21ªS JORNADAS TÉCNICO-CIENTÍFICAS DA FESA: ANGOLA FACE À ACTUAL ORDEM ECONÓMICA- FINANCEIRA MUNDIAL
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1 21ªS JORNADAS TÉCNICO-CIENTÍFICAS DA FESA: ANGOLA FACE À ACTUAL ORDEM ECONÓMICA- FINANCEIRA MUNDIAL O Sistema Financeiro: Da Multiplicação dos Meios de Pagamento (derivados) ao Esboço do Actual Enxugamento da Moeda e suas Consequências Políticas, Económicas e Sociais LUCILENE MORANDI UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE UFF NITERÓI - RIO DE JANEIRO - BRASIL
2 Retração da liquidez Apreensão dos mercados com anúncio do banco central EUA, Fed, em setembro 2017 Fed: venda gradual US$ 2 trilhões de ativos até 2022 (Gráfico) Equivale a 75% dos ativos adquiridos desde 2008 (mais de US$ 4 tri) Balanço do Fed: US$ 4,47 tri contra US$ 900 bi antes da quebra do Lehman Títulos do Tesouro EUA somam US$ 2,4 tri (53%) e antes de 2008 retinha basicamente Títulos do Tesouro Fed retém US$ 2,1 tri em excesso de reserva do sistema bancário Fed promove crescimento desde 1944 com compra de títulos da dívida do Tesouro, retendo entre 9 e 11% Dívida atual é US$ 20 tri. Deveria reter US$ 2,0 tri e retém 2,46 tri
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4 Retração da liquidez Fed: redução do excesso de reservas Antes de 2008: raramente excesso de reservas Mercado definia taxa de juros de mercado Outros bancos centrais sinalizam políticas monetárias restritivas: Banco Central Europeu (BCE), Banco do Japão (BOJ) e Reino Unido Política monetária expansionista tem relação direta com preços de ativos Gráfico Desta vez, será diferente? Apesar do excesso de reservas, para analistas venda de ativos pelos bancos centrais pode provocar venda e queda de preço de outros ativos mais rápido
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6 Liquidez internacional Aumento da retenção de ativos pelos bancos centrais desde a crise FED, BCE, BOJ e Banco Popular da China (PBOC) quadruplicaram sua posição US$ 6,5 tri em 2008 e US$ 17 tri em 2016 (1/5 do PIB global) Impacto importante sobre a globalização financeira (raiz da crise EUA) Segundo a McKinsey os fluxos financeiros internacionais (IDE, empréstimos e compra de ativos) caíram 65% US$ 12,4 tri em 2007 para US$ 4,3 tri em 2016 Basicamente redução de atividades bancárias: empréstimos externos e outras atividades bancárias no estrangeiro
7 ativos financeiros estrangeiros de bancos Menor retenção de ativos estrangeiros pelos bancos globais EUA e Europa desde a crise EUA Incluindo empréstimos externos e a subsidiárias de empresas estrangeiras; títulos; derivativos; garantias e compromissos de crédito US$ 6,6 tri em 2000; US$ 23,4 tri em 2007 (+255%); US$ 13,9 tri em 2016 (-40%) Destaque bancos da zona do euro queda de US$ 7,3 tri em ativos estrangeiros (-45%) desde 2007 Aumento de outras regiões: destaque Canadá e China US$ 2,3 em 2000; US$ 6,8 tri em 2007 (+192%) e US$ 9,8 tri em 2016 (+44%)
8 Motivos da Retração dos bancos globais Redução de atividades no estrangeiro em mercados com: menor rentabilidade; pequena escala de negócios e mercado local pouco conhecido Gráfico Novas regulações internacionais: Basileia III - desincentivo a operações no estrangeiro Aumento do incentivo à expansão do crédito doméstico: zona do euro Bancos de países em desenvolvimento e algumas economias avançadas aumentaram a retenção de ativos estrangeiros Gráfico Canadá e Japão mais que dobraram a posse de ativos estrangeiros US$ 2,3 trilhões em 2007 para US$ 5,3 tri em maiores bancos chineses multiplicaram por dez a posse de ativos estrangeiros US$ 86 bi em 2007 para incríveis US$ 1 tri em 2016 Pode crescer mais: isto é 9% do total de ativos dos bancos (20% nos países centrais)
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10 Ativos estrangeiros em posse dos bancos (US$ trilhões)
11 SISTEMA FINANCEIRO motivos para estabilidade Fluxos de capitais menos voláteis IDE e fluxo de capitais próprios (ações) com maior participação no fluxo total 69% em 2016 contra 36% em 2007 Menores desequilíbrios globais no balanço de pagamentos em conta corrente e nas contas de capital e financeiro 1,7% do PIB mundial em 2016 e 2,5% em 2007 Destaque para a redução do déficit dos EUA e do superávit da China Países em desenvolvimento apresentam pela primeira vez em uma década saldo líquido de fluxo de capital externo Os bancos globais estão com maior colchão de capital e liquidez (reservas) e muitos construíram maior capacidade de gerenciamento de risco
12 Globalização financeira A globalização financeira continua Estoque global de investimentos externos (% PIB) variou pouco desde 2007 US$ 103 tri em 2007 e US$ 132 tri em 2016 (±180% do PIB mundial) Mais de 25% das ações estão em mãos de estrangeiros (17% em 2000) No mercado de títulos: 31% de estrangeiros em 2016 contra 18% em 2000 Só empréstimos e outros investimentos declinaram desde a crise (McKinsey)
13 SISTEMA FINANCEIRO riscos potenciais Fluxo bruto de capitais é volátil, principalmente empréstimos externos países em desenvolvimento e economias avançadas sofrem variações bruscas Mercado de ações EUA continua a crescer economia julgada robusta, taxa de juros baixa Alguns mercados de ações alcançaram novos patamares risco de bolha Gráfico IBOVESPA: queda desde jan 2011(70.940) até jan 2016 (37.717) cresce desde então: atualmente maior que pontos
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15 Fluxos financeiros internacionais Crédito bancário internacional para não bancos cresce desde 2015 para países e filiais locais de firmas estrangeiras Estoque internacional de dívida crescendo: destaque setor não bancário Crédito em euro para setor não financeiro estrangeiro cresce em 2017 Estoque de crédito em dólar para não-bancos em países emergentes chegou a US$ 3,4 tri em 2017 Dívida pública de países emergentes mais que dobrou desde 2007 Gráfico emissão de títulos com maior prazo de maturidade e taxas fixas Total de US$ 11,7 tri em 2016 Brasil, China e Índia somam US$ 8 tri
16 US dollar-denominated credit to non-banks in EMEs 1 Amounts outstanding, in trillions of US dollars Graph 3 By instrument By region Bonds issued by non-banks Bank loans to non-banks 2 Emerging Europe Latin America and Caribbean Africa and Middle East Emerging Asia-Pacific Further information on the BIS global liquidity indicators is available at 1 Non-banks comprise non-bank financial entities, non-financial corporations, governments, households and international organisations. 2 Loans by LBS-reporting banks to non-bank borrowers, including non-bank financial entities, comprise cross-border plus local loans.
17 Menor desequilíbrio em CC e CKF do BP O comércio internacional no período pós crise financeira não empurra o crescimento econômico Gráfico As barreiras ao comércio internacional têm se elevado como resposta ao baixo crescimento Gráfico Em 2016 taxa de crescimento do comércio mundial menor que a do PIB pela 1ª vez em 15 anos (OMC) Desde 2015 as exportações mundiais têm crescimento baixo: impacto da redução das importações dos países em desenvolvimento Gráfico Razões: efeito China; protecionismo; maior ênfase em comércio de serviços e fluxos digitais
18 Taxa de crescimento: Comércio mundial e pib
19 Fonte: OCDE Taxa de crescimento: Comércio mundial e pib
20 Exportação e importação (volume) POR GRUPO DE PAÍSES
21 Comentários Redução de liquidez Fed e bancos centrais: impacto sobre taxa de juros e câmbio Se bancos globais não aumentarem oferta de crédito proporcionalmente: queda da liquidez internacional Menor liquidez internacional: PED com mais dificuldade de endividamento Impacto negativo para PED: se bancos globais reforçam mercado interno, aumento de juros, redução de crédito e desvalorização das moedas locais Crescimento dos PED mais dependentes do crescimento dos países centrais
22 Obrigado! Lucilene morandi
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