu lead time reduzido para o tempo de 7 a 10 dias de espera, sendo assim, houve redução em cada setor onde esses componentes são designados. Onde houve uma mudança significativa foi na redução do lead de entrega do produto ao cliente, de 30 dias reduziu para 20 dias dependendo da região. Destaca-se que não houve nenhuma reclamação em relação à qualidade dos produtos. Tabela 3 Redução de lead time Redução do lead time Meses Novembro 2015 Março 2016 Junho 2016 Matéria prima 20 dias 15 dias 7 á 10 dias Entrega produto acabado de 30 dias 20 dias 15 á 20 dias (dependendo da região) Fonte: Arquivos da empresa objeto do estudo 5 CONSIDERAÇÕES Com o avanço tecnológico as empresas tem buscado aprimoramento em seus sistemas produtivos que as ajudem a desenvolver uma produção mais eficiente e que reduza custos. O estudo mostrou a implementação da ferramenta MRP em uma empresa siderúrgica de esquadrias de portas e janelas do sul de minas, onde apresentava falhas em seus sistema produtivo e, consequentemente problemas com a programação e tempo de atravessamento, tendo impacto direto no cliente final e no alcance dos objetivos pautados por seus membros. Durante o desenvolvimento deste trabalho alguns problemas foram detectados, dentre eles a resistência de funcionários e a subutilização do sistema em relação às características dos produtos fabricados na empresa em estudo, por serem produtos com formações complexas e de vários modelos. Entretanto, devido à grande pressão pela redução de estoques e prazos de entrega, o planejamento e controle de produção tem se tornado cada vez mais complexo, e com essa implementação, a rotina desse setor pode ser melhorada, para que o planejamento da produção seja feita de forma coerente e que não haja desperdício. O sistema MRP através do módulo S&OP trouxe resultados favoráveis no que tange à redução de custo, que o ponto de maior relevância para a empresa. Esse sistema tem reagido bem às mudanças propostas, auxiliando os programadores nas tarefas rotineiras. Com os resultados obtidos neste estudo pode-se

13 concluir que a empresa até o momento está conseguindo cumprir os objetivos pautados, pois houve uma redução 60% do seu estoque, que se converteu em receitas. Outra vantagem que esse sistema trouxe foi a redução de lead time tanto para compras quanto para prazo de entrega de pedidos, pois a empresa tem cumprido seus prazos e assim, consequentemente aumentando a confiabilidade diante de seu cliente. A empresa procura se ajustar nos próximos anos para que os resultados sejam ainda mais favoráveis, o assunto abordado nesse trabalho não se esgota nesse campo de estudo e, tem a necessidade de uma pesquisa com maior complexidade sobre esse tema, até mesmo para acompanhar a evolução do sistema implantado. Abre-se assim, a possibilidade de continuação desse estudo em futuros trabalhos. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BALLOU, R. H. Gerenciamento da cadeia de suprimentos: planejamento, organização e logística empresarial. 5. ed. Porto Alegre: Boockman, BARROS, A. J. S.; LEHFELD, N. A. S. Fundamentos de metodologia: um guia para a iniciação científica. 2. ed. São Paulo: Makron books, BASOGLU, N.; DAIM, T.; KERIMOGLU, O. Organizational Adoption of Enterprise Resource Planning Systems: A conceptual framework. The Journal of High Technology Management Research, ScienceDirect, v.18, p , CERVO, A.; L.; BERVIAN, P.; A.; Metodologia científica. 5. ed. São Paulo: Prentice Hall, CORRÊA, H.L.; GIANESI, I.G.N.; Just in time, mrp II e opt: um enfoque estratégico. 2. ed. São Paulo: Atlas, CORRÊA, H. L.; GIANESI, I. G. N.; CAON M. Planejamento, Programação e Controle da Produção. São Paulo: Atlas, Planejamento, programação e controle da produção. 4. ed. São Paulo: Atlas,

14 . Planejamento, programação e controle da produção: MRPII/ERP: conceitos, uso e implantação: base para SAP, Oracle Applications e outros softwares integrado de gestão. 5.ed. São Paulo: Atlas, GAITHER, N.; FRAIZER, G. Administração da produção e operações. 8. ed. São Paulo: Cengage Learning, GIL, A.; C. Métodos e técnicas de pesquisa social. 6. ed. São Paulo: Atlas, LAUDON, K. C.; LAUDON, J. Sistemas de informações gerenciais. 9. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, LAURINDO, F. J. B.; MESQUITA, M. A. Material requirements planning: 25 anos de história uma revisão do passado e prospecção do futuro. Gestão e Produção, v. 7. n. 3, p , São Paulo, LUSTOSA, L. Planejamento e Controle da Produção. Rio de Janeiro: Elsevier, MARBET, V.M. The early rood to material requeriments planning. United States: Elsevier, NEUMANN, C. Apostila de Planejamento e Controle da Produção PCP. Departamento de Engenharia de Produção - UFJF, 2010 PELEGRINO, P. L. Redução de lead time e aumento da capacidade na produção de rolos guias para máquina de papel. Trabalho de conclusão de curso (TCC). Universidade de São Paulo. Curso de Engenharia de Produção POLI USP: São Paulo, SLACK, N.; CHAMBERS, S.; JOHNSTON, R. Administração da produção. 3. ed. São Paulo: Atlas, SLACK, N.; CHAMBERS, S.; HARLAND, C.; HARRISON, A.; JOHNSTON, R. Administração da produção. 1. ed. São Paulo: Atlas, TUBINO, D. F. Manual de Planejamento e Controle da Produção. 2. ed. São Paulo: Atlas,

15 TUBINO, D. F. Planejamento e controle da produção: teoria e prática. 2. ed. São Paulo: Altas, WALLACE, T. F. Planejamento de vendas e operações: guia prático (E. Toporcov, Trad.). São Paulo: IMAM, WANKE, P. Gestão de estoques na cadeia de suprimento. 2. ed. São Paulo: Atlas,

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