VERSÃO PRELIMINAR. CNPq e Membro da Associação Keynesiana Brasileira.

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1 VERSÃO PRELIMINAR Acumulação de Capial, Resrição Exerna, Hiao Tecnológico e Mudança Esruural: eoria e experiência Brasileira * Capial Accumulaion, Exernal Resricion, Technological Gap and Srucural Change: heory and Brazilian experience Marcos Toses Lamonica * José Luis Oreiro ** Carmem Feijó *** Resumo Os períodos de crescimeno acelerado da economia brasileira do pós-guerra aé a década de 1970 foram consrangidos pela resrição exerna. Propomos nesse arigo um modelo baseado em Kaldor, onde esabelecemos uma relação enre acumulação de capial, hiao ecnológico e resrição exerna ao crescimeno de longo-prazo para economias periféricas. A hipóese básica do modelo é que a acumulação de capial, sob ceras condições, pode conornar a resrição exerna ao crescimeno dessas economias desde que o esforço de acumulação seja capaz de produzir uma mudança esruural no senido de aumenar a paricipação relaiva dos seores mais dinâmicos do pono de visa ecnológico. Essa mudança esruural irá resular em um aumeno gradual da elasicidade-renda das exporações e numa redução da elasicidade-renda das imporações, aumenando assim a axa de crescimeno do produo real que é compaível com o equilíbrio de longo-prazo do balanço de pagamenos. Ilusramos ao final do arigo que a economia brasileira do pós-guerra aé os anos 1970 apresenou uma elevada axa de acumulação de capial, aprofundando o processo de subsiuição de imporações, o que na nossa inerpreação conribuiu para parcialmene permiir relaxar a resrição exerna ao crescimeno de longo-prazo. Palavras-Chave: mudança esruural, progresso ecnológico, indusrialização, resrição exerna. Absrac The periods of fas growh in he Brazilian economy from he pos-war unil he end of he 1970s have been consrained by imbalances in he foreign secor. We propose in his paper a model, based on Kaldor, where capial accumulaion, echnological gap and long run exernal consrain are conneced. Our hypohesis is ha capial accumulaion, under cerain circumsances, can overcome exernal consrain if he accumulaion effor promoes srucural change increasing he imporance of secors echnological-inensive. I is expeced ha he srucural change in his direcion will conribue o an increase in he income-elasiciy of expors and o a decrease in income-elasiciy of impors, resuling in he increase in he growh rae of real produc compaible wih he balance of paymens equilibrium in he long run. The las par of he paper shows ha he high invesmen rae observed in he Brazilian economy from he pos-war period unil he end of he 1970s resuled in he deepening of he impor subsiuion process, wha, in our inerpreaion, conribued o parially increase he long run growh rae of he Brazilian economy compaible wih he balance of paymen equilibrium. Key words: srucural change, echnological progress, indusrializaion, exernal resricion * Esa versão do exo se beneficiou dos profícuos comenários obidos durane apresenação em seminário no Programa de Pós Graduação em Desenvolvimeno Econômico da UFPR em ouubro de As incorreções que ainda persisam são de responsabilidade exclusiva dos auores. * Professor do Deparameno de Economia da Universidade Federal Fluminense. marcososes@homail.com. ** Professor do Deparameno de Economia da Universidade de Brasília, Pesquisador Nível I do CNPq e Membro da Associação Keynesiana Brasileira. jlcoreiro@erra.com.br. Página pessoal: *** Professora do Deparameno de Economia da Universidade Federal Fluminense, Pesquisadora Nível I do CNPq e Membro da Associação Keynesiana Brasileira. cfeijo@erra.com.br. 1

2 I - Inrodução. O desenvolvimeno econômico é definido, na radição esruuralisa laino-americana, como um processo de aumeno conínuo da renda per capia impulsionado pelo crescimeno da produividade do rabalho, o qual resula da adoção de méodos indireos de produção, ou seja, méodos nos quais se incremena a divisão écnica do rabalho enre aividades, o que, por seu urno, supõe o aumeno da quanidade de capial por rabalhador (Rodriguez, 2009, p.80). Em ouras palavras, o desenvolvimeno econômico decorre do progresso écnico que é induzido ou viabilizado pela acumulação de capial. Esse processo, no enano, não é analisado do pono de visa de uma economia capialisa modelo, mas pressupõe a exisência de diferenças esruurais imporanes enre as economias capialisas, as quais permiem definir a exisência de um cenro e uma periferia no capialismo mundial. As economias cenrais são aquelas onde as écnicas mais avançadas de produção peneram primeiro; ao passo que a periferia é consiuída por economias cuja produção permanece arasada, quer do pono de visa ecnológico, quer do pono de visa organizacional (Ibid, p.81). Dessa forma, pode-se consaar a exisência de assimerias ecnológicas imporanes enre as economias capialisas, assimerias essas que permiem a caracerização de um hiao ecnológico. Esse hiao ecnológico seria a razão fundamenal pela qual o crescimeno da produividade e, por conseguine, da renda per capia é mais baixo na periferia do que no cenro, dando origem a um desenvolvimeno desigual enre as mesmas. Nesse conexo, a eliminação do hiao ecnológico é condição necessária para que as economias sub-desenvolvidas ou periféricas possam fazer o processo de caching-up com respeio as economias desenvolvidas ou cenrais. Como o progresso écnico é, em larga medida, incorporado em novas máquinas e equipamenos, a redução do hiao ecnológico pressupõe um esforço de acumulação de capial maior por pare das economias periféricas do que nas economias cenrais. No enano, a esruura produiva especializada e heerogênea das economias periféricas pode auar como um empecilho a realização desse maior esforço de acumulação. Isso porque as economias periféricas são especializadas na produção de bens primários com visas à exporação. As necessidades de consumo de bens duráveis e de invesimeno dessas economias são aendidas pelas imporações feias das economias cenrais. Como a elasicidade-renda das exporações desses produos é, via de regra, baixa ao passo que a elasicidade-renda das imporações de bens manufaurados é ala; segue-se que o equilíbrio de longo-prazo do balanço de pagamenos impõe que as economias periféricas cresçam a um rimo mais baixo do que as economias cenrais. Segue-se, porano, que a resrição exerna imposa pela esruura produiva dos países periféricos aua no senido de reforçar e perpeuar o hiao ecnológico à medida que impede a susenação de um maior esforço de acumulação de capial por pare desses países. Isso poso, o objeivo do presene arigo é analisar a relação enre acumulação de capial, hiao ecnológico e resrição exerna ao crescimeno de longo-prazo das economias periféricas. A hipóese básica dese rabalho é que a acumulação de capial, sob ceras 2

3 condições, pode conornar a resrição exerna ao crescimeno dessas economias desde que o esforço de acumulação seja capaz de produzir uma mudança esruural nessas economias, ou seja, induza uma ransformação na esruura produiva das economias periféricas no senido de aumenar a paricipação relaiva dos seores mais dinâmicos do pono de visa ecnológico. Essa mudança esruural irá resular num aumeno gradual da elasicidaderenda das exporações e numa redução da elasicidade-renda das imporações, aumenando assim a axa de crescimeno do produo real que é compaível com o equilíbrio de longoprazo do balanço de pagamenos. A consisência lógica dessa argumenação será realizada por inermédio de um modelo de crescimeno Kaldoriano no qual: (i) o invesimeno em modernização do equipameno de capial permie a absorção de novas ecnologias, possibiliando assim a produção de bens com coneúdo ecnológico crescene; (ii) a incorporação de novas ecnologias induz uma mudança esruural na economia, a qual permie um aumeno da elasicidade-renda das exporações e uma redução da elasicidade-renda das imporações. Por fim, apresena-se o caso da economia brasileira no período como comprovação hisórica da ese de que um maior esforço de acumulação de capial pode induzir uma mudança esruural de al ordem que permia um relaxameno da resrição exerna ao crescimeno de longo-prazo. O presene arigo esá organizado em see seções, incluindo a presene inrodução. Na seção II, apresenamos a relação enre resrição exerna e crescimeno de longo-prazo, a parir da lieraura pós-keynesiana de crescimeno com resrições do balanço de pagamenos. Na seção III desenvolvemos um arcabouço eórico-conceiual que relaciona a mudança esruural com a resrição exerna. Esse arcabouço é desenvolvido a parir das conribuições das lierauras evolucionária e esruuralisa laino-americana. Na seção IV apresenamos a relação enre acumulação de capial e progresso ecnológico a parir do modelo de crescimeno de Kaldor-Mirrlees. Na seção V apresenamos um modelo de crescimeno híbrido que inegra a resrição exerna e o invesimeno em modernização do equipameno de capial num conexo de mudança esruural. Na seção VI discuimos o caso da economia brasileira no período como um exemplo bem-sucedido de mudança esruural induzido pelo esforço de acumulação de capial, o que permiiu um relaxameno, ainda que parcial e emporário, da resrição exerna ao crescimeno. Por fim, na seção VII fazemos uma reprise das conclusões dese rabalho. II Resrição exerna ao crescimeno de longo prazo A resrição exerna ao crescimeno de longo-prazo em sido analisada, enre ouros, por Thirlwall (1979, 1997, 2001). O conceio de axa de crescimeno de equilíbrio do balanço de pagamenos foi desenvolvido por esse auor a parir da consaação de que os modelos de crescimeno de causalidade cumulaiva de inspiração Kaldoriana, nos quais a axa de crescimeno da demanda de exporações é o moor fundamenal do crescimeno econômico de longo-prazo, são incompleos por não incluírem em sua esruura analíica formal uma condição de equilíbrio do balanço de pagamenos. Dessa forma, a depender do valor da elasicidade-renda das imporações, uma rajeória de crescimeno acelerado puxado por um fore rimo de expansão das exporações pode gerar um défici comercial crescene ao 3

4 induzir um crescimeno insusenável das imporações. Sendo assim, define-se a axa de crescimeno de equilíbrio do balanço de pagamenos como: (...) The growh rae consisen wih he equilibrium in he curren accoun of he balance of paymens assuming ha deficis canno be financed forever and deb has o be repaid. (Thirlwall, 2001, pp ) Uma formalização simples do conceio de axa de crescimeno de equilíbrio do balanço de pagamenos pode ser obida em Aesoglu (1997), sendo reproduzida a seguir. Considere uma economia descria pelo seguine sisema de equações: Onde: log M + log Pm = log X + log Px (1) log M M é o quanum imporado no período ; ( log Px log Pm ) = π log Y + φ (2) X é o quanum exporado no período ; Y é o produo real domésico no período ; Pm é o preço dos bens imporados no período ; Px é o preço dos bens exporados no período ; π é a elasicidade-renda das imporações; φ é a elasicidade-preço das imporações. A equação (1) apresena a condição de equilíbrio do balanço de pagamenos na ausência de fluxos de capiais exernos. Por sua vez, a equação (2) apresena o quanum imporado como uma função da renda domésica e dos ermos de roca. Deve-se desacar que, por simplicidade, assume-se a axa de câmbio como fixa e igual a um. Subsiuindo (1) em (2) e considerando ( log Px log Pm ) = 0 logy 1 = log (3) π X 1, obemos : A equação (3) apresena o produo real domésico como uma função do quanum exporado pela economia no período ; uma relação conhecida como o muliplicador do comércio exerior de Harrod. Diferenciando a equação (3), emos: Y Y = π 1 X e lembrando que a axa de crescimeno das exporações x é definida por: X (4) e que pode ser dada por: x X = (5) X x = ε. (6) z Onde ε é a elasicidade-renda das exporações e z é a axa de crescimeno da renda exerna definida como: 1 Cf. Aesoglu, 1997, P

5 Y z = (7) Y Y Podemos considerar que a axa de crescimeno da renda inerna definida como y = é Y compaível com o equilíbrio do balanço de pagamenos quando observamos as equações (4) e (6), iso é: ε y = z (8) π Nese caso, chamamos y de axa de crescimeno de equilíbrio do balanço de pagamenos. A equação (8) é conhecida na lieraura como lei de Thirlwall. Esa lei, assim represenada, pressupõe que a mobilidade inernacional de capiais é igual a zero de forma que os países não podem se endividar para financiar os déficis em cona-correne. A exensão do modelo de Thirlwall para uma economia com fluxos de capiais foi feia, enre ouros, por Moreno- Brid ( ). No modelo de Moreno-Brid admie-se a exisência de fluxos inernacionais de capiais, mas a dinâmica do endividameno exerno em que aender a condição de solvência exerna de longo prazo. Em paricular, o modelo desenvolvido por ese auor assume que a relação enre o défici em cona correne e a renda domésica deve permanecer consane no longo-prazo para que o país seja solvene do pono de visa de suas conas exernas. Assumiremos nesse rabalho que o défici em cona correne em impaco negligenciável sobre a axa de crescimeno compaível com o equilíbrio do balanço de pagamenos (McCombie e Robers, 2002, p.95). Sendo assim, a Equação (8) será considerada uma boa aproximação da resrição exerna ao crescimeno econômico de longo-prazo.também podemos considerar aé aqui que a acumulação de capial não afea y, pois ε e π dependem apenas da esruura produiva. III - Mudança esruural e resrição exerna. A axa de crescimeno que é compaível com o equilíbrio do balanço de pagamenos depende, como foi viso, da elasicidade-renda das exporações e das imporações, as quais dependem, por sua vez, da esruura produiva da economia. Países desenvolvidos e em desenvolvimeno possuem esruuras produivas diferenes, as quais refleem diferenças fundamenais na sua capaciação ecnológica, ou seja, na sua capacidade ano de produzir conhecimeno ecnológico, como na sua capacidade de imiar conhecimeno ecnológico desenvolvido em ouras pares do mundo (Verspagen, 1993, p.126). Essas diferenças na capaciação ecnológica se refleem numa maior paricipação dos seores dinâmicos ecnologicamene na esruura produiva dos países desenvolvidos do que nos países em desenvolvimeno. Dessa forma, os países desenvolvidos possuem um número maior de seores de aividade nos quais as firmas operam na assim chamada froneira ecnológica. Sendo assim, a sua paua de exporações será formada majoriariamene por produos de alo valor adicionado e alo coneúdo ecnológico, produos para os quais a elasicidade-renda das exporações é elevada. Daqui se segue que o assim chamado gap ou 5

6 hiao ecnológico 2 é um deerminane imporane da elasicidade-renda das exporações e, porano, da axa de crescimeno que é compaível com o equilíbrio do balanço de pagamenos (Dosi, Pavi e Soee, 1990, p.26). Como corolário dessa argumenação seguese que a axa de crescimeno que é compaível com o equilíbrio do balanço de pagamenos ende a ser maior nos países desenvolvidos do que nos países em desenvolvimeno 3. O baixo dinamismo ecnológico de muios países em desenvolvimeno, noadamene na América Laina, explica a debilidade dos impulsos ao crescimeno proporcionados pela expansão das demandas inernas e exernas (Holland e Porcile, 2005, p.42). Para que os países em desenvolvimeno possam reduzir a resrição exerna ao acrescimeno é necessário que os mesmos sejam capazes de realizar mudanças na sua esruura produiva. Essas mudanças devem ser capazes de promover alerações nas elasicidades-renda da demanda dos produos exporados de modo a reduzir o grau de exposição a desequilíbrios exernos. III.1 - Mudança esruural e hiao ecnológico. A mudança esruural pode ser promovida por um esforço de acumulação de capial que conduziria, via modernização e aualização do esoque de capial, a uma redução do hiao ecnológico. Isso porque, al como ressalado por Kaldor (1957), uma pare significaiva do progresso ecnológico esá incorporado em novas máquinas e equipamenos, de al forma que um maior esforço de acumulação de capial significa ambém um maior esforço no senido de adquirir e incorporar novas ecnologias. Daqui se segue que a dinâmica do hiao ecnológico depende, enre ouras variáveis, do rimo de acumulação de capial. Nesse conexo, um maior esforço de acumulação de capial irá auar no senido de reduzir o hiao ecnológico e, dessa forma, aumenar o coneúdo ecnológico das exporações, promovendo assim um aumeno na axa de crescimeno das exporações e na axa de crescimeno compaível com o equilíbrio no balanço de pagamenos. Segundo Dosi, Pavi e Soee (1990, p.199) o padrão de crescimeno de uma economia esá relacionado ao padrão de mudança ecnológica. Assim, considerando o desempenho relaivo dos países e considerando a resrição do balanço de pagamenos, o nível relaivo de ecnologia aplicada na produção não só deermina o nível de renda de cada país como ambém afea as possibilidades de crescimeno e a axa de acumulação de capial. O nível de desenvolvimeno ecnológico esá relacionado ao padrão de especialização do país. Economias especializadas em seores de baixa elasicidade-renda da demanda esão mais exposas a desequilíbrios exernos que se raduzem em axas de crescimeno do produo mais baixas. III.2 - Inovação, hiao ecnológico e mudança esruural. 2 Sobre o conceio de hiao ecnológico ver Fagerberg (1988). 3 A parir de um modelo economérico de crescimeno e comércio Nore-Sul, Du (2003) mosra que a elasicidade-renda das exporações dos países do Nore para os países do Sul (ou seja, a elasicidade-renda das imporações dos países do Sul) no período é de 1,67; ao passo que a elasicidade-renda das exporações dos países do Sul para os países do Nore é de 1,27. Dessa forma, a razão enre as duas elasicidades mosra que, em equilíbrio de longo-prazo, os países do Sul deverão crescer menos do que os países do Nore, gerando assim uma dinâmica de divergência de rendas per capia no longo prazo. 6

7 Por inermédio do desenvolvimeno da capacidade ecnológica, o lançameno de novos produos, represenando uma inovação no mercado inernacional, possibilia a expansão das exporações, que por sua vez, compensaria níveis mais alos de imporações devido ao aumeno da renda e consequenemene níveis mais alos de demanda gerada endogenamene. Mas a inovação depende do invesimeno em conhecimeno e sua poserior maerialização em bens inermediários e bens de consumo final. O surgimeno de novos produos e seores é fruo da mudança ecnológica, que por sua vez explica as mudanças esruurais. As economias que são capazes de desenvolver e absorver novas ecnologias conseguem modificar a composição seorial de sua indúsria e difundir as mudanças ecnológicas para odo reso da economia (Cimoli e al, 2005, p 12). A exisência de recursos naurais e rabalho em quanidades abundanes pode susenar alas axas de crescimeno durane um cero período, sem que seja necessário um grande esforço de invesimeno em conhecimeno [ecnologia]. Porém, a disponibilidade de recursos naurais é, em si mesma, insuficiene para susenar o crescimeno de longo prazo. E iso ocorre por duas razões: (i) (ii) O crescimeno baseado em faores abundanes não promove a mudança esruural e aumenos de produividade no conjuno da economia; e reproduz siuações indesejadas de desigualdade disribuiva; má qualidade dos empregos e heerogeneidade esruural, e; A vulnerabilidade do crescimeno frene às mudanças na economia inernacional e nos padrões de demanda é muio ala. Quando as bases de crescimeno são as rendas geradas pela ecnologia e conhecimeno, esses mesmos conhecimenos são um insrumeno que permie responder a mudança no ambiene compeiivo. Inversamene, quando a fone de renda é muio dependene de um recurso abundane, é muio mais difícil porque fala a capacidade ecnológica necessária para readapar a economia ao novo conexo (Cimoli e al, 2005, p.32-33). Nesse senido, a redução do hiao ecnológico requer que, no longo prazo, as economias sejam capazes de ransformar sua esruura produiva, de um padrão de crescimeno baseado nas rendas derivadas da abundância de algum faor de produção, a ouro baseado nas rendas geradas por ecnologia. Nessa ransformação, espera-se que os seores mais dinâmicos e difusores de conhecimeno alcancem um peso crescene na esruura produiva. Os efeios dinâmicos enre os seores assim como sua relação viruosa com o invesimeno em ecnologia são necessários para combinar o rápido crescimeno da produividade com axas elevadas de emprego na economia, reduzindo a heerogeneidade esruural que é caracerísica de países em desenvolvimeno. Segundo Cimoli e al (2005, p.33), em economias com pouca mudança esruural, incremenos localizados da produividade são de pouca ajuda para reduzir a informalidade e a heerogeneidade. Na medida em que os países menos desenvolvidos realizam esforços próprios no senido do incenivo ecnológico, as ecnologias ou o esoque de equipameno de capial vão se ornando mais padronizados, e a desvanagem ecnológica no comércio inernacional se 7

8 reduz e ouros faores de compeiividade ganham mais imporância do que os cusos de produção relacionados com a disponibilidade de mão-de-obra e recursos naurais. Para Holland e Porcile (2005), a redução (ou eliminação) da heerogeneidade esruural (e a especialização concenrada em produos com baixo coneúdo ecnológico), assim como a convergência da renda per capia inerna a prevalecene no reso do mundo dependem de um esforço susenado de cada país para foralecer suas capacidades ecnológicas. Com efeio, o aprendizado ecnológico pode gerar no longo prazo um incremeno na capacidade ecnológica. Um possível corolário da redução da heerogeneidade esruural é a mudança na esruura produiva no senido de diversificar as exporações para bens de maior dinamismo ecnológico e de demanda (Ibid, p.60). Porano, a redução do hiao ecnológico induz a redução da heerogeneidade esruural e ao aumeno da axa salário do país em desenvolvimeno vis-à-vis ao desenvolvido. Dessa forma, a convergência inernacional caching up requer o aumeno da capacidade ecnológica nos países mais arasados de al forma reduzir sua disância com relação à froneira ecnológica (Ibid, p.57). No desenvolvimeno do modelo que será apresenado na próxima seção, o hiao ecnológico vai ser represenado como a diferença na idade média do esoque de capial enre o país arasado e a froneira 4, supondo que o esoque de capial da economia inerna é mais anigo que a froneira. O objeivo do modelo a ser apresenado é mosrar como a modernização do esoque de capial domésico vis-à-vis o exerno pode reduzir o hiao ecnológico e assim ober uma aceleração da axa de crescimeno compaível com equilíbrio no balanço de pagamenos. IV - O invesimeno na modernização do esoque de capial: um modelo Kaldoriano. A parir das discussões feia nas seções aneriores, podemos avançar a hipóese eórica de que o invesimeno em equipameno de capial de úlima geração precede emporalmene a mudança esruural, endo em visa que (i) o progresso ecnológico esá incorporado em novas máquinas e equipamenos; (ii) exise um hiao ecnológico não desprezível enre os países desenvolvidos e em desenvolvimeno e (iii) exise uma relação enre o hiao ecnológico e a esruura produiva dos países em desenvolvimeno. Dessa forma, concluímos que a mudança esruural resula de um processo acelerado de acumulação de capial no qual os empresários do país em desenvolvimeno adquirem novos equipamenos de capial, aumenando assim a sua capaciação ecnológica, a qual aua no senido de reduzir o hiao ecnológico. Para dar um raameno mais formal a essa idéia, iremos inroduzir a perspeciva de análise do modelo Kaldor e Mirrlees (1962) no conexo dos modelos de crescimeno com resrição do balanço de pagamenos. A idéia do invesimeno em equipameno de capial de úlima 4 Segundo Verspagen (1993, p.128), o hiao ecnológico implica uma relação enre as capacidades ecnológicas enre um cero país e a froneira ecnológica. Dessa forma, o mesmo é definido como: G = Tn/Ts, onde T é a capacidade ecnológica do nore (n) ou do sul (s). 8

9 safra do modelo de Kaldor-Mirrlees pode ser inroduzida no modelo apresenado na seção II; associando-se a dependência das elasicidades-renda das imporações e das exporações à idade média do esoque de capial da economia. Ao elaborarmos analiicamene essa associação esaremos fazendo uma conexão enre a axa de crescimeno compaível com o equilíbrio no balanço de pagamenos à axa garanida de crescimeno. Porano, a parir desse suposo, um esforço de acumulação de capial poderia auar no senido de relaxar a resrição exerna. O modelo de crescimeno desenvolvido por Kaldor e Mirrlees (1962) pare da abordagem keynesiana radicional, na qual as decisões de invesimeno dos empresários êm papel fundamenal no crescimeno do produo. Em A New Model of Growh, o progresso écnico é raado de forma explícia como uma axa de modernização da máquina da nova safra, como o principal deerminane do crescimeno econômico 5. O modelo Kaldor-Mirrlees susena que em cada período serão produzidas máquinas mais produivas do que as do período anerior. Sendo assim, as máquinas produzidas hoje êm um nível de eficiência écnica superior às produzidas onem. Ou seja, o capial da safra aual em uma produividade superior ao das safras aneriores. Esa suposição se deve ao fao de que a úlima ecnologia disponível vir incorporada na máquina da úlima safra. A hipóese eórica do modelo é que máquinas de uma deerminada safra êm eficiência física consane ao longo de sua vida úil, ou seja, suas produividades não se aleram, mas cada máquina de uma safra mais nova em um nível de produividade superior a anerior. Enreano, a máquina pode ser reirada anes do érmino de sua vida úil devido à obsolescência ecnológica 6. A condição mínima para maner o equipameno em operação é quando a receia gerada pelo rabalhador ao operar ese equipameno (P -T ) é exaamene igual a sua remuneração (W), ambos em ermos reais: P T = W (9) A equação (9) indica o momeno em que a máquina deixa de gerar lucro. O lucro é o esímulo para o empresário invesir em novas máquinas, subsiuindo as não-lucraivas, gerando o crescimeno da produividade, conseqüenemene da renda nacional. Essa subsiuição represena um invesimeno na modernização do capial que faz crescer a produividade da economia. 7 Além do incenivo do lucro, o processo de subsiuição das máquinas, i.e., a modernização do esoque de capial, pode acelerar-se quando: o salário real aumenar mais rápido que a produividade 8, e (ii) a axa de incorporação ecnológica se acelerar, iso é, o rimo que 5 Ver ambém Kaldor (1957). 6 Termo empregado por Kaldor e Mirrlees quando a lucraividade da máquina orna-se zero. Assim, o bem de capial esaria em operação somene enquano sua receia cobrir largamene, ou no mínimo igualmene, os cusos variáveis. 7 Kaldor e Mirrlees (1962), assim como em Kaldor (1957), susenam que a axa de crescimeno da produividade, como o próprio progresso écnico, seriam endógenos à axa de crescimeno do invesimeno por rabalhador. Conudo, há uma pare do progresso écnico que é devido ao aperfeiçoameno dos rabalhadores. 8 Isso pode ocorrer quando os bens salários ficarem relaivamene mais caros que os bens de capial e quando houver uma apreciação cambial da moeda local, no caso de um modelo com a economia abera. 9

10 novas máquinas vão aparecendo no mercado, em um período de empo menor, em função de uma incorporação mais rápida das úlimas inovações ecnológicas. O inverso provocaria um alargameno da vida econômica do capial (arasaria a obsolescência ecnológica do capial). 9 Do pono de visa da compeição inernacional, o alargameno da vida econômica do esoque de máquinas domésico poderia provocar perda de compeiividade relaivamene aos concorrenes esrangeiros. Em suma, para Kaldor-Mirrlees (1962) a inrodução de máquinas e equipamenos de úlima geração seria fundamenal para deerminar o rimo de crescimeno econômico. Se, por um lado, eses invesimenos ampliam a capacidade produiva e aumenam a produividade agregada, por ouro, ao represenar um aumeno na demanda da indúsria de bens de capial poderiam acelerar o compasso com que as inovações são incorporadas às máquinas que o seor produz. O seor produor de bens de capial, pela sua naureza dinâmica, em paricipação decisiva na deerminação do crescimeno e desenvolvimeno econômico e no ipo de inserção inernacional de um país. Assim, o processo de indusrialização em direção aos seores mais dinâmicos poderia permiir que o avanço ecnológico refleisse ambém em aumeno dos salários ao invés de só redução de preços. V Um modelo de acumulação com resrição exerna. Como foi viso na seção II, a axa de crescimeno do produo real que é compaível com o equilíbrio do balanço de pagamenos é dada pela equação (8): ε y = z π Por hipóese, a acumulação de capial não afea a lei de Thirlwall haja visa que as elasicidades renda das exporações e das imporações dependem da esruura produiva, a qual é considerada como independene do rimo de acumulação de capial. A Figura 1 ilusra a linha de equilíbrio do balanço de pagamenos (a rea com inclinação de 45º) esabelecida pela equação (8). A região acima desa rea é de superávi exerno, abaixo é de défici exerno. O pono A represena uma siuação de equilíbrio. 9 No enano, esa axa de incorporação ecnológica depende da naureza do bem de capial a qual é incorporada. Bens de capial de baixa inensidade ecnológica endem a er uma axa mais lena relaivamene aos bens de capial com maior inensidade ecnológica. Por exemplo, a axa de incorporação ecnológica nos bens de capial para a indúsria de alimenos é comparaivamene menor que na indúsria aeronáuica. 10

11 Figura 1: Combinações facíveis enre y e z e a resrição exerna Nosso objeivo a seguir é endogenizar as elasicidades-renda do modelo de Thirlwall ornando-as dependenes da idade média do esoque de capial da economia, seguindo Kaldor-Mirrlees (1962). Assume-se que quano mais moderno ou novo o equipameno de capial, maior será o coneúdo ecnológico da produção e, porano, maior a elasicidaderenda das exporações e menor a elasicidade-renda das imporações. Desse modo, é possível associar a axa de crescimeno compaível com o equilíbrio do balanço de pagamenos e a axa garanida de crescimeno. Assim, um aumeno do esforço de acumulação de capial, com impaco sobre a esruura produiva, conduziria, por inermédio da modernização do parque indusrial, a um aumeno do coneúdo ecnológico das exporações e, porano, um aumeno da elasicidade-renda das exporações e da axa de crescimeno compaível com o equilíbrio no balanço de pagamenos. Porano, assumimos que a razão enre as elasicidades esá ligada ao hiao ecnológico, e em uma relação inversa com a razão enre as vidas úeis dos equipamenos de capial da economia domésica e esrangeira: ε T = f1, π T f ' < 1 0 (10), sendo T a vida úil do equipameno de capial domésico, e T * o equipameno de capial esrangeiro, e a relação enre as duas variáveis uma medida do hiao ecnológico. Logo, a esruura produiva de ambas as economias (domésica e esrangeira) vai depender da idade média do esoque de capial de cada economia. Se T > T*, ou seja, o inervalo de empo após o qual a safra de equipameno de capial domésico é subsiuída é maior do que no exerior, o rimo de subsiuição do equipameno de capial domésico é menor relaivamene ao rimo do exerior, e assim o progresso ecnológico avança mais rapidamene no exerior. Nesse senido, ocorre um aumeno do hiao ecnológico enre as economias 10. Com ese raciocínio podemos assumir uma relação inversa enre a variação enre as elasicidades-renda das exporações e das imporações e a razão T / T *. Suponha que ocorra uma queda na elasicidade-renda das exporações ε 10 Como em Cimoli (2005). 11

12 relaivamene a elasicidade-renda da imporação π, nese caso assumimos que essa queda indica que a axa de subsiuição de equipameno de capial na economia domésica se ornou mais lena do que na economia exerna, ou seja, a razão T / T * aumena. Porano, se T > T *, enão, ε < π. O raciocínio inverso ambém se aplica. Com base no modelo de Kaldor-Mirrlees (1962), consideramos que: w T = f 2, q f ' < 2 0 (11) Onde w é a axa de crescimeno do salário real, e q a axa de crescimeno da produividade do rabalho. 11 Supondo que o salário real é exogenamene dado e uma axa de câmbio fixa e igual a um, podemos considerar a seguine aproximação: T / 3, * / w q ' = f f 3 > 0 (12) T w q Dada essa hipóese, a diferença no hiao ecnológico enre dois períodos irá mosrar a relação do cuso uniário por rabalhador domésico vis-à-vis o cuso uniário do rabalhador exerno. Nesse modelo, quando a axa salário cresce mais rápido que a axa de crescimeno da produividade, os empresários, para se defenderem da queda de lucraividade, procurarão acelerar o rimo de modernização do equipameno de capial 12. No modelo de Kaldor e Mirrlees, o salário em uma correlação negaiva com a vida úil da máquina, o que orna T uma variável endógena. Quando o salário sobe, T cai, levando os empresários subsiuir as máquinas por uma da úlima safra, com uma produividade maior. Assumindo a exisência de economias esáicas e dinâmicas de escala de al forma que a axa de crescimeno da produividade do rabalho em ambas as economias depende da axa de crescimeno do produo real, ou seja, assumindo a validade da lei Kaldor-Verdoorn, podemos escrever: q α + λ y q =. 1 = α + λ. z 1 Subsiuindo a axa de crescimeno do produo nacional (y) pela axa de acumulação de capial (k) na equação de Kaldor-Verdoorn, emos para ambas as economias que: q α + λ k q =. 1 = α ' + λ. k 1 Com base em Foley e Michl (1999, p.25), e assumindo a plena uilização da capacidade produiva (al como no modelo Kaldor-Mirrlees), podemos expressar a lucraividade R como: W R = f 4, Q f, < 4 0 (13) O que ambém nos permie expressar a equação (13) na forma axa de variação: 11 Em uma rajeória de crescimeno de seady sae a axa de crescimeno da produividade do rabalho cresce a uma axa igual a axa de crescimeno do invesimeno (Kaldor e Mirrlees, 1962,p 63). 12 Ver Marquei (2004). 12

13 w r = f 5, q f ' < 5 0 (14) Considerando a equação (12) e (14), emos: T 6 r ' = f 6 0 T r, f < (15) Ou em ermos de axa de lucro: T R ' = f 7, * f < 0 (16) 7 T R A equação (16) mosra que a relação enre o período de vida úil do equipameno de capial domésico relaivamene ao equipameno de capial esrangeiro depende da relação enre a axa de lucro domésica e a axa de lucro esrangeira. Se os cusos salariais esiverem crescendo mais rapidamene na economia domésica do que no exerior, enão os capialisas domésicos irão acelerar o invesimeno na modernização do equipameno de capial para assim oberem aumenos de produividade que permiam a susenação da axa de lucro face ao movimeno de elevação dos salários. Subsiuindo equação (16) na equação (10) emos que: ε R = f8, * π f ' < 0 (17) 8 R Dessa forma, emos subsiuindo equação (17) e equação (8): y R ' = f 9, * f, < 0 (18) 9 z R Finalmene raduzimos, conforme nossas hipóeses sobre a esruura da economia, a equação de crescimeno com resrição de balanço de pagamenos. A equação (18) mosra que quano mais ala a axa de lucro domésica vis-à-vis a axa de lucro exerna, menor o rimo de modernização do esoque de capial domésico vis-à-vis o exerior. Isso implica em uma menor axa de crescimeno do produo domésico com relação a axa de crescimeno do reso do mundo. Com a axa de lucro na economia domésica mais ala, os empresários ficam menos propensos a invesir na modernização do esoque de capial da economia. Desse modo, o modelo pressupõe a inovação induzida como um elemeno passivo ao invesimeno em capial. O hiao ecnológico deermina a diferença enre as elasicidades renda das exporações e imporações e ese, por sua vez, depende da relação enre as vidas úeis do equipameno de capial. Para avaliarmos a dinâmica de crescimeno da economia, parimos da hipóese de que a axa de crescimeno da capacidade produiva (ou produo poencial), y, é proporcional à axa de crescimeno do esoque de capial k, conforme Domar (1946). Assim escrevemos: y = σ.k (19), 13

14 onde σ deermina o rimo de crescimeno e é denominado de produividade social do capial. Aplicando a relação da equação (19) às axas de crescimeno inernas e exernas, emos que: y k = σ k z No que se refere ao rimo desejado de crescimeno do esoque de capial pelos empresários iremos assumir que o mesmo possui dois componenes: um auônomo, dado por g 0 e ouro dependene da relação enre a axa de lucro domésica e a axa de lucro prevalecene no reso do mundo 13. Isso decorre da hipóese de mobilidade de capiais enre os países de al forma que um aumeno da axa de lucro na economia domésica relaivamene a do reso do mundo deverá induzir um aumeno do invesimeno exerno direo na economia domésica, aumenando assim o rimo de crescimeno do esoque de capial da economia em consideração. Dessa forma, emos que: k R = g + 0 g1 (21) k R Para que haja crescimeno balanceado no longo-prazo é necessário que a axa de crescimeno do produo seja igual a axa de crescimeno da capacidade produiva. Mais precisamene emos que: Das equações (20), (21) e (22), emos: y y = (22) z z (20) y z R σ g 0 + g1 (23) R = A equação (23), ilusrada na Figura 2, nos fornece a relação enre as axas de crescimeno da economia domésica e do reso do mundo, quando a economia domésica se enconra numa rajeória de crescimeno balanceado. Nessa rajeória, a produção e a capacidade produiva se expandem a mesma axa. Traa-se, porano, de um conceio equivalene ao conceio de axa garanida de crescimeno do modelo do Harrod (1939). As equações (18) e (22) formam um sisema dinâmico com duas equações e duas variáveis endógenas, a saber: a esruura relaiva de axas de lucro e a esruura relaiva de axas de crescimeno. A deerminação das variáveis endógenas do sisema pode ser visualizado por inermédio da Figura 2 abaixo. 13 A esruura de acumulação de capial segue a radição do modelo Harrod-Domar, que ignora o capial financeiro, ou seja, não há financiameno exerno à empresa. Ese, porano, é feio com os lucros reidos da firma. 14

15 Figura 2: Crescimeno balanceado com Mudança Esruural. A Figura 2 mosra o que aconece na dinâmica de crescimeno, se houver um aumeno exógeno do rimo desejado de acumulação de capial por pare dos empresários, ou seja, um aumeno do invesimeno auônomo. Esse aumeno irá deslocar o lócus do crescimeno balanceado para baixo e para a direia, aumenando assim a axa de crescimeno da economia domésica relaivamene a prevalecene no reso do mundo. No enano, essa aceleração da acumulação de capial provocará, inicialmene, um desequilíbrio no balanço de pagamenos na forma de défici na cona de ransações correnes. Para que o equilíbrio exerno seja resabelecido é necessário que a axa de lucro domésica se reduza relaivamene à axa de lucro prevalecene no exerior para, dessa forma, induzir invesimenos em modernização do equipameno de capial, os quais irão aumenar a produividade do equipameno de capial na economia domésica, auando assim no senido de conra-resar a queda da lucraividade. Aconece que o maior invesimeno na modernização do equipameno de capial irá auar no senido de reduzir o hiao ecnológico, acarreando assim um aumeno da razão enre a elasicidade-renda das exporações e a elasicidade-renda das imporações. Dessa forma, ocorre uma mudança esruural na economia domésica a qual aua no senido de aumenar a axa de crescimeno que é compaível com o equilíbrio do balanço de pagamenos. Dessa argumenação, podemos concluir que a resrição exerna ao crescimeno de longoprazo pode ser relaxada por inermédio de uma mudança esruural que reduza o hiao ecnológico enre a economia domésica e o reso do mundo, mudança essa que é induzida por um maior esforço de acumulação de capial por pare dos empresários domésicos. Segue-se, porano, que a acumulação de capial é o moor do crescimeno de longo-prazo para aqueles países que se enconram arás da froneira ecnológica. 15

16 VI Acumulação de capial e mudança esruural: a experiência brasileira ( ). A fase de crescimeno acelerado da economia brasileira no período do pós-guerra aé 1980 foi puxada pela acumulação de capial. Nas rês décadas e meia a parir do fim da II Grande Guerra foram implemenados 3 planos econômicos de cunho desenvolvimenisa Plano de Meas e os I e II Planos Nacionais de Desenvolvimeno - que conribuíram para promover significaivas mudanças na esruura produiva do país. Nese senido, o resulado da performance da economia brasileira nese período é um bom exemplo para ilusrar a relevância do modelo eórico proposo, bem como do arcabouço eórico-conceiual relacionando mudança esruural e resrição exerna. O elevado rimo de crescimeno do pós-guerra aé axa média de crescimeno acima de 6% a.a., siuou o desempenho da economia brasileira em paamar superior ao do conjuno dos países desenvolvidos e em desenvolvimeno. Esse crescimeno foi inerrompido com a crise da dívida exerna em , que rouxe consrangimenos ao ipo de financiameno empregado pela políica desenvolvimenisa adoada aé enão. 14 A fase de crescimeno acelerado foi caracerizada por inensa subsiuição de imporações e, porano, de consolidação do parque manufaureiro nacional. Os períodos de maior aceleração do crescimeno e coincidiram com elevada liquidez inernacional, indicando que o processo de subsiuição de imporações foi em grande medida financiado com poupança exerna. A Tabela 1 ilusra a ransformação na esruura produiva, com a indúsria como um odo aumenando sua paricipação no PIB, passando de 26,0% em 1947 para 44,1% em Em ermos das indúsrias de ransformação e exraiva os percenuais passaram de 20,3% para 34,8%, respecivamene. Ese aumeno de paricipação colocou o seor no papel de liderar o crescimeno da economia, com expansão média de 8,6% a.a. de 1947 a De 1980 aé 2008, a axa média de crescimeno do PIB girou em orno de 2,7% a.a, com as prioridades de políica econômica voladas, em grande medida, para a esabilização de preços e conrole das conas exernas. Apenas a parir de 2004 evidencia-se um novo ciclo expansivo na economia brasileira, porém ese foi bruscamene inerrompido pela crise financeira inernacional que aingiu principalmene a indúsria de ransformação no úlimo rimesre de Considerando o crescimeno do PIB nese úlimo período ( ), a axa média de crescimeno foi de 4,7% aa, com a axa de invesimeno se elevando de 15,5% em 2004 para 18,5% em Essa expansão não foi conínua no empo, valendo desacar o período de como o de menor dinamismo (crescimeno médio de 2,7% a.a.). A parir de 1968 se inicia a fase de crescimeno mais acelerado, com a indúsria crescendo 9,8% a.a. 16

17 Tabela 1: Paricipação ( % ) de ramos de aividade no PIB (1947, 1960, 1970, 1980) Classes e Ramos de Aividade Agropecuária 21,4 18,3 12,3 10,9 Indúsria 26,0 33,2 38,3 44,1 Transformação e Exraiva 20,3 27,1 30,1 34,8 Consrução 4,6 5,0 5,8 7,3 Serviços Indusriais de Uilidade Pública 1,1 1,1 2,4 1,9 Serviços 55,7 51,5 56,2 52,7 Fone: IBGE, Conas Nacionais, Sisema Consolidado. O aumeno na paricipação da indúsria na economia ambém foi acompanhada de ampla diversificação de sua esruura. A década de 1970, de rimo de crescimeno mais inenso da indúsria, marca a consolidação na produção de segmenos de bens duráveis e inermediários, compleando o processo de subsiuição de imporações conforme a implemenação dos planos nacionais de desenvolvimeno (PND I e PND II ). Em 1980, mais de 50% do valor adicionado das indúsrias de ransformação e exraiva correspondiam à fabricação de produos classificados como inensivos em escala (38,6%), diferenciados (11,7%) e baseados em engenharia (2,8%). A maior presença do seor indusrial na esruura produiva implicou ambém na diversificação das exporações: em 1964 a paricipação de manufaurados e semi-manufaurados somava 14% e em 1980 ese percenual elevou-se para 57%. 16 A esraégia de indusrialização via subsiuição de imporações com imposição de barreiras arifárias e não arifárias implicou relaivo fechameno da economia e, porano, o coeficiene de imporação (paricipação da imporação no oal do comércio exerno) girou em orno de 50% aé 1970, ampliando-se na década de 1970, em paricular após o 1º choque do peróleo. A média dese coeficiene no período foi de 52% 17. O crescimeno econômico puxado pela acumulação de capial caracerizou um modelo de indusrialização volado para denro. A paricipação das exporações no PIB siuou-se abaixo dos 10% durane odo o período, a menos dos 2 primeiros anos do pós-guerra a parir dos quais se em informação esaísica. A axa de invesimeno por sua vez apresenou rajeória crescene, parindo de 14,7% em 1947 e aingindo a 24,0% em 1980 (Gráfico1). O financiameno dese processo se fez com recursos exernos e esaal e é na relação com o seor exerno que o modelo de indusrialização brasileiro mosrou seu pono de maior fragilidade. A grande dimensão do mercado inerno brasileiro, assim como o uso de medidas proecionisas para viabilizar a subsiuição de imporação, foram faores que 16 Vale regisrar ambém que com a crise da dívida exerna nos anos 1980, considerando só as exporações de manufaurados, esas aingiram a mais de 50% da paua em 1981, cifra que se maneve nesse paamar ou acima aé 2008, quando caiu para 47%. 17 Na década de 1980, devido ao ajuse na esruura produiva ocasionado pela resrição exerna, esa média caiu para 40%. 17

18 conribuíram para que a esraégia de crescimeno não colocasse a compeiividade exerna do parque indusrial como foco prioriário. Uma conseqüência dese viés da esraégia desenvolvimenisa resulou uma paua de exporação, que mesmo diversificada, é composa predominanemene por produos de média baixa e baixa inensidade ecnológica. Gráfico 1: Taxa de invesimeno e paricipação das exporações no PIB % FBCF/ PIB Exporação/ PIB Fone: Ipeadaa-Sisema de Conas Nacionais Conforme viso na seção III, uma esruura produiva onde predominam seores com vanagens comparaivas na produção de bens inensivos em recursos naurais e de baixa inensidade ecnológica pode susenar alas axas de crescimeno durane um cero período de empo. Se se dispõe de recursos exernos, que financiem as imporações decorrenes das alas axas de crescimeno domésicas, a duração desse período pode ser ampliada. Porém, ao se recorrer ao endividameno exerno, deve-se aenar para os efeios negaivos dese processo, conforme aponado por Moreno-Brid (op. ci). À medida que o endividameno se eleva, o grau de vulnerabilidade da economia aumena, ornando-a sujeia à reversão em sua rajeória de crescimeno, caso ocorram variações adversas nas condições de financiameno no mercado financeiro inernacional. Ese foi o caso do crescimeno brasileiro e de ouras economias laino americanas no início dos anos 1980 que viram suas rajeórias de crescimeno inerrompidas com o episódio da moraória mexicana em O Gráfico 2 ilusra a evolução da Balança Comercial e da Cona de Capial e Financeira de 1947 aé O período de aceleração do crescimeno econômico, principalmene a parir de , coincide com o aumeno da absorção de poupança exerna, possibiliado pela elevada liquidez inernacional. A inerrupção dos fluxos financeiros a parir de 1982 leva a uma conração na demanda inerna e em seqüência o regisro de elevados superávis na Balança Comercial. Para Casro e Souza (2004), os elevados superávis comerciais foram possibiliados pelas mudanças esruurais na indúsria brasileira engendradas pelo II PND. Tão logo o problema exerno foi equacionado pelo aumeno das exporações, como ocorreu enre , axas posiivas e expressivas de crescimeno do PIB volaram a ocorrer (com efeio, as axas de crescimeno do PIB em 1984, 1985 e 1986 foram 5,4%; 7,8% e 18

19 7,5% respecivamene). Esa reomada aponava para a rajeória ascendene como aquela enre Conforme Lamônica (2009), depois dese momeno heróico que se seguiu após a recessão do início da década, as axas de crescimeno, parafraseando Casro (2008), beiraram a semi-esagnação. Gráfico 2: Saldo da Balança Comercial e da Cona de Capial e Financeira US$ milhões Balança comercial (FOB) CONTA CAPITAL E FINANCEIRA Fone: Banco Cenral do Brasil A queda na axa de acumulação de capial que se evidencia na economia brasileira nas décadas seguines conribuiu para que a evolução da esruura produiva não se desse no senido de relaxar a resrição de equilíbrio do balanço de pagamenos, conforme previso no modelo Kaldor-Thirwall. Esa limiação do processo de crescimeno econômico das úlimas duas décadas e meia, em um conexo de maior inegração das economias, coloca com maior relevância a necessidade de se reduzir o hiao ecnológico como requisio para se elevar a axa de crescimeno de longo prazo da economia brasileira. VII Conclusões. Ao longo dese arigo argumenamos que a resrição exerna ao crescimeno de longo-prazo represenada pela razão enre as elasicidades renda das exporações e das imporações pode ser relaxada por inermédio de um esforço de acumulação de capial que permia a ocorrência de uma mudança esruural nas economias periféricas, e al sore a reduzir o assim chamado hiao ecnológico. O modelo híbrido de crescimeno desenvolvido ao longo dese rabalho mosrou a possibilidade lógica de que um aumeno da axa desejada de acumulação de capial permia, por inermédio da modernização do equipameno de capial exisene, aumenar o coneúdo ecnológico da produção domésica, aumenando assim a elasicidade-renda das exporações e reduzindo a elasicidade-renda das imporações. A experiência hisórica da economia brasileira no período ilusra a validade da hipóese sugerida ao longo dese rabalho. Com efeio, a economia brasileira passou, nesse período, por uma grande mudança esruural, induzida pela acumulação de capial. Essa 19

20 mudança esruural permiiu um relaxameno, ainda que parcial, da resrição exerna ao crescimeno, viabilizando assim a ocorrência de axas elevadas de crescimeno do produo real durane o período analisado. Referências Aesoglu, H.S. (1997). Balance of Paymens-Consrained Growh Model and Is Implicaions for he U.S. Journal of Pos Keynesian Economics, Vol. 19, N.3. BCB: Balanço de Pagamenos Casro, A B e Souza, F E P. (2004). A economia Brasileira em marcha forçada, Ediora Paz e Terra, 3ª. ed. Casro, A B. (2008). From Semi-sagnaion o Growh in a Sino-cenric Marke. Revisa de Economia Políica, 28 (1). Cimoli, M (2005). Heerogeneidad Esrucural, Asimerías Tecnológicas y Crecimieno en América Laina, CEPAL. Cimoli, M., Porcile, G., Primi, A. e Vergara, S. (2005). Cambio Esrucural, Heerogeneidad Produciva y Tecnología en América Laina. In: Cimoli, M. (edior) Heerogeneidad esrucural, asimerías ecnológicas y crecimieno en América Laina, CEPAL. Dixon, L; Thirlwall, A.P. (1975). A Model of Regional Growh Rae differences on Kaldorian Lines. Oxford Economic Papers, Vol 27, no 2. Domar, E. (1946). Capial Expansion, Rae of Growh and Employmen. Economérica, vol. 14, pp Dosi, G., Pavi, K.; Soee, L. (1990). The Economics of Technical Change and Inernaional Trade, New York Universiy Press. Du, A.K. (2003). Income Elasiciy of Imposs, Norh-Souh Trade and Uneven Developmen. In: Du, A.K; Ros, J. (orgs.). Developmen Economics and Srucuralis Macroeconomics. Edward Elgar: Aldersho. Fagerberg, J. (1988) Why Growh Raes Differ. In: Dosi, G e al. (orgs.). Technical Change and Economic Theory. Piner Publishers: Londres. Foley, D; Michl, T. (1999). Growh and Disribuion. Harvard Universiy Press: Cambridge (Mass.). Harrod, R (1939). An Essay in Dynamic Theory. The Economic Journal, vol. 49, Holland, M; Porcile, G (2005). Brecha Tecnológica y Crecimieno en América Laina. In Cimoli, M. (org.) Heerogeneidad esrucural, asimerías ecnológicas y crecimieno en América Laina, CEPAL. IBGE: Conas Nacionais, sisema consolidado. IBGE: Censo Indusrial de 1970 e 1985 Kaldor, N. (1957) A Model of Economic Growh. Economic Journal. Kaldor, N; Mirrlees, J.A. (1962). A New Model of Economic Growh. Review of Economic Sudies, 29. Lamônica, M T. (2009). Crescimeno e mudança esruural na economia Brasileira: uma inerpreação de porque o dinamismo econômico arrefeceu após 1980 à luz de Kaldor. Tese de Douorado submeida ao programa de pós-graduação da Universidade Federal Fluminense, maio. Marquei, A (2004). Do rising Real Wages Increase he Rae of Labor-Saving Technical Change? Some Economeric Evidence. Meroeconomica, Vol. 55, N.3. McCombie, J.S.L; Thirlwall, A.P (1994). Economic Growh and he Balance-of-Paymens Consrain. S Marin s Press. McCombie, J.L; Robers, M. (2002). The Role of he Balance of Paymens in Economic Growh. In Seerfield, M. The Economics of Demand-led Growh: Challenging he supply-side vision of he long run. Edward Elgar. Moreno-Brid, J.C. ( ). On Capial Flows and he Balance of Paymens Consrained Growh Model. Journal of Pos Keynesian Economics, Vol. 21, N.2. Rodriguez, O. (2009). O Esruuralismo Laino-Americano. Civilização Brasileira: Rio de Janeiro. Seerfield, M. (1997). Hisory versus Equilibrium and he Theory of Economic Growh, Cambridge Journal of Economics, Vol. 21. Thirlwall, A.P (1979). The Balance of Paymens Consrain as an Explanaion of Inernaional Growh Raes. Banca Nazionale del Lavoro Quarerly Review, March (2001). The relaion beween he warraned growh rae, he naural growh rae and he balance of paymens equilibrium growh raes. Journal of Pos Keynesian Economics (2002). The Naure of Economic Growh. Edward Elgar: Aldersho. Verspagen, B (1993). Uneven Growh Beween Inerdependen Economies. Avebury: Aldersho. 20

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