JOÃO GABRIEL RIBEIRO ANÁLISE DO SETOR CALÇADISTA A PARTIR DA DÉCADA DE O EFEITO CHINA NAS EXPORTAÇÕES DE CALÇADOS DO BRASIL.

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1 UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ECONOMIA ÁREA DE CONCENTRAÇÃO: TEORIA ECONÔMICA JOÃO GABRIEL RIBEIRO ANÁLISE DO SETOR CALÇADISTA A PARTIR DA DÉCADA DE O EFEITO CHINA NAS EXPORTAÇÕES DE CALÇADOS DO BRASIL. MARINGÁ

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3 JOÃO GABRIEL RIBEIRO ANÁLISE DO SETOR CALÇADISTA A PARTIR DA DÉCADA DE O EFEITO CHINA NAS EXPORTAÇÕES DE CALÇADOS DO BRASIL. Disseração submeida ao Programa de Pós- Graduação em Economia, da Universidade Esadual de Maringá, como requisio preliminar para a obenção do íulo de Mesre em Economia. Área de Concenração: Teoria Econômica Orienadora: Prof.ª Dra. Marina Silva da Cunha MARINGÁ 2009

4 ii Dedico à minha mãe e minha vó Luzinee. ii

5 iii AGRADECIMENTOS A Deus primeiramene, por er me dado força, saúde e alegria de fazer ese rabalho. A minhas duas famílias, de um lado minha mãe, Tia Marlene, Tio Agnaldo, Tia Sonia, Tio Gilvan, Tio Marcos, Tio Gaspar, meu primo Ricardo, sempre me deram forças para rilhar meus objeivos de vida. Porém de ouro lado, enho pessoas maravilhosas com quem convivi e ainda convivo, que sempre me deram oda força dese mundo, me mosrando, amparando e insruindo em odos os senidos em meus passos nesa vida, amo muio vocês: Madrinha (Bel), Tio Ari, Tia Valeria, Vô Ari, Tio Biel, Padrinho (Beo). Esa lua é por vocês. A odos meus grandes amigos de longa daa, que sempre orceram por mim, Rafa, Gui (primão), Oávio, Fabinho, Bruno, Saulo e Carlinho. À odos os meus amigos do meu grupo de esudo do mesrado Fabio, Juliano, Karen, Kleber, Vinícius e Aulo por udo de bom que vocês fizeram por mim. E ambém ao resane do pessoal Gilbero grande amigo e parceiro, Ana amigona para odas as horas, Marcela, Juliano e Anderson. A Profª Drª Marina da Silva da Cunha, minha orienadora, pelo carinho, amizade, paciência, compreensão, moivação e generosidade, pronificação e compromisso comigo, e principalmene por er concedido uma grande liberdade nese rabalho de ir aé onde eu podia. Aos professores José Luiz Parré, Alexandre Florindo Alves, Joilson Dias, Maria Helena, pelo apoio amizade e moivação impressa durane o convívio de mesrado, e por isso são pessoas em que me espelho muio. Agradeço ambém aos demais professores Naalino H. Medeiros, Amália M.G Godoy e a secreária Denise H. S Becca. Ao conao crucial com Crisian e Igor, responsáveis pela seção de esaísica da ABICALÇADOS, pessoas muio generosas e presaivas na concessão de dados para confecção do rabalho. Ao Profº Drº Fabiano Guasi Lima, por aceiar e paricipar da minha banca de mesrado, e ambém pela amizade de longo período e concessão de dicas preciosas e relevanes para minha evolução profissional desde os empos de colégio Anglo em Franca. A minha grande amiga Lisângela ( Li), desde os empos de UNESP São José do Rio Preo, sempre me ajudou, e nesa eapa, foi muio imporane, pois corrigiu boa pare dos erros de poruguês de minha disseração. Aos alunos da urma de 2008, Marcelo, Paulo, Marcos, Waleska e Thaís. iii

6 iv Sumário LISTA DE FIGURASUT...vi LISTA DE GRÁFICOSUT...vii LISTA DE TABELAS...viii LISTA DEQUADROS...x RESUMO UT...xii ABSTRACT...xiii INTRODUÇÃO UT O SETOR CALÇADISTA DO BRASIL Trajeória da Indúsria calçadisa aé a década de Caracerísicas do seor calçadisa Mercado Inerno do seor de Mercado Exerno do seor de Considerações Finais DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DO SETOR CALÇADISTA BRASILEIRO Principais Pólos produores de calçados Comporameno das empresas e empregos no seor calçadisa de Considerações Finais EFEITO CHINA NO SETOR CALÇADISTA ENTRE 1990 A Meodologia Coinegração Tese de Normalidade Tese de Esabilidade Funções Impulso Resposa Revisão Empírica sobre Equações de Comércio Exerior Maerial Méodo Modelo ANÁLISE DOS RESULTADOS Crescimeno da China e Ásia Análise das Esimaivas Tese de Raiz Uniária Coinegração Esimação de Longo e Curo Prazo: Ofera de Exporações de Calçados do Brasil Esimação de Longo e Curo Prazo: Demanda de Exporações de Calçados para os EUA Esimação de Longo e Curo Prazo: Demanda de Exporações de Calçados para a Europa Esimação de Longo e Curo Prazo: Demanda de Exporações de Calçados.para a América do Sul Análise Alernaiva de Esimação dos Resulados da Demanda de Exporações Calçadisas do Brasil iv

7 TU v Coinegração Esimação de Longo e Curo Prazo: Equação de Demanda de Exporações Calçadisas Brasileiras com a Variável Imporação Brasileiras de Calçados da China e Ásia Considerações Finais CONCLUSÃO REFERÊNCIAS ANEXO v

8 vi LISTA DE FIGURAS Figura 1: Evolução hisórica da indúsria calçadisa do Brasil a parir de Figura 2: Eapas do processameno da Cadeia Couro-Calçadisa Figura 3: Descrição do processo de produção de calçados Figura 4: Disribuição do calçado no mercado exerno Figura 5: Principais esados produores de calçados do país Figura 6: Raízes do polinômio Caracerísico do processo AR Figura A.1: Mapas quanílicos da performance espacial das indúsrias de calçados a parir de Figura A.2: Mapas quarílicos da performance espacial das indúsrias de calçados a parir de Figura A.3: Mapas quanílicos da performance espacial dos empregos da indúsria de calçados a parir de Figura A.4: Mapas quarílicos da performance espacial dos empregos da indúsria de calçados a parir de vi

9 vii LISTA DE GRÁFICOS Gráfico 1: Produção e Consumo aparene do seor calçadisa a parir de Gráfico 2: Consumo per capia a parir de Gráfico 3: Os principais países exporadores de calçados para os EUA, a parir da década de Gráfico 4: Crescimeno das exporações do Vienã e Índia para os EUA Gráfico 5: Comporameno das imporações dos principais países asiáicos para Europa de 2000 a Gráfico 6: Balança Comercial do Seor de Calçadisa de Gráfico 7: Desempenho da axa de câmbio real do seor calçadisa a parir de Gráfico 8: Evolução regional do número de empresas a parir da década de Gráfico 9: Evolução a parir de 1990 do número de empresas nos principais esados produores Gráfico 10: Desembolsos concedidos pelo BNDES ao seor calçadisa por região, de 1995 a Gráfico 11: Desembolsos concedidos pelo BNDES ao seor calçadisa por esados, de 1995 a Gráfico 12: Evolução por pore empresarial calçadisa no Brasil a parir de Gráfico 13: Evolução regional do emprego formal no seor calçadisa brasileiro de 1990 a Gráfico 14: Evolução do número de empregos formais nos principais esados produores de calçados a parir de 1990 a Gráfico 15: Crescimeno do PIB da China de 1990 a Gráfico 16: Invesimenos exernos direos na China, a parir de Gráfico 17: Comparação das compeências dos principais países produores mundiais de calçados segundo seus compradores vii

10 viii LISTA DE TABELAS Tabela 1: Trajeória da indúsria calçadisa Brasileira de 1974 a Tabela 2: Evolução dos maeriais subsiuos ao couro, uilizados na fabricação de calçados Tabela 3: Cusos da mão-de-obra em alguns dos principais produores mundiais Tabela 4: Comporameno dos principais fornecedores de calçados para os EUA, enre os anos de 1990 e Tabela 5: Os dez maiores países fornecedores de calçados para Europa em Tabela 6: Exporações Brasileiras de calçados Tabela 7: Desino das Exporações de Calçados brasileiras em Tabela 8: Exporações de calçados dos principais esados no ano de Tabela 9: Tipos de calçados exporados pelo Brasil no ano de Tabela 10:Comporameno das imporações de calçados brasileiras nos anos de 1990 e Tabela 11: Tipos de calçados imporados pelo Brasil no ano de Tabela 12: Número de Empresas de Calçados no Brasil por Esados e Regiões de 1990 a Tabela 13: Salário Médio em R$ dos principais esados do Sul/Sudese e Nordese Tabela 14: Número de Empregos Formais por Regiões e Esados de 1990 a Tabela 15: Elasicidades de longo prazo para equações de imporação (1978/1996) 96 Tabela 16: Preço do Brasil e de seus principais concorrenes mundiais de Tabela 17: Tese de Raiz Uniária Dickey-Fuller Tabela 18: Tese de Raiz Uniária Phillips-Perron Tabela 19: Ordem de Inegração das séries Tabela 20: Procedimeno de Johansen Tabela 21: Esimação do Veor de Correção de Erros da Ofera de Exporações de Calçados Tabela 22 : Esimação do Veor de Correção de Erros da Demanda de Exporações de Calçados para os EUA, com a variável China viii

11 ix Tabela 23: Esimação do Veor de Correção de Erros da Demanda de Exporações de Calçados para os EUA, com a variável Ásia Tabela 24: Esimação do Veor de Correção de Erros da Demanda de Exporações de Calçados para a Europa, com a variável China Tabela 25: Esimação do Veor de Correção de Erros da Demanda de Exporaçõesde Calçados para a Europa, com a variável Ásia Tabela 26: Esimação do Veor de Correção de Erros da Demanda de Exporações de Calçados para a América do Sul, com a variável China Tabela 27: Esimação do Veor de Correção de Erros da Demanda de Exporações de Calçados para a América do Sul, com a variável Ásia Tabela 28: Procedimeno de JOHANSEN para a demanda global Tabela 29: Esimação do Veor de Correção de Erros da Demanda de Exporações Global, com a variável impchina Tabela 30: Esimação do Veor de Correção de Erros da Demanda de Exporações Global, com a variável implasia ix

12 x LISTA DE QUADROS Quadro 1: Faores que esão moivando o deslocameno da indúsria de calçados das regiões Sul/Sudese para o Nordese.59 Quadro 2: Evolução do número de empresas segundo as grandes regiões do país de 1990 a Quadro 3: Pore Físico das indúsrias calçadiadas a parir de Quadro 4: Número de empregados formais aivos nos diversos pores indusriais por Regiões e Esados Quadro 5:Movimeno da mão-de-obra formal e informal no Brasil, a parir de Quadro 6: Quadro de descrição das Séries em Esudo Quadro 7: Análise das Funções Impulsos resposas para equação de ofera de exporações calçadisas do Brasil Quadro 8: Teses de Esabilidade para as equações de demanda de exporações para os Esados Unidos, com as variáveis imporações brasileiras de calçados da China (1) e da Ásia (2) Quadro 9: Funções impulso resposa para a demanda de exporações calçadisas brasileiras nos EUA, com as variáveis imporações brasileiras de calçados da China (1) e da Ásia (2) Quadro 10: Teses de Esabilidade para as equações de demanda de exporações para a Europa, com a inserção das variáveis imporações calçadisas brasileiras da China (1) e Ásia (2) Quadro 11: Análise das funções impulso resposa para a demanda de exporações calçadisas brasileiras para os Europa, com as variáveis imporações brasileiras de calçados da China (1) e da Ásia (2) Quadro 12: Teses de Esabilidade para as equações de demanda de exporações para a América do Sul, com as imporações calçadisas da China (1) e Ásia (2) Quadro 13: Teses de Esabilidade para as equações de demanda de exporações para a América do Sul, com as imporações calçadisas da China (1) e Ásia (2) x

13 xi Quadro 14: Teses de Esabilidade para as equações de demanda globais de exporações, com a variável impchina (1) e implasia (2) Quadro 15: Funções impulso resposa para as equações de demandas globais de exporações brasileiras calçadisas com a variável impchina (1) e implasia (2) xi

14 xii RIBEIRO, João Gabriel. Análise do Seor calçadisa a parir de O efeio China nas exporações de calçados do Brasil. p Disseração (Mesrado em Economia) Universidade Esadual de Maringá, Maringá, RESUMO Esa pesquisa em o inuio de analisar o comporameno do seor calçadisa, bem como as principais caracerísicas a parir de 1990, com relação ao número de empregos, indúsrias, mercado inerno e exerno. Enfaiza-se principalmene a concorrência inernacional de Brasil e China e demais países asiáicos nos Esados Unidos, Europa, América do Sul. Aravés de esimaivas do modelo de séries emporais do Veor de Correção de Erros (VECM) com análises de longo e curo prazo, junamene com a consrução de funções de impulsos resposas para equações de ofera e demanda de exporações no período de 1990 a 2007, verifica-se por meio dos resulados economéricos na demanda por exporações de calçados que as elasicidades de longo prazo junamene com as funções impulso resposa para o câmbio e preço de exporação impacaaram posiivamene sobre as exporações calçadisas, já na demanda por exporações de calçados averiguou-se que o calçado é um bem normal nos Esados e Europa, pois as elasiciadades do preço dos calçados inerno em ambos os mercados foram negaivas, observou-se ambém o efeio negaivo direo da China e Ásia nas exporações de calçados do Brasil, nos mercados de Esados Unidos, Europa e América do Sul, mosrando o fore avanço da China e Ásia, no seor calçadisa a parir de Palavras chaves: Seor de calçados, China e Ásia, Séries emporais. xii

15 xiii RIBEIRO, João Gabriel. Análise do Seor calçadisa a parir de O efeio China nas exporações de calçados do Brasil p Disseração (Mesrado em Economia) Universidade Esadual de Maringá, Maringá, ABSTRACT This research aims o analyze foowear secor from 1990 on, highlighing is main feaures such as number of jobs, indusries, domesic and foreign markes. I is mainly emphasized Brazilian, Chinese and oher Asian counries compeiion in he Unied Saes, Europe and Souh America markes. Trough a Vecor Error Correcion Model (VECM) ime series esimaive wih boh long and shor erm analysis in conjuncion o he impulse response funcions consrucion for boh supply and demand for expors equaions from 1990 o 2007 i was shown, hrough economeric resuls in demand for foowear expors, ha long-erm elasiciies in combinaion wih he impulse response funcions for boh exchange and exporaion price have posiively affeced foowear expors. Foowear expors demand has revealed ha foowear is a normal good in he Unied Saes and Europe because foowear price elasiciy in boh domesic markes are negaive. I was also observed a direc negaive effec of China and Asia in Brazilian foowear expors for he Unied Saes, Europe and Souh America markes, demonsraing he China and Asia foowear indusry srong advance since Keywords: Foowear area, China and Asia, Time series. xiii

16 14 INTRODUÇÃO O seor calçadisa brasileiro, possui presença significaiva no cenário indusrial, esando inimamene ligado ao mercado exerno, aravés das exporações e imporações de calçados. Ese complexo ambém, apresena grande expressão na geração de empregos direos e indireos no país. As principais aglomerações especializadas na produção de calçados no Brasil esão posicionadas no Rio Grande do Sul e São Paulo, endo desaques as regiões do Vale do Rio Sinos com 18 cidades, Franca, Jaú e Birigui, além dos esados do Ceará, Bahia e Paraíba. Desde o início da década de 1990, esse seor vem passando por uma série de mudanças em sua esruura, advindas principalmene das políicas mundiais do cenário dinâmico e globalizado vigene, ais como concorrência exerna com a China e Ásia, a supervalorização do real perane o dólar fazendo com que o calçado brasileiro seja menos araivo no mercado exerno. Além disso, nos esados do país ocorrem acirradas dispuas pelas empresas calçadisas, via guerra fiscal com subsídios oferecidos às indúsrias do complexo, gerando relocalização das indúsrias de calçados em busca de melhores condições de produção e mãode-obra baraa, afeando direamene o desenvolvimeno e a produividade desa esfera produiva (COSTA, 2002; COSTA, 2004; CARLONI e al., 2007; GARCIA; MADEIRA, 2008). O seor calçadisa desina grande pare de sua produção para o mercado exerno, mas desde a década de 1990 o nível de exporações vem sofrendo relevanes oscilações gerando crises encadeadas nese seor. Afeando o nível de emprego e produção, concorrência inerna e exerna (COSTA, 2004; CARLONI e al., 2007; GARCIA; MADEIRA, 2008). Conudo, o Brasil apresena-se como o erceiro produor mundial de calçados e, no que ange as exporações, ocupa o erceiro lugar no ranking mundial, evidenciando desa forma a imporância do seor, que possui um amplo poencial de desenvolvimeno e ascensão econômica (ABICALÇADOS, 2008). Nese conexo, em um primeiro momeno o presene rabalho em inuio de enar verificar o comporameno do seor calçadisa e suas principais mudanças, a parir do início da década de 1990, período em que o seor sofre com as expressivas mudanças em sua esruura indusrial, empregaícia e mercadológica (inernamene e exernamene). Essas análises, foram realizadas por meio de informações conidas nos bancos de dados da RAIS/MTB (Relação Anual de Informações Sociais, do Minisério do Trabalho) e PNAD/IBGE (Pesquisa Nacional por Amosras de Domicílios, do Insiuo Brasileiro de Geografia e Esaísica), da 14

17 15 ABICALÇADOS (Associação Brasileira das Indúsrias de Calçados) e da SECEX/MDIC (Secrearia de Comércio Exerior, do Minisério do Desenvolvimeno da Indúsria e Comércio Exerior) respecivamene. Para iso ambém baseou-se em pesquisas de diversos esudiosos do seor calçadisa, ais como: Achyles Barcelos da Cosa, Wilson Suzigan, Vera Lúcia Navarro, Valmíria Carolina Piccini, Ana Paula Fonenelle Gorini, Renao de Casro Garcia, Abidack Raposo Corrêa, enre os mais relevanes, eses vem cumprindo seu papel na invesigação da performance do complexo calçadisa brasileiro. Aendo-se assim, principalmene, para o comércio inernacional e a concorrência do Brasil com a China e Ásia no seor calçadisa brasileiro na década de 1990, aravés do ferramenal economérico de séries emporais e esimação de equações de ofera geral e demanda por exporações de calçados do Brasil para os mercados dos Esados Unidos, Europa e América do Sul, em-se como objeivo principal invesigar o efeio da concorrência da China e demais países asiáicos neses mercados. Desa forma, o rabalho esá divido em 4 capíulos. O primeiro, apresena um breve hisórico do seor e as principais caracerísicas, mosrando ambém a rajeória do mercado inerno e exerno a parir de Já o segundo aborda a disribuição e o comporameno do número de empregos formais e informais, a parir de 1990 O erceiro capíulo raz oda meodologia de séries emporais, maerial, méodo, modelo de equações de ofera e demanda a serem esimadas para as exporações de calçados do Brasil, para os Esados Unidos, Europa e América do Sul, de 1990 a E o quaro e úlimo capíulo, faz alusão ao crescimeno da China e Ásia no seor de calçados a parir de 1990, conendo odos os resulados dos eses aplicados nas equações de ofera e demanda, junamene com as considerações finais e a conclusão final. 15

18 16 CAPÍTULO I O SETOR CALÇADISTA DO BRASIL 1.1 TRAJETÓRIA DA INDÚSTRIA CALÇADISTA ATÉ A DÉCADA DE 1990 A fabricação de calçados no Brasil inicia-se, no século XIX com uso de processos manuais em pequenas oficinas (sapaarias) no Rio Grande do Sul e, poseriormene, no Esado de São Paulo 1. O crescimeno da produção concenrada em fábricas se dá a parir da década de 1870, com a inserção de máquinas de cosura e ouras no seor. O desaque do desenvolvimeno da indúsria aconeceu nas décadas de 1880 e de 1890; poseriormene, dá-se imporância ao período de 1904 a 1913 junamene com década de 1920, que foi marcado por invesimenos viais que propiciaram modernização do processo produivo calçadisa. O período de 1860 a 1920 de forma geral caraceriza-se pelo elevado dinamismo ecnológico e progressos, provindos direamene da Europa no final do século XIX e propagados no Brasil, ransformando assim o seor calçadisa aresanal em aividade fabril (CRUZ, 1977 ;SUZIGAN, 1986; GORINI, 2000). 1 O desenvolvimeno da produção de calçados, na região do Vale dos Sinos (RS) eve início a parir de 1824, com a chegada em erras brasileiras dos imigranes de origem alemã que se insalaram na localidade de São Leopoldo, no esado do Rio Grande do Sul. O esímulo a essa manufaura proveio da presença, enre os recémchegados, de sapaeiros, curidores e ouros aresãos ligados ao rabalho em couro e ambém pela exisência em solo gaúcho das aividades de criação de gado e produção de charque, origem da maéria-prima para a confecção do calçado (COSTA, 1978; COSTA, 2002; COSTA, 2004). Poseriormene, em Franca (SP), desenvolve-se a aividade de produção calçadisa que graças à boa posição urbana e comercial da cidade, efeuava-se com sucesso a disribuição de gado, sal e ouras e mercadorias diversas para viajanes que inham por desino a roa de São Paulo para o Brasil Cenral, aravés da esrada dos Goyases. Além da boa posição para o comércio na cidade havia presença marcane da aividade de criação de gado de core, o que faciliava o aproveiameno dos derivados do abae bovino, desacando-se assim nese conexo o couro bovino abundane na região ambém. A parir da grande presença de maeria-prima, essencial para a confecção de calçados e ouros arigos, inúmeros aresãos iniciam-se primeiramene na produção de selas para monaria, vindo, poseriormene, na meade do século XIX a produzir os calçados, chamados vulgarmene de sapaões uilizados em grande maioria por rabalhadores rurais. Mais arde, em 1850, ocorre uma evolução maior da aividade calçadisa, havendo regisro de 17 oficinas de sapaeiros, crescendo ese número, em 1860, para 32 oficinas, e,em 1855, ambém ocorre a insalação do primeiro curume na cidade, nomeado de Cubaão. (SUZIGAN, 2000) 16

19 17 Figura 1: Evolução hisórica da indúsria calçadisa do Brasil a parir de INÍCIO DA INDUSTRIALIZAÇÃO CALÇADISTA BRASILEIRA. INÍCIO DA REGIONALIZAÇÃO DA PRODUÇÃO, DESTACANDO-SE INICIALMENTE OS ESTADOS DO RS E SP. TRANSIÇÃO HERANÇA: INDÚSTRIA DEFASADA E POUCO COMPETITIVA. INÍCIO DAS EXPORTAÇÕES E MODERNIZAÇÃO DO SERTOR. CRISE NO PAÍS, PORÉM O SETOR CALÇADISTA MANTÉM SEU RITMO DE EXPANSÃO EXTERNA (EUA E UE) E INTERNA. CRISE NO SETOR CALÇADISTA E AUMENTO DA CONCORRÊNCIA CHINESA E ÁSIATICA DIMINUIÇÃO DAS EXPORTAÇÕES PROCESSO DE RELOCALIZAÇÃO CALÇADISTA MUNDIALMENTE E INTERNAMENTE NO PAÍS EM BUSCA DE MÃO-DE- OBRA BARATA Fone: Elaboração própria. No período de 1920 a 1960, observa-se uma regionalização da produção e diminuição das inovações écnicas junamene com a redução de aquisição de máquinas modernas, desacelerando assim o rimo de modernização e inensificando o uso de mão-de-obra na produção (ROSA; CORRÊA, 2006). No final dos anos de 1960, ocorre o início das exporações calçadisa para os Esados Unidos alicerçadas no desenvolvimeno do cluser 2 indusrial do Vale dos Sinos (RS) e, 2 Denominados aglomerações geográficas de companhias e insiuições inerrelacionadas num seor específico. Englobando, geralmene, uma gama de empresas e ouras enidades imporanes para compeição, incluindo, por exemplo, fornecedores de insumos sofisicados, ais como, componenes, maquinário, serviços e fornecedores de infraesruura especializadas. Os clusers muias vezes, ambém se esendem na cadeia produiva aé os consumidores, e laeralmene aé as manufauras de produos complemenares e na direção de empresas com semelhanes habilidades, ecnologia, ou mesmos insumos pradonização hink anks (expressão inglesa que significa "caalizador de idéias", pode-se dizer que significa uma insiuição, não governamenal, de invesigação ou ouro ipo de organização que oferece idéias sobre assunos relacionados à políica, comércio e assunos diversos relacionados a políicas públicas), escolas écnicas e associções de classe que promovem reinameno, educação, informação pesquisa e supore écnico (Economics of Compeiion Havard Busines Review Novembro/Dezembro 1998, p. 78 apud GORINI, 2000; MARTINS; SILVA, 2007). Em menor escala essas concenrações são conhecidas como arranjo produivo local (APL), conferindo vanagens compeiivas ao nível indusrial para uma região paricular, permiindo assim explorar diversas economias de aglomeração, e esa esruuração esimula o processo de ineração local viabilizando a eficiência produiva calçadisa. Um APL, em sua essência, é um jogo de equipe, que agrega pares para gerar ações e resulados que 17

20 18 poseriormene, em menor escala na cidade de Franca (SP), aé enão o dinamismo ecnológico da indúsria esava baseado exclusivamene no mercado inerno. O crescimeno do seor dependia unicamene da evolução da renda nacional e do aumeno da população junamene com seu consumo. A imporação de máquinas e equipamenos do exerior aliado com a obenção no mercado nacional de alguns bens de capial ulrapassados, promoviam capaciação ecnológica do seor. A produção de calçados que vigorava, nessa época, operava precariamene em ermos de divisão de rabalho em seu inerior e sua ineração inerempresarial era pouco propagada, e a subconraação de rabalho exerno a fábrica resringia-se somene a uma ou oura arefa da cosura do sapao. Assim predominava uma configuração indusrial crisalizada em empresas de pequeno e médio pore, demonsrando baixo eor inovaivo do seor, com presença inensiva de coneúdos aresanais em seus processos de produção (GORINI; SIQUEIRA, 1999; COSTA, 2002). Ainda no final da década de 1960, observa-se na indúsria calçadisa mundial um primeiro movimeno de deslocameno espacial na produção de calçados em busca de regiões com abundância de mão-de-obra baraa, favorecendo desse modo a enrada no mercado inernacional de países como Brasil e os Tigres Asiáicos (Coréia do Sul, Hong Kong e Taiwan) que ganharam compeiividade, devido aos baixos salários predominanes em seus erriórios, passando enão a concorrer no mercado inernacional com países radicionais, que operam com elevados cusos de mão-de-obra como Iália, Alemanha, França, Reino Unido e Áusria (COSTA e al., 1993). O ano de 1969 foi o marco de ransformação compeiiva do seor calçadisa brasileiro com a inserção inernacional em massa, fase esa caracerizada pela insabilidade macroeconômica e perda de dinamismo do mercado inerno, em que diversas empresas procuram se adapar a essa siuação adversa volando sua produção para o mercado exerno, desacando-se como os principais imporadores de calçados os Esados Unidos e países europeus (COSTA e al., 1993; COUTINHO; FERRAZ, 1995; GARCIA, 1996). Nesa época, o Brasil especializa-se na confecção de calçados femininos majoriariamene e em menor escala masculinos em couro. Sapaos geralmene, de baixo e médio preço enre 1 US$ e 2 US$ o par, desinando-se em grande pare das exporações ao mercado nore-americano, o qual absorve em cerca de 2/3 do volume oal exporado que era de aproximadamene 8 milhões de dólares em 1970 (COSTA e al., 1993). beneficiam o odo. Para ano, é preciso ariculação, ineração, cooperação, dedicação e compromeimeno de odos (HASENCLEVER, 2002; SEBRE/FRANCA, 2004). A cidade de Franca comparada com o cluser calçadisa do Vale dos Sinos no Rio Grande do Sul em ordem de magniude menor pode ser considerada um APL. 18

21 19 Já o início da década de 1970 foi caracerizado ambém pelo desenvolvimeno dos seores de máquinas, equipamenos, arefaos e componenes no país, alavancando assim o coneúdo ecnológico do seor, modernizando o segmeno calçadisa brasileiro, que começa a mergulhar-se em uma amosfera diversificada, iniciando-se de maneira ímida na produção de calçados esporivos (CORRÊA, 2001). A indúsria calçadisa segue com ese rimo, e chega aé o ano de 1974 produzindo 213,6 milhões de pares dos quais cerca de 87% e 13% eram desinados respecivamene ao mercado inerno e exerno, empregando 81 mil rabalhadores direamene, produzindo cerca de 10 pares de calçados ao dia em âmbio nacional. A parir dese período, a indúsria calçadisa percorre um caminho de ascensão ano inerna quano exerna, aumenando o volume da produção calçadisa, empregos, ecnologias uilizadas, preços dos calçados produzidos e capacidade insalada, odos faores que possibiliaram maior expansão do seor calçadisa nacional. Dado o quadro favorável nesa época de propulsão no segmeno, observase ambém o crescimeno de sua produividade de pares de calçados por dia a cada ano a parir do ano de A abela 1 revela a evolução do seor a parir do ano mencionado. 19

22 20 Tabela 1: Trajeória da indúsria calçadisa Brasileira de 1974 a PRODUTIVIDADE PREÇO UTILIZAÇÃO PARES AO DIA MÉDIO DA DO POR PAR CAPACIDADE ANOS PRODUÇÃO TOTAL MERCADO INTERNO MERCADO EXTERNO TRABALHO EXPORTADO INSTALADA** US$ US$ (1000 PARES) US$ MILHÕES (1000 PARES) % MILHÕES (1000 PARES) % MILHÕES EMPREGO (US$)* (TECNOLOGIA) , , ,53 4,33 84, , , ,67 4,76 88, , , ,36 5,6 86, , , ,38 7,05 91, , , ,16 7,02 86, , , ,20 8,39 88, , , ,90 7,89 90, , , ,32 8,06 86, , , ,25 8,19 89, , , ,77 7,29 89, , , ,15 7,12 88, , , ,43 6,84 83, , , ,51 6,75 85, , , ,86 7,9 83, , , ,84 7,94 79, , , ,92 7,28 83, , , ,60 7,74 87,00 Fone: Os dados (*) e (**) foram obidos respecivamene, da resenha do ano de 2006 da ABICALÇADOS e junamene ao BACEN. O resane dos dados foram reirados de COSTA e.al (1993) apud ABAEX, uilizando do equivalene a 250 dias para represenar um ano de rabalho para o calculo da produividade dia de calçados. 20

23 21 Poseriormene, na década de 1980 perpeuava no país e na indúsria brasileira uma conjunura de crise, conseqüência direa das políicas de ajuse macroeconômico agenes no começo da década e de longos períodos inflacionários percorridos ao final da mesma época, sendo os seores mais afeados pela crise os de bens inermediários e de bens de capial. Nese ambiene a indúsria calçadisa sobreviveu sem enormes prejuízos, seguindo sua rajeória de expansão evoluiva em seus mercados exernos e inernos, produzindo calçados de couro e de maeriais alernaivos (NEGRI, 1996; NAVARRO, 2006). O rimo de modernização ecnológica pode ser evidenciado, no período de 1974 a 1982 pela abela 1, em que se verifica o aumeno da produividade de pares por dia da indúsria, do preço do calçado produzido, e da uilização da capacidade insalada no seor. Em conraparida, enre 1982 e 1990 o segmeno prossegue seu caminho produivo oscilane, com arrefecimeno do rimo ecnológico, que pode ser observado pela diminuição de sua produividade, de seus preços médios dos calçados exporados e da sua uilizaçãocapacidade insalada nese período. A abela 1 ambém revela a rajeória evoluiva da indúsria de calçados no período de 1980 a 1990, em que observa-se um aumeno de sua produção de aproximadamene 8%, obendo assim faurameno de US$ milhões durane oda a década. Ouro pono de desaque foi aumeno do número de empregos em cerca de 67% no mesmo período. Dese modo o seor chega aé a década de 1990 com expressiva represenação no mercado exerno, desinando-se aproximadamene 28,45% de sua produção oal para o exerior, o que já demonsra cera dependência do mercado inernacional nese período. Ese avanço proporcionou um aumeno na axa salarial das indúsrias calçadisas dos países em desenvolvimeno, desacando-se nese processo o Brasil e alguns países asiáicos como Coréia do Sul e Taiwan, culminando assim num curso de reração das exporações deses países. Eses países junos deiam paricipação aiva de 7% das exporações mundiais no início da década 1970, chegaram ao final da década de 1980 com cerca de 1/3 desse valor. Logo nese mesmo período, idenfica-se um novo movimeno da produção calçadisa em busca de mão-de-obra baraa e em abundância, mais facilidades e flexibilidades produivas, incenivos fiscais e financeiros, em direção aos novos países asiáicos como: China, Filipinas, Indonésia e Tailândia 3 (COSTA e al., 1993; GARCIA, 1996). 3 Na década de 90, ocorrem mudanças de esraégias por pare das grandes empresas, principalmene na produção de calçados populares e esporivos, demandanes de inensiva mão-de-obra em seus processos produivos, porano gerando gasos elevados com folha de pagameno dos funcionários. A confecção de 21

24 22 Resumidamene não se evidenciam alerações inernas relevanes na década de 80 no seor calçadisa; em conraparida, o início da década de 1990 foi marcado por um processo de aberura comercial da economia brasileira e globalização com inuio de gerar maior inserção do país na economia mundial, havendo assim uma progressiva desgravação arifária e assimeria cambial gerada pela desvalorização do câmbio nominal, para manuenção de um câmbio fixo real, o que faciliou a enrada e saída de produos do país aquecendo o rimo das exporações calçadisa. Já a parir de 1994 em diane, ocorre a implanação do Plano Real que sobrevalorizou a moeda nacional perane ao dólar, na enaiva de coner alas axas de inflação, implicando porano em déficis comerciais conínuos e abalando profundamene a compeiividade da produção calçadisa brasileira, com o aumeno da concorrência exerna com a enrada de produos de países asiáicos no Brasil (PEREIRA, 2003; ROSA; CORRÊA, 2006). O seor calçadisa possui um padrão de compeição cenrado em preços, logo alas e baixas dos mesmos, dependem do comporameno dos cusos dos insumos, de mão-de-obra e do câmbio no que envolve as exporações e do conjuno de condições favoráveis para a execução do processo produivo. (COSTA, 2004). Ainda com inuio de reraar o seor calçadisa na década de 1990, merece desaque os argumenos uilizados por Achyles Barcelos da Cosa, no mesmo rabalho: No que se refere à fase de dificuldades, a década de 1990 rouxe uma mudança no ambiene compeiivo para o seor calçadisa brasileiro. A aberura da economia no início daquele período, com queda das barreiras arifárias e não-arifárias, e a políica de esabilização do Plano Real de julho de 1994, com a valorização do câmbio, levaram a um período de consrangimenos para a indúsria brasileira de calçados. Esses faores geraram uma perda de compeiividade dos calçados ano no mercado exerno quano inerno. No mercado exerno, o câmbio apreciado juno com a presença no mercado americano de fornecedores de calçados de cusos baixos - como os da China e ouros - fez com que o valor das exporações brasileiras despencasse de US$ 1,8 bilhão em 1993 para US$ 1,2 bilhão em Em âmbio inerno, a auo-suficiência do mercado domésico viu-se abalada pela enrada de calçados populares exige grande escala de produção de pares, já os calçados esporivos são consiuídos geralmene de diversas pares o que dificula a produção de loes com grandes unidades. Logo o cuso da mãode-obra e sua abundância junamene com a escala de produção, ornam-se faores imprescindíveis para a obenção de maior compeiividade. Assim grandes empresas como a Nike, Reebok e Adidas e ouras deslocam sua produção em busca de locais que forneçam essas condições produivas, subconraando a produção de empresas ali sediadas ou aé mesmo por meio de formação de join venures neses países e ambém aravés de imporação de pares do calçados. (COSTA e al., 1993; COSTA, 2002) Os países de grande desaque no oferecimeno de vanagens produivas concenram-se no coninene asiáico, onde a China é o principal aor de aração das grandes empresas, a Europa Orienal ambém represena uma pare desas encomendas. (COSTA, 2002) Para se er noção da evolução da produção de calçados esporivos, na Ásia, observa-se que a Nike empresa líder nos segmenos esporivos de alo valor agregado, deslocou inegralmene a produção do seu úlimo lançameno mundial (conhecido Nike-Shox) para a China e dese país odas as comercializações mundiais dese produo foram efeuadas. (CARLONI e al., 2007) 22

25 23 calçados imporados provinienes da China e ouros países asiáicos. Enreano não foi só pelo lado dos cusos que o seor eve um impaco negaivo em sua performance. Pelo lado da demanda inernacional de calçados aléicos e calçados confeccionados em maerial sinéico frene ao sapao de couro, ese úlimo uma especialidade brasileira; ocorreu uma baixa axa de crescimeno da demanda inernacional de calçados em decorrência da queda no crescimeno demográfico e do baixo desempenho econômico mundial e uma maior fragmenação e volailidade dos mercados, raduzindo-se na redução do amanho dos pedidos por pare das empresas imporadoras. Enreano, com a mudança do câmbio brasileiro em janeiro de 1999, quando se abandonou a políica de âncora cambial em favor da livre fluuação do valor da moeda brasileira, houve uma desvalorização cambial com repercussões posiivas na performance das exporações de calçados já no ano seguine. (COSTA, 2004, p. 17) Com a ocorrência de mudanças no cenário econômico e compeiivo na década de 1990 em diane, houve a necessidade de remarcar o início de uma nova concorrência no segmeno de calçados, alicerçada não só nos preços dos calçados e cusos de mão-de-obra, mas sim em aribuos relacionados à inovação como moda, design, esilo, conforo enre ouros, forçando, porano a indúsria calçadisa a remapear praicamene oda sua esruura para sobreviver nese novo paradigma. 1.2 CARACTERÍSTICAS DO SETOR CALÇADISTA Uma cadeia produiva consise em um conjuno de relações de diversos aores de um sisema indusrial, que permie um mapeameno do fluxo de bens e serviços de seores direamene envolvidos, das fones de maéria-prima aé o consumidor final. O que faz dessa cadeia um insrumeno de apoio a análises esraégicas fuuras, abrindo possibilidades de esudos não só do seor principal (indúsria de couro e calçados) e suas relações para frene e para rás denro da cadeia produiva, mas ambém suas relações com indúsrias ou aividades conidas em ouras cadeias produivas, formando elos ineraivos enre as mesmas, conhecidos 23

26 24 como cadeias ecnologicamene ligadas, como é o caso dos fornecedores de equipamenos, componenes, insumos e serviços, aividades erciárias de apoio, ais como cenros de reinameno e de pesquisa (FENSTERSEIFER; GOMES, 1995). Em função disso, faz-se uma breve explanação, do funcionameno geral da Cadeia Couro Calçadisa, que se classifica como imporane aor na movimenação econômica do país, gerando renda e emprego, jusamene por ser um complexo inensivo em mão-de-obra e, ambém, por formar comércio aivo de sapaos denro do país e fora, aravés das exporações de calçados. A cadeia produiva couro-calçadisa possui quaro núcleos básicos: Pecuária; Abaedouro/Frigorífico; Curume e Manufaura de Calçados. Assim esa cadeia indusrial abrange desde o curume, que ransforma o couro cru em maéria-prima para a confecção de calçados aé os fornecedores de maeriais sinéicos, insumos basane uilizados na produção calçadisa aualmene, por apresenarem preços mais acessíveis, englobando ambém fornecedores de componenes, máquinas e embalagens úeis para o seor (VENDRAMETTO e al., 2001). Desa maneira, na figura 2, apresena-se a cadeia produiva do seor couro-calçadisa e seus diversos aores, desde a pecuária de core aé os produos finais, pronos para serem enregues aos consumidores. 24

27 25 Figura 2: Eapas do processameno da Cadeia Couro-Calçadisa CADEIA PRINCIPAL CADEIA AUXILIAR PECUÁRIA FRIGORÍFICOS E ABATEDOUROS CURTUME CURTUME INTEGRADO CURTUME WET-BLUE CURTUME ACABADO INDÚSTRIA DE COMPONENTES SALTOS E SOLADOS LAM. SINTÉTICOS ACESSÓRIOS PALMILHAS ADESIVOS FORROS COMPONENTES PARA O CABEDAL FERRAMENTARIA INSUMOS MAQUINÁRIO LOGÍSTICA TI CENTROS TECNOLÓGICOS IND. VESTUÁRIO, MOVÉIS, ARTEFATOS, AUTOMOBOLISTICA INDÚSTRIA CALÇADISTA IND. CALÇADOS DE COURO IND. CALÇADOS MISTO IND. CALÇADOS SINTÉTICOS TRATAMENTO E CAPACITAÇÃO ENTIDADES DE CLASSE DESIGN (ESTILISTAS E DESENHISTAS) COMPANHIA DE EXPORTAÇÃO DISTRIBUIDORES VAREJO MERCADO EXTERNO E INTERNO CONSUMIDOR FINAL DESCARTE i Fone: VIANA; ROCHA (2006) apud HANSEN e al.(2004), p.18. Ressala-se que, na figura 2, não esão inclusas algumas eapas da disribuição e comercialização dos produos, esas, na maior pare das vezes, relacionadas com o ranspore de produos e, ambém, com os diversos caminhos percorridos pelas negociações dos produos finais, o que faz com que o complexo calçadisa se expanda ainda mais. 25

28 26 Dessa cadeia, exrai-se o couro bovino, maéria-prima usada na produção de arigos como vesuários, acessórios e calçados, e que ambém são uilizados em apeçarias de móveis e auomóveis; além do abasecimeno inerno do seor, o couro é exporado. Porém, o processameno do couro e a fabricação de calçados são os maiores responsáveis pelo desenvolvimeno indusrial e pelo aquecimeno do mercado inerno e exerno desse seor (GARCIA, 1996; GARCIA, 2001; GARCIA, 2005). Desa forma, denro da Cadeia Couro-Calçadisa desenvolve-se o seor calçadisa brasileiro como um seor de grande imporância para o Brasil, em 2006 era composo por aproximamene empresas de diversos pores responsáveis pela geração de aproximamene empregos formais direos no país (MTE/RAIS, 2006). Denro do núcleo empresarial do Brasil, enconram-se algumas planas produivas calçadisas radicionais como Azaléia, Beira-Rio, Bibi, Oropé, Klin, Parobé, Ramarin, Dakoa, Grendene, Wes Coas, Reicher, São Paulo Alpargaas, Paqueá, Pavan, Sândalo, Democraa, Pé de Ferro, Jacommei, Opananken, Mariner e Ferracini. Enreano, a produção de calçados brasileira disribui-se geograficamene por odo país, merecendo desaque expressivo o Rio Grande do Sul abrangendo e movimenando grande pare do seor calçadisa. Em seguida vem paulainamene sendo disribuída em ouros cenros, siuados nas regiões Sudese e Nordese do País, com ênfase para o inerior de São Paulo (Birigui, Jaú e Franca) e ambém os esados nordesinos em franca ascensão, como Ceará, Bahia e Paraíba. Evidencia-se, ambém o desenvolvimeno da produção de calçados nos Esados de Minas Gerais (Nova Serrana) e Sana Caarina (São João Baisa) (ABICALÇADOS, 2006). A produção de calçados no Brasil se dá na maior pare das vezes a parir da maériaprima radicional o couro processado, ese pode ser advindo de diversos animais denre eses os couros bovinos são os mais uilizados vindo em seqüência os derivados de caprinos, peixes e jacarés, ese úlimo seguindo a linha de couros mais exóicos. Ese processo ambém pode ser realizado aravés da uilização de maeriais alernaivos que agem como subsiuos do couro, sendo aualmene os principais: maeriais sinéicos e plásicos junamene com ouros insumos essenciais ao seor. Percebe-se a evolução dos maérias subsiuos ao couro na abela 2. 26

29 27 Tabela 2: Evolução dos maeriais subsiuos ao couro, uilizados na fabricação de calçados Couro Couro Couro Couro Couro Couro Couro Couro Borracha Não Vulcanizada Borracha Não Vulcanizada Borracha Não Vulcanizada Borracha Não Vulcanizada Borracha Não Vulcanizada Borracha Não Vulcanizada Borracha Não Vulcanizada Borracha Não Vulcanizada Borracha Vulcanizada Borracha Vulcanizada Borracha Vulcanizada Borracha Vulcanizada Borracha Vulcanizada Borracha Vulcanizada Borracha Vulcanizada Fone: SANTOS e al. (2002) apud ASSINTECAL, p.28. PVC PVC PVC PVC PVC PU PU PU PU PU Borracha Termoplásica Borracha Termoplásica Borracha Termoplásica Borracha Termoplásica Borracha Termoplásica Poliureano Termoplásico Poliureano Termoplásico Poliureano Termoplásico Poliureano Termoplásico Poliureano Termoplásico EVA EVA EVA EVA EVA Os principais maeriais uilizados na busca de redução de cusos com maéria-prima são: êxeis como algodão, lycra, lona, brim, laminados e sinéicos(pvc), maeriais injeados(pvc, PU) e maeriais vulcanizados(eva) (CORRÊA, 2001). Porém deeca-se nese segmeno que a maéria-prima básica o couro esá consagrada em deerminados nichos de produção de calçados e mesmo com o crescene surgimeno de maeriais subsiuos, ainda sim, possui algumas caracerísicas inrínsecas e relevanes para o seor como esilo, leveza e adapabilidade aos pés, não ocorrendo, porano a perda de espaço complea pela busca de redução de cusos aravés da subsiuição dese insumo (GARCIA, 2005). O seor de produção de calçados esá cercado de diversos aores que influenciam em seu êxio, desacando-se: indúsria química, indúsria de máquinas e ferramenas, indúsria de componenes, indúsria êxil, indúsria auomoiva, indúsria de móveis e vesuários, cenros ecnológicos, especialisas em design, e ouros. Ese processo esá melhor compreendido e configurado em eapas na figura 1. O processo de produção de sapaos inicia-se com a preleção dos ipos de maeriais a serem uilizados, seguido da escolha do modelo de calçado a ser confeccionado. O próximo passo consise na produção de calçados, subdivida em eapas, que dependendo do amanho da fábrica são chamadas de seores. Em consonância com o processo produivo aua-se um conjuno de aividades, caracerizadas como cadeias ecnologicamene ligadas oferecendo odo o supore à produção calçadisa, denre esas aividades realça-se segmenos como: moda, informáica, indúsria de equipamenos elero-mecânicos, indúsria química (produzindo principalmene borracha e plásico), indúsria de papel e papelão junamene com 27

30 28 as gráficas execuando a produção de embalagens. O processo produivo e suas inerações apresena-se melhor idenificado na figura 3. Figura 3: Descrição do processo de produção de calçados Modelagem - Definição dos aribuos do calçado; - Projeo de fôrma; - Desenvolvimeno do modelo; - Uilização de equipamenos CAD/CAM. Core: - Maéria-prima é corada por meio de facas ou com a uilização de pequenas prensas (balancins). Solado - Composição da palmilha e do solado; - Exensa uilização de maerial sinéico (por meio de processo de injeção); - Confecção da palmilha. Pespono - Preparação das peças: chanframeno, picoe dobras e colagem; -Cosura manual; - Processo pouco mecanizado. Monagem - palmilhas e cabedal são fixados na fôrma; - mocassins: calçados na forma; - Monagem do bico, dos lados e da base. Acabameno e plancheameno: - Fixação do cabedal ao solado; - Colagem ou cosura ou ambos; - Acabameno final. Embalagens Fone: CARLONI e al. (2007), p.32. O fluxo desas eapas da produção de calçados pode ser desconínuo, dando origem a um conjuno de empresas menores especializadas em deerminadas eapas do processo produivo. Havendo assim auação de empresas de maiores pores com oal inegração do processo de produção, se beneficiando compleamene de economias de escalas e escopo geradas ao longo do processo (CARLONI e al., 2007). O produo final gerado pela sinergia ordenada dessa cadeia, da modelagem a embalagem dos calçados, será uma infinidade de sapaos de diversos ipos de maeriais, esilos, combinações de cores, dealhes, ec. Eses desinados a diversos segmenos de mercado inerno e exerno, podendo ser classificados quano ao sexo e finalidades dos consumidores finais: masculino, feminino e infanil, calçados sociais, casuais, de segurança, ou para práica de espores. Denro do universo calçadisa ainda se observa oura segmenação, esa via classes de renda dos consumidores: baixa, média e ala renda. Essa variedade de ipos de produos inerene ao seor de produção de calçados aliada com a exisência de baixas barreiras à enrada para novas empresas enranes, origina uma amosfera aomizada de diferenes ipos de empresas com diversos amanhos e eficiências nese segmeno (CARLONI e al., 2007). 28

31 29 A produção de calçados consise num processo inensivo em mão-de-obra, ocorrendo expressivo conao humano com a manufaura em deerminadas eapas, nese conexo, denre as fases descrias na figura 3, proagoniza-se o pespono, que abrange o rabalho de cosura manual aplicação de enfeies, fivelas, ilhoses, dobraduras e colagens diversas. Trabalhos esses que na maioria das empresas são feios manualmene e aresanalmene exisindo raras exceções de uso de máquinas elerônicas auando nesa fase. Dado o cunho inensivo em mãode-obra dese eságio de produção e sua imporância na conclusão do processo produivo calçadisa, permeia-se no seor na efeivação desa eapa uma vasa presença de aeliês e bancas de pespono (esabelecimenos a domicílios erceirizados), dando supore e flexibilizando a produção de grandes empresas (VIANA; ROCHA, 2006). Desa maneira, verifica-se que o seor é composo por grandes, médias, pequenas e micro empresas, e nesa configuração pulverizada observa-se um elevado eor de micro e pequenas em relação às grandes e médias, que embora em minoria exercem hierarquia sobre as demais, dominando e conrolando praicamene oda disribuição do mercado inerno para onde se direciona a maior pare dos calçados produzidos e exerno abarcando o resane da produção (COSTA e al., 1993; GARCIA, 1996; GARCIA, 2001; COSTA, 2002). As micro e pequenas empresas esão arraigadas em formas de processos aresanais produzindo quanidades reduzidas de calçados essencialmene volados para o mercado inerno, esando mais vulneráveis a insabilidades conjunurais da economia (GORINI e al., 1998; GARCIA, 2001). Conudo a auação das grandes empresas no mercado inerno se faz com a produção marcane de sandálias simples de maeriais sinéicos e plásico e ênis auando com ecnologias mais sofisicadas, delegando assim maiores despesas com markeing. Já as médias empresas desacam-se com a especialização em sapaos de couro (naural) volados para a menor faia de comercialização o - mercado exerno - sendo esa produção subconraada por grandes disribuidores exernos paricularmene nore-americanos e europeus (GARCIA 1996; GORINI e al., 1998; GARCIA, 2001; GARCIA; MADEIRA, 2008). Essas negociações são feias por meio de agenes de imporação, que são represenanes das grandes redes de lojas, principalmene americanas, inermediando o processo sem ober comissão e ambém por agenes de exporação de empresas nacionais que execuam as ransações enre o cliene e fabricane, adquirindo lucros provenienes do diferencial de preços ajusados com os clienes e os fabricanes; as companhias de exporação ambém auam no comércio inernacional, conhecidas popularmene como radings, ou seja, empresas, que efeuam a comercialização financeira nos países de maior desino dos calçados 29

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