Apontamentos de Política Económica - Adelaide Duarte -1 -
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1 Razõs para o studo prévio do modlo d macrocomia abrta m PE Uma das matérias importants d qualqur curso d PE é o studo das chamadas políticas d stabilização. Aqulas visam, como o nom indica, stabilizar o valor do PIB m torno do su valor d tndência, as políticas qu podm sr utilizadas para ss fim são as políticas cambial, montária orçamntal. Torna-s pois ncssário o studo d um modlo macroconómico d conomia abrta, suficintmnt rprsntativo dos tipos d conomia qu qurmos analisar a partir do qual possamos dduzir os principais rsultados rlativos aos impactos da variação da taxa d câmbio nominal, da política montária orçamntal. O modlo macroconómico d conomia abrta utilizado é um modlo d ofrta procura agrgadas qu prmit nriqucr a anális pionira d Mundll Flming no domínio da macroconomia abrta, ao ndognizar os prços. As caractrísticas institucionais das conomias sua rprsntação plo modlo O modlo d macroconomia abrta scolhido prmit rprsntar caractrísticas institucionais difrnts consoant o tipo d conomia m anális. Assim, a rprsntação d uma pquna conomia abrta como é a conomia Portugusa, intgrada na UEM, podrá sr fita no âmbito dst modlo: a taxa d juro é uma variávl xogéna dtrminada a nívl uropu intrnacional; os câmbios são fixos a taxa d d câmbio nominal é dtrminada xognamnt, bm como as suas variaçõs; da msma forma, a ofrta d moda (nominal) é uma variávl xógna. A rsponsabilidad da politica montária a gstão da política cambial (não a sua dfinição) cabm ao BCE. Acrscntmos a sguint nota, prtncndo a conomia Portugusa à UEM, a sua Balança d Pagamntos (BP) não é snão uma BP rgional da UEM, nas análiss futuras da BP Portugusa, para simplificar, o dtrminant rgional não srá utilizado. Podmos também rprsntar; à custa daqul modlo, uma grand conomia quas fchada como é o caso da conomia da UE ou da conomia da Europa dos 11. Tommos sta última, o rgim d câmbios qu dv sr considrado é o rgim d câmbios flxívis, a taxa d juro nominal podrá sr considrada como uma variávl ndógna. No ntanto, porqu aqula dpnd também d factors xtrnos à UEM, nomadamnt da política montária nort-amricana m part da japonsa dpnd ainda do comportamnto do sistma montário financiro intrnacional, podmos, para fitos d anális, considrar qu s trata d uma variávl xogéna. Acrscnt-s por fim, qu um modlo dst tipo prmitirá ainda o studo da coordnação d políticas, por xmplo, a orçamntal ntr os paíss da UEM, a orçamntal montária ntr duas grands conomias como os EU a UEM. Divisão da matéria mtodologia d studo Podmos considrar qu o studo dsta matéria stá divido m duas grands scçõs. A primira (SI) qu studa o impacto d uma dsvalorização sobr o saldo da Balança Comrcial (BC) uma sgunda scção (SII) qu studa o impacto das políticas montária orçamntal sgundo rgims d câmbios d prços difrnts. Apontamntos d Política Económica - Adlaid Duart -1 -
2 SI - O studo das consquências d uma dsvalorização sobr a BC (m valor) far-s-á por tapas, partindo-s do mais simpls para chgarmos postriormnt ao mais complxo. Na primira tapa (SI.1), srão tidos m linha d conta apnas os fitos dirctos da dsvalorização, os fitos volum os fitos prço. O primiro fito é positivo sobr o saldo da BC o sgundo é ngativo. Ainda srão considradas dois tipos d quaçõs d prços: (m SI.1.1) - O tipo mais simpls, qu nos diz qu os prços das xportaçõs das importaçõs não dpndm snão dos prços das rspctivas produçõs intrnas (m SI.1.2) - Um sgundo tipo d quaçõs qu nos diz qu ambos os prços dpndm qur do prço da produção intrna qur do prço da produção xtrna. Em SI.1.1 dduz-s a condição d MLR, (também dnominado torma das lasticidads críticas), m SI.1.2 dduz-s a condição d MLR supondo quaçõs d prços mais grais. Na sgunda tapa (SI.2), srão tidos m conta qur os fitos dirctos qur os fitos induzidos. O qu qur dizr qu considrarmos também as variaçõs induzidas da produção as variaçõs induzidas do prço d produção. A incorporação dsts fitos na anális complta-a porqu os fitos totais d uma variação da taxa d câmbio nominal sobr o saldo da BC são considrados. Os fitos induzidos são fitos ngativos sobr o saldo da BC. É também dduzida a condição sob a qual a dsvalorização da taxa d câmbio nominal provoca um fito positivo sobr o saldo da BC. Algumas considraçõs sobr os fitos totais (dirctos induzidos) Em SI são tidos m conta apnas os fitos dirctos da dsvalorização i.é., os fitos sobr o volum das xportaçõs das importaçõs a dtrioração dos trmos d troca (o prço rlativo das xportaçõs m trmos das importaçõs, m moda nacional diminui). Efito comptitividad ou volum é um fito positivo sobr a BC O fito comptitividad ou volum é o fito da dsvalorização da taxa d câmbio nominal sobr o saldo da BC m volum. Est fito é mdiatizado pla taxa d câmbio ral qu s dprcia, um maior númro d cabazs d bns nacionais compra um cabaz d bns strangiro, aumnta assim a procura d xportaçõs diminiuia procura d importaçõs. O saldo da BC m volum varia d forma positiva provocando um fito positivo sobr o saldo da BC: d<0ud(.p )<0udBC vol >0udBC>0 com dbc vol = de x.p x di m.p m O Efito prço é um fito ngativo sobr a BC O fito prço é o fito da dsvalorização da taxa d câmbio nominal sobr o saldo da BCp. Dá-s uma dtrioração dos trmos d troca qu faz com qu o prço Apontamntos d Política Económica - Adlaid Duart -2 -
3 rlativo das xportaçõs m trmos das importaçõs, m moda nacional diminua, o qu significa qu um maior volum d xportaçõs é ncssário para comprar o msmo volum d importaçõs. O impacto sobr a variação do saldo da BCp é ngativo, rprcutindo-s ngativamnt sobr o saldo da BC: d< 0u dp x px dp m p m <0udBC p <0udBC< 0 com dbcp = Ex.dpx Im.dpm E plo qu s acabou d dizr, fica claro qu trmos d dduzir as condiçõs sob as quais uma dsvalorização da taxa d câmbio nominal provoca um fito positivo sobr o saldo da BC, é qu foram idntificados dois fitos d sinal contrário. Em SI.2 srão tidos m conta qur os fitos dirctos qur os fitos induzidos. O qu qur dizr qu trmos também m linha d conta as variaçõs induzidas da produção intrna as variaçõs induzidas do prço d produção intrna. Ants d prossguirmos, cab aqui a dscrição sucinta da part ral do modlo d ofrta procura agrgadas qu utilizamos no studo do impacto macroconómico da dsvalorização sobr a BC. Part ral do modlo d ofrta procura agrgadas É composto por 8 quaçõs, as três primiras prmitm dduzir a função d ofrta agrgada, rspctivamnt, a função prço d produção, a função d Phillips, a função prço do consumo. As quatro quaçõs sguints dfinm as funçõs das componnts da procura agrgada, rspctivamnt, a função consumo, a função invstimnto, a função balança comrcial m volum a função gastos do Estado. A oitava quação dfin o quilíbrio no mrcado dos bns. O fito rtoma é um fito ngativo sobr a BC A primira variação stá na origm do chamado fito rtoma qu pod sr classificado como um fito d volum porqu provoca a variação d uma variávl ral, o volum das importaçõs. O fito rtoma consist no sguint: havrá uma variação positiva da produção intrna induzida pla variação positiva do volum das xportaçõs m consquência da dsvalorização, o qu provocará uma variação positiva do volum das importaçõs uma variação ngativa do saldo da BC m volum, qu por último provocará uma variação ngativa do saldo da BC: de x > 0 u dq > 0 u di m > 0, com di m = mdq u dbc vol = mdq < 0 u dbc < 0 O fito inflação importada é um fito ngativo sobr a BC A sgunda variação stá na origm do chamado fito inflação importada. Trata-s do fito da variação do prço xtrno (m moda nacional) sobr o saldo da Balança Comrcial qu é originada pla variação do prço xtrno m divisas /ou da taxa d câmbio nominal sobr o prço da produção intrna. Ess fito é transmitido nst modlo, (plas hipótss simplificadoras qu adoptámos) únicamnt através da componnt salarial dos custos d produção. Apnas Apontamntos d Política Económica - Adlaid Duart -3 -
4 considrámos a importação d bns d consumo. Os salários nominais são indxados ao prço do consumo, o qu significa qu xist uma rlação positiva ntr o salário nominal o prço do consumo ntr o salário nominal o prço d produção, variaçõs dst rlacionam-s ngativamnt com as variaçõs do saldo da BC. (dp d)> 0 u dpc > 0 u dw > 0 u dp > 0 u dbcp < 0 u dbc < 0 As condiçõs dduzidas m SI.1.1, m SI.1.2 m SI.2 são as qu a sguir s aprsntam considrou-s smpr qu na situação inicial a BC s ncontrava m quilíbrio. O torma das lasticidads críticas ou a condição d Marshall. Lrnr, Robinson (MLR) Est torma diz-nos qu a dsvalorição da taxa d câmbio nominal tm um fito positivo sobr o saldo da BC s a soma da lasticidad comptitividad-prço das xportaçõs das importaçõs for suprior à unidad: d < 0 u dbc > 0 u x + m > 1 A condição d MLR gnralizada Est torma diz-nos qu a dsvalorização da taxa d câmbio nominal trá um fito positivo sobr o saldo da BC s o fito comptitividad for suprior ao fito prço: d < 0 u dbc > 0 u b p > 0 Impacto macroconómico da dsvalorização: A dsvalorização da taxa d câmbio nominal trá um fito positivo sobr o saldo da BC s a difrnça positiva ntr o fito comptividad o fito prço, já corrigida do fito da inflação induzida (dp) for suprior, m valor absoluto, ao fito rtoma: d < 0 u dbc > 0 u mdq ( b p)(dp+ d) > 0;com dp = 0 Na SII, studa-s o impacto das políticas montária orçamntal sobr a produção intrna o quilíbrio xtrno, no quadro d um modlo macroconómico d conomia abrta d ofrta procura agrgadas como já antriormnt rfrimos. Est tipo d modlo adopta hipótss mais grais do qu os modlos pioniros d Mundll Flming qu stivram na sua bas. O modlo macroconómico considrado nsta scção é um modlo complto qu pod sr rprsntado d forma sintética por três quaçõs qu dfinm o quilíbrio do mrcado dos bns, do mrcado montário o quilíbrio xtrno. Consoant o rgim d câmbios trmos uma quação do saldo da balança d pagamntos (BP). Em câmbios flxívis o saldo é nulo, m câmbios fixos o saldo da BP é igual à variação d rsrvas d ouro divisas. Apontamntos d Política Económica - Adlaid Duart -4 -
5 Assim, numa primira tapa (SII.1) dduzm-s, d novo, os rsultados d Mundll Flmming para uma pquna conomia abrta na suposição qu os prços são fixos qu podmos tr dois tipos d rgims d câmbios difrnts: fixos flxívis. Os rsultados a qu irmos chgar prmitir-nos-ão concluir qu os impactos das difrnts políticas dpndm do rgim d câmbios qu a intnsidad dos rfridos impactos dpnd da snsibilidad dos movimntos d capitais à taxa d juro nominal. Em (SII.1.1) studamos o modlo d pquna conomia abrta d câmbios fixos, dduzimos os multiplicadors montário orçamntal chgamos à conclusão qu o multiplicador montário é tanto mais inficaz quanto maior for a snsibilidad dos capitais à taxa d juro, sucdndo o oposto com o multiplicador dos gastos do Estado. Em (SII.1.2) studamos o modlo d pquna conomia abrta d câmbios flxívis, dduzimos os multiplicadors montário orçamntal chgamos à conclusão qu o multiplicador orçamntal é tanto mais inficaz quanto maior for a snsibilidad dos movimntos d capitais à taxa d juro nominal, sucdndo o oposto com o multiplicador montário. Em (SII.2) os prços da produção do consumo são considrados variávis ndógnas do modlo, o impacto das políticas montária orçamntal são analisadas supondo os dois rgims d câmbios difrnts. Assim, a principal conclusão qu podrá sr tirada é a sguint: no caso d indxação total dos salários ao prço do consumo, a difrnça d rgim d câmbios sbat-s compltamnt no qu rspita à dtrminação da taxa d câmbio ral. Tal significa qu nm a política orçamntal, nm a política orçamntal são rsponsávis pla dtrminaçãoda taxa d câmbio ral qu é dtrminada sguindo a toria da paridad do podr d compra. O volum d produção é dtrminado pla política orçamntal a variação das rsrvas d ouro divisas (no caso d câmbios fixos), a taxa d câmbio nominal (no caso d câmbios flxívis) o nívl d prços são dtrminados pla política montária. Nst quadro d anális, a política montária m câmbios flxívis só podrá tr fitos rais transitórios. (SI) - Ddução da condição d Marshal-Lrnr-Robinson para as duas variants d quaçõs d prços Nos anos trinta foi dduzida a condição rlativa às lasticidads comptitividad-prço do comércio xtrno qu garant qu sob dtrminadas condiçõs uma dsvalorização tm um fito positivo sobr a BC m valor. Ficou conhcida na litratura conómica plo nom d torma das lasticidads-críticas é também dnominada plo nom dos conomistas qu a dduziram d forma indpndnt uns dos outros, Marshall-Lrnr-Robinson. Esta condição supõ fitos dirctos quaçõs d prços particulars. Srá dduzida a condição d Marshall-Lrnr-Robinson gnralizada qu stá associada à considração d hipótss grais sobr os prços. (SI.1.1) - Condição d Marshal-Lrnr-Robinson São tidos m conta os fitos dirctos da dsvalorização i.é., os fitos sobr o volum das xportaçõs das importaçõs a dtrioração dos trmos d troca. Apontamntos d Política Económica - Adlaid Duart -5 -
6 Quanto às quaçõs d prços, considra-s qu vigora a li do prço único porqu qur o prço das xportaçõs qur o prço das importaçõs dpndm do prço das produçõs intrnas rspctivas. Hipótss simplificadoras dq = dq = d = dp = 0 A produção intrna xtrna não s altram, o qu significa qu os fitos induzidos d volum não são tidos m conta; também o prço strangiro o prço da produção intrna não variam, o qu significa qu os fitos induzidos da inflação importada não são tidos m conta. Equaçõs do comércio xtrno Aprsntam-s d sguida as quaçõs d procura das xportaçõs das importaçõs bm como as quaçõs d prços das xportaçõs das importaçõs: 1) E x = (Q ) x (.p x ) x 2) I m = (Q) m ( p m p ) m 3) p x = p 4) p m = p No qu s rfr às funçõs procura: A função procura d xportaçõs (q. 1) - o volum das xportaçõs dpnd do PIB ral strangiro da taxa d câmbio ral (cotação ao crto). A procura d xportaçõs varia d forma positiva com o rndimnto strangiro; x é a lasticidad rndimnto das xportaçõs. A procura d xportaçõs varia d forma ngativa com a taxa d câmbio ral. Quando a taxa d câmbio ral diminui, o prço rlativo dos produtos nacionais m trmos dos produtos strangiros diminui, a comptitividad da nossa conomia aumnta, os não-rsidnts substitum bns strangiros por bns nacionais é por isso qu aumnta a procura d xpostaçõs; x é a lasticidad comptitividad-prço das xportaçõs (m módulo) - md a variação rlativa do volum das xportaçõs fac a uma variação rlativa da comptitividad-prço (da taxa d câmbio ral ao crto do nossa moda). A função procura d importaçõs (q.2) - o volum das importaçõs dpnd do PIB ral da taxa d câmbio ral cotado ao incrto. A procura d importaçõs varia d forma positiva com o rndimnto ral intrno; m é a lasticidad rndimnto das importaçõs. A procura d importaçõs varia d forma ngativa com a taxa d câmbio ral (cotada ao incrto), quando a taxa d câmbio ral aumnta, o prço rlativo dos produtos strangiros m trmos dos produtos nacionais aumnta, a Apontamntos d Política Económica - Adlaid Duart -6 -
7 comptitividad da nossa conomia diminui, dá-s uma substituição d bns importados por bns nacionais; m é a lasticidad comptitividad-prço das importaçõs (m módulo) - md a variação rlativa do volum das importaçõs fac a uma variação rlativa da comptitividad-prço (taxa d câmbio ral ao incrto da nossa moda). No qu s rfr às funçõs prços: A função prço das xportaçõs (q. 3) - O prço das xportaçõs é dtrminado no mrcado intrno. O prço das xportaçõs m moda nacional (p x ) é igual ao prço da produção intrna (p). A função prço das importaçõs (q.4) - O prço das importaçõs m moda nacional (p m ) é igual ao prço das importaçõs m divisas ( - dsigna o prço strangiro) corrigido pla taxa d câmbio ( dsigna a taxa d câmbio ao crto - 1$=x divisas. No qu s sgu, considrarmos, por simplificação, qu os prços são númros índics cuja bas é igual a 1. A taxa d câmbio stá dfinida ao crto plo qu a dsvalorização s traduzirá por uma dscida da taxa d câmbio nominal ( d 0 ). Ddução da condição d Marshall-Lrnr-Robinson Partimos da quação d dfinição da BC (m valor): (0)BC = p x E x p m I m Difrnciamos a balança comrcial (BC): (1) dbc = (p x.de x p m.di m ) (E x.dp x I m.dp m ) dbc v dbc p dbc v dsigna o difrncial da BC m volum dbc p dsigna o difrncial da BC dvido à variação dos trmos d troca. Passamos a logaritmos difrnciamos dpois as quaçõs da 1) à 4) substituimos os difrnciais na q. 0). 1 ) loge x = x log Q x (log + log p x log ) 2 )log I m = m log Q m (log p m log p) E tndo m conta a q. 3) virá: 2 )logi m = m log Q m ( log logp +log ) 3 )log p m = log log 4 )log p x = log p Apontamntos d Política Económica - Adlaid Duart -7 -
8 Tndo m conta as hipótss simplificadoras, a drivação logarítmica é apnas m rlação à taxa d câmbio: 5) de x E x = x d u de x = x E x d 6) dim Im = + m d u di m = + m I m d 7) dp m p m = d u dp m = p m d 8)dp x = dp = 0 Efito da dsvalorização sobr E x, I m, p m p x : d 0 u de x 0 di m 0 dp m 0 dpx 0 Uma dsvalorização da taxa d câmbio nominal provoca um aumnto das xportaçõs (vidé q. 5), uma diminuição das importaçõs (vidé q. 6); um aumnto do prço das importaçõs m moda nacional (vidé q. 7) uma invariância do prço das xportaçõs m moda nacional (vidé q. 8). Substituam-s agora as xprssõs ncontradas, m dbc virá: 9) dbc = ( x.e x.p x + m.i m.p m )( d ) I m.p m ( d ) Multipliqu-s divida-s o sgundo mmbro da quação antrior por I m p m (d/) sja B a taxa d cobrtura das trocas B=(E x p x )/(I m p m ): 10) dbc = Im p m (B x + m 1)( d ) Hip. 1) Situação inicial d quilíbrio: B=1 dbc 0 u x + m 1 0 ou ainda: 11) dbc 0 u x + m 1 Trata-s da condição d MLR. Supondo uma situação inicial d quilíbrio da BC, uma dsvalorização tm um impacto positivo sobr a BC s a soma das lasticidads comptitividad-prço das xportaçõs das importaçõs for suprior à Apontamntos d Política Económica - Adlaid Duart -8 -
9 unidad. Sndo nst caso o fito prço igual a mnos um. Lmbrmos qu o fito prço é a difrnça ntr a variação do prço das xportaçõs m moda nacional (=0) a variação do prço das importaçõs m moda nacional (=1). Hip. 2) Situação inicial d dsquilíbrio: B! 1 12) dbc 0 u B x + m 1 Trata-s da condição d MLR supondo uma situação inicial d dsquilíbrio da BC. Uma dsvalorização tm um impacto positivo sobr a BC s a soma do produto da taxa d cobrtura da trocas pla lasticidad comptitividad prço das xportaçõs da lasticidad comptitividad-prço importaçõs for suprior à unidad. Quanto mais rduzida for a taxa d cobrtura das trocas mais rstritiva é a condição. (SI.1.2 ) - Condição d Marshal-Lrnr-Robinson Srão tidos m conta os fitos dirctos da dsvalorização quanto às quaçõs d prços, considra-s qu os prços das xportaçõs das importaçõs dpndm qur do prço da produção intrna qur do prço da produção xtrna. Sja a x a lasticidad do prço das xportaçõs ao prço xtrno à taxa d câmbio, 0 [ a x [ 1 Sja a m a lasticidad do prço das importaçõs ao prço xtrno à taxa d câmbio, 0 [ a m [ 1 Em gral tmos: a m > a x A razão é simpls, uma part important das importaçõs nos paíss industrializados é constituída por matérias-primas cujos prços são fixados no mrcado intrnacional. Assim, a snsibilidad do prço das importaçõs ao prço intrnacional ao câmbio é suprior à snsibilidad do prço das xportaçõs ao prço xtrno ao câmbio. O caso (SI.1.1) corrspond à situação m qu a m =1 a x =0. Vamos scrvr as quaçõs do comércio xtrno substituindo as quaçõs d prços plas novas quaçõs: 1) E x = (Q ) x ( p x p ) x 2) I m = (Q) m ( p m p ) m 3) p x = ( p ) a x (p) ( 1 a x ) com 0 [ a x [ 1 Apontamntos d Política Económica - Adlaid Duart -9 -
10 4) p m = ( p ) a m (p) ( 1 am) com 0 [ a m [ 1 Tndo m conta as qs. 3) 4) podmos rscrvr as quaçõs 1) 2): 1) E x = (Q ) x ( p ) x(1 ax) 2) I m = (Q) m ( p ) mam O volum das xportaçõs é uma função dcrscnt da taxa d câmbio ral o volum das importaçõs é uma função crscnt da taxa d câmbio ral. A ddução da nova condição d MLR obtém-s fazndo a drivação logarítmica das qs. do comércio xtrno substituindo as xprssõs obtidas para : d E x E x ; d I m I m ; dp x p x d p m p m db na q. d dfinição da taxa d variação rlativa da cobrtura das trocas : B. 6) db B = de x E x di m I m + dp x p x dp m p m 7) dex E x 8) di m I m = x dq Q x (1 a x ) d + dp p dq = m Q + d xa m 9) dp x px = a x d p d + dp p + (1 a x ) dp p d p d p 10) dp m pm = a m d d + (1 a m ) dp p 11) dex E x di m I m = x dq Q m dq Q + [ x (1 a x ) + m a m ] d p d dp p 12) dp x px dp m pm = (a x a m ) d p d dp p A partir das qs. 11) 12) obtmos: 13) db B = x dq Q m dq Q + fito volum induzido [ x(1 ax) + mam] d p d ganhos d comptitividad Analismos o significado conómico da q. 13): dp p + (a x a m ) dp p d dp p fito prço ou trmos d troca Apontamntos d Política Económica - Adlaid Duart -10 -
11 x dq m dq Q Q rprsnta o fito volum induzido, trata-s da variação do saldo da BC vol dcorrnt da variação induzida da produção xtrna intrna m consquência dos fitos comptitividad. Por nquanto, stamos a considrar qu sts fitos são nulos, nsta conformidad a variação rlativa do rndimnto ral strangiro intrno é nula. Hipótss dq Q = 0 dq Q = 0 [ x (1 a x ) + m a m ] d p d dp p - rprsnta o fito volum ou fito comptitividad, trata-s do fito dircto positivo sobr a BC. (a x a m ) d p ngativo sobr a BC. d dp p - rprsnta o fito-prço, trata-s do fito dircto O outro tipo d fitos induzidos, o fito inflação importada também não é considrado, logo virá: Hipótss d = 0 dp p = 0 Podmos agora scrvr a xprssão da lasticidad da taxa d cobrtura à taxa d câmbio nominal: 14) db B + d = [ x (1 a x ) + m a m ] +(a x a m ) 15) d <0 db B >0 u [ x(1 a x ) + m a m ] + (a x a m ) > 0 Para qu uma dsvalorização aumnt a taxa d cobrtura das trocas é ncssário qu o fito comptitividad sja m módulo suprior ao fito-prço. Ou ainda: 15) d < 0 db B > 0 u[ x(1 a x ) + m a m ] > (a m a x ) sndo (a x a m ) < 0 S a m =1 a x =0, rncontramos a condição d MLR já dduzida. Rsumo: Os fitos dirctos da dsvalorização sobr a BC m valor dividm-s m fitos comptitividad fitos prço. Os primiros têm um fito positivo sobr a BC. Os sgundos têm um fito ngativo sobr a BC. No qu s sgu vamos supor qu partimos d uma situação inicial m qu o saldo da BC é nulo. O fito comptitividad - Rsulta da dprciação da taxa d câmbio ral provocada pla dsvalorização da taxa d câmbio nominal. Os produtos nacionais tornam-s Apontamntos d Política Económica - Adlaid Duart -11 -
12 rlativamnt mais baratos qu os produtos strangiros, m consquência aumntam as xportaçõs diminum as importaçõs: d < 0 d(.p )< 0 de x > 0 di m < 0 dbc vol > 0 udbc > 0 O fito-prço - Rsulta da dtrioração dos trmos d troca provocada pla dsvalorização. A subida rlativa do prço das importaçõs xprsso m scudos é suprior à subida rlativa do prço das xportaçõs xprsso m scudos: d < 0 dp x p x dp m p m < 0 dbc p < 0 udbc < 0 Comparmos os fitos dirctos da dsvalorização nos casos I a) I b): Analismos m primiro lugar as variaçõs dos prços das xportaçõs das importaçõs m moda nacional divisas m sgundo lugar o fito prço o fito comptitividad. Suponhamos qu s dá uma dsvalorização d (-)1%: variaçõs % das variávis fitos dirctos scudos (SI.1.1) scudos (SI.1.2) divisas (SI.1.1) divisas (SI.1.1) % do prço das importaçõs % do prço das xportaçõs 1 0 a m a x 0-1 -(1-a m ) -(1-a x ) fitos dirctos (SI.1.1) (SI.1.2) fito prço 0-1 a x -a m fito comptitividad εx+ε m εx(1 a x)+ε ma m Analismos o quadro. O fito prço é a difrnça ntr a variação do prço das xportaçõs a variação do prço das importaçõs m scudos. É prciso pois dtrminar stas variaçõs para os casos S.I.1.1 S.I.1.2. Rsultados qu vêm xprssos nas linhas (2) (3), colunas (2) (3). Os rsultados rlativos a S.I.1.1 S.I.1.2 são obtidos a partir das rspctivas quaçõs d prços. A dtrioração dos trmos d troca é mnor no caso SI.1.2) do qu no caso SI.1.1 porqu a subida do prço das importaçõs m moda nacional é mnor porqu o prço das xportaçõs m moda nacional também aumnta. Para a dtrminação dos fitos d comptitividad é ncssário mdir m primiro lugar a variação do prço das xportaçõs m divisas a variação do prço das importaçõs m scudos dcorrnts d uma variação d -1% da taxa d câmbio nominal. No caso SI.1.1, linha (3), coluna (4), no caso SI.1.2, linha (3), coluna (5) para a variação do prço das xportaçõs. No caso SI.1.1, linha (2), coluna (2), no caso S.I.1.2, linha (2) coluna (3) para a variação do prço das importaçõs. Apontamntos d Política Económica - Adlaid Duart -12 -
13 O fito comptitividad também é mnor. Como o prço das xportaçõs m divisas diminui mnos, (1-a x )<1, o prço das importaçõs m scudos aumnta mnos,(a m <1), o aumnto da procura d xportaçõs é mnor, ε x (1-a x )<ε x a diminuição da procura d importaçõs também é mnor, ε m a m <ε m. Finalizamos a lição aprsntando um diagrama rprsntando os fitos dirctos d uma dsvalorização da taxa d câmbio nominal. O sinal mnos (mais) rprsnta uma rlação ngativa (positiva) ntr as variávis. Efitos dirctos da dsvalorização dsvalorização da taxa d câmbio dtrioração dos trmos d troca ganhos d comptitividad (-) BC (+) Os fitos da dsvalorização não d confinam aos fitos dirctos. Os fitos totais inclum os chamados induzidos. O su studo prssupõ a aprsntação prévia do sctor ral do modlo macroconómico a partir do qual srão dduzidos. Os fitos induzidos dividm-s m dois: o fito rtoma o fito inflação importada. 1) O fito rtoma consist no fito da variação induzida da produção intrna sobr o saldo da BC. Trata-s d um fito induzido ngativo sobr a BC vol por consquência, sobr a BC. A variação induzida da produção intrna é originada plo aumnto das xportaçõs. E aqul acréscimo induzido só é possívl s houvr um aumnto das importaçõs adquado. Por sua vz, o aumnto das importaçõs tm um fito ngativo sobr o saldo da BC vol consquntmnt sobr o saldo da BC. Est fito induzido pod sr quantificado plo aumnto das importaçõs dcorrnts do aumnto da produção induzida. de x > 0 u dq > 0 u di m > 0, com di m = mdq dbc vol = mdi m < 0 dbc < 0 Apontamntos d Política Económica - Adlaid Duart -13 -
14 2) O fito inflação importada consist no fito da variação induzida do prço da produção intrna sobr o saldo da BC. Trata-s d um fito induzido ngativo sobr o saldo da BC por consquência sobr a BC. Aqul fito rsulta da inflação importada, ou sja, da subida do prço intrnacional mdido m scudos qu s rprcut d forma positiva sobr o prço da produção /ou do PIB, qu dnominamos d inflação induzida. A inflação importada é igual à variação do prço strangiro corrigido pla variação da taxa d câmbio. A inflação importada tm um fito positivo sobr a inflação intrna (suponhamos apnas a inflação induzida pla dsvalorização cambial, d =0 ) via indxação do salário nominal ao prço do consumo. O prço do consumo podrá aumntar porqu o prço dos bns d consumo importados aumntou /ou porqu o prço das matérias-primas importadas aumntou o prço da produção o qu tm por consquência o aumnto do prço do consumo. O aumnto do prço do consumo implica uma subida do salário nominal qu implica uma subida do prço da produção provoca uma dtrioração do saldo da BC. Por último, considrmos as sguints hipótss simplificadoras: a) a inflação importada idntifica-s com a variação cambial, tal significa qu o prço strangiro não varia, b) considra-s ainda qu apnas são importados bns d consumo, o fito inflação importada transmitir-s-á xclusivamnt via as variaçõs do prço do consumo; acrscnt-s ainda qu o fito positivo sobr o saldo da BC da rdução do consumo m virtud da subida do prço do consumo não é tido m conta. d d > 0 dp c > 0 dw > 0 dp > 0 dbc vol < 0 u dbc < 0 O modlo macro-conómico d conomia abrta qu a sguir s xpõ constitui a part ral d um modlo mais complto. Est modlo é formado por 8 quaçõs. As três primiras quaçõs prmitm dduzir uma curva d ofrta agrgada, as quatro quaçõs sguints a curva d procura agrgada a última quação rprsnta a condição d quilíbrio no mrcado dos bns. d p d 1) p= 1 $ wn Q $$$Função prço do PIB 2)p c = p ( ) (1 ) $ $ $Funçãoprçodoconsumo 3) $ w= $ p c + (u) $$ $Rlação d Phillips 4)C = C p(q T) p c,p c $ $ $Função Consumo 5) I = I(Q, r) $ $ $Função Invstimnto 6)BC v = BC v (Q, p ) $ $ $Função BC m volum Apontamntos d Política Económica - Adlaid Duart -14 -
15 7) G = _ G 8) Q = C + I + G + BC v $ $ $Condição d quil brio no mrcado dos bns As três primiras quaçõs rprsntam a rlação ntr prços salários numa conomia abrta. A q. 1) xprim a condição d maximização do lucro: p=custo marginal. β - rprsnta a lasticidad da produção rlativamnt ao mprgo sndo a função d produção uma função Cobb-Douglas. A q. 2) diz-nos qu o prço do consumo dpnd d forma positiva do prço da produção do prço strangiro. (1-µ) rprsnta a proporção das importaçõs no consumo total, aqul factor xprim o grau d abrtura da conomia. A q. 3) é uma rlação d Phillips qu nos diz qu a taxa d crscimnto do. salário nominal w é uma função crscnt da taxa d inflação ( ), sndo λ o factor d indxação ; é uma função crscnt da taxa d dsmprgo cuja função é φ(u). A Função d Ofrta Agrgada, q. 1 ) é dduzida a partir daqulas três quaçõs é uma rlação funcional ntr o prço do PIB por um lado, o volum da produção (Q), o prço strangiro m scudos ( /) a componnt xógna do custo d produção (h) por outro. O prço do PIB é uma função crscnt d todos os argumntos sndo ( /) (h) parâmtros.. p c 1 ) p = p( + Q, +, + h) $$ $Função d Ofrta Macroconómica A quação 4) rprsnta a função consumo das famílias. O consumo é uma função crscnt do rndimnto líquido ral das famílias (Q-T) uma função dcrscnt do prço do consumo dvido ao fito d ncaix ral, a riquza das famílias diminui com o aumnto do prço do consumo (a st propósito rcapitul-s o fito Pigou). Podmos rscrvr a função consumo tndo m conta qu p c é uma função do prço d produção do prço strangiro, assim virá: 4 ) C= C + (Q T), p, + p O consumo é uma função dcrscnt do prço strangiro m moda nacional porqu o prço do consumo é uma função crscnt daqula variávl. Considramos qu o consumo é uma função crscnt do prço d produção porqu supomos qu o fito rndimnto é suprior ao fito d ncaix ral. Com fito, o prço do PIB pod aumntar dvido a dois factors distintos, ao volum da produção ao prço do factor trabalho, (supondo qu as condiçõs técnicas d produção não variam). Ora o consumo é uma função crscnt do volum d produção, s o fito rndimnto não for contrabalançado plo fito ncaix ral, podmos dizr qu o consumo é uma função crscnt do prço do PIB. Mais uma vz podrmos Apontamntos d Política Económica - Adlaid Duart -15 -
16 rscrvr a quação s tivrmos m linha d conta a dfinição d taxa d câmbio ral: 4 ) C = C + (Q T), +.p p O consumo é agora uma função crscnt da taxa d câmbio ral. No qu s sgu considrarmos a sguint função consumo: 4 )C= (1 t) p p c QcomT=tQ A q. 5) rprsnta a função invstimnto, sgundo sta, o invstimnto é uma função crscnt do volum d produção uma função dcrscnt da taxa d juro. Rscrva-s a função no qu s sgu dsprzarmos a influência da taxa d juro sobr o invstimnto. 5 ) I = Q + I 0 sndo I 0 constants A quação 6) rprsnta a função o saldo da balança comrcial m volum (BC vol ) qu é uma função dcrscnt do volum da produção da taxa d câmbio ral. A rlação é ngativa com o volum d produção porqu o volum das importaçõs é uma função crscnt do volum da produção intrna. Quanto à rlação ngativa com a taxa d câmbio ral, o volum d xportaçõs aumnta com a dprciação da taxa d câmbio ral o volum d importaçõs diminui com a dprciação da taxa d câmbio ral, como na BC vol as importaçõs stão afctadas d sinal ngativo, podmos dizr qu a BC vol dpnd ngativamnt da taxa d câmbio ral. A q. 6 ) é a função procura d importaçõs. Como acima foi afirmado, supõ-s qu só s importam bns d consumo abstrai-s o fito ncaix ral. As importaçõs são uma função crscnt do rndimnto líquido ral intrno da taxa d câmbio ral. 6 ) I m = I m + p.(q T).p p c, + A quação 6 ) rprsnta a procura d xportaçõs. As xportaçõs são uma função crscnt do PIB strangiro (Q ) dcrscnt da taxa d câmbio ral. Quando a taxa d câmbio ral aumnta, os prços strangiros são mais comptitivos, o qu lva a uma substituição no strangiro d produtos nacionais por produtos strangiros. 6 ) E x = E x ( + Q,.p ) Tndo m conta a dfinição d BC vol podmos dfinir a função saldo da Balança Comrcial m volum: Apontamntos d Política Económica - Adlaid Duart -16 -
17 BC vol = E x I m BC vol = E x ( Q +.p, + ) I m (Q T), + s fizrmos Q = Q virá : 6) BC vol = BC vol ( Q,.p ).p A quação 6) rprsnta a função o saldo da balança comrcial m volum (BC vol ) qu é uma função dcrscnt do volum da produção da taxa d câmbio ral. A rlação é ngativa com o volum d produção porqu o volum das importaçõs é uma função crscnt do volum da produção intrna. Quanto à rlação ngativa com a taxa d câmbio ral, o volum d xportaçõs aumnta com a dprciação da taxa d câmbio ral o volum d importaçõs diminui com a dprciação da taxa d câmbio ral, como na BC vol as importaçõs stão afctadas d sinal ngativo, podmos dizr qu a BC vol dpnd ngativamnt da taxa d câmbio ral. A função procura agrgada podrá sr dduzida substituindo na q. 8) C, I, G, BC vol plas suas xprssõs: 8 )Q =C Q T +.p, + +I Q, + r +G+BC vol Q, Podmos agora aprsntar, d forma rsumida, a part ral do nosso modlo: 1) p = p(q,, h),p 4)C=c(1 t) p p c Q com T=tQ 5)I = Q + I 0 6)BC vol (Q,.p ) 7)G = G 8)Q =C Q T +.p, + +I Q, + r +G+BC vol Q, Para podrmos dduzir a condição qu assgura uma mlhoria do saldo BC m consquência d uma dsvalorização, dvmos dduzir as xprssõs da variação do saldo da BC, da variação do volum d produção da variação do prço do PIB, rspctivamnt I) dbc, II) dq III) dp.,p Apontamntos d Política Económica - Adlaid Duart -17 -
18 I ) Vamos comçar por dduzir a xprssão do difrncial da função BC, dbc: (1.1) dbc = dbcvol + dbc p Lmbrmos qu nas aulas antriors aqulas xprssõs foram dduzidas: (1.2) dbc vol = p x.de x p m.di m com p x = p m = 1 no ano bas (1.3) de x = (1 a x ) x.e x.(dp + d d ) (1.4) di m = m dq di m Q + a m m I m (dp + d dp) com m= di m dq vm m.dq. I m Q = mdq Sndo m a propnsão marginal a importar α m a lasticidad rndimnto das importaçõs. (1.5) di m = mdq + a m. m.i m (dp + d d ) (1.6) dbc vol = mdq [ x (1 a x ).E x + m a m I m ](dp + d dp) com b = [ x (1 a x ) $ Ex + m a m I m ] (1.7) dbc vol = mdq b.(dp + d d ) virá com d =0: (1.8) dbc vol = mdq b (dp + d) (1.9) dbc p = E x.dp x I m.dp m dp x p x dp m p m = (a m a x )(dp + d d ) dbc p = (I m.a m E x.a x )(dp + d d ) Fazndo I m =E x virá: dbc p = I m.(am ax)(dp + d d ) fazndo p = I m (a m a x ) Apontamntos d Política Económica - Adlaid Duart -18 -
19 Obtmos: dbc p = p (dp + d) dbc = mdq ( b p )(dp + d) ou ainda: dbc = mdq ( b p ).d ( b p ).dp fito fitos inflação rtoma dirctos induzida Estamos agora intrssados m analisar o dcliv da função BC. Irmos rprsntar sta função no plano (Q, (.p/p)). Para o fito façamos dbc=0 rsolva-s dduza-s a xprssão do dcliv da função para dbc=0: dq d(.p p ) = ( b p ) m Rprsntmos a rcta com aqul dcliv no plano acima dfinido. Por construção, aqula rcta é o lugar gométrico das combinaçõs d produçõs d taxas d câmbio rais qu stão associadas a uma BC com saldo nulo. Como a BC é uma função dcrscnt do volum da produção da taxa d câmbio ral, a BC é xcdntária na rgião dfinida à squrda da rcta, na rgião à dirita, a BC é dficitária. Tommos o ponto b situado na rgião dficitária. Como podrá sr rabsorvido o dsquilíbrio? Ou à custa da dprciação da taxa d câmbio ral (à custa d um aumnto d comptitividad), /ou à custa da diminuição do volum d produção. Apontamntos d Política Económica - Adlaid Duart -19 -
20 Q BC=0 rgião dficitária rgião xcdntária ḅ.p p II) Dvrmos agora dduzir o difrncial da função procura, dq: dq obtém-s através do cálculo do difrncial total da função procura: dq= C Q.dQ+ C.p p.d(.p p ) +dg+ BC vol Q.dQ+ BC vol.p p.d(.p p ) + I Q.dQ C Q =c(1 t) C.p p = c >0 Sndo ε c - a drivada parcial da função consumo à taxa d câmbio ral. I Q = dq=c(1 t)dq+ c.d(.p )+dg mdq b.d(.p ) )+.dq ou ainda: [1+m c(1 t) ].dq=dg ( b c ).d(.p ) Podmos dduzir o dcliv da função procura a partir da função antrior: dq d(.p p ) = ( b c ) 1+m c(1 t) III) Vamos agora dduzir a xprssão do difrncial do prço do PIB: Apontamntos d Política Económica - Adlaid Duart -20 -
21 Para o fito difrncimos a q. 1): dp = p Q.dQ+ p Q = 1 q; p ( ) ( p.d( ) ) + p h.dh Substituindo as xprssõs virá: = com = (1 ) 1 ; d( ) = d d; p h = v façamosdh =0 dp = 1 q dq+ (d d) com < 1 ρ rprsnta o coficint d indxação à inflação importada, supõ-s qu no curto-prazo o su valor srá infrior à unidad. Analisar o significado d ρ=1, bm como as consquências d uma dsvalorização cambial sobr a BC naqula hipóts. Vamos agora dduzir a condição rlativa à rlação d ordm dos dclivs das funçõs procura Balança Comrcial no caso da dsvalorizção nominal da taxa d câmbio produzir um fito positivo sobr o saldo da BC. d > 0 u dbc > 0 u mdq ( b p )(d + dp) > 0 ou ainda: dq < ( b p) m (d + dp) Substituindo dq pla sua xprssão na quação acima obtmos: ( b c ) 1+m c(1 t) (d +dp) < ( b p) m (d +dp) Como (d+dp)<0 virá: ( b c ) 1+m c(1 t) > ( b p) m ou ainda: ( b p) m > ( b c ) 1+m c(1 t) Apontamntos d Política Económica - Adlaid Duart -21 -
22 Conclusão: Para qu uma dsvalorização tnha um fito positivo sobr o saldo da BC é ncssário qu m valor absoluto, o dcliv da BC sja suprior ao da curva da procura. Ilustrarmos d sguida a condição. Rtomamos o gráfico antrior vamos introduzir as rctas da procura da ofrta. Tnhamos m conta qu a procura é uma função da taxa d câmbio ral, variaçõs da taxa nominal não produzm dslocamntos da rcta da procura, provocam apnas dslocamntos da rcta da ofrta. Qurmos sabr dtrminar o dslocamnto da rcta da ofrta fac a uma dsvalorização. Mantndo-s o volum d produção a txa d câmbio ral diminui no montant d: d(1-ρ). Q = Q u dq = 0. dp = d A variação da taxa d câmbio ral consquência da dsvalorização: d(.p ) = d + dp com d = 0 E substituindo dp pla sua xprssão, m cima, vm: d + dp = d(1 ) Q BC=0 Q O ((p/p),(/p)) 1 Q O ((p/p),(/p)) d(1- r) 0 b a Q P (p/p) No gráfico acima ilustra-s o fito d uma dsvalorização sobr o quilíbrio xtrno. A situação inicial d quilíbrio no mrcado dos bns, (ponto a), stá associada a um défic da BC. A dsvalorização dslocou a rcta da ofrta para a squrda o novo quilíbrio no mrcado dos bns, (ponto b), stá agora associado a um xcdnt da BC. O studant podrá fazr a ilustração gráfica da sguint proposição: - uma política d dsvalorização cambial não produz quaiqur fitos sobr o quilíbrio xtrno no caso m os dclivs da BC da função procura são m valor valor absoluto iguais. Apontamntos d Política Económica - Adlaid Duart -22 -
23 S o dcliv da curva da procura foss m valor absoluto suprior ao da curva da BC, uma política d dsvalorização cambial provocaria um défic da BC (ponto b, no gráf. abaixo). Q BC=0 b a Q O 1 Q O 0 Q P (p/p) Quando tomamos m linha d conta os fitos totais da dsvalorização, aqula trá um fito positivo sobr o quilíbrio xtrno dsd qu a dtrioração da BC dvido ao fito rtoma não contrabalanc o fito positivo provocado pla variação fctiva d comptitividad. Apontamntos d Política Económica - Adlaid Duart -23 -
RI406 - Análise Macroeconômica
Fdral Univrsity of Roraima, Brazil From th SlctdWorks of Elói Martins Snhoras Fall Novmbr 18, 2008 RI406 - Anális Macroconômica Eloi Martins Snhoras Availabl at: http://works.bprss.com/loi/54/ Anális Macroconômica
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