GUIA DE LABORATÓRIOS DISPOSITIVOS ELECTRÓNICOS 1. DÍODO DE JUNÇÃO
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- Terezinha Eger Weber
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1 GUIA E LABORAÓRIO E IPOIIVO ELECRÓNICO 1. ÍOO E JUNÇÃO
2 Laboratório de isositivos Electróicos ÍOO E JUNÇÃO I. REGIME EACIONÁRIO I.1. OBJECIVO Pretede-se o oto I do trabalho medir a característica estacioária de um díodo de jução ( ) I = I u e verificar a validade dos modelos teóricos utilizados. I.2. EORIA No modelo de difusão com recombiação a equação que descreve a correte o díodo em fução da tesão aos seus termiais é is U ( ηu) ( 1) I = I e (I.1) em que U = k q é a tesão característica da temeratura ; I is é a correte iversa de saturação; k q 23 = 1,38 10 J K é a costate de Boltzma; 19 = 1,60 10 C é o módulo da carga do electrão; η é o factor de idealidade ( 1 η 2). edo U >> η U (I.2) ode-se fazer a aroximação I ( ηu ) U Iise (I.3) ou seja ( I I ) U ( U ) l is η (I.4) - 1 -
3 Assim, ara ares de valores (, ) a relação etre ( ) log REF U I obtidos exerimetalmete, é de eserar que seja liear I I e U U, caso se esteja as codições exressas em (I.2). É ossível assim obter o valor da correte iversa de saturação or extraolação ara U U = 0. No gráfico da Fig.I.1 ode-se também determiar o valor de η, através da icliação da recta. log( I I REF ) log( I is I REF ) U U Fig. I.1 A laca de circuito imresso que serve de base às motages a efectuar está reresetada a Fig.I.2. M 1 A 1 2 B R 1 R 2 R 3 M Fig.I.2 I.3. CARACERÍICA EACIONÁRIA E UM ÍOO A escolha da resistêcia R mais aroriada deede das características do díodo, ou seja da zoa de fucioameto da jução, e do valor da fote de alimetação E. Neste oto do trabalho irá ser caracterizada uma das juções -: o díodo 1N4002. I.3.1. Polarização directa Realize a motagem corresodete ao circuito da Fig.I.3. Coloque o iterrutor a osição 1 e ligue a fote de alimetação E etre A e a massa. Variado E, efectue a leitura dos otos da característica ( ) I U, registado os valores lidos os voltímetros V 1 e V 2, ligados a M 1 e M 2, resectivamete
4 V 1 E A R 1 R 2 R 3 V 2 B 2 R = 1kΩ R = 3,3kΩ R = 560kΩ Fig.I.3 Meça I ara diversos valores de U. ugestão: Para 0 U < 0,6(V) use = 0,05 V com R 2 ou R 3. < U Para 0,6 U < 0,7 (V) use U = 0,01 V com R 1. < I.3.2. Polarização iversa No circuito da Fig.I.3 mude a olaridade da bateria, colocado o iterrutor I a osição 2. Realize a motagem corresodete e, or variação de E, efectue a leitura dos otos da característica ( I, U ), or registo dos valores lidos os voltímetros V 1 e V 2. ugestão: Utilize o valor de R = R3 e cosidere 0< E < 20 V com E = 2 V. I.4. RAÇAOR E CARACERÍICA A determiação da característica estacioária correte-tesão I = I U ) dos díodos 1N4002 ( e de Zeer BZX85C7V vai ser efectuada utilizado o traçador de características EK571. Carregue o botão MENU e efectue a seguite rogramação: Fuctio: Acquisitio ye: iode V Amax : 2 V a olarização directa, 10 V a olarização iversa - 3 -
5 I Amax : 20 ma R Load : 10 Ω P Max : 0,1 W ou 0,5 W Carregue o botão AR. Observe a característica. Carregue o botão CUROR. Coloque uma das marcas o oto I = 10mA e outra o oto I = 11mA. Registe os valores. Imrima as características ressioado o botão COPY. e quiser alterar os arâmetros, carregue de ovo o botão MENU e reita o rocedimeto. II. REGIME INÂMICO II.1. OBJECIVO Neste oto estuda-se o adameto da correte e da tesão um díodo em regime de comutação e mede-se a variação da caacidade diferecial de trasição com a olarização iversa. II.2. EORIA O díodo de jução em regime de comutação: asectos qualitativos. Cosidere o circuito da Fig.II.1, em que o iterrutor está ligado a A. O díodo ecotra-se olarizado directamete. i A E B E R u Fig.II.1 Na situação estacioária, os adametos dos ortadores de mioria as zoas de difusão ou quase eutras vizihas da região de trasição são os da Fig.II.2. Admitiu-se que Na > Nd. Para maior comreesão, a figura ão está à escala, ( L > L >> l = x x ; or exemlo L= 100 l)
6 Lado P 1 Lado N 1 E 0 0 L L x -x 0 x e 1 e - L e Fig.II.2 0 são os valores das miorias em equilíbrio termodiâmico; 1 são os valores corresodetes com tesão alicada = e 1 0 = e 1 0 u U u U L são os comrimetos de difusão dos electrões e dos buracos resectivamete ( ) L = τ = 1 rn a ( ) L = τ = 1 rn d - coeficietes de difusão; τ temo de vida médio das miorias. As cocetrações de miorias crescem ao logo da zoa de trasição, assado a maiorias do outro lado da jução. Vemos que as zoas de trasição e de difusão se ecotram eriquecidas em relação à situação de equilíbrio termodiâmico. Este eriquecimeto está associado a uma dimiuição do otecial a zoa de trasição, resultate da tesão aos termiais. A correte i é ( ) i = E u R ode u A é a tesão de olarização directa o díodo. Admitamos agora que o iterrutor está a osição B. Na situação estacioária o díodo ecotra-se agora iversamete olarizado. e u << U A, o adameto esquemático dos ortadores de mioria é o da Fig.II.3, que também ão está à escala ara maior comreesão
7 Por acção da tesão, as cocetrações de miorias em x = x e x x = foram reduzidas a zero. Estes valores de miorias assarão ao logo da zoa de trasição a maiorias. Na hiótese de ijecção fraca, que é válida desde que as desidades de correte ão sejam muito elevadas (da ordem de A/ cm ara as cocetrações habituais de imurezas de substituição, 24 3 ~10 m ), o valor das maiorias é semre o de equilíbrio termodiâmico. Este facto observa-se quer a olarização seja directa quer seja iversa, isto é, o seu valor ão é afectado ela olarização desde que esta seja tomada como uma equea erturbação o sistema. Vemos assim que as zoas de trasição e de difusão estão emobrecidas em ortadores. E L 0 L 0 -x 0 x Fig.II.3 x O valor da correte é i = I is sedo o valor de u dado or B ( ) u = E RI Aalisemos o trasitório corresodete a assar o iterrutor muito raidamete de A ara B. Corresode a alicar ao circuito uma tesão em degrau (Fig.II.4), que assa de E ara E is E u E t 0 t Fig.II.4-6 -
8 A tesão aos termiais do díodo, ão ode assar istataeamete do valor u A ositivo ara o valor u B egativo, orque u está associada às distribuições de ortadores, e estas ão odem variar istataeamete. e facto, embora o rocesso de variação a zoa de trasição ossa ser ráido, visto que ela há um camo eléctrico, o mesmo ão acotece as zoas de difusão. Aí, o desaarecimeto das miorias é or difusão com recombiação sujeito a um temo de vida médio relativamete logo ( 6 10 s a 10 9 s). Assim, ao dar-se a trasição da tesão u de E ara E, a tesão u matêm-se iicialmete em u A, dimiuido deois letamete. A variação da correte é devida ao facto de termos desrezado o coeficiete de idução dos fios, ão havedo assim variação istatâea da eergia magética associada à da correte. Esta idução será tato meor quato mais grossos e curtos forem os fios. Para a evolução esacial da desidade de ortadores basta que troque o sial da derivada das cocetrações de miorias as froteiras x = x e x = x (Fig.II.5). lado t t lado 0 x 0 x Fig.II.5 alieta-se que a mudaça da derivada ouco altera a distribuição de ortadores e, ortato, o valor de u. Letamete, a distribuição de ortadores tede ara a situação estacioária, bem como a correte e a tesão aos termiais do díodo. Na Fig.II.6 reresetam-se as variações temorais da correte o díodo e da tesão aos seus termiais durate a comutação. A evolução da correte ão é exoecial, visto que a equação que a descreve ão é uma equação diferecial ordiária de coeficietes costates mas sim uma equação ão liear às derivadas arciais. Na rimeira fase a correte é aroximadamete costate. A solução umérica das equações mostra que a derivada das cocetrações de mioria é costate os limites da zoa de trasição. A correte começa a subir aroximadamete quado - 7 -
9 a tesão o díodo assa or zero. Para a variação de u em setido iverso, de E ara E, a variação é mais ráida, visto que as zoas de difusão têm agora oucos ortadores. u E E 0 t ( ) E U R ( ) i I is E U R t u U ( ) E RI is Fig.II.6 t Medida da caacidade diferecial de trasição É sabido que ara olarização iversa o díodo se comorta, do oto de vista icremetal, quase como uma caacidade diferecial ura, já que a codutâcia icremetal é muito equea. Assim como uma caacidade é defiida como o cociete etre uma carga e uma tesão, a caacidade diferecial é defiida como o cociete etre as variações da carga e de tesão associadas. A caacidade diferecial que o díodo evidecia essa situação desiga-se or caacidade diferecial de trasição orque o feómeo em jogo é recisamete o da variação da carga esacial a zoa de trasição or variação da largura desta, o que acotece quado a tesão aos termiais do díodo varia em toro da tesão costate de olarização. II.3. EXECUÇÃO O RABALHO II.3.1. Regime de comutação a) Faça a motagem do circuito da Fig.II.7. Ligue um oscilador em A. A tesão u g é uma oda rectagular de amlitude 10 V ico a ico
10 Caal 1 OCILOCÓPIO Caal 2 u g 1 Caal 1 tesão em R 1 (correte) Caal 2 oda rectagular R 1 1 Fig.II.7(a) Caal 1 OCILOCÓPIO Caal 2 2 Caal 1 tesão U u g R 1 Caal 2 oda rectagular 2 Fig.II.7(b) Com o iterrutor a osição 1 (Fig.II.7a), o caal 1 do osciloscóio visualiza a tesão a resistêcia R 1 (roorcioal à correte i ) e o caal 2 visualiza a tesão u g a alicar à motagem, em que u g é a tesão rectagular sem offset. Com o iterrutor a osição 2 (Fig.II.7b), o caal 1 do osciloscóio visualiza o simétrico da tesão o díodo ( U ) e o caal 2 visualiza a tesão u g. b) Registe um gráfico à escala as formas da tesão u g e da correte i = ur R1 através das curvas visualizadas o osciloscóio ara as frequêcias 200 Hz, 15 khz e 1,5 MHz. II.3.2. Caacidade de trasição Meça com o medidor RLC Peacktech 2160 o valor dos arâmetros do circuito equivalete do díodo, colocado como idicado a Fig.II.8. Os valores lidos ermitem o cohecimeto da caacidade de trasição associada ao díodo ara diversos valores da olarização. O díodo deve - 9 -
11 ser ligado o aiel frotal de modo a estar olarizado iversamete. A olarização é cotrolada ela fote de alimetação que é ligada o aiel osterior, como idicado a figura. Varie a olarização tal que 5 < U 0 V com U = 0,5 V e 10 U < 5 V com U = 1 V. Codições de teste: Measuremet Mode: C est Frequecy: f = 10 khz est voltage: cost. Bias: EX Mesauremet rate: low islay otio: Average Parallel Caal 1 Medidor RLC Paiel frotal Fote de tesão Medidor RLC Paiel osterior C BIA Fig.II.8 III. RELAÓRIO 1. Para um cojuto de otos obtidos corresodete à característica do díodo 1N4002 a zoa directa trace um gráfico à escala ode rereseta ( I I ) f ( U U ) =, I = 1 ma. l REF (Utilize ael semi-logarítmico). Aroveite as zoas lieares da curva obtida ara obter os valores de I, η, I e η. is R R 2. Para o díodo 1N4002, faça a adatação da curva obtida o traçador aos modelos aalíticos exoecial e o que se obtém or liearização or troços da característica. REF
12 3. A artir da característica estacioária I ( U ) obtida o traçador, calcule o valor da codutâcia icremetal associada ao díodo quado I = 10 ma. 4. A artir das curvas obtidas em regime de comutação calcule o valor do temo de difusão associado ao díodo. 5. Reresete um gráfico à escala, a caacidade de trasição que mediu, em fução da tesão de olarização iversa o díodo C ( U ). etermie os arâmetros C, e 0 m V característicos do díodo. 6. Alicação: Cosidere o circuito da Fig.III.1 e admita que o díodo é o 1N4002, com os arâmetros determiados os otos ateriores. Usado o PPICE mostre as características do díodo. Calcule os valores da codutâcia e da caacidade icremetal associada ao díodo o circuito, j j quado 1 2 v () t = 10 siω t Ve R = 1k Ω, sedo: Gruo I f = ω / 2π = 10 khz, ara E = 10 V. Gruo II f = 100 Hz, ara E = 10 V. Gruo III f = 1MHz, ara E = 10 V. Nessas codições, usado ovamete o PPICE, trace u ( t ). Comare os resultados com os obtidos or via aalítica. i R = 1kΩ ~ u 1 () t E Fig.III
ÍNDICE. Pág. Cap. 2. Junção pn Introdução Regime incremental. Condutância. Capacidades de transição e de difusão... 2.
ÍNCE Pág. Ca. 2. Jução... 2.1 2.1 trodução... 2.1 2.2 rabalho de saída. Afiidade electróica... 2.2 2.3 Jução em equilíbrio termodiâmico... 2.3 2.4 Jução com olarização costate... 2.1 2.5 Jução em regime
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