Vulnerabilidade externa estrutural do Brasil

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1 Vulnerabilidade externa estrutural do Brasil Reinaldo Gonçalves Professor titular UFRJ 1

2 Sumário 1. Conceitos-chave 2. Vulnerabilidade externa estrutural 3. Perspectivas 2

3 1 Conceitos-chave Modelo liberal periférico Vulnerabilidade externa estrutural 3

4 MLP: características liberalização das relações econômicas internacionais (4 esferas) implementação de reformas no âmbito do Estado (em especial na área da previdência social) privatização de empresas estatais desregulação do mercado de trabalho significativa vulnerabilidade externa estrutural capital financeiro e a lógica financeira como dominantes em sua dinâmica macroeconômica 4

5 Vulnerabilidade externa Capacidade de resistência, em razão inversa, a Pressões Fatores desestabilizadores e Choques externos => Opções e custos do ajuste 5

6 Três conceitos: vulnerabilidade externa Conjuntural Comparada Estrutural 6

7 Vulnerabilidade externa conjuntural DÍVIDA EXTERNA - indicadores Serviço da dívida / exportações (%) 41,3 32,4 19,0 28,5 23,0 Serviço da dívida / PIB (%) 5,2 3,8 2,3 2,7 2,2 Dívida total / PIB (%) 15,9 14,1 12,0 12,4 12,3 Reservas (liquidez) / dívida total (%) 49,7 93,3 104,3 120,6 112,4 Dívida total / exportações (razão) 1,3 1,2 1,0 1,3 1,3 Reservas / serviço da dívida (razão) 1,5 3,5 5,1 5,5 6,2 7

8 Transações correntes do balanço de pagamentos do Brasil (US$ bilhões): ,0 40,0 44,7 46,5 40,0 33,7 20,0 24,8 24,8 25,3 20,3 13,1 11,7 14,2 13,6 0,0-20,0-40,0 4,0 1, , , , ,7-8,1-9,7-13,1-18,2-16,7-18,6-20,5-19,3-26,0-24,3-27,5-29,3-28,2-31,1-33,7-40,6-39,6-47,5-60,0 Balança comercial (FOB) Serviços Rendas Transações correntes 8

9 Superávits na balança comercial e nas transferências unilaterais como proporção dos déficits da conta de rendas (%) 200,0 180,0 160,0 140,0 120,0 100,0 80,0 60,0 40,0 20,0 0, ,0 16,0 14,0 12,0 10,0 8,0 6,0 4,0 2,0 0,0 Balança comercial (FOB) (eixo esq.) Transferências unilaterais correntes (líquido) (eixo dir.) 9

10 Vulnerabilidade externa comparada Risco-Brasil (janeiro 2008-maio 2010) Ene08 4Feb08 7Mar08 10Abr08 14May08 17Jun08 21Jul08 22Ago08 25Sep08 29Oct08 2Dic08 5Ene09 6Feb09 12Mar09 15Abr09 19May09 22Jun09 24Jul09 27Ago09 30Sep09 3Nov09 7Dic09 8Ene10 11Feb10 17Mar10 20Abr10 Spread - Embi+ America Latina (pbs) Spread - Embi+ Brasil (pbs) Determinação exógena significativa

11 Saldo de transações correntes (% do PIB) do Brasil - diferenças em relação à média e mediana mundiais e a posição do país no ranking mundial: ,0 50 5, ,9 55 4,0 62 3,6 4,2 4,2 4,3 3,9 64 3, , ,0 3,0 70 2,0 2,6 2, ,0 1,1 1,7 1,6 1,0 1,3 0, ,0 0, Diferença entre o saldo do Brasil e a média do saldo mundial Diferença entre o saldo do Brasil e a mediana do saldo mundial Brasil no ranking mundial (ordem inversa, eixo dir.) 11

12 2. Vulnerabilidade externa estrutural Desequilíbrio de fluxo Desequilíbrio de estoque 12

13 Desequilíbrios de fluxos e estoques das contas externas do Brasil (%): ,00 0,0 1,50-5,0 1,00 0,50-10, , ,0-20,0-1,00-1,50-2,00-25,0-30,0-2,50-35,0 Brasil, BOP - Transações correntes balanço de pagamentos % PIB Brasil, PII / EXP, posição de investimento internacional (passivo externo - ativo externo) em relação ao saldo da balança comercial de bens do Brasil (eixo dir.) 13

14 Posição internacional de investimentos do Brasil (estoque) Passivo externo Total Investimento estrangeiro direto Participação no capital 1/ Empréstimos intercompanhia Investimentos em carteira Investimentos em ações Títulos de renda fixa Derivativos Outros investimentos sendo Empréstimos final do ano

15 Ativo Total final do ano Investimento direto brasileiro no exterior Participação no capital 1/ Empréstimos intercompanhia Investimentos em carteira Investimentos em ações Títulos de renda fixa Derivativos Outros investimentos Crédito comercial (de fornecedores) Empréstimos Moeda e depósitos Outros ativos Ativos de reservas

16 Vulnerabilidade externa estrutural Padrão de comércio Internacionalização da produção Dinamismo tecnológico Robustez do sistema financeiro 16

17 Cont... Reduzida autonomia de política (policy space) desregulamentação Liberalização Fenômeno de longo prazo 17

18 Vulnerabilidade externa estrutural: Mais evidência A. Comercial B. Produtiva C. Tecnológica D. Monetário-financeira 18

19 A. Esfera comercial Padrão de comércio Reprimarização Downgrade 19

20 Reprimarização 20

21 Exportação de commodities : problemas 1. baixa elasticidade-renda da demanda por produtos primários 2. elasticidade-preço da demanda desfavorável 3. absorção dos benefícios do progresso técnico 4. estruturas de produção retrógradas concentração / excedente / poder 21

22 Exportação de produtos primários: problemas (cont.) 5. efeitos negativos: concentração da riqueza e da renda grandes propriedades (vazamento / mercado interno) 6. restrição externa: commodities volatilidade de preços / instabilidade da receita de exportação 7. transmissão internacional dos ciclos econômicos 8. maiores barreiras de acesso ao mercado internacional 22

23 Exportação de produtos primários: problemas (cont.) 9. escalada tarifária 10. menor valor agregado 11. dumping ambiental: custos e riscos crescentes 12. dumping social: custos e riscos crescentes 23

24 Produtos agrícolas: baixo dinamismo 24

25 B. Esfera produtiva Desindustrialização Internacionalização da produção- IED desnacionalização 25

26 26

27 27

28 28

29 PIB das ETs segundo o setor de atividades Desnacionalização Atividades Agropecuária Indústria extrativa mineral Indústria de transformação Construção Produção e distribuição de eletricidade, gás e água Comércio Transporte, armazenagem e correio Serviços de informação Intermediação financeira, seguros e previdência complementar Outros serviços Administração, saúde e educação públicas Participação das ETs no PIB total Participação no setor (%) ,8 1,1 1,7 15,9 12,2 6,1 26,0 31,4 31,4 1,5 1,9 7,6 1,0 31,6 20,0 7,8 10,3 24,5 4,0 4,2 15,9 2,2 34,1 21,8 14,8 29,6 27,8 2,3 4,3 5, ,6 12,3 14,7 29

30 C. Esfera tecnológica Sistema nacional de inovações Setores intensivos em tecnologia Importação de tecnologia 30

31 Dependência tecnológica: Dependência tecnológica: (%) (US$ valores constantes 2010) -450,0-416,8-415,9-400,0-244,3-281,5-281,3-243,6-258,5-254,9-244,2-273,1-299,1-328,8-317,3-350,0-300,0-250,0-208,0-211,4-200,0-150,0-100,0-63,9-37,8-40,9-41,3-47,9-48,8-50,0-14,0-18,5-20,4-20,0-25,9-27,9-24,8-27,9-24,9 0, Importação de produtos da indústria de alta e média-alta tecnologia / Gastos de P&D (%) Total despesa - serviços tecnológicos / Gastos de P&D (%) Importação tecnologia (bens e serviços) / Gastos de P&D (%) 31

32 Fonte: PROTEC 32

33 33

34 Fonte: FIESP 34

35 35

36 D. Esfera financeira Passivo externo financeiro Liberalização e desregulamentação financeira 36

37 Brasil - Passivo externo, ativo externo e posição de investimento internacional: (US$ milhões correntes, final do período) ,3 tri$ bi$ bi$ bi$ AEB - Ativo PEB - Passivo PAP - Posição de investimento internacional (AEB - PEB) 37

38 Passivo externo financeiro líquido (US$ milhões, final do ano) bi bi PEL - Passivo externo líquido (PEB - RSI) PEL - Passivo externo financeiro líquido (PEF - RSI) 38

39 Despesas relativas ao passivo externo como proporção (%) do superávit da balança comercial: ,0 250,0 120,0 100,0 80,0 200,0 150,0 60,0 40,0 20,0 100,0 50,0 0, Investimento direto Investimento em carteira Outros investimentos Despesas totais 0,0 39

40 Questão central =>a economia brasileira tem elevada vulnerabilidade externa estrutural nas esferas comercial, produtiva, tecnológica e monetário-financeira 40

41 3. Perspectivas Desindustrialização e reprimarização Aumento da vulnerabilidade externa estrutural Crescimento empobrecedor 41

42 Reprimarização e desindustrialização Teorema de Rybczynski O aumento da dotação de um fator (RN) aumentará a produção do bem X (produtos primários) que usa intensivamente este fator e diminuirá a produção do outro bem M (manufaturados) 42

43 Lógica econômica Preços dos bens constantes Aumento da dotação de um fator Preços dos fatores constantes K/L constante em ambos os produtos produtividade constante em ambos os produtos => M para liberar K e L para X 43

44 Teorema de Rybczynski somente aumenta a dotação de um fator (RN) Manufaturados M B = (130,20) C = (270,10) C Produtos primários 44

45 Comércio e commodities Crescimento empobrecedor Crescimento econômico (aumento da dotação de fatores ou progresso técnico) implica expansão do comércio e queda do nível de renda crescimento empobrecedor 45

46 Incertezas críticas: variáveis-chave Termos de troca Câmbio Crescimento 46

47 Exemplo: progresso técnico neutro Aumento da produtividade de L e K em X Deterioração dos termos de troca País grande Efeito riqueza eliminado pelo efeito deterioração dos termos de troca 47

48 M Produção Renda Consumo 48

49 Enquanto isso (BRICS)... BRICS: participação % no PIB PPP mundial, ,00 16,00 14,00 12,00 10,00 8,00 6,00 4,00 2,00 0, Brasil China India Rússia 49

50 BRICS: participação % no PIB PPP mundial, anos selecionados 1995, 2000, 2010 e 2015 (proj) 18,00 16,00 14,00 16,92 China acelera Índia avança Rússia estabiliza Brasil retrocede 12,00 10,00 9,41 8,00 6,00 5,68 6,12 4,00 3,18 2,81 2,77 3,22 4,18 2,95 3,01 2,97 2,00 0,00 Brasil China India Rússia

51 Contas externas (fluxos) China protegida E o Brasil? BOP, saldo transações correntes % PIB, ,0 10,0 8,0 6,0 4,0 2,0 0, ,0-4,0-6,0 Brasil China India Rússia 51

52 Obrigado! 52

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