Aula 3 Análise Combinatória

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Aula 3 Análise Combinatória"

Transcrição

1 1 ESTATÍSTICA E PROBABILIDADE Aula 3 Análise Combinatória Professor Luciano Nóbrega

2 Análise Combinatória 2 Definição A Análise Combinatória é o ramo da Matemática que estuda coleções finitas de objetos que satisfaça certos critérios específicos, e se preocupa em particular, com a CONTAGEM. Princípios básicos da Análise Combinatória Princípio Aditivo Suponhamos um procedimento com N escolhas possíveis. A 1ª escolha tem n 1 maneiras de ser executada, a 2ª escolha possui n 2 maneiras de ser executada e a k-ésima escolha tem n k modos de ser executada. As escolhas são excludentes entre si, ou seja, não é possível que duas ou mais das escolhas sejam realizadas em conjunto. Logo, todo o procedimento tem n 1 + n n k maneiras de ser realizado.

3 Análise Combinatória 3 Exemplo: Deseja-se escolher um funcionário para realizar uma determinada tarefa. Dispomos de 5 estagiários e 3 efetivos. Quantas são as escolhas possíveis? Solução: Devemos escolher um, e somente um, funcionário para realizar a tarefa. Então temos 8 possibilidades (5 + 3). Observação: Embora esse exemplo tenha sido demasiadamente fácil. Ele apresenta uma importante lição que sempre precisaremos lembrar. Se temos que optar entre uma coisa OU outra, então deveremos usar o princípio da adição.

4 Análise Combinatória 4 Princípios básicos da Análise Combinatória Princípio Multiplicativo (ou Princípio Fundamental da Contagem - P.F.C.) Suponhamos um procedimento com N escolhas, concomitantes entre si (ou seja, essas escolhas podem ser feitas ao mesmo tempo). A 1ª escolha tem n 1 maneiras de ser executada, a 2ª escolha possui n 2 maneiras de ser executada e a k-ésima escolha tem n k modos de ser executada. A escolha 1 poderá ser seguida da escolha 2 e até mesmo da escolha k, uma vez que são concomitantes. Logo, há n 1.n n k maneiras de executar o procedimento.

5 Análise Combinatória 5 Exemplo: Deseja-se escolher dois funcionários para realizar uma determinada tarefa. Dispomos de 4 estagiários e 3 efetivos. Quantas são as escolhas possíveis se queremos uma dupla formada por um funcionário estagiário e um efetivo? Solução: Observe o diagrama: Estagiários A B C D 4 x 3 = 12 F G H Efetivos Observação: Se temos que optar por uma coisa E outra em dois conjuntos, sendo uma em cada conjunto, então deveremos usar o princípio multiplicativo.

6 Análise Combinatória 6 Uma importante ferramenta da Análise Combinatória Fatorial Seja n um número inteiro não negativo. Definimos o fatorial de n (indicado pelo símbolo n!) como sendo: n! = n.(n -1). (n -2) Exemplos: a) 6! = = 720 b) 4! = = 24 Observe que 6! = 6.5.4! c) 10! = = ou 10! = ! ou 10! = 10.9! Observação: Por definição, temos: 0! = 1 e 1! = 1

7 Análise Combinatória 7 Técnicas de Contagem Permutações Simples ( P n = n! ) São os agrupamentos formados com todos os n elementos que diferem uns dos outros pela ordem de seus elementos. Exemplo: De quantos modos distintos 5 pessoas podem sentar-se em uma mesa (retangular) de reunião com 5 lugares? Solução: Pelo P.F.C., temos:.... Lugares para sentar Pela permutação: P 5 = 5! = = = 120

8 Análise Combinatória 8 Técnicas de Contagem Permutações Circulares [ P * n = (n 1)! ] São os agrupamentos circulares formados com todos os n elementos que diferem uns dos outros pela ordem de seus elementos, dividido por n, pois o que varia são as posições relativas dos elementos. Exemplo: De quantos modos distintos 5 pessoas podem sentar-se em uma mesa circular de reunião com 5 lugares? 4 Solução: Pela permutação circular: 5 P * 5 = (5 1)! = 4! = =

9 Análise Combinatória 9 Técnicas de Contagem Permutações com repetições Se entre os n elementos de um conjunto, existem a elementos repetidos, b elementos repetidos, c elementos repetidos e assim sucessivamente, o número total de permutações que podemos formar é dado por: P n a, b, c = n! a! b! c! Solução A: Sem a fórmula: AAARR AARRA ARRAA RRAAA RARAA ARARA AARAR RAARA RAAAR ARAAR Exemplo: Quantos são os anagramas (permutações de palavras com ou sem sentido) possíveis com as letras da palavra ARARA? Solução B: Pela fórmula: n = 5, a = 3, r = 2 P 5 3, 2 = 5! = 5.4 = 10 3! 2! 2

10 Análise Combinatória 10 Técnicas de Contagem Arranjos Seja A um conjunto com n elementos. Chamamos por arranjo qualquer sequência formada com p elementos de A todos distintos. Observações: Todos os problemas de arranjos são mais facilmente resolvidos utilizando o P.F.C. A ordenação da escolha dos elementos faz diferença no resultado.

11 Análise Combinatória 11 Exemplo: Um cofre possui um disco marcado com os dígitos 0,1,2,...,9. O segredo do cofre é marcado por uma seqüência de 3 dígitos distintos. Se uma pessoa tentar abrir o cofre, quantas tentativas deverá fazer(no máximo) para conseguir abri-lo? Solução A: Pelo P.F.C., temos:.. Tipo de senha = 720 Solução B: Pela fórmula de arranjo: n = 10 e p = 3 A 10,3 = 10! (10 3)! = _ ! 7! = 720

12 Análise Combinatória 12 Técnicas de Contagem Combinações Seja A um conjunto com n elementos distintos. Chamamos de combinações dos n elementos, tomados p a p, aos subconjuntos de A constituídos por p elementos. Nas combinações a ordem não importa. Quando a ordem da escolha não for relevante, então devemos usar a fórmula de Combinações. Explicação: Na combinação, tratamos de conjuntos {a, b} = {b, a}, o que já não é o caso dos arranjos onde a sequência (a, b) é diferente de (b, a).

13 Análise Combinatória 13 Exemplo: Quantos comissões de 3 pessoas podem ser montadas em um escritório de contabilidade com 8 especialistas dessa área? Solução: Considere uma comissão formada pelas pessoas (X, Y, Z). Se modificarmos a ordem dessa escolha, por exemplo (Z, Y, X), verificaremos que trata-se da mesma comissão. Portanto estamos diante de um problema de combinação. Usando a fórmula: n = 8 e p = 3 C 8,3 = 8! = _ !_ (8 3)! 3! 5! = 56

14 14 Testando os conhecimentos 1 Quantos números de 3 algarismos distintos podemos formar empregando os caracteres 1, 3, 5, 6, 8 e 9? A) 60 B) 120 C) 240 D) 40 E) 80 2 Há 8 funcionários em uma empresa, sendo 3 estatísticos, 3 contadores e 2 administradores. De quantos modos podemos perfilar todas essas pessoas de modo que os grupos de mesma área fiquem juntos? A) 18 B) 72 C) 144 D) 288 E) 432

15 Testando os conhecimentos 3 ( PUC - SP ) A expressão é igual a: 15 A) B) C) D) E)

16 Testando os conhecimentos 16 4 ( PUC - PR ) O número de placas de veículos que poderão ser fabricadas utilizando-se das 26 letras do alfabeto latino e dos 10 algarismos arábicos, cada placa contendo três letras e quatro algarismos, é: A) 7! B) C) D) E)

17 17 Testando os conhecimentos 5 ( PUC - PR ) Oito políticos foram convidados a participar de uma mesa em uma convenção. Os lugares eram contíguos e dispostos em linha, de um mesmo lado da mesa. Sabendo que o político A não suporta o político B, não podendo sentar juntos, de quantas maneiras a mesa poderá ser composta? A) 56 B) C) D) E)

18 18 Testando os conhecimentos 6 ( CEFET - PR ) De uma comissão técnica formada por contadores e economistas, devemos ter 5 pessoas, dos quais pelo menos 2 devem ser contadores. Se são disponíveis 4 contadores e 5 economistas, o número possível de comissões distintas é: A) 18 B) 23 C) 35 D) 105 E) 240

19 19 Testando os conhecimentos 7 ( CEFET - PR ) Os números dos telefones da Região Metropolitana de Curitiba tem 7 algarismos cujo primeiro digito é 2. O número máximo de telefones que podem ser instalados é: A) B) C) D) E) ( MACK - SP ) Em uma sala há 8 cadeiras e 4 pessoas. O número de modos distintos das pessoas ocuparem as cadeiras é: A) 1680 B) 8! C) 8. 4! D) 8! / 4 E) 32

20 20 Testando os conhecimentos 9 ( PUC - SP ) Numa sala há 5 lugares e 7 pessoas. De quantos modos diferentes essas pessoas podem ser colocadas, ficando 5 sentadas e 2 em pé? A) 5040 B) 21 C) 120 D) 2520 E) ( FUVEST - SP ) O número de anagramas da palavra FUVEST que começam e terminam por vogal é: A) 24 B) 48 C) 96 D) 120 E) 144

21 21 Testando os conhecimentos 11 ( PUC - PR ) Oito políticos foram convidados a participar de uma mesa em uma convenção. Os lugares eram contínuos e dispostos em linha, de um mesmo lado da mesa. Sabendo que o político A não suporta o político B, não podendo sentar juntos, de quantas maneiras a mesa poderá ser composta? A) 56 B) 5040 C) D) E) ( AMAN - RJ ) As diretorias de 4 membros que podemos formar com 10 sócios de uma empresa são: A) 5040 B) 40 C) 2 D) 210 E) 5400

22 22 Testando os conhecimentos 13 ( COMPERVE ) Todos os convidados de uma festa trocaram apertos de mãos. Um convidado observou que foram 528 cumprimentos e que 2/3 dos convidados eram mulheres. O número de homens convidados era: A) 11 B) 22 C) 10 D) 33 E) ( UF RJ ). Denomina-se espaço amostral ao conjunto formado por todos os resultados possíveis de um experimento aleatório. Se um experimento consistem em se escolherem duas pessoas, ao acaso, de uma sala contendo dez pessoas, então o número de elementos do espaço amostral é: A) 20 B) 19 C) 90 D) 45 E) 32

23 Probabilidade 23 A probabilidade vai nos servir como um ponto de apoio em nossos primeiros passos no caminho da Estatística Inferencial. Em quase tudo, em maior ou menor grau, vislumbramos o acaso. Fenômenos onde o resultado final depende do acaso são chamados fenômenos aleatórios. Fenômenos aleatórios são aqueles que, mesmo repetidos várias vezes sob condições semelhantes, apresentam resultados imprevisíveis. Exemplo: Lançamento de um dado

24 Probabilidade 24 Espaço amostral A cada experimento aleatório teremos, em geral, vários resultados possíveis. Assim, ao lançarmos uma moeda, há dois resultados possíveis: ocorrer cara ou ocorrer coroa. S = {cara, coroa} e n(s) = 2 Já ao lançarmos um dado, há seis resultados possíveis: 1 ou 2 ou 3 ou 4 ou 5 ou 6. S = {1, 2, 3, 4, 5, 6} e n(s) = 6 Ao conjunto desses resultados possíveis damos o nome de espaço amostral (ou conjunto universo), representado por S.

25 Probabilidade 25 Eventos Chamamos de evento qualquer subconjunto de espaço amostral S de um experimento aleatório. Assim, qualquer que seja o evento E contido no espaço amostral S. Se E = S, então E é chamado evento certo; Exemplo: Seja E o evento: ao jogar um dado o resultado é menor do que 7. Se E é um conjunto vazio, então é chamado evento impossível. Exemplo: Seja E o evento: ao jogar um dado o resultado é MAIOR do que 7. Se E é um conjunto unitário, E é chamado evento elementar.

26 Probabilidade 26 Exemplos: No lançamento de um dado, onde S = {1, 2, 3, 4, 5, 6}, temos: Sendo A = {2,4,6}; então, A é um evento de S; Seja B = {1,2,3,4,5,6}; logo, B é um evento certo de S; C = ; logo, C é um evento impossível de S. D = {4}; logo, D é um evento elementar de S;

27 Probabilidade 27 Definição Dado um experimento aleatório, sendo S o seu espaço amostral, vamos admitir que todos os elementos de S tenham a mesma chance de acontecer (ou seja, S é um conjunto equiprovável). Chamamos de probabilidade de um evento A (com A contido em S) o número real P(A), tal que: A n A n S Onde n(a) é o número de elementos de do evento A; n(s) é o número de elementos de espaço amostral S. P

28 Probabilidade 28 Exemplos: Considerando o lançamento de uma moeda e o evento A obter cara, temos: a) S = d) n(a) = b) n(s) = c) A = e) P(A) = Considerando o lançamento de um dado e o evento B obter um número par, temos: a) S = d) n(b) = b) n(s) = c) B = e) P(B) =

29 Probabilidade 29 Exemplos: Considerando um baralho com 52 cartas, sendo 13 cartas de cada um dos quatro naipes e o evento C obter um 3, temos: a) n(s) = b) n(c) = c) P(C) = Com todos os números de três algarismos distintos. Qual a probabilidade, escolhendo um desses números ao acaso, dele ser ímpar? a) n(s) = b) n(ímpar) = c) P(ímpar) =

30 Probabilidade 30 Exemplos: Dos 75 alunos desta sala, 16 gostam de estatística, financeira e administração simultaneamente; 24 gostam de estatística (E) e financeira (F); 30 gostam de (E) e administração (A); 22 gostam de (F) e (A); 6 gostam somente de (E); 9 gostam somente de (F) e 5 gostam só de (A). Qual a probabilidade de, ao apontarmos um ao acaso, esse aluno gostar de (E)?

31 Probabilidade 31 Certeza e Impossibilidade Pelo que vimos até agora podemos concluir que: A probabilidade do evento certo é P(S) = 1 A probabilidade do evento impossível é P( ) = 0 A probabilidade de um evento E qualquer é P(E), tal que 0 P(E) 1 Isso significa que a probabilidade só pode assumir valores entre zero e 1.

32 Probabilidade 32 Exemplo: Um casal planeja ter exatamente 3 filhos. Escrevendo todas as possibilidades. Determine a probabilidade de que sejam: a) duas meninas e um menino? b) Todas meninas? c) Pelo menos uma seja menino?

33 Probabilidade 33 Eventos complementares Sabemos que um evento pode ocorrer ou não. Sendo p a probabilidade de que ele ocorra (sucesso) e q a probabilidade de que ele não ocorra (fracasso), para um mesmo evento existe sempre a relação: p q 1 q 1 p Exemplo: Assim, se a probabilidade de se realizar o evento é p = 1/5, a probabilidade de que ele não ocorra é q = 4/5.

34 34 Testando os conhecimentos 15 Numa enquete foram entrevistados 80 pessoas sobre os meios de transporte que utilizavam para ir ao trabalho. 42 pessoas responderam ônibus, 28 responderam carro e 30 responderam moto. 12 utilizavam carro e ônibus, 14 iam de carro e moto, 18 de ônibus e moto e 10 pessoas utilizam os três tipos de transporte. Qual a probabilidade de que uma dessas pessoas, selecionada ao acaso, utilize: a) Só ônibus? b) Só carro? c) Nenhum dos três veículos?

35 35 Testando os conhecimentos 16 Uma urna contem três bolas numeradas com 1, 2 e 3. Retirando-se sucessivamente duas bolas dessa urna, obtém-se um par ordenado. A probabilidade da soma desses números resultarem 4, fazendo-se extrações com reposição, é: A) 9 B) 1/9 C) 1/4 D) 1/3 E) 1/2 3 Se um experimento consistem em se escolherem duas pessoas, ao acaso, de uma sala contendo dez pessoas, então o número de elementos do espaço amostral é: A) 20 B) 19 C) 90 D) 45 E) 32

36 36 Testando os conhecimentos 17 Uma moeda é lançada três vezes. Vamos representar por n ( S ) o número de resultados possíveis e representar por n( A ) o número de resultados que apresentam apenas duas caras. Então: A) n ( S ) = 6 e n ( A ) = 3 B) n ( S ) = 6 e n ( A ) = 4 C) n ( S ) = 8 e n ( A ) = 4 D) n( S ) = 8 e n ( A ) = 6 E) n ( S ) = 8 e n ( A ) = 3 18 Se um certo casal tem 3 filhos, então a probabilidade de os 3 filhos serem do mesmo sexo, dado que o primeiro filho é homem, vale: A) 1/3 B) 1/2 C) 1/5 D) 1/4 E) 1/6

37 37 Testando os conhecimentos 19 Uma urna contém 10 bolas numeradas de 1 a 10. Retiram-se ao acaso duas bolas, uma após a outra, sem reposição da primeira e anotam-se os seus números. 1º) Escreva todas as possibilidades dos possíveis eventos: A = {A soma dos números é igual a 15} B = {O produto dos números é ímpar e é maior que 60} C = {A soma dos números é maior do que 25} D = {* Agora, apenas determine quantas possibilidades existem de se retirarem as duas bolas} 2º) Sabendo que P(X) = n(x) / n(s) Calcule: P(A) = P(B) = P(C) = P(D) =

38 38 Testando os conhecimentos 20 Em uma estante há seis livros de Português e cinco de matemática. Dois livros são escolhidos ao acaso. Qual a probabilidade de os dois livros serem de Português? A) 3/11 B) 11/12 C) 2/11 D) 31/36: 21 Uma turma tem 25 alunos, dos quais 40% são meninas. Escolhendo-se ao acaso um dentre todos os grupos de dois alunos que se pode formar com os alunos dessa turma, a probabilidade de que este esteja composto por uma menina e um menino é de: A) 1/6 B) 1/2 C) 1/3 D) 1/4

39 39 Probabilidade Conseqüências da Probabilidade Analisemos o fenômeno aleatório do lançamento de uma moeda. Sendo K = cara e C = coroa. Neste caso temos: S = {K, C} Os subconjuntos de S são:, {K}, {C}, S Assim: P( ) = 0; P({K}) = ½; P({C}) = ½ e P(S) = 1 Observe que se A = {K} e B = {C}, então A B = E ainda, P(A U B) = P(A) + P(B) = 1

40 Se os conjuntos A e B são disjuntos, então n(a B) = 0 e P(A U B) = P(A) + P(B) A 40 B Probabilidade Probabilidade da União de Eventos Sendo A e B dois eventos quaisquer, da teoria dos conjuntos, temos: A U B = A + B (A B) A B O mesmo ocorre com a probabilidade: P(A U B) = P(A) + P(B) P (A B) A + B A B

41 41 Probabilidade Exemplo: Uma máquina produziu 50 parafusos dos quais 5 eram defeituosos. Ao pegar ao acaso 3 parafusos, qual,é a probabilidade de que: a) Os três sejam perfeitos? Solução: n(s) = , pois temos uma combinação de 50 elementos tomados 3 à 3. Considere o evento A = {Os 3 parafusos são perfeitos} Então, n(a) = , pois temos outra combinação desta vez de 45 elementos tomados 3 à 3. P(A) = _n(a)_ = _14 190_ = 0,72398 n(s)

42 42 Probabilidade Exemplo: Uma máquina produziu 50 parafusos dos quais 5 eram defeituosos. Ao pegar ao acaso 3 parafusos, qual,é a probabilidade de que: b) O três sejam defeituosos? Solução: n(s) =19 600, o mesmo. Considere o evento B = {Os três parafusos são defeituosos} n(b) = 10, pois temos uma combinação de 5 elementos 3 à 3. P(B) = _n(b)_ = _10_ = 0,0005 n(s)

43 43 Probabilidade Exemplo: Uma máquina produziu 50 parafusos dos quais 5 eram defeituosos. Ao pegar ao acaso 3 parafusos, qual,é a probabilidade de que: c) Pelo menos dois sejam defeituosos? Solução: n(s) =19 600, o mesmo. Considere o evento C = {Pelo menos 2 são defeituosos}, ou seja, C = {2 são defeituosos} U {3 são defeituosos}. Considere, D = {2 são defeituosos} e E = {3 são defeituosos}, então C = D U E. P(C) = P(D U E) = P(D) + P(E) P(D E) Note que P(D E) = 0, pois os conjuntos são disjuntos. Nós já sabemos que P(E) = 0,0005, resta calcular P(D).

44 D = {2 são defeituosos} 44 Probabilidade Exemplo: Uma máquina produziu 50 parafusos dos quais 5 eram defeituosos. Ao pegar ao acaso 3 parafusos, qual,é a probabilidade de que: c) Pelo menos dois sejam defeituosos? Solução: P(C) = P(D U E) = P(D) + 0, n(d) = 45. C 5,2 P(D) = _450_ = 0, P(C) = P(D U E) = 0, , = 0,02346

45 Probabilidade Exemplo: Uma empresa fez uma pesquisa para saber a preferência dos consumidores em relação a duas marcas de achocolatados. Dos entrevistados, 72 consomem a marca A, 64 consomem a marca B e 46 consomem as marcas A e B. Sabendo que foram entrevistados 150 pessoas e que algumas não consumiam nenhum dos dois achocolatados. Qual a probabilidade de, ao se sortear uma dessas pessoas: a)ela ser consumidora do achocolatado A ; b)ser consumidora do achocolatado B ; c) consumidora de ambos? d) consumir um ou outro? e) não consumir nenhum dos achocolatados? 45 Solução: Inicialmente, vejamos o diagrama: A B 60

46 Probabilidade 46 Solução: Inicialmente, vejamos o diagrama: A B 60 De acordo com os dados do problema e o diagrama, temos: n(s) = 150; n(a) = 72; n(b) = 64; n(a B) = 46 n(a U B) = n(a) + n(b) n(a B) = = 90 Agora, podemos calcular as probabilidades: a) P(A) = n(a)/n(s) = 72/150 = 0,48; b) P(B) = n(b)/n(s) = 64/150 = 0,43; c) P(A B) = n(a B)/n(S) = 46/150 = 0,31; d) P(A U B) = n(a U B)/n(S) = 90/150 = 0,6; e) P(A U B) = n(a U B)/n(S) = 60/150 = 0,4;

47 47 Testando os conhecimentos 22 Um experimento consiste em dois lançamentos sucessivos de um dado. Calcule a probabilidade de a soma dos números obtidos ser maior que 8 OU o produto dos números obtidos ser ímpar. Para isso, siga o procedimento: 1º) n(s) =? 2º) A =? 3º) B =? 4º) A B =? 5º) n(a B) =? 6º) P(A B) =?

48 48 Testando os conhecimentos 23 Entre 20 alunos que realizaram a prova de reposição de Estatística, 12 acertaram a questão A, 9 acertaram a questão B e 16 acertaram pelo menos duas questões. Qual a probabilidade de, ao se sortear ao acaso um aluno, este ter acertado ambas as questões? Para isso, siga o procedimento: 1º) P(A) =? 2º) P(B) =? 3º) P(A U B) =? 4º) P(A B) =?

49 Probabilidade 49 Probabilidade Condicional Analisemos a seguinte situação: Uma moeda é lançada três vezes. Sendo K = cara e C = coroa O espaço amostral é: S = {KKK, KKC, KCK, CKK, KCC, CCK, CKC, CCC} Consideremos o evento A: sair cara exatamente duas vezes. Então, A = {KKC, KCK, CKK} e P(A) = 3 / 8 Sabendo que o resultado do primeiro lançamento foi cara, então qual é a probabilidade de sair cara exatamente duas vezes? Agora, o espaço amostral passa a ser B = {KKK, KKC, KCK, KCC} e o evento A = {KKC, KCK}, em que A = A B e a probabilidade pedida é P(A ) = n(a ) / n(b) = 2 / 4 = 1 / 2

50 Probabilidade 50 Observe que a probabilidade do evento A ( sair cara exatamente duas vezes ) foi modificada pela presença do evento condicionante ( o resultado do primeiro lançamento foi cara ), então definindo-se: Evento A: Exatamente dois dos três lançamentos dão cara. A = {KKC, KCK, CKK] Evento B: O primeiro lançamento dá cara. B = {KKK, KKC, KCK, KCC} E denotamos por A/B o evento A condicionado ao fato de que o evento B já ocorreu e por P(A/B) a probabilidade condicional de ocorrer A, tendo ocorrido B. P(A/B) = n(a B) / n(b) P(A/B) = P(A B) / P(B)

51 Probabilidade 51 Exemplo: Uma família planejou ter três crianças. Qual a probabilidade de que a família tenha 3 homens, já que a primeira criança que nasceu é homem? Solução: n(s) = = 8 Considere os eventos: A = {A família tem 3 filhos homens} = {HHH} e n(a) = 1 B = {A primeira criança é homem) = {HHH, HHm, HmH, Hmm} n(b) = 4 P(A/B) = P(A B) / P(B) = 1/8 / 1/2 = 1/4 A B = {HHH} e P(A B) = 1/8 P(B) = 4/8 = 1/2

52 Probabilidade 52 Exemplo: Numa população de 500 pessoas, 280 são mulheres e 60 pessoas exercem a profissão de contabilidade, sendo 20 do sexo feminino. Tomando ao acaso uma dessas pessoas, qual a probabilidade de que, sendo uma mulher, ela seja uma contadora? Solução: n(s) = 500 Evento A = {A pessoa é contadora} Evento B = {A pessoa é do sexo feminino} Procuramos por P(A/B) P(A/B) = P(A B) / P(B) = 20/500 / 280/500 De outro modo: = 1 / 14 = 0,07 P(A/B) = eventos favoráveis / Novo espaço amostral P(A/B) = 20 / 280 = 0,07

53 P(A/B) = P(A B) / P(B) Probabilidade P(A B) = P(A/B). P(B) P(A B) = P(A). P(B) 53 Eventos independentes Consideremos o experimento aleatório lançar dois dados de cores diferentes. Seja A o evento sair 6 no 1º dado e B, sair 3 no 2º dado. Observe que: n(s) = 6. 6 = 36 A = {(6,1); (6,2); (6, 3); (6,4); (6,5); (6,6)} e n(a) = 6 B = {(1,3); (2,3); (3,3); (4,3); (5,3); (6,3)} e n(b) = 6 P(A) = n(a)/n(s) = 6/36 = 1/6 P(B) = 1/6 A B = {(6,3)} e P(A B) = 1/36 P(A/B) = P(A B) / P(A) = 1/36 / 1/6 = 1/6 Assim, P(B) = P(A/B), pois a probabilidade de ocorrer B não dependia da ocorrência de A

54 Probabilidade 54 Eventos independentes Dizemos que dois eventos são independentes quando a realização de um dos eventos não afeta a probabilidade de realização do outro. Exemplo: Quando lançamos dois dados, o resultado obtido em um deles independe do resultado obtido no outro. Definição: Se dois eventos são independentes, a p probabilidade de que eles se realizem simultaneamente é igual ao produto das probabilidades de realização dos dois eventos. p p 1 2

55 Probabilidade 55 Exemplo: Uma fábrica produz três produtos, A, B e C. Qual é a probabilidade de se selecionar, ao acaso, um produto defeituoso A, se é sabido que 30% dos produtos produzidos pela fábrica são do tipo A e 5% dos produtos A são defeituosos? Solução: Sejam os eventos A, selecionar um produto A e B, selecionar produto A defeituoso P(A) = 30/100 = 0,3 P(B) = 5/100 = 0,05 Como os eventos A e B são independentes, temos: P(A B) = P(A).P(B) = 0,3. 0,05 = 0,015 = 1,5%

56 56 Probabilidade Eventos mutuamente exclusivos Dizemos que dois ou mais eventos são mutuamente exclusivos quando a realização de um exclui a realização do(s) outro(s). Exemplo: No lançamento de uma moeda, o evento tirar cara e o evento tirar coroa são mutuamente exclusivos, já que, ao se realizar um deles, o outro não se realiza. Definição: Se dois eventos são mutuamente exclusivos, a probabilidade de que um ou outro se realize é igual à soma das probabilidades de que cada um deles se realize: p p p 1 2

57 Probabilidade 57 Exemplo: Dos 75 alunos desta sala, 35 são mulheres. Um aluno será escolhido para representar a turma em uma reunião com a diretoria. Qual a probabilidade de que, escolhendo esse aluno ao acaso, ele seja um homem? Solução: Sejam os eventos, M, escolher um mulher e H, escolher um homem, então: P(M) = 35/75 e P(H) = 40/75 Observe que P(S) = P(M) + P(H) = 35/ /75 = 1 Pois esses eventos são mutuamente excludentes.

58 58 Testando os conhecimentos 24 Uma roleta esta dividida em 8 partes iguais numeradas de 1 a 8. Ela é girada 3 vezes. Qual é a probabilidade de, nos três giros, ela parar em números iguais? A) 1/512 B) 1/8 C) 1/3 D) 1/64 E) 1/72

59 59 Testando os conhecimentos 25 Você faz parte de um grupo de 10 pessoas, para três das quais serão distribuídos prêmios iguais. A probabilidade de que você seja um dos premiados é: A) 1/10 B) 1/5 C) 3/10 D) 1/3 E) 2/5

60 60 Testando os conhecimentos 26 Se A e B são eventos com P(A) = 0,4 ; P(B) = 0,2 e P(A B) = 0,1, calcule: a) P(A/B) b) P(B/A)

61 Distribuição Binomial 61 Vamos considerar experimentos que satisfaçam as seguintes condições: 1º) O experimento deve ser repetido, nas mesmas condições, um número finito de vezes (n); 2º) As provas repetidas devem ser independentes, isto é, o resultado de uma não deve afetar os resultados das sucessivas; 3º) Em cada prova deve aparecer um dos dois possíveis resultados; 4º) No decorrer do experimento, a probabilidade de sucesso e de insucesso devem manter-se constantes. Resolveremos problemas do tipo: determinar a probabilidade de se obter k sucessos em n tentativas.

62 62 Distribuição Binomial Exemplos de problemas que poderemos resolver: Qualidades de peças; Boa ou ruim Cara ou coroa; Respostas a testes com duas alternativas; Certo ou errado Sexo de bebês; Masculino ou feminino Escolaridade; Alfabetizado ou analfabeto Chamadas telefônicas; Local ou interrurbana Tipo sanguíneo; Rh + ou Rh - Pagamentos; Em dia ou em atraso

63 63 Distribuição Binomial Vamos começar com um fácil. O espaço amostral relativo ao lançamento simultâneo de duas moedas é: S={(Ca,Ca),(Ca,Co), (Co,Ca),(Co,Co)} e se o evento X representa o número de caras que aparecem a cada ponto, amostral podemos associar um número para X, de acordo com a tabela que segue: Ponto amostral x P(x) (Ca,Ca) 2 ¼ Observe que a probabilidade de sair uma cara e uma coroa independente da ordem é: P(Ca,Co) = ¼ + ¼ = ½ (Ca,Co) 1 ¼ (Co,Ca) 1 ¼ (Co,Co) 0 ¼ Número de caras P(x) 2 ¼ 1 ½ 0 ¼

64 64 Distribuição Binomial Vejamos outro exemplo: Consideremos a distribuição de frequências relativa ao número de acidentes diários em um estacionamento: Número de Acidentes f i P(x i ) / / / / 30 Essa tabela é denominada tabela de distribuição de probabilidades. Ao definir a distribuição de probabilidades, estabelecemos uma correspondência unívoca entre os valores da variável aleatória X e os valores da variável P. Esta correspondência define uma função; os valores xi (com i sendo um valor entre 1,2,3,...,n) formam o domínio da função e os valores P(x i ), o seu conjunto imagem.

65 65 Distribuição Binomial Essa função, assim definida, é denominada função probabilidade e representada por: f(x) = P(X = x i ) A função P(X=x) determina a distribuição de probabilidade da variável aleatória X. Exemplo: Se lançarmos um dado, a variável X, definida por pontos de um dado pode tomar os valores 1,2,3,...,6. E a variável P(X = x i ) terá um valor correspondente para cada x i. Sabemos que, quando realizamos um experimento qualquer em uma única tentativa, a probabilidade de sucesso é p, a probabilidade de não-realização desse mesmo evento é 1 p = q.

66 66 Distribuição Binomial Definição: Seja um processo composto de uma seqüência de n observações independentes com probabilidade de sucesso constante igual a p, a distribuição do número de sucessos seguirá o modelo Binomial: P( x) n p x ( 1 p) n x x onde x n representa o número de combinações de n objetos tomados x de cada vez, calculado como: n x n! x!( n x)!

67 Exemplo: Distribuição Binomial Uma moeda é lançada cinco vezes seguidas e independentes. Calcule a probabilidade de serem obtidas três caras: Solução: Aqui, temos: n = 5, k = 3, p = ½ e q = 1 p = ½ Pela fórmula de distribuição binomial, temos: P(X = 3) = 5.p 3.q 5-3 = 10.(½) 3.(½) 2 = 5 / 16 3 Exemplo: Dois times, FLA e SPO, vão jogar entre si seis vezes durante o ano. Qual a probabilidade de o time SPO ganhar seis vezes? Solução: q = 2 / 3 Aqui, temos: n = 6, k = 4, p = 1 / 3 (VIT em VIT, EMP, DER) Pela fórmula de distribuição binomial, temos: P(X = 4) = 6.( 1 / 3 ) 4.( 2 / 3 ) 2 = 20 / 243 = 0,

68 68 Distribuição Binomial Exemplo: Acredita-se que 20% dos moradores das proximidades de uma grande indústria siderúrgica tem alergia aos poluentes lançados ao ar. Admitindo que este percentual de alérgicos é real (correto), calcule a probabilidade de que pelo menos 4 moradores tenham alergia entre 13 selecionados ao acaso. Solução: Aqui, temos: n = 13, k = 4, p = 0,2 e q = 0,8 Pela fórmula de distribuição binomial, temos: P(X 4) = 1 - P(X < 4) = 1 [P(X=0) + P(X=1) + P(X=2) + P(X=3)]= ( 13 0).0,2 0.0, ( 13 1).0,2 1.0, ( 13 2).0,2 2.0, ( 13 3).0,2 3.0, x1x0, x0,2x0, x0,04x0, x0,008x0, , , , ,2455 = 1 0,7466 = 0,2534

69 69 Distribuição Binomial Exemplo: Três em cada quatro alunos de uma universidade fizeram cursinho antes de prestar vestibular. Se 16 alunos são selecionados ao acaso, qual é a probabilidade de que pelo menos 12 tenham feito cursinho? Solução: Aqui, temos: n = 16, k = 12, p = 0,75 e q = 0,25 Pela fórmula de distribuição binomial, temos: P(X 12) =[P(X=12) + P(X=13) + P(X=14) + P(X=15) + P(X=16)]= 0,2252+0,2079+0, ,0535+0,0100= 0,6302

70 70 Testando seus conhecimentos 1 Três em cada quatro alunos de uma universidade fizeram cursinho antes de prestar vestibular. Se 16 alunos são selecionados ao acaso, qual é a probabilidade de que no máximo 13 tenham feito cursinho?

71 71 Testando seus conhecimentos 2 Admita que, respectivamente, 90% e 80% dos indivíduos das populações A e B sejam alfabetizados. Se 12 pessoas da população A e 10 da população B forem selecionadas ao acaso, qual é a probabilidade de que pelo menos uma não seja alfabetizada? Dica: Considere, D: as 12 pessoas selecionadas da população A são alfabetizadas. E: as 10 pessoas selecionadas da população B são alfabetizadas. F: pelo menos uma pessoa entre as 22 selecionadas não é alfabetizada. P(F) = 1 P(Fc) = 1 P(D E) = 1 P(D)*P(E)

72 Espero ter contribuído com seu aprendizado e feito você gostar um pouco mais de matemática. E, tomara que possamos continuar sendo bons amigos... Saúde, sucesso e paz! Vá correndo acessar... Você só paga R$ 5,00 (Brincadeirinha... É de graça!)

Estatística. Aula : Probabilidade. Prof. Ademar

Estatística. Aula : Probabilidade. Prof. Ademar Estatística Aula : Probabilidade Prof. Ademar TEORIA DAS PROBABILIDADES A teoria das probabilidades busca estimar as chances de ocorrer um determinado acontecimento. É um ramo da matemática que cria, elabora

Leia mais

PROBABILIDADE - INTRODUÇÃO

PROBABILIDADE - INTRODUÇÃO E.E. Dona Antônia Valadares MATEMÁTICA 1º ANO ANÁLISE COMBINATÓRIA PROBABILIDADE - INTRODUÇÃO PROFESSOR: ALEXSANDRO DE SOUSA http://donaantoniavaladares.comunidades.net TEORIA DAS PROBABILIDADES A teoria

Leia mais

AULA 08 Probabilidade

AULA 08 Probabilidade Cursinho Pré-Vestibular da UFSCar São Carlos Matemática Professora Elvira e Monitores Ana Carolina e Bruno AULA 08 Conceitos e assuntos envolvidos: Espaço amostral Evento Combinação de eventos Espaço Amostral

Leia mais

Estatística. Disciplina de Estatística 2011/2 Curso de Administração em Gestão Pública Profª. Ms. Valéria Espíndola Lessa

Estatística. Disciplina de Estatística 2011/2 Curso de Administração em Gestão Pública Profª. Ms. Valéria Espíndola Lessa Estatística Disciplina de Estatística 20/2 Curso de Administração em Gestão Pública Profª. Ms. Valéria Espíndola Lessa Estatística Inferencial Estudos das Probabilidades (noção básica) Amostragens e Distribuição

Leia mais

PROBABILIDADE. Aula 2 Probabilidade Básica. Fernando Arbache

PROBABILIDADE. Aula 2 Probabilidade Básica. Fernando Arbache PROBABILIDADE Aula 2 Probabilidade Básica Fernando Arbache Probabilidade Medida da incerteza associada aos resultados do experimento aleatório Deve fornecer a informação de quão verossímil é a ocorrência

Leia mais

Estatística: Probabilidade e Distribuições

Estatística: Probabilidade e Distribuições Estatística: Probabilidade e Distribuições Disciplina de Estatística 2012/2 Curso: Tecnólogo em Gestão Ambiental Profª. Ms. Valéria Espíndola Lessa 1 Aula de Hoje 23/11/2012 Estudo da Probabilidade Distribuição

Leia mais

Probabilidade em espaços discretos. Prof.: Joni Fusinato

Probabilidade em espaços discretos. Prof.: Joni Fusinato Probabilidade em espaços discretos Prof.: Joni Fusinato joni.fusinato@ifsc.edu.br jfusinato@gmail.com Probabilidade em espaços discretos Definições de Probabilidade Experimento Espaço Amostral Evento Probabilidade

Leia mais

T o e r o ia a da P oba ba i b lida d de

T o e r o ia a da P oba ba i b lida d de Teoria da Probabilidade Prof. Joni Fusinato Teoria da Probabilidade Consiste em utilizar a intuição humana para estudar os fenômenos do nosso cotidiano. Usa o princípio básico do aprendizado humano que

Leia mais

Prof.: Joni Fusinato

Prof.: Joni Fusinato Introdução a Teoria da Probabilidade Prof.: Joni Fusinato joni.fusinato@ifsc.edu.br jfusinato@gmail.com Teoria da Probabilidade Consiste em utilizar a intuição humana para estudar os fenômenos do nosso

Leia mais

ELEMENTOS DE PROBABILIDADE. Prof. Paulo Rafael Bösing 25/11/2015

ELEMENTOS DE PROBABILIDADE. Prof. Paulo Rafael Bösing 25/11/2015 ELEMENTOS DE PROBABILIDADE Prof. Paulo Rafael Bösing 25/11/2015 ELEMENTOS DE PROBABILIDADE Def.: Um experimento é dito aleatório quando o seu resultado não for previsível antes de sua realização, ou seja,

Leia mais

PROBABILIDADES PROBABILIDADE DE UM EVENTO EM UM ESPAÇO AMOSTRAL FINITO

PROBABILIDADES PROBABILIDADE DE UM EVENTO EM UM ESPAÇO AMOSTRAL FINITO PROBABILIDADES Probabilidade é um conceito filosófico e matemático que permite a quantificação da incerteza, permitindo que ela seja aferida, analisada e usada para a realização de previsões ou para a

Leia mais

Experimento Aleatório

Experimento Aleatório Probabilidades 1 Experimento Aleatório Experimento aleatório (E) é o processo pelo qual uma observação é ob;da. Exemplos: ü E 1 : Jogar uma moeda 3 vezes e observar o número de caras ob;das; ü E 2 : Lançar

Leia mais

TEORIA DAS PROBABILIDADES

TEORIA DAS PROBABILIDADES TEORIA DAS PROBABILIDADES 1.1 Introdução Ao estudarmos um fenômeno coletivo, verificamos a necessidade de descrever o próprio fenômeno e o modelo matemático associado ao mesmo, que permita explicá-lo da

Leia mais

Probabilidade - 7/7/2018. Prof. Walter Tadeu

Probabilidade - 7/7/2018. Prof. Walter Tadeu Probabilidade - 7/7/018 Prof. Walter Tadeu www.professorwaltertadeu.mat.br Espaço Amostral (): conjunto de todos os resultados possíveis de um experimento aleatório. Exemplos: 1. Lançamento de um dado.

Leia mais

1 Definição Clássica de Probabilidade

1 Definição Clássica de Probabilidade Centro de Ciências e Tecnologia Agroalimentar - Campus Pombal Disciplina: Estatística Básica - 2013 Aula 4 Professor: Carlos Sérgio UNIDADE 2 - Probabilidade: Definições (Notas de aula) 1 Definição Clássica

Leia mais

Teoria da Probabilidade

Teoria da Probabilidade Teoria da Probabilidade Luis Henrique Assumpção Lolis 14 de fevereiro de 2014 Luis Henrique Assumpção Lolis Teoria da Probabilidade 1 Conteúdo 1 O Experimento Aleatório 2 Espaço de amostras 3 Álgebra dos

Leia mais

Roteiro D. Nome do aluno: Número: Revisão. Combinações;

Roteiro D. Nome do aluno: Número: Revisão. Combinações; Faculdade Tecnológica de Carapicuíba Tecnologia em Logística Ênfase em Transportes Roteiro D Nome do aluno: Número: Periodo: Grupo: Revisão Tópicos Tarefa Pesquisar história do Fatorial e outros tipos

Leia mais

Estatística. Probabilidade. Conteúdo. Objetivos. Definições. Probabilidade: regras e aplicações. Distribuição Discreta e Distribuição Normal.

Estatística. Probabilidade. Conteúdo. Objetivos. Definições. Probabilidade: regras e aplicações. Distribuição Discreta e Distribuição Normal. Estatística Probabilidade Profa. Ivonete Melo de Carvalho Conteúdo Definições. Probabilidade: regras e aplicações. Distribuição Discreta e Distribuição Normal. Objetivos Utilizar a probabilidade como estimador

Leia mais

NOÇÕES DE PROBABILIDADE

NOÇÕES DE PROBABILIDADE NOÇÕES DE PROBABILIDADE Experimento Aleatório Experimento Aleatório: procedimento que, ao ser repetido sob as mesmas condições, pode fornecer resultados diferentes Exemplos:. Resultado no lançamento de

Leia mais

Introdução à Estatística

Introdução à Estatística Introdução à Estatística Prof a. Juliana Freitas Pires Departamento de Estatística Universidade Federal da Paraíba - UFPB juliana@de.ufpb.br Introdução a Probabilidade Existem dois tipos de experimentos:

Leia mais

Probabilidade Parte 1. Camyla Moreno

Probabilidade Parte 1. Camyla Moreno Probabilidade Parte 1 Camyla Moreno Probabilidade A teoria das probabilidades é um ramo da Matemática que cria, elabora e pesquisa modelos para estudar experimentos ou fenômenos aleatórios. Principais

Leia mais

PROBABILIDADE. Luciana Santos da Silva Martino. PROFMAT - Colégio Pedro II. 01 de julho de 2017

PROBABILIDADE. Luciana Santos da Silva Martino. PROFMAT - Colégio Pedro II. 01 de julho de 2017 Sumário PROBABILIDADE Luciana Santos da Silva Martino PROFMAT - Colégio Pedro II 01 de julho de 2017 Sumário 1 Conceitos Básicos 2 Probabildade Condicional 3 Espaço Amostral Infinito Outline 1 Conceitos

Leia mais

Teoria das Probabilidades

Teoria das Probabilidades Universidade Federal do Pará Instituto de Tecnologia Estatística Aplicada I Prof. Dr. Jorge Teófilo de Barros Lopes Campus de Belém Curso de Engenharia Mecânica 08:8 ESTATÍSTICA APLICADA I - Teoria das

Leia mais

Probabilidade Parte 2. Iva Emanuelly P. Lima

Probabilidade Parte 2. Iva Emanuelly P. Lima Probabilidade Parte 2 Iva Emanuelly P. Lima Probabilidade Condicional É um segundo evento que ocorre depois que já tenha ocorrido o primeiro de um mesmo espaço amostral. É uma condição. Ou seja, a probabilidade

Leia mais

Teoria das Probabilidades

Teoria das Probabilidades 08/06/07 Universidade Federal do Pará Instituto de Tecnologia Estatística Aplicada I Prof. Dr. Jorge Teófilo de Barros Lopes Campus de Belém Curso de Engenharia Mecânica Universidade Federal do Pará Instituto

Leia mais

Sumário. 2 Índice Remissivo 12

Sumário. 2 Índice Remissivo 12 i Sumário 1 Definições Básicas 1 1.1 Fundamentos de Probabilidade............................. 1 1.2 Noções de Probabilidade................................ 3 1.3 Espaços Amostrais Finitos...............................

Leia mais

TEORIA DA PROBABILIDADE

TEORIA DA PROBABILIDADE TEORIA DA PROBABILIDADE Lucas Santana da Cunha lscunha@uel.br http://www.uel.br/pessoal/lscunha/ Universidade Estadual de Londrina 22 de maio de 2017 Introdução Conceitos probabiĺısticos são necessários

Leia mais

MA12 - Unidade 18 Probabilidade Condicional

MA12 - Unidade 18 Probabilidade Condicional MA12 - Unidade 18 Probabilidade Condicional Paulo Cezar Pinto Carvalho PROFMAT - SBM 4 de Abril de 2014 Um dado honesto é lançado duas vezes. a) Qual é a probabilidade de sair 1 no 1 o lançamento? b) Qual

Leia mais

Prof.Letícia Garcia Polac. 26 de setembro de 2017

Prof.Letícia Garcia Polac. 26 de setembro de 2017 Bioestatística Prof.Letícia Garcia Polac Universidade Federal de Uberlândia UFU-MG 26 de setembro de 2017 Sumário 1 2 Probabilidade Condicional e Independência Introdução Neste capítulo serão abordados

Leia mais

Probabilidade. Professora Ana Hermínia Andrade. Universidade Federal do Amazonas Faculdade de Estudos Sociais Departamento de Economia e Análise

Probabilidade. Professora Ana Hermínia Andrade. Universidade Federal do Amazonas Faculdade de Estudos Sociais Departamento de Economia e Análise Probabilidade Professora Ana Hermínia Andrade Universidade Federal do Amazonas Faculdade de Estudos Sociais Departamento de Economia e Análise Período 2016.2 Você reconhece algum desses experimentos? Alguns

Leia mais

Matemática & Raciocínio Lógico

Matemática & Raciocínio Lógico Matemática & Raciocínio Lógico para concursos Prof. Me. Jamur Silveira www.professorjamur.com.br facebook: Professor Jamur PROBABILIDADE No estudo das probabilidades estamos interessados em estudar o experimento

Leia mais

Matemática Régis Cortes ANÁLISE COMBINATÓRIA

Matemática Régis Cortes ANÁLISE COMBINATÓRIA ANÁLISE COMBINATÓRIA 1 ANÁLISE COMBINATÓRIA PERMUTAÇÃO é o tipo de agrupamento ordenado em que cada grupo entram todos os elementos. Os grupos diferem pela ORDEM Pn = n! ARRANJO : é o tipo de agrupamento

Leia mais

Aula 4. NOÇÕES DE PROBABILIDADE

Aula 4. NOÇÕES DE PROBABILIDADE Aula 4. NOÇÕES DE PROBABILIDADE ? CARA? OU? COROA? ? Qual será o rendimento da Caderneta de Poupança até o final deste ano??? E qual será a taxa de inflação acumulada em 013???? Quem será o próximo prefeito

Leia mais

PRINCÍPIO FUNDAMENTAL DA CONTAGEM OU PRINCÍPIO MULTIPLICATIVO

PRINCÍPIO FUNDAMENTAL DA CONTAGEM OU PRINCÍPIO MULTIPLICATIVO ESTUDO DA ANÁLISE COMBINATÓRIA A resolução de problemas é a parte principal da Análise Combinatória, que estuda a maneira de formar agrupamentos com um determinado número de elementos dados, e de determinar

Leia mais

Aulas particulares. Conteúdo

Aulas particulares. Conteúdo Conteúdo Capítulo 6...2 Probabilidade...2 Exercícios...4 Restpostas...9 Capítulo 7... 12 Análise combinatória... 12 Fatorial... 12 Arranjo... 13 Combinação... 16 Exercícios... 17 Respostas... 22 1 Capítulo

Leia mais

MATEMÁTICA MÓDULO 4 PROBABILIDADE

MATEMÁTICA MÓDULO 4 PROBABILIDADE PROBABILIDADE Consideremos um experimento com resultados imprevisíveis e mutuamente exclusivos, ou seja, cada repetição desse experimento é impossível prever com certeza qual o resultado que será obtido,

Leia mais

Probabilidades. Wagner H. Bonat Elias T. Krainski Fernando P. Mayer

Probabilidades. Wagner H. Bonat Elias T. Krainski Fernando P. Mayer Probabilidades Wagner H. Bonat Elias T. Krainski Fernando P. Mayer Universidade Federal do Paraná Departamento de Estatística Laboratório de Estatística e Geoinformação 06/03/2018 WB, EK, FM ( LEG/DEST/UFPR

Leia mais

Probabilidade e Estatística

Probabilidade e Estatística Probabilidade e Estatística Aula 4 Probabilidade: Conceitos Básicos Leituras: Obrigatória: Devore, Capítulo 2 Complementar: Bertsekas e Tsitsiklis, Capítulo 1 Cap 4-1 Objetivos Nesta aula, aprenderemos:

Leia mais

Estatística Planejamento das Aulas

Estatística Planejamento das Aulas 7 de outubro de 2018 Fatorial Para n inteiro não negativo. O fatorial de n é definido por: Convenciona-se: Para n = 0, 0! = 1 Para n = 1, 1! = 1 Exemplos: 1. 6! = 6.5.4.3.2.1 = 720 2. 4! = 4.3.2.1 = 24

Leia mais

Aula 10 Variáveis aleatórias discretas

Aula 10 Variáveis aleatórias discretas AULA 0 Aula 0 Variáveis aleatórias discretas Nesta aula você aprenderá um conceito muito importante da teoria de probabilidade: o conceito de variável aleatória. Você verá que as variáveis aleatórias e

Leia mais

Probabilidade I. Departamento de Estatística. Universidade Federal da Paraíba. Prof. Tarciana Liberal (UFPB) Aula 3 04/14 1 / 20

Probabilidade I. Departamento de Estatística. Universidade Federal da Paraíba. Prof. Tarciana Liberal (UFPB) Aula 3 04/14 1 / 20 Probabilidade I Departamento de Estatística Universidade Federal da Paraíba Prof. Tarciana Liberal (UFPB) Aula 3 04/14 1 / 20 Alguns Conceitos Básicos de Contagem As ideias de contagem se relacionam com

Leia mais

3. Probabilidade P(A) =

3. Probabilidade P(A) = 7 3. Probabilidade Probabilidade é uma medida numérica da plausibilidade de que um evento ocorrerá. Assim, as probabilidades podem ser usadas como medidas do grau de incerteza e podem ser expressas de

Leia mais

PROBABILIDADE E ESTATÍSTICA PROBABILIDADES

PROBABILIDADE E ESTATÍSTICA PROBABILIDADES PROBABILIDADE E ESTATÍSTICA PROBABILIDADES Bruno Baierle Maurício Furigo Prof.ª Sheila Regina Oro (orientadora) Edital 06/2013 - Produção de Recursos Educacionais Digitais Revisando - Análise combinatória

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA Departamento de Estatística. Probabilidade

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA Departamento de Estatística. Probabilidade UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA Departamento de Estatística Probabilidade Disciplina: Cálculo das Probabilidades e Estatística I Prof. Tarciana Liberal Existem muitas situações que envolvem incertezas:

Leia mais

Q05. Ainda sobre os eventos A, B, C e D do exercício 03, quais são mutuamente exclusivos?

Q05. Ainda sobre os eventos A, B, C e D do exercício 03, quais são mutuamente exclusivos? LISTA BÁSICA POIA PROBABILIDADES A história da teoria das probabilidades teve início com os jogos de cartas, de dados e de roleta. Esse é o motivo da grande existência de exemplos de jogos de azar no estudo

Leia mais

Estatística Empresarial. Fundamentos de Probabilidade

Estatística Empresarial. Fundamentos de Probabilidade Fundamentos de Probabilidade A probabilidade de chuva é de 90% A probabilidade de eu sair é de 5% Conceitos Básicos Conceitos Básicos 1. Experiência Aleatória (E) Processo de obtenção de uma observação

Leia mais

Lista de exercícios de Matemática Eventos, espaço amostral e definição de probabilidade. Probabilidade condicional. Exercícios gerais.

Lista de exercícios de Matemática Eventos, espaço amostral e definição de probabilidade. Probabilidade condicional. Exercícios gerais. p: João Alvaro w: www.matemaniacos.com.br e: joao.baptista@iff.edu.br. No lançamento de dois dados, D e D 2, tem-se o seguinte espaço amostral, dado em forma de tabela de dupla entrada. Lista de exercícios

Leia mais

NOÇÕES DE PROBABILIDADE

NOÇÕES DE PROBABILIDADE NOÇÕES DE PROBABILIDADE ALEATORIEDADE Menino ou Menina me? CARA OU COROA? 3 Qual será o rendimento da Caderneta de Poupança no final deste ano? E qual será a taxa de inflação acumulada em 014? Quem será

Leia mais

ESTATÍSTICA. aula 3. Insper Ibmec São Paulo. Prof. Dr. Marco Antonio Leonel Caetano

ESTATÍSTICA. aula 3. Insper Ibmec São Paulo. Prof. Dr. Marco Antonio Leonel Caetano ESTATÍSTICA aula 3 Prof. Dr. Marco Antonio Leonel Caetano Insper Ibmec São Paulo Espaço Amostral Espaço amostral é o conjunto de todos os resultados possíveis de um experimento aleatório. Experimento aleatório

Leia mais

Conceitos básicos de teoria da probabilidade

Conceitos básicos de teoria da probabilidade Conceitos básicos de teoria da probabilidade Experimento Aleatório: procedimento que, ao ser repetido sob as mesmas condições, pode fornecer resultados diferentes Exemplos:. Resultado no lançamento de

Leia mais

Probabilidade. Ricardo Ehlers Departamento de Matemática Aplicada e Estatística Universidade de São Paulo

Probabilidade. Ricardo Ehlers Departamento de Matemática Aplicada e Estatística Universidade de São Paulo Probabilidade Ricardo Ehlers ehlers@icmc.usp.br Departamento de Matemática Aplicada e Estatística Universidade de São Paulo Introdução Experimento aleatório Definição Qualquer experimento cujo resultado

Leia mais

Unidade I ESTATÍSTICA APLICADA. Prof. Mauricio Fanno

Unidade I ESTATÍSTICA APLICADA. Prof. Mauricio Fanno Unidade I ESTATÍSTICA APLICADA Prof. Mauricio Fanno Estatística indutiva Estatística descritiva Dados no passado ou no presente e em pequena quantidade, portanto, reais e coletáveis. Campo de trabalho:

Leia mais

NOÇÕES DE PROBABILIDADE

NOÇÕES DE PROBABILIDADE NOÇÕES DE PROBABILIDADE ? CARA? OU? COROA? 2 ? Qual será o rendimento da Caderneta de Poupança até o final deste ano??? E qual será a taxa de inflação acumulada em 2011???? Quem será o próximo prefeito

Leia mais

MAT 461 Tópicos de Matemática II Aula 5: Resumo de Probabilidade

MAT 461 Tópicos de Matemática II Aula 5: Resumo de Probabilidade MAT 461 Tópicos de Matemática II Aula 5: Resumo de Probabilidade Edson de Faria Departamento de Matemática IME-USP 26 de Agosto, 2013 Probabilidade: uma Introdução / Aula 5 1 Variáveis aleatórias Definição

Leia mais

Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz", Departamento de Ciências Exatas. Probabilidades. Cristian Villegas

Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, Departamento de Ciências Exatas. Probabilidades. Cristian Villegas Probabilidades Cristian Villegas clobos@usp.br Setembro de 2013 Apostila de Estatística (Cristian Villegas) 1 Introdução Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz", Departamento de Ciências Exatas

Leia mais

Escola Secundária/2,3 da Sé-Lamego Ficha de Trabalho de Matemática A Ano Lectivo 2011/12 Distribuição de probabilidades 12.º Ano

Escola Secundária/2,3 da Sé-Lamego Ficha de Trabalho de Matemática A Ano Lectivo 2011/12 Distribuição de probabilidades 12.º Ano Escola Secundária/, da Sé-Lamego Ficha de Trabalho de Matemática A Ano Lectivo 0/ Distribuição de probabilidades.º Ano Nome: N.º: Turma:. Numa turma do.º ano, a distribuição dos alunos por idade e sexo

Leia mais

Técnicas de Contagem I II III IV V VI

Técnicas de Contagem I II III IV V VI Técnicas de Contagem Exemplo Para a Copa do Mundo 24 países são divididos em seis grupos, com 4 países cada um. Supondo que a escolha do grupo de cada país é feita ao acaso, calcular a probabilidade de

Leia mais

Noções sobre Probabilidade

Noções sobre Probabilidade Noções sobre Probabilidade Introdução Vimos anteriormente como apresentar dados em tabelas e gráficos, e também como calcular medidas que descrevem características específicas destes dados. Mas além de

Leia mais

Probabilidade. Ricardo Ehlers Departamento de Matemática Aplicada e Estatística Universidade de São Paulo

Probabilidade. Ricardo Ehlers Departamento de Matemática Aplicada e Estatística Universidade de São Paulo Probabilidade Ricardo Ehlers ehlers@icmc.usp.br Departamento de Matemática Aplicada e Estatística Universidade de São Paulo Experimento aleatório Definição. Qualquer experimento cujo resultado não pode

Leia mais

Estatística e Modelos Probabilísticos - COE241

Estatística e Modelos Probabilísticos - COE241 Estatística e Modelos Probabilísticos - COE241 Aulas passadas Motivação Exemplos de aplicação de probabilidade e estatística Informações do curso Aula de hoje Espaço amostral Álgebra de Eventos Eventos

Leia mais

GET00189 Probabilidade I Gabarito da lista de exercícios - Capítulo 1 Profa. Ana Maria Lima de Farias

GET00189 Probabilidade I Gabarito da lista de exercícios - Capítulo 1 Profa. Ana Maria Lima de Farias GET00189 Probabilidade I Gabarito da lista de exercícios - Capítulo 1 Profa. Ana Maria Lima de Farias SEÇÃO 1.1 Experimento aleatório, espaço amostral e evento 1. Vamos definir os seguinte eventos: K lançamento

Leia mais

Experiências Aleatórias. Espaço de Resultados. Acontecimentos

Experiências Aleatórias. Espaço de Resultados. Acontecimentos Experiências Aleatórias. Espaço de Resultados. Acontecimentos Experiência Aleatória É uma experiência em que: não se sabe exactamente o resultado que se virá a observar; conhece-se o universo dos resultados

Leia mais

PROBABILIDADE. prof. André Aparecido da Silva. 1

PROBABILIDADE. prof. André Aparecido da Silva. 1 NOÇÕES DE PROBABILIDADE prof. Adré Aparecido da Silva adrepr@yahoo.com.br 1 TEORIA DAS PROBABILIDADES A teoria das probabilidades busca estimar as chaces de ocorrer um determiado acotecimeto. É um ramo

Leia mais

Cursos de Licenciatura em Ensino de Matemática e de EGI Teoria de Probabilidade

Cursos de Licenciatura em Ensino de Matemática e de EGI Teoria de Probabilidade FACULDADE DE CIÊNCIAS NATURAIS E MATEMÁTICA DEPARTAMENTO DE MATEMÁTICA Campus de Lhanguene, Av. de Moçambique, km, Tel: +5 4007, Fax: +5 400, Maputo Cursos de Licenciatura em Ensino de Matemática e de

Leia mais

PROBABILIDADE. É o conjunto de todos os resultados possíveis de um experimento aleatório. A letra que representa o espaço amostral, é S.

PROBABILIDADE. É o conjunto de todos os resultados possíveis de um experimento aleatório. A letra que representa o espaço amostral, é S. PROBABILIDADE A história da teoria das probabilidades, teve início com os jogos de cartas, dados e de roleta. Esse é o motivo da grande existência de exemplos de jogos de azar no estudo da probabilidade.

Leia mais

Introdução a Probabilidade

Introdução a Probabilidade Introdução a Probabilidade Universidade Estadual de Santa Cruz Ivan Bezerra Allaman Cronograma 1. Origem e história 2. Introdução 3. Definições básicas 4. Conceituação de probabilidade 5. Probabilidade

Leia mais

PROBABILIDADE. Prof. Patricia Caldana

PROBABILIDADE. Prof. Patricia Caldana PROBABILIDADE Prof. Patricia Caldana Estudamos probabilidade com a intenção de prevermos as possibilidades de ocorrência de uma determinada situação ou fato. Para determinarmos a razão de probabilidade,

Leia mais

Teoria das Probabilidades

Teoria das Probabilidades Teoria das Prof. Eduardo Bezerra (CEFET/RJ) 23 de fevereiro de 2018 Eduardo Bezerra (CEFET/RJ) Teoria das 2018.1 1 / 54 Roteiro Experimento aleatório, espaço amostral, evento 1 Experimento aleatório, espaço

Leia mais

Prof. Lorí Viali, Dr.

Prof. Lorí Viali, Dr. Prof. Lorí Viali, Dr. viali@mat.ufrgs.br http://www.mat.ufrgs.br/~viali/ s KKK CKK KKC KCK CCK CKC KCC CCC S X 0 1 2 3 R x X(s) X(S) Uma função X que associa a cada elemento de S (s S) um número real

Leia mais

Variável Aleatória. O conjunto de valores. Tipos de variáveis. Uma função X que associa a cada

Variável Aleatória. O conjunto de valores. Tipos de variáveis. Uma função X que associa a cada Variável Aleatória Uma função X que associa a cada Prof. Lorí Viali, Dr. viali@mat.ufrgs.br http://www.mat.ufrgs.br/~viali/ elemento de S (s S) um número real x X(s) é denominada variável aleatória. O

Leia mais

PROBABILIDADE PROPRIEDADES E AXIOMAS

PROBABILIDADE PROPRIEDADES E AXIOMAS PROBABILIDADE ESPAÇO AMOSTRAL É o conjunto de todos os possíveis resultados de um experimento aleatório. A este conjunto de elementos denominamos de espaço amostral ou conjunto universo, simbolizado por

Leia mais

Probabilidades. Ricardo Ehlers Departamento de Matemática Aplicada e Estatística Universidade de São Paulo

Probabilidades. Ricardo Ehlers Departamento de Matemática Aplicada e Estatística Universidade de São Paulo Probabilidades Ricardo Ehlers ehlers@icmc.usp.br Departamento de Matemática Aplicada e Estatística Universidade de São Paulo 1 / 41 Noções Básicas Os métodos estatísticos para análise de dados estão associados

Leia mais

Probabilidade. Probabilidade e Estatística. Prof. Dr. Narciso Gonçalves da Silva

Probabilidade. Probabilidade e Estatística. Prof. Dr. Narciso Gonçalves da Silva Probabilidade e Estatística Prof. Dr. Narciso Gonçalves da Silva http://paginapessoal.utfpr.edu.br/ngsilva Probabilidade Probabilidade Experimento Aleatório Um experimento é dito aleatório quando satisfaz

Leia mais

? CARA? OU? COROA? 2

? CARA? OU? COROA? 2 NOÇÕES DE PROBABILIDADE ? CARA? OU? COROA? 2 ?Q Qual será o rendimento da Caderneta de Poupança até o final deste ano??? E qual será a taxa de inflação acumulada em 2011???? Quem será o próximo prefeito

Leia mais

Revisão de Probabilidade

Revisão de Probabilidade 05 Mat074 Estatística Computacional Revisão de Probabilidade Prof. Lorí Viali, Dr. viali@mat.ufrgs.br http://www.ufrgs.br/~viali/ Determinístico Sistema Real Causas Efeito Probabilístico X Causas Efeito

Leia mais

Curso: Ciência da Computação Turma: 4ª Série. Probabilidade e Estatística. Aula 2

Curso: Ciência da Computação Turma: 4ª Série. Probabilidade e Estatística. Aula 2 Curso: Ciência da Computação Turma: 4ª Série Aula 2 Análise Combinatória: Arranjo, Permutação, Combinação Simples e com Repetição Motivação Quantas ordenações são possíveis fazer com um baralho de 52 cartas?

Leia mais

Aula 16 - Erivaldo. Probabilidade

Aula 16 - Erivaldo. Probabilidade Aula 16 - Erivaldo Probabilidade Probabilidade Experimento aleatório Experimento em que não pode-se afirmar com certeza o resultado final, mas sabe-se todos os seus possíveis resultados. Exemplos: 1) Lançar

Leia mais

n! = n (n 1) (n 2) 1.

n! = n (n 1) (n 2) 1. Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso - IFMT Campus Várzea Grande Aula - Análise Combinatória e Probabilidade Prof. Emerson Dutra E-mail: emerson.dutra@vgd.ifmt.edu.br Página

Leia mais

Análise Combinátorio. 1 - Introdução. 2 - Fatorial

Análise Combinátorio. 1 - Introdução. 2 - Fatorial Análise Combinátorio 1 - Introdução Foi a necessidade de calcular o número de possibilidades existentes nos chamados jogos de azar que levou ao desenvolvimento da Análise Combinatória, parte da Matemática

Leia mais

ESTUDO DA ANÁLISE COMBINATÓRIA

ESTUDO DA ANÁLISE COMBINATÓRIA ESTUDO DA ANÁLISE COMBINATÓRIA A resolução de problemas é a parte principal da Análise Combinatória, que estuda a maneira de formar agrupamentos com um determinado número de elementos dados, e de determinar

Leia mais

GABARITO DAS ATIVIDADES

GABARITO DAS ATIVIDADES Seção 1 Lançando Moedas e Dados Título da Atividade: Jankenpon 1 GABARITO DAS ATIVIDADES Para cada par de dados, denotemos por (i, j) o resultado i obtido no primeiro dado e o resultado j obtido no segundo

Leia mais

Probabilidades. O cálculo de probabilidades teve a sua origem no estudo dos jogos de azar, principalmente nos jogos de dados.

Probabilidades. O cálculo de probabilidades teve a sua origem no estudo dos jogos de azar, principalmente nos jogos de dados. Probabilidades O cálculo de probabilidades teve a sua origem no estudo dos jogos de azar, principalmente nos jogos de dados. Quando lançamos um dado, os resultados possíveis são sempre um dos elementos

Leia mais

Probabilidade e Estatística

Probabilidade e Estatística Aula 3 Professora: Rosa M. M. Leão Probabilidade e Estatística Conteúdo: 1.1 Por que estudar? 1.2 O que é? 1.3 População e Amostra 1.4 Um exemplo 1.5 Teoria da Probabilidade 1.6 Análise Combinatória 3

Leia mais

Conteúdo: Aula 2. Probabilidade e Estatística. Professora: Rosa M. M. Leão

Conteúdo: Aula 2. Probabilidade e Estatística. Professora: Rosa M. M. Leão Aula 2 Professora: Rosa M. M. Leão Probabilidade e Estatística Conteúdo: 1.1 Por que estudar? 1.2 O que é? 1.3 População e Amostra 1.4 Um exemplo 1.5 Teoria da Probabilidade 1.6 Análise Combinatória 3

Leia mais

RESOLUÇÃO DAS ATIVIDADES E FORMALIZAÇÃO DOS CONCEITOS

RESOLUÇÃO DAS ATIVIDADES E FORMALIZAÇÃO DOS CONCEITOS CENTRO UNIVERSITÁRIO FRANCISCANO Curso de Administração Disciplina: Estatística I Professora: Stefane L. Gaffuri RESOLUÇÃO DAS ATIVIDADES E FORMALIZAÇÃO DOS CONCEITOS Sessão 1 Experimentos Aleatórios e

Leia mais

Estatística Aplicada. Prof. Carlos Alberto Stechhahn PARTE I ESPAÇO AMOSTRAL - EVENTOS PROBABILIDADE PROBABILIDADE CONDICIONAL.

Estatística Aplicada. Prof. Carlos Alberto Stechhahn PARTE I ESPAÇO AMOSTRAL - EVENTOS PROBABILIDADE PROBABILIDADE CONDICIONAL. Estatística Aplicada Administração p(a) = n(a) / n(u) PARTE I ESPAÇO AMOSTRAL - EVENTOS PROBABILIDADE PROBABILIDADE CONDICIONAL Prof. Carlos Alberto Stechhahn 2014 1. Noções de Probabilidade Chama-se experimento

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA Departamento de Estatística. Probabilidade. Cálculo das Probabilidades e Estatística I Luiz Medeiros

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA Departamento de Estatística. Probabilidade. Cálculo das Probabilidades e Estatística I Luiz Medeiros UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA Departamento de Estatística Probabilidade Cálculo das Probabilidades e Estatística I Luiz Medeiros http://www.de.ufpb.br/~luiz/ Existem muitas situações que envolvem incertezas:

Leia mais

NOÇÕES DE PROBABILIDADE

NOÇÕES DE PROBABILIDADE NOÇÕES DE PROBABILIDADE Qual a razão para esta mudança? (isto é, para passarmos de Análise Descritiva para Cálculo de Probabilidades?) ALEATORIEDADE Menino ou Menina me? 3 CARA? OU COROA? 4 ? Qual será

Leia mais

PROBABILIDADE E ESTATÍSTICA UNIDADE V - INTRODUÇÃO À TEORIA DAS PROBABILIDADES

PROBABILIDADE E ESTATÍSTICA UNIDADE V - INTRODUÇÃO À TEORIA DAS PROBABILIDADES PROBABILIDADE E ESTATÍSTICA UNIDADE V - INTRODUÇÃO À TEORIA DAS PROBABILIDADES 0 1 INTRODUÇÃO A teoria das probabilidades é utilizada para determinar as chances de um experimento aleatório acontecer. 1.1

Leia mais

CAPÍTULO 3 PROBABILIDADE

CAPÍTULO 3 PROBABILIDADE CAPÍTULO 3 PROBABILIDADE 1. Conceitos 1.1 Experimento determinístico Um experimento se diz determinístico quando repetido em mesmas condições conduz a resultados idênticos. Exemplo 1: De uma urna que contém

Leia mais

Curso de Farmácia Estatística Vital Aula 05 Comentários Adicionais. Prof. Hemílio Fernandes Depto. de Estatística - UFPB

Curso de Farmácia Estatística Vital Aula 05 Comentários Adicionais. Prof. Hemílio Fernandes Depto. de Estatística - UFPB Curso de Farmácia Estatística Vital Aula 05 Comentários Adicionais Prof. Hemílio Fernandes Depto. de Estatística - UFPB Um pouco de Probabilidade Experimento Aleatório: procedimento que, ao ser repetido

Leia mais

Espaços Amostrais Finitos

Espaços Amostrais Finitos 2 ESQUEMA DO CAPÍTULO Espaços Amostrais Finitos 1.1 ESPAÇO AMOSTRAL FINITO 1.2 RESULTADOS IGUALMENTE VEROSSÍMEIS 1.3 MÉTODOS DE ENUMERAÇÃO UFMG-ICEx-EST-032/045 Cap. 2 - Espaços Amostrais Finitos 1 2.1

Leia mais

Teoria das Probabilidades

Teoria das Probabilidades Capítulo 2 Teoria das Probabilidades 2.1 Introdução No capítulo anterior, foram mostrados alguns conceitos relacionados à estatística descritiva. Neste capítulo apresentamos a base teórica para o desenvolvimento

Leia mais

Probabilidade e Estatística Preparação para P1

Probabilidade e Estatística Preparação para P1 robabilidade e Estatística reparação para rof.: Duarte ) Uma TV que valia R$ 00,00, entrou em promoção e sofreu uma redução de 0% em seu preço. Qual é o novo preço da TV? ) Um produto foi vendido por R$

Leia mais

Física do Calor - 23ª Aula. Prof. Alvaro Vannucci

Física do Calor - 23ª Aula. Prof. Alvaro Vannucci Física do Calor - 23ª Aula Prof. Alvaro Vannucci Na última aula vimos exemplos de como efetuar a Permutação de um conjunto de n elementos envolvendo p situações (p estados) possíveis. Por exemplo, como

Leia mais

Estatística e Modelos Probabilísticos - COE241

Estatística e Modelos Probabilísticos - COE241 Estatística e Modelos Probabilísticos - COE241 Aula passada Motivação Exemplos de aplicação de probabilidade e estatística Informações do curso Aula de hoje Espaço amostral Álgebra de Eventos Eventos Mutuamente

Leia mais