Prefácio à Edição Portuguesa

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Prefácio à Edição Portuguesa"

Transcrição

1 Prefácio à Edição Portuguesa 1. Todos os dias quando abrimos os jornais somos confrontados com notícias do tipo: camionistas bloqueiam estradas em França; farmácias contestam a política da Ministra da Saúde; ambientalistas criticam a localização da nova ponte sobre o Tejo; moradores fazem abaixo assinado contra a concessão de um alvará que permite a construção de uma nova urbanização; trabalhadores lutam pelo cumprimento da lei das quarenta horas semanais. Na realidade, quem está por detrás destas acções não são apenas indivíduos ou empresas enquanto tais, mas grupos organizados: sindicatos de camionistas, associação nacional de farmácias e ordem dos farmacêuticos, associações ambientalistas ou de moradores; confederações de sindicatos. A acção dos grupos de interesse públicos ou privados, dos chamados grupos de pressão ou lobbies e, sobretudo, as condições mais propícias para o seu desenvolvimento, são o tema central deste livro. Em certos casos o governo parece mais permeável à actuação de certos grupos parecendo satisfazer-lhes as reivindicações, enquanto que, noutros casos, parece existir maior relutância em ceder às pressões a que é sujeito. Isto coloca desde já uma questão que é a de tentar perceber quais os grupos que serão mais eficazes na sua acção com vista a influenciar as decisões e políticas governamentais. Visto que os sujeitos da acção colectiva são, em geral, grupos organizados e não indivíduos enquanto tais, a questão que se coloca de imediato é saber quando é que um grupo cria uma organização formal para defender os seus interesses. Contudo, antes de respondermos a esta questão há que colocar outro problema fundamental: o que identifica um grupo? A resposta mais simples a esta última questão é a que sustenta que um grupo é um conjunto de entidades (indivíduos, empresas ou nações) que partilham um interesse comum. Porém, o facto de partilharem um interesse comum, e portanto constituirem um grupo não significa necessariamente que o grupo se organize para a acção colectiva através da constituição de uma associação ou outro tipo de organização. Nada melhor que um exemplo para ilustrar o que acabámos de referir. Não é do nosso conhecimento a existência de uma associação para a defesa dos passeios de Lisboa (ou do Porto), uma associação que teria como objectivo libertar os passeios da voragem dos automóveis que teimam em os pisar e obstruir a passagem dos peões. Contudo, não há dúvida que há um conjunto de indivíduos que partilham desse interesse comum. Os residentes em Lisboa e que se deslocam a pé ou de transportes públicos na cidade, os que vivem nos concelhos limítrofes e trabalham na capital e que, por impossibilidade ou opção, não trazem o seu automóvel para a cidade. Também todos aqueles (turistas ou não) que simplesmente apreciam esteticamente a calçada lisboeta. Trata-se pois do que Olson e outros autores chamam de grupo latente, um grupo que não chegou a organizar-se. Não há dúvida que a política do município lisboeta respeitante a este problema não seria a mesma se existisse aquela associação, sobretudo se ela fosse dinâmica e efectiva junto da opinião pública assim como junto do próprio município. Um grupo, quando se organiza, torna-se muito mais eficaz junto do poder político, do que quando permanece latente e é por isso que assistimos ao proliferar de organizações para a acção colectiva nas democracias mais antigas e estáveis politicamente.

2 Poderíamos multiplicar os exemplos ilustrativos de casos em que a acção colectiva voluntária visa apenas e simplesmente o cumprimento da lei, ou seja, contrariar uma certa inépcia do poder político (ao nível da administração central ou local) em fazer cumprir a lei. Basta considerar o problema da construção urbana e do respectivo licenciamento para nos virem à memória bastantes exemplos em que a lei não é cumprida e os interesses particulares se sobrepõem ao interesse público, ou pelo menos aquilo que é considerado interesse público de acordo com a legislação vigente. Pense-se ainda no tratamento que deveria ser dado aos resíduos industriais e onde, em muitos casos, a lei também não é cumprida ou no caso do trabalho infantil que continua a ser utilizado por algumas indústrias no nosso país. Nestes casos, a existência de uma associação de defesa do ambiente ou de defesa dos direitos da criança pode fazer a diferença. O tipo de motivação para a acção colectiva que acabámos de referir - fazer cumprir as leis é pois um dos objectivos que pode nortear a acção colectiva voluntária. É mais relevante em países em que o Estado democrático de direito tem uma menor importância, não tanto pelas insuficiências da legislação, mas antes por a cultura, a tradição e os costumes serem menos favoráveis a um respeito pelas regras e pelas leis. Se compararmos os países anglo-saxónicos, com os países latinos, parece não haver grande dúvida que é nos últimos onde a atitude perante a lei é mais benevolente, ou seja, onde muitas leis são encaradas, mais como uma referência, do que algo que deve ser respeitado. Isto significa que, a nosso ver, a lógica da acção colectiva tratada neste livro, tem um campo de aplicação, ainda mais vasto, em países como Portugal, do que noutros países, como os Estados Unidos da América e a Inglaterra onde esta teoria foi desenvolvida. Um segundo objectivo para a acção colectiva, é um grupo procurar obter do governo (ou do parlamento) algumas benesses, que poderão assumir uma multiplicidade de formas: legislação favorável aos interesses do grupo, subsídios, isenções fiscais, direitos especiais, protecção aduaneira, restrições à competição. Grupos de teatro, óperas e orquestras filarmónicas pedem subsídios, mas também os produtores agrícolas e os industriais os pedem. O pequeno comércio pede protecção contra a concorrência das grandes superfícies, as pequenas livrarias pedem o preço fixo do livro, os industriais querem facilidades do governo, protecção contra a concorrência de empresas estrangeiras e regulação do mercado interno para limitar a entrada de novas empresas no mercado. Os estudantes querem que sejam os contribuintes a pagar as propinas no ensino superior. Comum a todas estas reivindicações está a característica da acção colectiva se dirigir a uma qualquer entidade governamental em sentido lato: governo, parlamento, administração local, etc. Este é o tipo de acção colectiva que maior importância tem nas nossas sociedades e o que é tratado de forma mais exaustiva neste livro. Um terceiro tipo de acção colectiva é aquele em que o grupo, com ou sem organização formal, fornece aos seus membros um benefício colectivo, sem necessidade de recurso a uma instância governamental. Quando os pais e amigos da criança deficiente mental se associam para apoiar as famílias destas crianças, quando moradores se organizam para tratar de um terreno baldio ou quando amigos que gostam de jogar futebol ou bridge se juntam com esse fim, estamos na presença de situações em que o grupo fornece um bem colectivo aos seus membros, independentemente da acção governamental. A questão que se coloca para qualquer dos tipos de acção colectiva acima considerados é saber quando é que o indivíduo (a empresa, a nação) acha que vale a

3 pena contribuir para a acção colectiva. Aqui um pouco de introspecção pode ser útil e vale a pena perguntarmo-nos: para que acções colectivas estou a contribuir neste momento, em tempo, em dinheiro ou doutra forma? Porque escolhi estas e não outras que prosseguem semelhantes objectivos? Porque não contribuo para organizações que têm os mesmos objectivos do que eu? Embora todas estas questões sejam importantes, talvez a última seja a mais pertinente. Existe o argumento típico de que eu não contribuo para (isto ou aquilo) porque o Estado é que deveria ocupar-se e eu já pago impostos. Existe aqui uma posição implícita de que todos os bens colectivos devem ser fornecidos pelo Estado e não por organizações de carácter voluntário, e portanto já que existe uma contribuição coerciva para esse fim (os impostos), essa contribuição deverá ser entendida como a contribuição individual total para os bens colectivos da sociedade. Obviamente que este argumento só será válido se aceitarmos o pressuposto inicial de que todos os bens colectivos devem ser fornecidos pelo Estado. Existem contudo dois argumentos mais subtis para a não contribuição. O primeiro, pode ser posto nos seguintes termos: a minha contribuição seria tão pequena e tão insignificante que em nada alteraria a situação global. Esta afirmação é sobretudo aplicável quando se trata de grandes grupos, onde a contribuição de um indivíduo é, geralmente, muito pequena em relação às contribuições globais e por isso é, em muitos casos, imperceptível pelos outros. O segundo tipo de argumentos pode enunciar-se assim: se o bem colectivo for fornecido eu beneficiarei dele quer tenha contribuído quer não tenha. Isto deriva de uma característica de muitos bens colectivos que é a sua indivisibilidade e não rivalidade no consumo que permite que muitos indivíduos usufruam dos benefício sem para ele contribuírem. Porque hei-de ser membro do sindicato da minha profissão e pagar a quota se, caso ele seja bem sucedido na luta por melhores salários, eu também beneficiarei desse sucesso mesmo não sendo membro? Porque hei-de contribuir para uma associação ambientalista se, independentemente da minha contribuição, caso ela seja eficaz eu também obterei os benefícios? Objectarão alguns, que muitos indivíduos não pensam desta maneira, e se pensam não deveriam pensar. Este livro não é, contudo, acerca de comportamento moral ou ético, acerca de como os indivíduos ou as empresas deveriam comportar-se ou agir colectivamente, mas antes sobre comportamento racional na presença de bens colectivos cuja característica de não rivalidade no usufruto, leva muitos indivíduos, a andarem á boleia das contribuições dos outros. Mancur Olson é um economista e portanto é natural que utilize uma abordagem dos grupos característica dos economistas. Os grupos são, como referimos, conjuntos de indivíduos, empresas ou nações que têm interesses comuns. A unidade base de análise é o indivíduo que se assume ser racional, no sentido em que escolhe acções adequadas para alcançar os seus fins. Para além de racional, o autor muitas vezes assume que os indivíduos são também egoístas, ou seja, que os objectivos a alcançar com a acção colectiva são essencialmente de modo a melhorar o seu bem-estar individual. Esta abordagem parece justificar-se sobretudo porque a maioria dos lobbies que actuam na sociedade Americana, em Washington mais concretamente, têm objectivos económicos, o mesmo se passa nos outros países. Trata-se dos grupos de pressão representando a agricultura, os trabalhadores assalariados da indústria, outros grupos profissionais (incluindo as profissões liberais) e as empresas. A análise desenvolvida neste livro tem também aplicação, sobretudo em grandes grupos, noutro tipo de lobbies não económicos ( sociais, políticos e alguns filantrópicos). De facto, como Olson discute no capítulo II, em certas situações agentes racionais e altruístas, não contribuirão para o bem colectivo.

4 Contudo, para certo tipo de grupos de pressão não económicos (filantrópicos e religiosos), sobretudo quando os agentes não são racionais a teoria desenvolvida neste livro não tem grande aplicação. 2. A Lógica da Acção Colectiva é um importante clássico na teoria dos grupos, situando-se na fronteira disciplinar da economia, sociologia e ciência política, não sendo pois de estranhar a grande influência que este livro teve, e tem, nestas três disciplinas sobretudo nas abordagens em termos de escolha racional. Mancur Olson tem sido, ao longo de vários escritos, um defensor de uma certa interdisciplinaridade nas ciências sociais. 1 Através de uma análise minuciosa dos custos da acção colectiva e da sua partilha entre os membros do grupo, da natureza do bem colectivo fornecido (o interesse comum) e da dimensão e estrutura dos grupos, Olson deriva um conjunto de conclusões, das quais vale a pena ressaltar algumas até pela sua aplicação ao caso português. Sem dúvida uma das mais relevantes é a clarificação da chamada, falácia da composição. É muitas vezes considerado que da mesma forma que um indivíduo racional prossegue os seus objectivos pessoais, um grupo de indivíduos racionais, com um interesse comum, tentarão alcançar esse objectivo comum. Olson conclui que em muitas situações, os grupos permanecem latentes e não se organizam, constituindo por vezes aqueles que sofrem em silêncio. É sobretudo o caso dos grandes grupos que prosseguem apenas um bem colectivo. A falácia da composição tem estado subjacente a várias correntes de pensamento em economia e em ciência política. É o caso da velha economia institucional (J.R. Commons) da nova economia política de Chicago (Gary Becker, D. Whitman), dos pluralistas políticos (Bentley, Truman, Latham, Dahl). Apesar da diversidade metodológica destas correntes, partilham um aspecto comum que é a importância dada aos grupos de interesse nos modernos regimes democráticos e a postura de que quando existe um interesse comum forte, um grupo organiza-se para defendê-lo. Isto leva alguns, em particular a nova economia política de Chicago, a serem bastante optimistas em relação ao resultado da actuação dos diferentes grupos de pressão, justificando que a democracia produz políticas eficientes em consequência da interacção de grupos de interesses opostos cujo peso relativo dependerá da importância relativa dos interesses que defendem e também do montante de fundos disponíveis para a acção de lobby. Olson concerteza que não partilha deste optimismo. 2 A mesma falácia da composição está de certo modo implícita no pensamento de Marx. O facto da luta de classes não ter assumido as proporções que Marx previu não deriva nem de ele ter sobre-estimado a importância do económico, nem de ele ter considerado a motivação racional de burgueses por um lado e proletários por outro. Olson argumenta antes que a acção de classe não ocorrerá se os indivíduos que constituem uma classe agirem racionalmente. Mais uma vez a acção colectiva fracassará, em grandes grupos, quando aquilo que o grupo pretende alcançar for apenas um bem colectivo que pode ser usufruído por todos, independentemente de terem, ou não, contribuído para esse bem. 1 Olson, M. (1990) Toward a unified view of economics and the other social sciences em James Alt e Kenneth Shepsle (ed.) Perspectives on Positive Political Economy, Cambridge, Cambridge University Press. 2 Ver a este respeito a entrevista realizada a Olson e reproduzida em Paulo Pereira (1996) Mancur Olson: um ilustre desconhecido (em Portugal). Estudos de Economia, 15(3), pg

5 Contudo existem certos grandes grupos que ultrapassam o estado latente e se mobilizam para a acção colectiva. A explicação para isto reside, em geral, que a par do bem colectivo que é fornecido a todos os membros do grupo, existem também incentivos selectivos que incidem sobre cada um dos indivíduos em particular e que podem ser de natureza positiva (apenas para os que contribuem efectivamente para a acção colectiva) ou negativa (para os que não contribuem). Assim, por exemplo o grupo dos consumidores consegue organizar-se em associação não por causa do bem colectivo que fornece e que é usufruído por todos os consumidores (acção de fiscalização sobre a qualidade dos produtos, acções judiciais contra empresas prevaricadoras, informação, etc.), mas pelo facto de fornecer um incentivo selectivo na forma de uma revista informativa exclusiva para os sócios, ou seja para aqueles que contribuem para a existência da organização. Desta forma os grandes grupos, quando se mobilizam é porque conseguiram desenvolver com sucesso um sistema de incentivos selectivos de modo que uma parcela significativa dos seus membros decide voluntariamente contribuir para a organização. Existe, contudo, outra estratégia que os grupos poderão adoptar e que é a de convencerem o governo da necessidade que este legisle no sentido de tornar a filiação na organização obrigatória. Conforme é discutido por Olson neste livro, trata se de algo que foi muito importante no sindicalismo americano, e que ficou conhecido por closed shop ( loja fechada ) e que obrigava os trabalhadores de certas empresas a estarem sindicalizados. Hoje, em Portugal, esta situação também existe sobretudo ao nível de certas profissões liberais (médicos, engenheiros, advogados, arquitectos) e ainda os farmacêuticos, onde o exercício da profissão obriga à inscrição na respectiva Ordem profissional. É claro que do ponto de vista da acção colectiva do grupo, a existência de uma Ordem trás benefícios pois torna as contribuições obrigatórias independentemente, até, da qualidade da actividade dessa organização. Do ponto de vista da sociedade como um todo, já conviria fazer uma análise mais detalhada para perceber os benefícios e os inconvenientes da existência das Ordens. Olson discute o caso dos lobbies de profissionais e é interessante reflectirmos sobre o paralelo com a realidade portuguesa. A filiação compulsiva é apenas uma das formas através das quais os governos podem levar ao incentivo da acção colectiva. As outras formas são os subsídios governamentais e ainda o próprio governo pode enviar funcionários para dinamizar certas associações, como aconteceu nos EUA com as associações de agricultores (Farm Bureaus), que mais tarde se tornaram poderosas organizações de lobby junto do próprio governo. É interessante notar que Olson desenvolve aqui uma análise em sentido contrário ao da ciência política tradicional que analisa a relação entre a actuação dos lobbies e as políticas governamentais, mas não analisa a relação inversa, ou seja de como o governo pode ser, ele próprio, um promotor do desenvolvimento de lobbies. Esta tentação é tanto maior quanto, nos tempos actuais, os governos se defrontam com sérias restrições orçamentais, de forma que uma descentralização de funções governamentais para as associações profissionais ou outros grupos de interesse, trás, no imediato, uma redução na despesa pública. Contudo, não será, talvez, mau relembrar que o governo responde perante os cidadãos enquanto que as associações respondem perante os seus associados, e que os interesses de uns e de outros nem sempre coincidem. Até aqui referimos apenas grandes grupos que podem ficar latentes ou mobilizar-se com incentivos selectivos, contudo, é sobretudo ao nível dos pequenos

6 grupos que é mais provável que a acção colectiva se realize. As razões são intuitivas e prendem-se com as várias diferenças entre pequenos e grandes grupos. Nos primeiros o acto individual de contribuir, ou não, é observável, de modo que certo tipo de sanções poderão ser aplicadas aos que não quiserem contribuir. Cada indivíduo (indivíduo, empresa ou nação) recebe uma parcela maior do ganho global do bem colectivo quando se trata de pequenos grupos. Há até um caso particular de grupos, os privilegiados onde a acção colectiva não irá fracassar, porque um indivíduo apenas está disposto a financiar, só ele, os custos do fornecimento do bem colectivo. Isto tem a ver com a estrutura de benefícios dos diferentes elementos do grupo e indica que quanto maior for a assimetria de beneficios, maior a probabilidade do grupo ser privilegiado e de a acção colectiva ter sucesso. Daqui deriva também uma hipótese, que Olson desenvolve em artigo posterior 3 aplicando às alianças entre nações (NATO), sugerindo que o pequeno explora o grande, ou seja, aquele que tem menores benefícios do bem colectivo pode subavaliar esses benefícios de modo a que seja o grande, aquele que mais usufrui do bem colectivo, a pagar uma parte dos custos da organização mais do que proporcional do que os benefícios que retira da acção colectiva. 3. A Lógica da Acção Colectiva é um livro fértil em hipóteses que têm sido exploradas em numerosos artigos e livros ao longo das três décadas desde a sua publicação. Vale a pena referir aqui dois livros que se debruçam exclusivamente sobre os argumentos aqui desenvolvidos. O primeiro é de um cientista político, Russel Hardin, 4 que discute de forma mais aprofundada a tipologia dos grupos apresentada por Olson, distingue a análise estática da análise dinâmica dos grupos e aborda vários importantes lobbies que actuam na sociedade americana. O segundo livro, 5 escrito por um economista (Todd Sandler)e para economistas usa a teoria dos jogos e uma formalização algébrica mais rigorosa para distinguir melhor os diferentes tipos de bens colectivos. Não há dúvida que Sandler refina alguns argumentos desenvolvidos ao longo deste livro, ilustra muito bem o leque variadíssimo de aplicações da lógica da acção colectiva, mas no fundamental não refuta nenhuma das principais conclusões do presente livro. Uma continuação importante da presente obra, foi realizada pelo próprio Olson em The Rise and Decline of Nations. 6 Aqui o autor desenvolve as implicações da lógica da acção colectiva a nível macroeconómico nomeadamente no que toca ao crescimento económico, à estagflação e ao que chama de rigidez social. Aquilo que pretende explicar é, em primeiro lugar, os factores que levam a que em certas sociedades se desenvolvam mais grupos de interesse do que noutras, e em segundo lugar, os efeitos que estes grupos de interesse têm a nível macroeconómico. No essencial Olson argumenta que as sociedades estáveis com fronteiras inalteradas tendem a acumular mais coligações distributivas ao longo do tempo. Este conceito é utilizado para identificar, dentro dos grupos de pressão, aqueles grupos que apenas pretendem uma melhoria do bem-estar dos seus membros através de uma maior fatia do rendimento nacional. As coligações distributivas, sobretudo as que são pequenos grupos, têm um poder mais do que 3 Olson, M. e Zeckhauser, R. (1967) An Economic Theory of Alliances, Review of Economics and Statistics, 48, pp Hardin, R. (1982) Collective Action, The John Hopkins University Press, Baltimore 5 Sandler, T. (1992) Collective Action: Theory and Applications, Harvester Wheatsheef, New York 6 Olson, M. (1982) The Rise and Decline of Nations: Economic Growth, Stagflation and Social Rigidities, Yale University Press, New Haven.

7 proporcional aos seus membros, reduzem a eficiência e o rendimento e o rendimento agregado das sociedades onde operam pois abrandam a capacidade da sociedade em adaptar-se a novas tecnologias, tornam a vida política mais conflituosa e mais difícil a regulação governamental. Em suma, a predominância de pequenas coligações distributivas torna as sociedades mais escleróticas e é isto que, na opinião de Olson, explica em grande parte o declíneo secular da Grã-Bretanha e também o sucesso económico de países como a Alemanha e o Japão, cujas derrotas militares foram também acompanhadas de uma diluição de muitos grupos de interesse que perderam peso e importância, o que foi benéfico do ponto de vista económico. É claro que algumas das conclusões do Rise and Decline of Nations têm sido objecto de controvérsia na literatura posterior, mas isto só prova que este livro representou uma referência importante nas teorias do crescimento e desenvolvimento. Mancur Olson não foi, nem é, um economista da corrente dominante em economia, seja ela micro ou macroeconómica, pois sempre foi alguém que, ao contrário dos economistas neoclássicos tradicionais, sempre deu muita importância ao estudo das instituições e dos seus efeitos económicos. Faz parte de um pequeno grupo que inclui um cientista político (William Riker) e mais três distintos economistas (Kenneth Arrow, James Buchanan e Anthony Downs) que no final da década de cinquenta, início da de sessenta escreveram quatro livros 7 que, conjuntamente com a Lógica da acção Colectiva, deram substância a um novo programa de investigação conhecido por teoria da escolha pública (public choice) 8 ou análise económica da política. Esta corrente de investigação considera que a política pode ser entendida como um mercado, mais ou menos competitivo, desde que se assuma que os agentes nele envolvidos (políticos, funcionários públicos, cidadãos enquanto eleitores e membros de grupos de pressão, empresas) são racionais na prossecução dos seus objectivos. O mercado político tem sobretudo duas dimensões: o formal, que é o do voto, e o informal que é onde actuam os grupos de pressão. O livro de Anthony Downs é a obra clássica na análise económica da democracia representativa (mercado formal do voto) enquanto que a presente obra de Mancur Olson é o livro de referência na análise económica dos grupos de pressão. 4. Este livro não é apenas um clássico de economia política, de ciência política e uma referência importante na sociologia. Não é tambem somente um livro de interesse académico, como o provam as inúmeras traduções e as muitas citações que a ele são feitas em artigos de revistas especializadas daquelas três disciplinas. É sobretudo um livro que nos ajuda a perceber os problemas actuais da sociedade portuguesa pois é um livro sobre grupos de pressão (lobbies) e de como certos grupos são mais bem sucedidos na sociedade do que outros, mais capazes de serem eficazes na acção colectiva. Numa época, como a em que vivemos, onde certos grupos têm maior acesso aos meios de comunicação ou a outras formas de pressão política, a sua voz sobrepõe-se por vezes ao 7 Arrow, K. (1951) Social Choice and Individual Values, New York, John Wiley and Sons (ed. Rev. 1963); Downs, A. (1957) An Economic Theory of Democracy, New York, Harper and Row; Riker, W. (1962) The Theory of Political Coalitions, New Haven, Yale University Press; Buchanan, J. and Tullock, G. (1962) The Calculus of Consent, Ann Arbor, The University of Michigan Press. 8 Para o interessado, com preparação económica, o melhor livro continua a ser o de Dennis Mueller (1989) Public Choice II, Cambridge University Press, Cambridge. Uma leitura mais introdutória e acessível é o livro de Ian McLean (197) Public Choice: an introduction, Basil Blackwell, Oxford ou Paulo Pereira (1997) A teoria da escolha pública (public choice): uma abordagem neo-liberal? em Análise Social, nº 141. Vários contributos acerca da controversa aplicação da teoria da escolha racional em política podem ser lidos em Jeffrey Friedman (ed.) (1996) The Rational Choice Controversy, Yale University Press, New Haven.

8 interesse geral da população que permanece latente. Muitas vezes as reformas indispensáveis e necessárias na sociedade portuguesa nos campos da educação, da saúde, das finanças locais e da administração do território (para só citar algumas) têm sido bloqueadas e adiadas pela actuação de grupos de pressão, alguns dos quais actuando de forma pouco transparente e sobretudo pouco representativa dos grupos que supostamente representam. A leitura deste livro parece-nos pois muito aconselhável a todos aqueles que desejem ter uma visão mais realista dos grupos que são bem sucedidos e dos que fracassam na organização da acção colectiva. Paulo Trigo Pereira

Logística e a Gestão da Cadeia de Suprimentos. "Uma arma verdadeiramente competitiva"

Logística e a Gestão da Cadeia de Suprimentos. Uma arma verdadeiramente competitiva Logística e a Gestão da Cadeia de Suprimentos "Uma arma verdadeiramente competitiva" Pequeno Histórico No período do pós-guerra até a década de 70, num mercado em franca expansão, as empresas se voltaram

Leia mais

DESENVOLVER E GERIR COMPETÊNCIAS EM CONTEXTO DE MUDANÇA (Publicado na Revista Hotéis de Portugal Julho/Agosto 2004)

DESENVOLVER E GERIR COMPETÊNCIAS EM CONTEXTO DE MUDANÇA (Publicado na Revista Hotéis de Portugal Julho/Agosto 2004) DESENVOLVER E GERIR COMPETÊNCIAS EM CONTEXTO DE MUDANÇA (Publicado na Revista Hotéis de Portugal Julho/Agosto 2004) por Mónica Montenegro, Coordenadora da área de Recursos Humanos do MBA em Hotelaria e

Leia mais

ABCEducatio entrevista Sílvio Bock

ABCEducatio entrevista Sílvio Bock ABCEducatio entrevista Sílvio Bock Escolher uma profissão é fazer um projeto de futuro A entrada do segundo semestre sempre é marcada por uma grande preocupação para todos os alunos que estão terminando

Leia mais

Grupo Parlamentar PROJECTO DE LEI N.º./X ALTERA O ESTATUTO DOS DEPUTADOS, ADITANDO NOVOS IMPEDIMENTOS. Exposição de motivos

Grupo Parlamentar PROJECTO DE LEI N.º./X ALTERA O ESTATUTO DOS DEPUTADOS, ADITANDO NOVOS IMPEDIMENTOS. Exposição de motivos Grupo Parlamentar PROJECTO DE LEI N.º./X ALTERA O ESTATUTO DOS DEPUTADOS, ADITANDO NOVOS IMPEDIMENTOS Exposição de motivos O debate em torno da transparência da vida democrática e do sistema político tem

Leia mais

Empreendedorismo De uma Boa Ideia a um Bom Negócio

Empreendedorismo De uma Boa Ideia a um Bom Negócio Empreendedorismo De uma Boa Ideia a um Bom Negócio 1. V Semana Internacional A Semana Internacional é o evento mais carismático e que tem maior visibilidade externa organizado pela AIESEC Porto FEP, sendo

Leia mais

Indicadores de transferência e de abandono no ensino superior português

Indicadores de transferência e de abandono no ensino superior português Indicadores de transferência e de abandono no ensino superior português Direção-Geral de Estatísticas da Educação e Ciência (DGEEC) João Oliveira Baptista Seminário Sucesso Académico - Teatro Thalia -

Leia mais

Uma reflexão sobre Desenvolvimento Económico Sustentado em Moçambique

Uma reflexão sobre Desenvolvimento Económico Sustentado em Moçambique Uma reflexão sobre Desenvolvimento Económico Sustentado em Moçambique Carlos Nuno Castel-Branco carlos.castel-branco@iese.ac.mz Associação dos Estudantes da Universidade Pedagógica Maputo, 21 de Outubro

Leia mais

VOLUNTARIADO E CIDADANIA

VOLUNTARIADO E CIDADANIA VOLUNTARIADO E CIDADANIA Voluntariado e cidadania Por Maria José Ritta Presidente da Comissão Nacional do Ano Internacional do Voluntário (2001) Existe em Portugal um número crescente de mulheres e de

Leia mais

DISCURSO DE SUA EXCELÊNCIA, O PRESIDENTE DA REPÚBLICA

DISCURSO DE SUA EXCELÊNCIA, O PRESIDENTE DA REPÚBLICA DISCURSO DE SUA EXCELÊNCIA, O PRESIDENTE DA REPÚBLICA 1. Congratulo-me vivamente com a realização deste Congresso do Ano Internacional dos Voluntários. Trata-se de um acontecimento da maior importância

Leia mais

Podemos encontrar uma figura interessante no PMBOK (Capítulo 7) sobre a necessidade de organizarmos o fluxo de caixa em um projeto.

Podemos encontrar uma figura interessante no PMBOK (Capítulo 7) sobre a necessidade de organizarmos o fluxo de caixa em um projeto. Discussão sobre Nivelamento Baseado em Fluxo de Caixa. Item aberto na lista E-Plan Podemos encontrar uma figura interessante no PMBOK (Capítulo 7) sobre a necessidade de organizarmos o fluxo de caixa em

Leia mais

SUSTENTABILIDADE FINANCEIRA, PRESTAÇÃO DE CONTAS E RESPONSABILIDADE

SUSTENTABILIDADE FINANCEIRA, PRESTAÇÃO DE CONTAS E RESPONSABILIDADE V EUROSAI/OLACEFS CONFERENCE SUSTENTABILIDADE FINANCEIRA, PRESTAÇÃO DE CONTAS E RESPONSABILIDADE CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES A V Conferência EUROSAI/OLACEFS reuniu, em Lisboa, nos dias 10 e 11 de Maio de

Leia mais

ÁREA A DESENVOLVER. Formação Comercial Gratuita para Desempregados

ÁREA A DESENVOLVER. Formação Comercial Gratuita para Desempregados ÁREA A DESENVOLVER Formação Comercial Gratuita para Desempregados Índice 8. Sobre nós 7. Como pode apoiar-nos 6. Datas de realização e inscrição 5. Conteúdos Programáticos 4. Objectivos 3. O Workshop de

Leia mais

Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Cultura Contemporâneas. Grupo de Pesquisa em Interação, Tecnologias Digitais e Sociedade - GITS

Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Cultura Contemporâneas. Grupo de Pesquisa em Interação, Tecnologias Digitais e Sociedade - GITS Universidade Federal da Bahia Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Cultura Contemporâneas Grupo de Pesquisa em Interação, Tecnologias Digitais e Sociedade - GITS Reunião de 18 de junho de 2010 Resumo

Leia mais

INTRODUÇÃO. Fui o organizador desse livro, que contém 9 capítulos além de uma introdução que foi escrita por mim.

INTRODUÇÃO. Fui o organizador desse livro, que contém 9 capítulos além de uma introdução que foi escrita por mim. INTRODUÇÃO LIVRO: ECONOMIA E SOCIEDADE DIEGO FIGUEIREDO DIAS Olá, meu caro acadêmico! Bem- vindo ao livro de Economia e Sociedade. Esse livro foi organizado especialmente para você e é por isso que eu

Leia mais

24 O uso dos manuais de Matemática pelos alunos de 9.º ano

24 O uso dos manuais de Matemática pelos alunos de 9.º ano 24 O uso dos manuais de Matemática pelos alunos de 9.º ano Mariana Tavares Colégio Camões, Rio Tinto João Pedro da Ponte Departamento de Educação e Centro de Investigação em Educação Faculdade de Ciências

Leia mais

MÓDULO 5 O SENSO COMUM

MÓDULO 5 O SENSO COMUM MÓDULO 5 O SENSO COMUM Uma das principais metas de alguém que quer escrever boas redações é fugir do senso comum. Basicamente, o senso comum é um julgamento feito com base em ideias simples, ingênuas e,

Leia mais

COMO PARTICIPAR EM UMA RODADA DE NEGÓCIOS: Sugestões para as comunidades e associações

COMO PARTICIPAR EM UMA RODADA DE NEGÓCIOS: Sugestões para as comunidades e associações COMO PARTICIPAR EM UMA RODADA DE NEGÓCIOS: Sugestões para as comunidades e associações R E A L I Z A Ç Ã O A P O I O COMO PARTICIPAR EM UMA RODADA DE NEGÓCIOS: Sugestões para as comunidades e associações

Leia mais

Marxismo e Ideologia

Marxismo e Ideologia Rita Vaz Afonso 1 FBAUL, 2010 Marxismo e Ideologia 1 rita.v.afonso@gmail.com. O trabalho responde à disciplina semestral de Cultura Visual I do primeiro ano da Faculdade de Belas Artes da Universidade

Leia mais

ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA COMISSÃO DE ASSUNTOS EUROPEUS

ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA COMISSÃO DE ASSUNTOS EUROPEUS Parecer COM(2013)462 Proposta de REGULAMENTO DO PARLAMENTO EUROPEU E DO CONSELHO relativo a fundos europeus de investimento a longo prazo 1 PARTE I - NOTA INTRODUTÓRIA Nos termos do artigo 7.º da Lei n.º

Leia mais

Um forte elemento utilizado para evitar as tendências desagregadoras das sociedades modernas é:

Um forte elemento utilizado para evitar as tendências desagregadoras das sociedades modernas é: Atividade extra Fascículo 3 Sociologia Unidade 5 Questão 1 Um forte elemento utilizado para evitar as tendências desagregadoras das sociedades modernas é: a. Isolamento virtual b. Isolamento físico c.

Leia mais

IMPORTÂNCIA ESTRATÉGICA DA PROTECÇÃO DOS PRODUTOS TRADICIONAIS PORTUGUESES

IMPORTÂNCIA ESTRATÉGICA DA PROTECÇÃO DOS PRODUTOS TRADICIONAIS PORTUGUESES IMPORTÂNCIA ESTRATÉGICA DA PROTECÇÃO DOS PRODUTOS TRADICIONAIS PORTUGUESES A valorização comercial dos produtos agrícolas e dos géneros alimentícios que, ou pela sua origem ou pelos seus modos particulares

Leia mais

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS COMBINADAS

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS COMBINADAS 24 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS COMBINADAS Os mercados de capitais na Europa e no mundo exigem informações financeiras significativas, confiáveis, relevantes e comparáveis sobre os emitentes de valores mobiliários.

Leia mais

Investimento Directo Estrangeiro e Salários em Portugal Pedro Silva Martins*

Investimento Directo Estrangeiro e Salários em Portugal Pedro Silva Martins* Investimento Directo Estrangeiro e Salários em Portugal Pedro Silva Martins* Os fluxos de Investimento Directo Estrangeiro (IDE) para Portugal tornaram-se uma componente importante da economia portuguesa

Leia mais

1.1.1 Instituições: o que são? Aula 2 Instituições: o que são e para que servem? Aula 2 Instituições: o que são e para que servem?

1.1.1 Instituições: o que são? Aula 2 Instituições: o que são e para que servem? Aula 2 Instituições: o que são e para que servem? Aula 2 Instituições: o que são e para que servem? PARTE I A análise económica das instituições. 1. Dos dilemas sociais e das instituições para os resolver 1.1 Instituições 1.1.1 O que são? 1.1.3 Como avaliá-las?

Leia mais

Gestão do Conhecimento A Chave para o Sucesso Empresarial. José Renato Sátiro Santiago Jr.

Gestão do Conhecimento A Chave para o Sucesso Empresarial. José Renato Sátiro Santiago Jr. A Chave para o Sucesso Empresarial José Renato Sátiro Santiago Jr. Capítulo 1 O Novo Cenário Corporativo O cenário organizacional, sem dúvida alguma, sofreu muitas alterações nos últimos anos. Estas mudanças

Leia mais

REDE TEMÁTICA DE ACTIVIDADE FÍSICA ADAPTADA

REDE TEMÁTICA DE ACTIVIDADE FÍSICA ADAPTADA REDE TEMÁTICA DE ACTIVIDADE FÍSICA ADAPTADA Patrocinada e reconhecida pela Comissão Europeia no âmbito dos programas Sócrates. Integração social e educacional de pessoas com deficiência através da actividade

Leia mais

LIVRO VERDE SOBRE UMA MAIOR EFICÁCIA DAS DECISÕES JUDICIAIS NA UNIÃO EUROPEIA: PENHORA DE CONTAS BANCÁRIAS

LIVRO VERDE SOBRE UMA MAIOR EFICÁCIA DAS DECISÕES JUDICIAIS NA UNIÃO EUROPEIA: PENHORA DE CONTAS BANCÁRIAS LIVRO VERDE SOBRE UMA MAIOR EFICÁCIA DAS DECISÕES JUDICIAIS NA UNIÃO EUROPEIA: PENHORA DE CONTAS BANCÁRIAS PARECER SOLICITADO PELO CESE CONSELHO ECONÓMICO E SOCIAL EUROPEU CONTRIBUTO DA CTP CONFEDERAÇÃO

Leia mais

em nada nem constitui um aviso de qualquer posição da Comissão sobre as questões em causa.

em nada nem constitui um aviso de qualquer posição da Comissão sobre as questões em causa. DOCUMENTO DE CONSULTA: COMUNICAÇÃO DA COMISSÃO EUROPEIA SOBRE OS DIREITOS DA CRIANÇA (2011-2014) 1 Direitos da Criança Em conformidade com o artigo 3.º do Tratado da União Europeia, a União promoverá os

Leia mais

Bom dia, Senhoras e Senhores. Introdução

Bom dia, Senhoras e Senhores. Introdução Bom dia, Senhoras e Senhores Introdução Gostaria de começar por agradecer o amável convite que o Gabinete do Parlamento Europeu em Lisboa me dirigiu para participar neste debate e felicitar os organizadores

Leia mais

PLANO DE PROMOÇÃO DA EFICIÊNCIA NO CONSUMO (PPEC) REVISÃO DAS REGRAS

PLANO DE PROMOÇÃO DA EFICIÊNCIA NO CONSUMO (PPEC) REVISÃO DAS REGRAS PLANO DE PROMOÇÃO DA EFICIÊNCIA NO CONSUMO (PPEC) REVISÃO DAS REGRAS Intervenção do Senhor Presidente da CIP Confederação da Indústria Portuguesa, Eng.º Francisco van Zeller, na Audição Pública (CCB, 04/04/2008)

Leia mais

INOVAÇÃO PORTUGAL PROPOSTA DE PROGRAMA

INOVAÇÃO PORTUGAL PROPOSTA DE PROGRAMA INOVAÇÃO PORTUGAL PROPOSTA DE PROGRAMA FACTORES CRÍTICOS DE SUCESSO DE UMA POLÍTICA DE INTENSIFICAÇÃO DO PROCESSO DE INOVAÇÃO EMPRESARIAL EM PORTUGAL E POTENCIAÇÃO DOS SEUS RESULTADOS 0. EXPOSIÇÃO DE MOTIVOS

Leia mais

ORGANIZAÇÃO E GESTÃO DE COOPERATIVAS ESAPL / IPVC

ORGANIZAÇÃO E GESTÃO DE COOPERATIVAS ESAPL / IPVC ORGANIZAÇÃO E GESTÃO DE COOPERATIVAS ESAPL / IPVC Objectivos de Constituição de uma Cooperativa: normalmente OBJECTIVOS DE CARÁCTER ECONÓMICO. por exemplo, MELHORAR O RENDIMENTO DOS ASSOCIADOS. são objectivos

Leia mais

AVALIAÇÃO DE PROGRAMAS E DE PROJECTOS PEDAGÓGICOS

AVALIAÇÃO DE PROGRAMAS E DE PROJECTOS PEDAGÓGICOS AVALIAÇÃO DE PROGRAMAS E DE PROJECTOS PEDAGÓGICOS Prof. Domingos Fernandes/Portugal* A avaliação é uma prática social cuja presença é cada vez mais indispensável para caracterizar, compreender, divulgar

Leia mais

Proposta de Alteração da Lei de Bases do Sistema Educativo

Proposta de Alteração da Lei de Bases do Sistema Educativo Proposta de Alteração da Lei de Bases do Sistema Educativo Parecer da Federação Académica do Porto A participação de Portugal na subscrição da Declaração de Bolonha em Junho de 1999 gerou para o Estado

Leia mais

Importância da normalização para as Micro e Pequenas Empresas 1. Normas só são importantes para as grandes empresas...

Importância da normalização para as Micro e Pequenas Empresas 1. Normas só são importantes para as grandes empresas... APRESENTAÇÃO O incremento da competitividade é um fator decisivo para a maior inserção das Micro e Pequenas Empresas (MPE), em mercados externos cada vez mais globalizados. Internamente, as MPE estão inseridas

Leia mais

Chamada para proposta de cursos de Mestrado Profissional

Chamada para proposta de cursos de Mestrado Profissional Chamada para proposta de cursos de Mestrado Profissional A Capes abrirá, nos próximos dias, uma chamada para proposição de cursos de Mestrado Profissional, em várias áreas do conhecimento. Os requisitos

Leia mais

Marketing Turístico e Hoteleiro

Marketing Turístico e Hoteleiro 2 CAPÍTULO II Significado do Marketing em Hotelaria e Turismo Significado do Marketing em Hotelaria e Turismo Capítulo II Sumário As características especiais do Marketing em Hotelaria e Turismo O ambiente

Leia mais

CÓDIGO CRÉDITOS PERÍODO PRÉ-REQUISITO TURMA ANO INTRODUÇÃO

CÓDIGO CRÉDITOS PERÍODO PRÉ-REQUISITO TURMA ANO INTRODUÇÃO PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS ESCOLA DE GESTÃO E NEGÓCIOS CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS, ADMINISTRAÇÃO E ECONOMIA DISCIPLINA: ESTRUTURA E ANÁLISE DE CUSTO CÓDIGO CRÉDITOS PERÍODO PRÉ-REQUISITO

Leia mais

LIDERANÇA, ÉTICA, RESPEITO, CONFIANÇA

LIDERANÇA, ÉTICA, RESPEITO, CONFIANÇA Dado nos últimos tempos ter constatado que determinado sector da Comunidade Surda vem falando muito DE LIDERANÇA, DE ÉTICA, DE RESPEITO E DE CONFIANÇA, deixo aqui uma opinião pessoal sobre o que são estes

Leia mais

Apresentação FINANÇAS PÚBLICAS. Resultados de aprendizagem. Programa. Licenciatura em Direito 2º Ano, 1º Semestre 2008/09. Finanças Públicas - 2º Ano

Apresentação FINANÇAS PÚBLICAS. Resultados de aprendizagem. Programa. Licenciatura em Direito 2º Ano, 1º Semestre 2008/09. Finanças Públicas - 2º Ano Apresentação Docente responsável: Linda G. Veiga FINANÇAS PÚBLICAS Licenciatura em Direito 2º Ano, 1º Semestre 2008/09 Equipa docente Aulas teóricas: Linda Gonçalves Veiga Gabinete: 2.36 da Escola de Economia

Leia mais

ÍNDICE. Índice de Figuras 9 Índice de Quadros 10 Preâmbulo 11

ÍNDICE. Índice de Figuras 9 Índice de Quadros 10 Preâmbulo 11 ÍNDICE Índice de Figuras 9 Índice de Quadros 10 Preâmbulo 11 1. Inovação e o Desenvolvimento Regional 13 1.1 Inovação e geografia económica 15 1.2 Inovação e desenvolvimento regional 18 Questões para reflexão

Leia mais

III Forum ERS A Nova Lei-Quadro e os Prestadores de Saúde Fundação Eng. António de Almeida, Porto 27 Setembro, 16 horas

III Forum ERS A Nova Lei-Quadro e os Prestadores de Saúde Fundação Eng. António de Almeida, Porto 27 Setembro, 16 horas III Forum ERS A Nova Lei-Quadro e os Prestadores de Saúde Fundação Eng. António de Almeida, Porto 27 Setembro, 16 horas Começo por cumprimentar os membros deste painel, Professor João Carvalho das Neves,

Leia mais

Acabar com as disparidades salariais entre mulheres e homens. http://ec.europa.eu/equalpay

Acabar com as disparidades salariais entre mulheres e homens. http://ec.europa.eu/equalpay Acabar com as disparidades salariais entre mulheres e homens Resumo O que se entende por disparidades salariais entre mulheres e homens Por que razão continuam a existir disparidades salariais entre mulheres

Leia mais

RETRATOS DA SOCIEDADE BRASILEIRA

RETRATOS DA SOCIEDADE BRASILEIRA Indicadores CNI RETRATOS DA SOCIEDADE BRASILEIRA Previdência 20 Maioria dos brasileiros apoia mudanças na previdência Sete em cada dez brasileiros reconhecem que o sistema previdenciário brasileiro apresenta

Leia mais

Gastos Tributários do governo federal: um debate necessário

Gastos Tributários do governo federal: um debate necessário do governo federal: um debate necessário Coordenação de Finanças Sociais Diretoria de Estudos e Políticas Sociais Assessoria Técnica da Presidência do Ipea Este Comunicado atualiza trabalho publicado ano

Leia mais

Introdução. Procura, oferta e intervenção. Cuidados continuados - uma visão económica

Introdução. Procura, oferta e intervenção. Cuidados continuados - uma visão económica Cuidados continuados - uma visão económica Pedro Pita Barros Faculdade de Economia Universidade Nova de Lisboa Introdução Área geralmente menos considerada que cuidados primários e cuidados diferenciados

Leia mais

INTERVENÇÃO DO SENHOR SECRETÁRIO DE ESTADO DO TURISMO NO SEMINÁRIO DA APAVT: QUAL O VALOR DA SUA AGÊNCIA DE VIAGENS?

INTERVENÇÃO DO SENHOR SECRETÁRIO DE ESTADO DO TURISMO NO SEMINÁRIO DA APAVT: QUAL O VALOR DA SUA AGÊNCIA DE VIAGENS? INTERVENÇÃO DO SENHOR SECRETÁRIO DE ESTADO DO TURISMO NO SEMINÁRIO DA APAVT: QUAL O VALOR DA SUA AGÊNCIA DE VIAGENS? HOTEL TIVOLI LISBOA, 18 de Maio de 2005 1 Exmos Senhores ( ) Antes de mais nada gostaria

Leia mais

Estabelecendo Prioridades para Advocacia

Estabelecendo Prioridades para Advocacia Estabelecendo Prioridades para Advocacia Tomando em consideração os limites de tempo e recursos dos implementadores, as ferramentas da série Straight to the Point (Directo ao Ponto), da Pathfinder International,

Leia mais

Senhor Presidente. Senhoras e Senhores Deputados. Senhoras e Senhores Membros do Governo

Senhor Presidente. Senhoras e Senhores Deputados. Senhoras e Senhores Membros do Governo Senhor Presidente Senhoras e Senhores Deputados Senhoras e Senhores Membros do Governo O actual momento de crise internacional que o mundo atravessa e que, obviamente, afecta a nossa Região, coloca às

Leia mais

GASTAR MAIS COM A LOGÍSTICA PODE SIGNIFICAR, TAMBÉM, AUMENTO DE LUCRO

GASTAR MAIS COM A LOGÍSTICA PODE SIGNIFICAR, TAMBÉM, AUMENTO DE LUCRO GASTAR MAIS COM A LOGÍSTICA PODE SIGNIFICAR, TAMBÉM, AUMENTO DE LUCRO PAULO ROBERTO GUEDES (Maio de 2015) É comum o entendimento de que os gastos logísticos vêm aumentando em todo o mundo. Estatísticas

Leia mais

Planejamento Estratégico

Planejamento Estratégico Planejamento Estratégico Análise externa Roberto César 1 A análise externa tem por finalidade estudar a relação existente entre a empresa e seu ambiente em termos de oportunidades e ameaças, bem como a

Leia mais

5 Considerações finais

5 Considerações finais 5 Considerações finais 5.1. Conclusões A presente dissertação teve o objetivo principal de investigar a visão dos alunos que se formam em Administração sobre RSC e o seu ensino. Para alcançar esse objetivo,

Leia mais

Módulo 2 Custos de Oportunidade e Curva de Possibilidades de Produção

Módulo 2 Custos de Oportunidade e Curva de Possibilidades de Produção Módulo 2 Custos de Oportunidade e Curva de Possibilidades de Produção 2.1. Custo de Oportunidade Conforme vínhamos analisando, os recursos produtivos são escassos e as necessidades humanas ilimitadas,

Leia mais

Jogos. Redes Sociais e Econômicas. Prof. André Vignatti

Jogos. Redes Sociais e Econômicas. Prof. André Vignatti Jogos Redes Sociais e Econômicas Prof. André Vignatti Teoria dos Jogos Neste curso, queremos olhar para redes a partir de duas perspectivas: 1) uma estrutura subjacente dos links de conexão 2) o comportamentos

Leia mais

Hans J. Vermeer Skopos and commission in translational action

Hans J. Vermeer Skopos and commission in translational action Hans J. Vermeer Skopos and commission in translational action 1 Synopsis? Introdução de conceitos importantes para a Skopostheorie de Vermeer: Skopos - termo técnico para o objectivo ou propósito da tradução;

Leia mais

CONFERÊNCIA AS RECENTES REFORMAS DO MERCADO LABORAL EM PORTUGAL: PERSPECTIVAS DOS PARCEIROS SOCIAIS 1

CONFERÊNCIA AS RECENTES REFORMAS DO MERCADO LABORAL EM PORTUGAL: PERSPECTIVAS DOS PARCEIROS SOCIAIS 1 CONFERÊNCIA AS RECENTES REFORMAS DO MERCADO LABORAL EM PORTUGAL: PERSPECTIVAS DOS PARCEIROS SOCIAIS 1 A atual conjuntura económica e financeira portuguesa, fortemente marcada pela contração da atividade

Leia mais

Organizando Voluntariado na Escola. Aula 1 Ser Voluntário

Organizando Voluntariado na Escola. Aula 1 Ser Voluntário Organizando Voluntariado na Escola Aula 1 Ser Voluntário Objetivos 1 Entender o que é ser voluntário. 2 Conhecer os benefícios de ajudar. 3 Perceber as oportunidades proporcionadas pelo voluntariado. 4

Leia mais

Módulo 1 Questões Básicas da Economia. 1.1. Conceito de Economia

Módulo 1 Questões Básicas da Economia. 1.1. Conceito de Economia Módulo 1 Questões Básicas da Economia 1.1. Conceito de Economia Todos nós temos uma série de necessidades. Precisamos comer, precisamos nos vestir, precisamos estudar, precisamos nos locomover, etc. Estas

Leia mais

Microeconomia. Prof.: Antonio Carlos Assumpção

Microeconomia. Prof.: Antonio Carlos Assumpção Microeconomia Preliminares Prof.: Antonio Carlos Assumpção Segundo Ludwig Von Mises (1948): Economia A economia é a ciência da ação humana. Preliminares Slide 2 Economia Como os agentes tomam decisões?

Leia mais

difusão de idéias AS ESCOLAS TÉCNICAS SE SALVARAM

difusão de idéias AS ESCOLAS TÉCNICAS SE SALVARAM Fundação Carlos Chagas Difusão de Idéias dezembro/2006 página 1 AS ESCOLAS TÉCNICAS SE SALVARAM Celso João Ferretti: o processo de desintegração da educação atingiu em menor escala as escolas técnicas.

Leia mais

Notas de orientação sobre despesas sociais Requisito 4.1(e)

Notas de orientação sobre despesas sociais Requisito 4.1(e) Estas notas foram publicadas pela Secretaria Internacional da EITI para oferecer orientação para os países implementadores sobre como satisfazer os requisitos do Padrão da EITI. Aconselhamos os leitores

Leia mais

O Planejamento Participativo

O Planejamento Participativo O Planejamento Participativo Textos de um livro em preparação, a ser publicado em breve pela Ed. Vozes e que, provavelmente, se chamará Soluções de Planejamento para uma Visão Estratégica. Autor: Danilo

Leia mais

SECRETÁRIA DE ESTADO ADJUNTA E DA DEFESA NACIONAL. Ciberespaço: Liderança, Segurança e Defesa na Sociedade em Rede

SECRETÁRIA DE ESTADO ADJUNTA E DA DEFESA NACIONAL. Ciberespaço: Liderança, Segurança e Defesa na Sociedade em Rede INTERVENÇÃO DA SECRETÁRIA DE ESTADO ADJUNTA E DA DEFESA NACIONAL BERTA DE MELO CABRAL 7º EIN Simpósio Internacional Ciberespaço: Liderança, Segurança e Defesa na Sociedade em Rede Lisboa, Academia Militar,

Leia mais

Classes sociais. Ainda são importantes no comportamento do consumidor? Joana Miguel Ferreira Ramos dos Reis; nº 209479 17-10-2010

Classes sociais. Ainda são importantes no comportamento do consumidor? Joana Miguel Ferreira Ramos dos Reis; nº 209479 17-10-2010 Universidade Técnica de Lisboa - Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas Ciências da Comunicação Pesquisa de Marketing Docente Raquel Ribeiro Classes sociais Ainda são importantes no comportamento

Leia mais

UM CONCEITO FUNDAMENTAL: PATRIMÔNIO LÍQUIDO FINANCEIRO. Prof. Alvaro Guimarães de Oliveira Rio, 07/09/2014.

UM CONCEITO FUNDAMENTAL: PATRIMÔNIO LÍQUIDO FINANCEIRO. Prof. Alvaro Guimarães de Oliveira Rio, 07/09/2014. UM CONCEITO FUNDAMENTAL: PATRIMÔNIO LÍQUIDO FINANCEIRO Prof. Alvaro Guimarães de Oliveira Rio, 07/09/2014. Tanto as pessoas físicas quanto as jurídicas têm patrimônio, que nada mais é do que o conjunto

Leia mais

ENTIDADE REGULADORA DOS SERVIÇOS ENERGÉTICOS

ENTIDADE REGULADORA DOS SERVIÇOS ENERGÉTICOS REGULAMENTO ÉTICO ENTIDADE REGULADORA DOS SERVIÇOS ENERGÉTICOS Rua Dom Cristóvão da Gama n.º 1-3.º 1400-113 Lisboa Tel: 21 303 32 00 Fax: 21 303 32 01 e-mail: erse@erse.pt www.erse.pt Regulamento Ético

Leia mais

Economia e Finanças Públicas Aula T9

Economia e Finanças Públicas Aula T9 Economia e Finanças Públicas Aula T9 3. Receitas Públicas: Teoria e Prática 3.1 Principais fontes de financiamento público 3.1.1 Tipologia das receitas públicas 3.1.2 Características desejáveis de um sistema

Leia mais

Começo por apresentar uma breve definição para projecto e para gestão de projectos respectivamente.

Começo por apresentar uma breve definição para projecto e para gestão de projectos respectivamente. The role of Project management in achieving Project success Ao longo da desta reflexão vou abordar os seguintes tema: Definir projectos, gestão de projectos e distingui-los. Os objectivos da gestão de

Leia mais

O EMPREGO DOMÉSTICO. Boletim especial sobre o mercado de trabalho feminino na Região Metropolitana de São Paulo. Abril 2007

O EMPREGO DOMÉSTICO. Boletim especial sobre o mercado de trabalho feminino na Região Metropolitana de São Paulo. Abril 2007 O EMPREGO DOMÉSTICO Boletim especial sobre o mercado de trabalho feminino na Abril 2007 Perfil de um emprego que responde por 17,7% do total da ocupação feminina e tem 95,9% de seus postos de trabalho

Leia mais

AV1 Estudo Dirigido da Disciplina CURSO: Gestão Estratégica e Qualidade DISCIPLINA: Estratégia Empresarial

AV1 Estudo Dirigido da Disciplina CURSO: Gestão Estratégica e Qualidade DISCIPLINA: Estratégia Empresarial AV1 Estudo Dirigido da Disciplina CURSO: Gestão Estratégica e Qualidade DISCIPLINA: Estratégia Empresarial ALUNO(A): MATRÍCULA: NÚCLEO REGIONAL: DATA: / / QUESTÃO 1: Que escola de pensamento reúne aspectos

Leia mais

Há 4 anos. 1. Que dificuldades encontra no seu trabalho com os idosos no seu dia-a-dia?

Há 4 anos. 1. Que dificuldades encontra no seu trabalho com os idosos no seu dia-a-dia? Entrevista A13 I Experiência no lar Há quanto tempo trabalha no lar? Há 4 anos. 1 Qual é a sua função no lar? Encarregada de Serviços Gerais. Que tarefas desempenha no seu dia-a-dia? O contacto directo

Leia mais

SEMINÁRIO A EMERGÊNCIA O PAPEL DA PREVENÇÃO

SEMINÁRIO A EMERGÊNCIA O PAPEL DA PREVENÇÃO SEMINÁRIO A EMERGÊNCIA O PAPEL DA PREVENÇÃO As coisas importantes nunca devem ficar à mercê das coisas menos importantes Goethe Breve Evolução Histórica e Legislativa da Segurança e Saúde no Trabalho No

Leia mais

3º Fórum da Responsabilidade Social das Organizações e Sustentabilidade WORKSHOP RESPONSABILIDADE SOCIAL

3º Fórum da Responsabilidade Social das Organizações e Sustentabilidade WORKSHOP RESPONSABILIDADE SOCIAL 3º Fórum da Responsabilidade Social das Organizações e Sustentabilidade WORKSHOP RESPONSABILIDADE SOCIAL João de Sá Nogueira Administrador / Director Executivo Fundação Infantil Ronald McDonald joao.sanogueira@pt.mcd.com

Leia mais

PROMOTORES: PARCEIROS/CONSULTORES: FUNCIONAMENTO RESUMO

PROMOTORES: PARCEIROS/CONSULTORES: FUNCIONAMENTO RESUMO CVGARANTE SOCIEDADE DE GARANTIA MÚTUA PROMOTORES: PARCEIROS/CONSULTORES: FUNCIONAMENTO RESUMO 14 de Outubro de 2010 O que é a Garantia Mútua? É um sistema privado e de cariz mutualista de apoio às empresas,

Leia mais

Negócios Internacionais

Negócios Internacionais International Business 10e Daniels/Radebaugh/Sullivan Negócios Internacionais Capítulo 3.2 Influencia Governamental no Comércio 2004 Prentice Hall, Inc Objectivos do Capítulo Compreender a racionalidade

Leia mais

Excelências, Senhores Convidados, nacionais e estrangeiros, Senhores Congressistas, Carlos Colegas, Minhas Senhoras e meus Senhores,

Excelências, Senhores Convidados, nacionais e estrangeiros, Senhores Congressistas, Carlos Colegas, Minhas Senhoras e meus Senhores, Excelências, Senhores Convidados, nacionais e estrangeiros, Senhores Congressistas, Carlos Colegas, Minhas Senhoras e meus Senhores, A Associação Sindical dos Funcionários de Investigação Criminal da Polícia

Leia mais

ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA. site do programa, comunicou a suspensão, a partir de 11 de Fevereiro de 2011, de

ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA. site do programa, comunicou a suspensão, a partir de 11 de Fevereiro de 2011, de ....---.. ~CDS-PP Expeça-se D REQUERIMENTO Número /XI ( Publique-se [gi PERGUNTA Assunto: Suspensão de candidaturas de jovens agricultores ao PRODER Destinatário: Ministério da Agricultura, Desenvolvimento

Leia mais

Avaliando o Cenário Político para Advocacia

Avaliando o Cenário Político para Advocacia Avaliando o Cenário Político para Advocacia Tomando em consideração os limites de tempo e recursos dos implementadores, as ferramentas da série Straight to the Point (Directo ao Ponto), da Pathfinder International,

Leia mais

6º Congresso Nacional da Administração Pública

6º Congresso Nacional da Administração Pública 6º Congresso Nacional da Administração Pública João Proença 30/10/08 Desenvolvimento e Competitividade: O Papel da Administração Pública A competitividade é um factor-chave para a melhoria das condições

Leia mais

Apresentação do GIS - Grupo Imigração e Saúde / Parte 2: a utilidade do GIS para os imigrantes

Apresentação do GIS - Grupo Imigração e Saúde / Parte 2: a utilidade do GIS para os imigrantes Iolanda Évora Apresentação do GIS - Grupo Imigração e Saúde / Parte 2: a utilidade do GIS para os imigrantes Apresentado no II Fórum Rede Portuguesa de Cidades Saudáveis Viana do Castelo25-26 de Outubro

Leia mais

T&E Tendências & Estratégia

T&E Tendências & Estratégia FUTURE TRENDS T&E Tendências & Estratégia Newsletter número 1 Março 2003 TEMA deste número: Desenvolvimento e Gestão de Competências EDITORIAL A newsletter Tendências & Estratégia pretende ser um veículo

Leia mais

Nova derrama da Lei das Finanças Locais

Nova derrama da Lei das Finanças Locais Nova derrama da Lei das Finanças Locais José Silva Jorge 'Partner' da Ernst & Young in Diário de Notícias!"# $%&'(# ) * +!(# ),$%& + * - ) * + *., 01#2 3"#4 2 5, ) ) *, * $%& 2 ) $ * ) + ). ) ("6,. ),

Leia mais

O que é Administração

O que é Administração O que é Administração Bem vindo ao curso de administração de empresas. Pretendemos mostrar a você no período que passaremos juntos, alguns conceitos aplicados à administração. Nossa matéria será puramente

Leia mais

"Só existem dois dias do ano em que não podemos fazer nada. O ontem e o amanhã."

Só existem dois dias do ano em que não podemos fazer nada. O ontem e o amanhã. MANIFESTO DO SINDICATO DOS MÉDICOS E DO CONSELHO REGIONAL DE MEDICINA DE PERNAMBUCO SOBRE A ATUAL SITUAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA NO BRASIL E SOBRE AS INTERVENÇÕES JUDICIAIS(JUDICIALIZAÇÃO) COMO INSTRUMENTO

Leia mais

Comportamento nas Organizações

Comportamento nas Organizações Comportamento nas Organizações Trabalho realizado por: Pedro Branquinho nº 1373 Tiago Conceição nº 1400 Índice Introdução... 3 Comportamento nas organizações... 4 Legislação laboral... 5 Tipos de contrato

Leia mais

MANIFESTO. A voz dos adultos aprendentes nas acções de alfabetização na Europa

MANIFESTO. A voz dos adultos aprendentes nas acções de alfabetização na Europa QUEM SOMOS NÓS? MANIFESTO A voz dos adultos aprendentes nas acções de alfabetização na Europa Somos adultos que participam em acções de alfabetização oriundos da Bélgica, França, Alemanha, Irlanda, Holanda,

Leia mais

De acordo com a definição dada pela OCDE,

De acordo com a definição dada pela OCDE, Contabilidade Nacional: território geográfico, unidades residentes e operações económicas De acordo com a definição dada pela OCDE, A Contabilidade Nacional é uma técnica que se propõe apresentar sob uma

Leia mais

Como IDENTIFICAr AS oportunidades E CoNqUISTAr o ClIENTE

Como IDENTIFICAr AS oportunidades E CoNqUISTAr o ClIENTE Como IDENTIFICAr AS oportunidades E CoNqUISTAr o ClIENTE A abertura de empresas tem uma grande importância na sociedade em que vivemos, pois gera diversos benefícios, como empregos e riquezas para o país.

Leia mais

As decisões intermédias na jurisprudência constitucional portuguesa

As decisões intermédias na jurisprudência constitucional portuguesa As decisões intermédias na jurisprudência constitucional portuguesa MARIA LÚCIA AMARAL * Introdução 1. Agradeço muito o convite que me foi feito para participar neste colóquio luso-italiano de direito

Leia mais

Perguntas mais frequentes

Perguntas mais frequentes Estas informações, elaboradas conforme os documentos do Plano de Financiamento para Actividades Estudantis, servem de referência e como informações complementares. Para qualquer consulta, é favor contactar

Leia mais

Marketing Turístico e Hoteleiro

Marketing Turístico e Hoteleiro 1 CAPÍTULO I Introdução ao Marketing Introdução ao Estudo do Marketing Capítulo I 1) INTRODUÇÃO AO MARKETING Sumário Conceito e Importância do marketing A evolução do conceito de marketing Ética e Responsabilidade

Leia mais

A sustentabilidade da economia requer em grande medida, a criação duma. capacidade própria de produção e fornecimento de bens e equipamentos,

A sustentabilidade da economia requer em grande medida, a criação duma. capacidade própria de produção e fornecimento de bens e equipamentos, REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE -------- MINISTÉRIO DA ENERGIA GABINETE DO MINISTRO INTERVENÇÃO DE S.EXA SALVADOR NAMBURETE, MINISTRO DA ENERGIA, POR OCASIÃO DA INAUGURAÇÃO DA FÁBRICA DE CONTADORES DA ELECTRO-SUL

Leia mais

(85/577/CEE) Tendo em conta o Tratado que institui a Comunidade Europeia e, nomeadamente, o seu artigo 100º,

(85/577/CEE) Tendo em conta o Tratado que institui a Comunidade Europeia e, nomeadamente, o seu artigo 100º, DIRECTIVA DO CONSELHO de 20 de Dezembro de 1985 relativa à protecção dos consumidores no caso de contratos negociados fora dos estabelecimentos comerciais (85/577/CEE) O CONSELHO DAS COMUNIDADES EUROPEIAS,

Leia mais

A ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO COMO PRINCÍPIO EDUCATIVO NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES

A ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO COMO PRINCÍPIO EDUCATIVO NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES A ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO COMO PRINCÍPIO EDUCATIVO NA FORMAÇÃO DE Universidade Estadual De Maringá gasparin01@brturbo.com.br INTRODUÇÃO Ao pensarmos em nosso trabalho profissional, muitas vezes,

Leia mais

UMA PESQUISA SOBRE ORIENTAÇÃO PROFISSIONAL NO IFC-CÂMPUS CAMBORIÚ

UMA PESQUISA SOBRE ORIENTAÇÃO PROFISSIONAL NO IFC-CÂMPUS CAMBORIÚ UMA PESQUISA SOBRE ORIENTAÇÃO PROFISSIONAL NO IFC-CÂMPUS CAMBORIÚ Autores: Jaqueline Lima PALOMBO (Bolsista PIBIC-EM/CNPq); Nadia Rocha VERIGUINE (Orientadora); Ângelo Augusto FROZZA (Co-orientador). Introdução

Leia mais

Redação do Site Inovação Tecnológica - 28/08/2009. Humanos aprimorados versus humanos comuns

Redação do Site Inovação Tecnológica - 28/08/2009. Humanos aprimorados versus humanos comuns VOCÊ ESTÁ PREPARADO PARA CONVIVER COM OS HUMANOS APRIMORADOS? http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=voce-esta-preparado-conviver-humanosaprimorados&id=010850090828 Redação do

Leia mais

GOVERNO UTILIZA EMPRESAS PUBLICAS PARA REDUZIR O DÉFICE ORÇAMENTAL, ENDIVIDANDO-AS E ARRASTANDO-AS PARA A SITUAÇÃO DE FALENCIA TÉCNICA

GOVERNO UTILIZA EMPRESAS PUBLICAS PARA REDUZIR O DÉFICE ORÇAMENTAL, ENDIVIDANDO-AS E ARRASTANDO-AS PARA A SITUAÇÃO DE FALENCIA TÉCNICA GOVERNO UTILIZA EMPRESAS PUBLICAS PARA REDUZIR O DÉFICE ORÇAMENTAL, ENDIVIDANDO-AS E ARRASTANDO-AS PARA A SITUAÇÃO DE FALENCIA TÉCNICA RESUMO DESTE ESTUDO Os principais jornais diários portugueses divulgaram

Leia mais

Conferência sobre a Nova Lei das Finanças Locais

Conferência sobre a Nova Lei das Finanças Locais Conferência sobre a Nova Lei das Finanças Locais Exmo. Sr. Bastonário da Ordem dos Técnicos Oficiais de Contas, Dr. Domingues de Azevedo, Exmos. Senhores Presidentes de Câmaras Municipais, Demais Entidades,

Leia mais