ELIEZER PEDROSA GOMES JUNIOR

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1 UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS COORDENAÇÃO DO CURSO DE GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO SERVIÇO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM ADMINISTRAÇÃO ELIEZER PEDROSA GOMES JUNIOR A INFLUÊNCIA DO ARRANJO FÍSICO E DOS ASPECTOS ERGONÔMICOS SOBRE O FLUXO DAS OPERAÇÕES PRODUTIVAS: o caso de uma fábrica de pranchas de surfe em João Pessoa - PB TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO ÁREA: ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO João Pessoa - PB Abril de 2008

2 ELIEZER PEDROSA GOMES JUNIOR A INFLUÊNCIA DO ARRANJO FÍSICO E DOS ASPECTOS ERGONÔMICOS SOBRE O FLUXO DAS OPERAÇÕES PRODUTIVAS: o caso de uma fábrica de pranchas de surfe em João Pessoa PB Trabalho de Conclusão de Estágio Apresentado à Coordenação do Serviço de Estágio Supervisionado em Administração, do Curso de Graduação em Administração, do Centro de Ciências Sociais Aplicadas da Universidade Federal da Paraíba, em cumprimento às Exigências para a Obtenção do Grau de Bacharel em Administração. Orientadora: Prof.ª Dr.ª Sandra Leandro Pereira João Pessoa PB Abril de

3 À Professora Orientadora Dr.ª Sandra Leandro Pereira Solicitamos examinar e emitir parecer no Trabalho de Conclusão de Curso do aluno Eliezer Pedrosa Gomes Junior João Pessoa, 18 de abril de Prof. Dr. Rosivaldo de Lima Lucena Coordenador do SESA Parecer da Professora Orientadora: 3

4 ELIEZER PEDROSA GOMES JUNIOR A INFLUÊNCIA DO ARRANJO FÍSICO E DOS ASPECTOS ERGONÔMICOS SOBRE O FLUXO DAS OPERAÇÕES PRODUTIVAS: o caso de uma fábrica de pranchas de surfe em João Pessoa - PB Trabalho de Conclusão de Curso Aprovado em: 29 de abril de Banca Examinadora Prof.ª Sandra Leandro Pereira Orientadora Prof. Lucinaldo dos Santos Rodrigues Examinador Prof. Ivan Ramos Cavalcanti Examinador 4

5 DEDICATÓRIA Aos meus pais, por todo o incentivo e por terem me ensinado que a capacitação é a melhor herança. 5

6 AGRADECIMENTOS A Deus, por iluminar meus caminhos. À minha orientadora, Prof. Dr. Sandra Leandro Pereira, por todos os ensinamentos, por ter me instruído durante todo o desenvolvimento deste trabalho e pela confiança. Ao Raul Coelho e Sílvio, pela disposição em ajudar e por terem permitido que eu os visitasse, mesmo em horários de trabalho. À arquiteta Joana Alves, pela vontade em ajudar e pelos projetos elaborados. A todos aqueles que colaboraram direta ou indiretamente para a realização deste trabalho, minha estima e consideração. 6

7 Nenhuma meta alcançada satisfaz. O sucesso apenas alimenta um novo objetivo. Bette Davis 7

8 GOMES, Eliezer Pedrosa Junior. A influência do arranjo físico e dos aspectos ergonômicos sobre o fluxo das operações produtivas: o caso de uma fábrica de pranchas de surfe em João Pessoa PB. 86 f. Monografia (Curso de Graduação em Administração), Universidade Federal da Paraíba, João Pessoa, RESUMO A disposição correta de máquinas e equipamentos e a observância aos aspectos ergonômicos relativos a um processo de produção são fatores essenciais para um correto fluxo de operações produtivas, contribuindo desta forma, para o alcance dos objetivos estratégicos da administração da produção. Neste sentido, o objetivo da presente pesquisa foi estudar a influência do arranjo físico ligado ao ambiente de produção e às questões ergonômicos de uma fábrica de pranchas de surfe localizada em João Pessoa PB, destacando os níveis de interferência sobre o fluxo das operações produtivas. Para tanto, foi realizado um estudo de caso que, utilizando-se de uma entrevista estruturada com operários da fábrica e uma observação planejada do processo produtivo e de aspectos gerais do ambiente de trabalho, permitiu tanto a análise e interpretação dos dados obtidos como a elaboração de sugestões para o aperfeiçoamento do processo produtivo em estudo. Como resultado alcançado destacase a interferência direta da desorganização do ambiente de produção e da inobservância aos aspectos ergonômicos pertinentes ao trabalho, sobre o fluxo das operações produtivas, tornando o processo de produção da fábrica objeto de estudo lento e confuso. Palavras-chave: Arranjo Físico e Fluxo de operações, Aspectos ergonômicos do ambiente de trabalho, Administração da Produção e Operações. 8

9 LISTA DE FIGURAS Figura 1 O processo de transformação Figura 2 Organograma de uma empresa Figura 3 Arranjo físico posicional Figura 4 Arranjo físico por produto Figura 5 Arranjo físico por processo Figura 6 Arranjo físico celular Figura 7 Posição do arranjo físico em relação ao volume, variedade e fluxo Figura 8 Processo de produção de um automóvel Figura 9 Folha de roteiro para um telefone Figura 10 Diagrama de fluxo de processos para um dia de treinamento Figura 11 Marcação do outline no bloco de poliuretano Figura 12 Utilização da plaina elétrica Figura 13 Processo de laminação: revestimento do bloco com resina Figura 14 Processo de lixamento da prancha Figura 15 Fluxo das operações produtivas da organização pesquisada Figura 16 Planta baixa da fábrica objeto de estudo Figura 17 Suporte para pranchas Figura 18 Planta baixa com layout

10 LISTA DE QUADROS Quadro 1 Objetivos de desempenho da produção Quadro 2 Objetivos de um bom arranjo físico Quadro 3 Vantagens e desvantagens dos tipos básicos de arranjo físico Quadro 4 Etapas e procedimentos para realização da AET Quadro 5 Esquema geral da pesquisa Quadro 6 Resultados da pesquisa relativos ao primeiro objetivo específico Quadro 7 Esquema geral do processo produtivo de uma prancha de surfe Quadro 8 Resultados da pesquisa relativos ao segundo objetivo específico Quadro 9 Resultados da pesquisa relativos ao terceiro objetivo específico Quadro 10 Resultados da pesquisa relativos ao quarto objetivo específico

11 LISTA DE SIGLAS AET Análise Ergonômica do Trabalho DORT Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao trabalho EPI Equipamento de Proteção Individual LER Lesões por Esforços Repetitivos NR Norma Regulamentadora

12 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO Situação Problemática Objetivos do estudo Justificativa FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Administração da produção Definição e objetivo da Produção A administração da produção como função Objetivos de desempenho da produção Arranjo Físico Conceituação e objetivos do arranjo físico Tipos básicos de arranjo físico Como selecionar um bom arranjo físico Fluxo das Operações Produtivas Ergonomia Problemas relacionados a condições ergonômicas inadequadas Análise ergonômica do trabalho Tipos de pesquisa utilizados pela ergonomia ASPECTOS METODOLÓGICOS DO ESTUDO Caracterização da pesquisa Organização pesquisada e os sujeitos de pesquisa Coleta de dados Observação simples Entrevista ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS Caracterização do processo produtivo e do fluxo das operações Descrição do arranjo físico e do ambiente de produção Principais fatores ergonômicos do trabalho

13 4.3.1 Análise da demanda Análise das tarefas Análise das atividades em termos gerais Resultado da AET Relação do fluxo das operações produtivas com a ergonomia e o ambiente de trabalho CONSIDERAÇÕES FINAIS Sugestões sobre arranjo físico e aspectos ergonômicos Recomendações para trabalhos futuros REFERÊNCIAS APÊNDICE A APÊNDICE B ANEXO I

14 1 INTRODUÇÃO No presente documento consiste o Trabalho de Conclusão de Curso TCC de Bacharelado em Administração da Universidade Federal da Paraíba UFPB/Campus I, em cumprimento à disciplina Estágio Supervisionado II e atendendo a resolução 307/66 MEC, como requisito obrigatório para obtenção do grau de Bacharel em Administração, ao Serviço de Estágio Supervisionado em Administração SESA do Centro de Ciências Sociais e Aplicadas da UFPB. A pesquisa aqui apresentada decorre acerca da área de produção enfatizando o fluxo das operações produtivas e dois fatores a este relacionados arranjo físico e ergonomia. Possui natureza descritiva, explorando as principais características do objeto em estudo, o processo de produção em uma fábrica de pranchas de surfe localizada em João Pessoa, PB. O objetivo do presente trabalho é estudar a influência do arranjo físico ligado ao ambiente de produção e às questões ergonômicas de uma fábrica de pranchas de surfe localizada em João Pessoa - PB, destacando os níveis de interferência sobre o fluxo das operações produtivas. Esta pesquisa está estruturada da seguinte forma: o capítulo um compreende a delimitação do tema e formulação do problema de pesquisa, a justificativa e os objetivos - geral e específicos; o capítulo dois compreende a fundamentação teórica com referência aos teóricos pertinentes à pesquisa; o capítulo três é constituído pelos procedimentos metodológicos envolvendo a natureza da pesquisa, o os sujeitos, instrumentos, tratamento e análise dos dados; o capítulo quatro refere-se à análise e interpretação dos resultados e; o capítulo cinco expõe as considerações finais sobre o estudo, relatando também sugestões e recomendações. A presente pesquisa veio a contribuir para a formação de graduado e para o crescimento profissional, criando também caminhos para novas pesquisas. 14

15 1.1 Situação Problemática Presenciamos hoje nas organizações a busca por formas inovadoras e criativas de produzir, visando o uso eficiente dos recursos de produção, a redução de custos, a qualidade de vida dos trabalhadores e a satisfação dos clientes. Administrar a produção, colocando em prática a idéia de otimização dos processos, torna-se uma atividade complexa, sobretudo, pela busca de vantagem competitiva para as diversas áreas que atuam conjuntamente com a função produção em qualquer organização. A necessidade de ganhos de excelência organizacional exige uma avaliação de toda a estrutura produtiva, visto que a função produção é central para a organização. Além de produzir o que constitui sua principal razão de existir - os bens e serviços - a produção vem assumindo um papel cada vez mais estratégico na determinação do grau de competitividade das empresas. Neste sentido, a distribuição adequada dos recursos físicos e a execução correta dos procedimentos operacionais, são questões fundamentais para a formação de um ambiente produtivo que viabilize o correto fluxo das operações, em conformidade com as necessidades dos trabalhadores e das estratégias da organização. O ambiente da produção é composto por vários elementos quem atuam de modo individual e integrado, que, quando tomados em conjunto, definem o processo de produção. O homem, as tarefas, as instalações e as condições ambientais precisam estar entrosados para que o fluxo das operações seja eficiente. O desajuste desses elementos compromete as atividades do trabalhador causando desequilíbrios organizacionais, como: padrões de fluxo longos ou oscilantes, excesso de estoque, inconveniências para os clientes, tempos de processamento longos e o aumento nos custos. Na esfera do trabalhador, o que baliza a correta condição de trabalho é a ergonomia. Deve haver a adequação do trabalho ao trabalhador. Para atingir essa adequação, as ferramentas, máquinas e dispositivos devem ser projetados para que possam ser utilizados com o máximo de conforto, segurança e eficácia (WISNER, 1987). Atividades executadas de maneira ergonomicamente correta afetam os resultados positivamente, evitando danos a saúde do trabalhador e otimizando o processo de produção. Atrelado as questões ergonômicas está o arranjo físico do ambiente de produção, o qual é definido como sendo a disposição de homens, máquinas e materiais dentro do espaço de produção, representando fisicamente um tipo de processo. O arranjo físico é responsável 15

16 por canalizar o fluxo das operações e, estando de acordo com as necessidades da organização, proporciona clareza de fluxo, flexibilidade nas operações, acesso a todas as máquinas e equipamentos, segurança à mão-de-obra e aproveitamento ideal do espaço disponível para os processos (FRANCIS, 1974). A coesão entre a ergonomia e o arranjo físico elementos do ambiente de produção é fator chave para o bom andamento do processo produtivo, contribuindo conseqüentemente para o alcance de objetivos estratégicos da organização inerentes a produção. Nessa linha de raciocínio se apresenta este estudo relativo à administração da produção, focado na relação entre os aspectos gerais do ambiente da produção e o fluxo das operações produtivas. Para efeito de análise, esta relação é desenvolvida com base no processo produtivo de uma fábrica de pranchas de surfe localizada na cidade de João Pessoa, Paraíba. O processo de produção de uma prancha de surfe, especificamente na fábrica adotada por este estudo, é dividido em etapas seqüenciadas e de forma totalmente manual, o que faz o setor produtivo receber tratamento especial em relação aos demais setores da organização. Por ser um processo totalmente manual, em alguns momentos o operário precisa fazer uso de sua força física, bem como de posturas corporais diferentes. Todas as operações ocorrem na sala onde a fábrica está instalada, sala esta que se encontra dividida em quatro ambientes, sendo dois deles destinados as etapas da produção, um ao estoque e o último a recepção. A fábrica conta com três operários, sendo um deles o dono. Nos últimos anos, a fábrica adotada neste estudo vem presenciando um relevante crescimento na demanda por seu produto, acarretando assim, um aumento volume da sua produção. Em contrapartida, a fábrica não apresenta um crescimento infra-estrutural, o qual deveria ocorrer paralelamente ao aumento na demanda. Devido a esta estagnação infraestrutural, a fábrica vem enfrentando diversos problemas quanto ao seu ambiente de produção, como por exemplo: a desorganização dos insumos e equipamentos e a falta de espaço. Desse modo, a execução correta das operações produtivas fica comprometida, bem como a comodidade dos operários durante o processo de produção. Mesmo com problemas na infra-estrutura de produção e na organização do ambiente de trabalho, os produtos continuam sendo entregues aos clientes nos prazos estipulados. Acredita-se na possibilidade de que estes problemas possam interferem no fluxo das operações produtivas de modo que, uma vez estudados com certa profundidade, 16

17 provavelmente, a organização poderá ser mais eficiente, trazendo flexibilidade e dinâmica aos seus processos. Neste sentido, formula-se a seguinte questão de partida: como o arranjo físico e os aspectos ergonômicos interferem no fluxo das operações produtivas em uma fábrica de pranchas de surfe? 1.2 Objetivos do estudo O objetivo central do presente estudo consiste em: estudar a influência do arranjo físico ligado ao ambiente de produção e às questões ergonômicas de uma fábrica de pranchas de surfe localizada em João Pessoa - PB, destacando os níveis de interferência sobre o fluxo das operações produtivas. Os objetivos intermediários do presente trabalho assim se apresentam: - caracterizar o processo produtivo e o fluxo de operações fábrica objeto de estudo; - descrever o arranjo físico do ambiente de produção da organização pesquisada; - apontar os principais fatores ergonômicos do trabalho na produção de pranchas; e - relacionar o fluxo de operações, diante da ergonomia e do ambiente de trabalho. 1.3 Justificativa A função produção é responsável por implementar, apoiar e impulsionar a estratégia empresarial. Se a função produção não for eficiente, a organização não terá como executar suas estratégias de forma adequada, dificultando e impossibilitando o alcance de objetivos estabelecidos. Para proporcionar à organização condições ideais para o desenvolvimento de suas estratégias, os elementos que compõem a produção devem estar bem organizados e estruturados. O arranjo físico pode ser definido como o modo mais adequado de arranjar homens, máquinas e materiais sobre uma determinada área física, dispondo esses elementos de forma a minimizar os transportes, eliminar os pontos críticos da produção e evitar as demoras 17

18 desnecessárias entre várias operações da fabricação (GAROTTI, 2006). Este conceito se encaixa aos objetivos do arranjo físico, citados por Slack et al. (2002, p.216): [...] todo o fluxo de materiais e clientes deve ser sinalizado de forma clara e evidente para clientes e para mão-de-obra. Por exemplo, operações de manufatura em geral têm corredores muito claramente definidos e marcados [...] os materiais, informações ou clientes devem ser canalizados pelo arranjo físico, de forma a atender aos objetivos da operação. Desta forma, fica clara a importância da disposição correta de máquinas e equipamentos, de modo que o arranjo físico possa proporcionar organização, segurança para o trabalhador e eficiência no processo de produção. Em relação ao trabalhador, fatores como posturas inadequadas, necessidade de aplicação de força, calor, frio, iluminação e ruídos não só causam LER/Dort s, mas também acabam por interferir no processo de produção, comprometendo sua eficiência (ERGOWEB, 2007). É importante um estudo das características do ambiente de produção e da relação homem x trabalho, visando adequá-los as condições corretas para o bom andamento das atividades dos trabalhadores. Portanto, a maneira como o arranjo físico e os aspectos ergonômicos estão dispostos interferem diretamente sobre o fluxo das operações, e uma vez que estejam desajustados, podem diminuir a capacidade produtiva da fábrica interferindo nos objetivos estratégicos da organização. A fábrica adotada como objeto deste estudo está instalada em um local inapropriado para sua atividade: uma sala empresarial de 60m². Por não oferecer infra-estrutura para a realização correta das operações, a desorganização torna-se alarmante. O arranjo físico está adaptado ao layout da sala, tornando-o ineficiente. Evidenciam-se também as precárias condições de trabalho (calor, sujeira, desconforto para os clientes e divisão inadequada dos espaços), afetando diretamente a saúde do trabalhador e influenciando o seu comportamento em relação ao trabalho. Segundo Hezberg (apud CHIAVENATO, 2006, p.284), o comportamento das pessoas dentro de uma organização é explicado através de dois fatores, os quais formulam sua teoria motivacional. Um deles é o fator higiênico, também denominado fator ambiental, definido através das características do ambiente que rodeia o trabalhador, como: as condições físicas, o clima organizacional, o tipo de gerência que as pessoas recebem, regulamentos internos dentre outros, são essenciais para que os trabalhadores não fiquem insatisfeitos com seu 18

19 trabalho. Sem as condições higiênicas defendidas por Hezberg, o trabalhador não tem motivação desenvolver suas atividades, comprometendo assim sua capacidade de produção. O estudo do arranjo físico e dos aspectos ergonômicos da fábrica, inicialmente, se justifica pela perspectiva de introdução de mudanças que privilegiem as condições de trabalho dos operários, a organização dos equipamentos e a ampliação do espaço na área de produção. É crucial que estes fatores estejam ajustados para que o fluxo das operações produtivas não seja comprometido. Nesse contexto, este estudo parte da análise do fluxo das operações produtivas, através da definição do processo de produção adotado pela fábrica objeto de estudo e da caracterização do ambiente onde este processo é executado. É relevante analisar os aspectos internos que podem interferir no correto fluxo das operações. Outra justificativa para a escolha do tema recai, principalmente, pelo fato de serem estes os problemas com mais viabilidade e urgência a serem analisados. Fatores como a organização administrativa em geral e o controle sobre, são também questões relevantes para investigação, e mesmo não sendo tratados de modo direto neste trabalho, possivelmente, os resultados da discussão aqui apresentada poderão apontar perspectivas quanto à necessidade de revisão de tais processos de trabalho. 19

20 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Este capítulo destina-se a fundamentação teórica deste estudo. Para melhor organização e entendimento, encontra-se subdividido em quatro partes: administração da produção, arranjo físico, fluxo das operações produtivas e ergonomia. 2.1 Administração da Produção Com o intuito de proporcionar melhor entendimento sobre a administração da produção - sua definição, objetivos e funções - apresenta-se a seguir uma revisão bibliográfica e algumas considerações sobre este tema Definição e objetivo da Produção Ao pesquisar em algum dicionário da língua portuguesa a definição da palavra Produção, veremos que existem algumas definições, como: Ato ou efeito de produzir. O bem produzido. Fabricação. Realização, obra. Entretanto, para muitas pessoas o termo produção gera uma imagem de fábricas, máquinas e um conjunto de processos. Conseqüentemente, a administração da produção é tratada como o controle dos processos de manufatura, com uma grande ênfase nos métodos e técnicas utilizados nas operações de uma fábrica. De fato, administrar a produção envolve todos estes elementos, e como afirma Tubino (2000, p.17) a produção consiste em todas as atividades que diretamente estão relacionadas com a produção de bens ou serviços. De uma forma geral, a administração da produção diz respeito às atividades orientadas para a produção de um bem físico ou a prestação de um serviço. Uma definição mais formal é fornecida por Ritzman (2004, p.5), afirmando que a administração da produção refere-se à direção e ao controle dos processos que transformam insumos em produtos e serviços. Chase (2006, p.22) completa esta definição ao dizer que a administração da produção é responsável 20

21 também pela melhoria dos sistemas que criam e distribuem os principais produtos e serviços de uma empresa. Podemos observar a presença do termo sistemas nas diversas definições de administração da produção. Este termo é definido por Russomano (1995, p.5) como sendo: [...] processo planejado pelo qual, elementos são transformados em produtos úteis, ou seja, um procedimento organizado para se conseguir a conversão de insumos em produtos acabados. [...] A eficiência deste ou de qualquer sistema produtivo depende de como a administração planeja a produção, faz a seqüência das atividades, motiva e treina a mão-de-obra, administra os estoques e mantém os padrões de qualidade. Através destes conceitos pode-se perceber a finalidade e importância da administração da produção, no sentido de planejar, dirigir e controlar o processo de transformação dos insumos em produtos e serviços, buscando sempre a melhoria e eficiência deste sistema. Segundo Moreira (1996, p.6), a administração da produção deve criar um sistema de produção que opere de forma combinada e harmônica para transformar insumos em produtos ou serviços. A Figura 1 ilustra um sistema de transformação, o qual pode descrever a natureza e função da produção. Figura 1 O processo de transformação Fonte: Slack et al. (2002, p.36) O sistema de produção apresentado na Figura 1 demonstra como se desenvolve o processo de produção de um produto ou serviço. O processo inicia-se com a entrada de recursos (input), que passam por operações, dentro do processo de transformação, transformando-se em bens ou serviços (output). Os recursos de entrada são divididos em dois 21

22 grupos: recursos a serem transformados e recursos de transformação. Monks (1987, p.5) os define da seguinte forma: recursos transformados são aqueles que passam por um tratamento, são transformados ou convertidos de alguma forma. Ex.: materiais, informação e consumidores. Recursos de transformação são os que agem sobre os recursos transformados, podendo ser as instalações (prédios, equipamentos, terreno e tecnologia) ou os funcionários que operam, mantêm, planejam e administram a produção. Dependendo da natureza dos recursos de entrada, o processo de transformação poderá variar. Segundo Slack et al.(2002, p. 39), os processos de transformação variam em três tipos: a) processamento de materiais realizado na maioria das operações de manufatura. Consiste em transformar materiais ou suas propriedades, mudar sua localização ou mudar sua posse. Ex.: produção de papel em uma fábrica; b) processamento de informações é o procedimento de transformar suas propriedades informativas, mudar a posse da informação ou estocar/acomodar a informação. Ex.: processo de aprendizagem em uma universidade; e c) processamento de consumidores semelhante ao processo com manufaturas, consiste em mudar suas propriedades físicas, acomodá-los ou transformar seu estado fisiológico ou psicológico. Ex.: tratamento de pacientes em um hospital. Observando-se ainda a definição da administração da produção, encontra-se o termo operações. Há certa diferença entre o significado dos termos produção e operações, onde o sentido da palavra produção liga-se às atividades industriais (produção de bens físicos), e o termo operações refere-se a atividades desenvolvidas em empresas de serviços (MOREIRA, 1996). Administrar as operações é fundamental para cumprir as metas da organização, pois estas só são atingidas através da administração bem sucedida de pessoas, informações, materiais e recursos. 22

23 2.1.2 A administração da produção como função Toda organização é formada para perseguir seus objetivos, podendo alcançá-los eficientemente através do esforço concentrado de suas funções. Entende-se por funções as atividades que possuem o mesmo fim, sendo então agrupadas em conjuntos. A Figura 2 indica alguma das principais funções de uma organização e como elas se localizam em um organograma: Figura 2 Organograma de uma empresa Fonte: adaptado de Stevenson (1996) Na Figura 2 observa-se a estrutura funcional de uma empresa, organizada em departamentos. Nota-se que há uma departamentalização funcional, onde todas as funções que possuem características ou atividades semelhantes são agrupadas em uma única unidade organizacional. Quatro funções são apresentadas: comercial, marketing, produção e finanças. A função comercial é o departamento que tem como objetivo principal atender os clientes da empresa, repassando ao departamento de produção a demanda a ser produzida e gerenciando as vendas e contatos com clientes. A função marketing é a responsável por adequar a atividade empresarial as necessidades do consumidor, criando valores que satisfaçam a necessidade da sociedade (KOTLER e KELLER, 2006). A função finanças é responsável pelas atividades relacionadas à gestão de recursos financeiros movimentados por todas as áreas da organização; desde a obtenção à formulação de estratégias para sua aplicação. Por fim, a função produção é responsável por transformar matérias-primas em peças fabricadas. Conclui-se então que, as funções organizacionais desempenham atividades diferentes, porém, relacionadas e interligadas, de fundamental importância para o funcionamento da organização. O sucesso da organização depende não somente de como cada função 23

24 desempenha seu papel, mas também de como é feita a comunicação e a coordenação entre cada uma, visto que muitos processos abrangem toda a organização e rompem as barreiras departamentais (RITZMAN, 2004). Cada função é especializada, tendo seu próprio conhecimento, responsabilidades básicas, processos e estilos de decisão. Na função produção estão agrupadas as atividades voltadas à fabricação do produto ou a prestação de um serviço. Os conceitos e técnicas que se aplicam a administração da produção são as funções administrativas clássicas (planejamento, organização, direção e controle), porém, voltadas à produção de um bem físico ou de um produto. A essência da função produção é adicionar valor aos recursos que estão sendo transformados. Neste sentido, o termo adicionar valor é usado para descrever a diferença entre os custos dos recursos de entrada e o valor ou preço dos recursos de saída. Este valor que foi adicionado a um produto pode ser medido através do preço que os clientes estão dispostos a pagar ou então pelos benefícios gerados a partir desses bens ou serviços (RITZMAN, 2004). A importância da função produção para a organização também pode ser percebida pelo seu grau de integração com a estratégia corporativa. Chase (2006, p.38) revela essa importância através do seu conceito de estratégia de produção, conforme a citação a seguir: estratégia de produção é o estabelecimento de políticas e planos amplos para utilizar os recursos de uma empresa para melhor sustentar sua estratégia competitiva no longo prazo. [...] A estratégia de produção pode ser vista como parte de um processo de planejamento que coordena os objetivos/metas operacionais com os objetivos mais amplos das organizações. Uma estratégia é dividida em três componentes principais: eficácia da operação, administração do consumidor e inovação do produto. A função produção serve como canal para execução das estratégias corporativas, o que denota sua importância e significância para a empresa Objetivos de desempenho da produção Uma empresa é formada por diversos processos que precisam ser coordenados, visando resultados que venham a satisfazer as necessidades de seus clientes. Ritzman (2004, p.14) diz que: 24

25 [...] a maioria dos clientes encara uma empresa como um processo agregado que aceita pedidos de produtos ou serviços e finalmente os supre de um modo que satisfaça as necessidades de seus clientes [...] entretanto, uma empresa possui muitos subprocessos, cada um desempenhando operações necessárias ao atendimento dos clientes da empresa. Para conseguir suprir as necessidades dos clientes, visto que estes são diferentes e, conseqüentemente, procuram atributos diferentes nos bens e serviços, a empresa precisa estabelecer prioridades competitivas a cada processo produtivo. Estas prioridades competitivas, também chamadas de objetivos de desempenho, servem de base para todo o processo decisório da produção. O Quadro 1 mostra os cinco objetivos de desempenho da produção, citados por Slack et al. (2002) e suas principais características. Objetivo Qualidade Rapidez Confiabilidade Flexibilidade Custo Característica Fazer certo as coisas; ou seja, não cometer erros e fornecer aos consumidores bens e serviços isentos de falha, proporcionando uma vantagem de qualidade à empresa. Minimizar o tempo entre o consumidor solicitar os bens e serviços e recebêlos, aumentando assim a disponibilidade de seus bens e serviços e proporcionando a seus consumidores uma vantagem em rapidez. Executar atividades em tempo para manter os compromissos de entrega assumidos com seus consumidores. Se a produção puder fazer isso, estará proporcionando aos consumidores a vantagem de confiabilidade. Estar preparado para mudar o que faz. Adaptar as atividades de produção para enfrentar circunstâncias inesperadas ou para dar aos consumidores um tratamento individual. Fazer as coisas o mais barato possível. Produzir bens e serviços a custos que possibilitem fixar preços apropriados ao mercado e ainda permitir retorno para a organização. Quadro 1 Objetivos de desempenho da produção Fonte: adaptado de Slack et al. (2002) Os objetivos de desempenho que as operações deverão perseguir dependerão de como se dá a satisfação de um cliente ou stakeholder. É através destes objetivos que se dá o processo decisório do sistema de produção. Por possuir como finalidade operacional a transformação de matérias-primas em produtos acabados e colocá-los a disposição dos consumidores, a organização deve perseguir os objetivos de desempenho da produção de forma que, no fim da linha do sistema de produção, encontre-se um cliente satisfeito. 25

26 2.2 Arranjo Físico Dentro de um ambiente de trabalho estão inseridos diversos elementos, sendo sua organização espacial um aspecto relevante para o bom andamento do processo de produção. Partindo do conceito de que o arranjo físico influencia diretamente a produção de um bem ou serviço, apresenta-se a seguir as principais características, classificações e usos do arranjo físico Conceituação e objetivos do arranjo físico O posicionamento dos recursos - homens, máquinas e materiais - no espaço, utilizados durante o processo de produção de um bem ou serviço, recebe algumas denominações diferentes, como: arranjo físico, layout e planejamento das instalações. O estudo deste posicionamento é de fundamental importância na otimização das condições de trabalho, aumentando tanto o bem-estar como o rendimento dos trabalhadores. Segundo Cury (2000, p. 386): [...] layout corresponde ao arranjo físico dos diversos postos de trabalho nos espaços existentes na organização. Envolve além da preocupação de melhor adaptar as pessoas ao ambiente de trabalho, segundo a natureza da atividade desempenhada, a arrumação dos móveis, máquinas, equipamentos e matérias-primas. Num sentido amplo, o layout corresponde à distribuição física de elementos em determinado espaço, no intuito de atender satisfatoriamente às necessidades dos clientes, fornecedores e funcionários, interagindo-os com o ambiente organizacional e, conseqüentemente, aumentando a produtividade e reduzindo custos. Planejar o arranjo físico de certa instalação significa tomar decisões sobre a forma como serão dispostos os centros de trabalho. Em todo o planejamento irá sempre existir uma preocupação básica: tornar mais fácil e suave o movimento do trabalho através do sistema, quer esse movimento se refira ao fluxo de pessoas ou de materiais (MOREIRA, 1995). 26

27 Slack et al. (2002, p. 201) cita três razões pelas quais as decisões de arranjo físico são importantes, tendo em vista o longo prazo e transtornos causados devido à adoção de layouts inadequados e mal planejados. São elas: A mudança de arranjo físico é freqüentemente uma atividade difícil e de longa duração por causa das dimensões físicas dos recursos de transformação envolvidos. O rearranjo físico de uma operação existente pode interromper seu funcionamento suave, levando à insatisfação do cliente ou a perdas na produção. Se o arranjo físico está errado, pode levar a padrões de fluxo longos ou confusos, estoque de materiais, filas de clientes formando-se ao longo da operação, inconveniências para os clientes, tempos de processamento longos, operações inflexíveis, fluxos imprevisíveis e altos custos. Mudar um arranjo físico pode gerar diversos problemas, entretanto, dependendo da situação em que o processo de produção se encontra, esta mudança trará benefícios recompensadores. Segundo Moreira (1996, p. 98), diversos fatores podem conduzir a alguma mudança em instalações já existentes: a ineficiência de operações, taxas altas de acidentes, mudanças no produto ou serviço ao cliente, mudanças no volume de produção, etc.. Stevenson (1996, p. 262) complementa esta afirmação, enumerando mais quatro motivos que geram a necessidade de alterações no layout de um ambiente de trabalho. Os motivos são: introdução de novos produtos/serviços; troca de equipamentos ou métodos; mudanças nas exigências para produzir ou no ambiente organizacional; e problemas morais. Portanto, existe uma dupla pressão para a decisão sobre o arranjo físico. A sua mudança pode ser de execução difícil e cara, portanto, os administradores da produção podem resistir em mudá-lo. Ao mesmo tempo, não podem errar ao decidir qual arranjo físico adotar. A conseqüência de qualquer mau julgamento na definição do arranjo físico tem efeitos diretos nas operações. 27

28 Segundo Chase (2006, p. 211), os principais objetivos de um arranjo físico são: a eficiência do processo de produção; redução do Lead Time 1 ; redução de materiais em processo e economia de espaço; utilização eficiente dos equipamentos; e a redução dos custos indiretos. Nesse aspecto, a adoção de um arranjo físico adequado apóia o desenvolvimento dos objetivos de desempenho da produção. Para Slack et al. (2002, p. 219), os objetivos fundamentais de um bom arranjo físico são reduzir os custos para a operação, juntamente ao fluxo de recursos transformados. O Quadro 2 mostra detalhadamente estes objetivos: Objetivos Acesso Coordenação gerencial Extensão do fluxo Flexibilidade Segurança Uso do espaço Definição Máquinas, equipamentos e instalações devem estar acessíveis, visando o uso correto Supervisão e coordenação dos processos facilitada Minimização das distancias percorridas pelos recursos, tornado o fluxo das operações mais claro Possibilidade de mudanças futuras ou em algumas etapas do processo Processos seguros e que forneçam conforto a mão-de-obra Uso adequado do espaço, respeitando as necessidades de homens e máquinas Quadro 2 Objetivos de um bom arranjo físico Fonte: Slack et al. (2002, p. 219) De acordo com as definições expostas no Quadro 2, percebe-se que a utilização de um arranjo físico correto e que atenda aos seus principais objetivos é uma parte importante da estratégia de operação, capaz de refletir e impulsionar desempenhos competitivos desejáveis Tipos básicos de arranjo físico Comumente o arranjo físico é classificado em quatro tipos, cada um com suas próprias características e conseqüências em relação a custos, manuseio de materiais ou movimentação de clientes, estoques de material em processo, etc. Entretanto, sabe-se que existem mais de quatro tipos. De acordo com a maioria dos autores sobre o assunto, o arranjos físico, na 1 Tempo total de um processo de produção. 28

29 prática, deriva de apenas quatro tipos básicos: arranjo físico posicional, arranjo físico por processo, arranjo físico celular e arranjo físico por produto. Os tipos de arranjo físico são definidos através da configuração geral do fluxo das operações, dependendo também dos objetivos estratégicos da produção. Arranjo físico de posicional No arranjo físico de posição fixa (posicional) não existe um fluxo propriamente dito do produto, o qual tende a permanecer fixo, juntando em torno de si as pessoas, ferramentas e materiais necessários a sua transformação. Essa imobilidade é causada em geral por fatores como peso, tamanho e formato, o que impossibilita a movimentação (MOREIRA, 1996). A Figura 3 representa o arranjo físico posicional. Figura 3 Arranjo físico posicional Fonte: Miyake (2006) O arranjo físico de posição fixa é comumente usado em construções civis, produção de navios, algumas aeronaves, mísseis, obras de arte, etc. Com esses exemplos, percebe-se que a uma das principais características do arranjo físico de posição fixa é a baixa produção. O exemplo da Figura 3 mostra o processo de produção de um gerador de energia, utilizando o arranjo físico posicional. Neste processo, o produto (gerador) fica estático enquanto sofre as 29

30 transformações. Ao redor do produto giram os demais elementos e processos utilizados na sua produção, como operadores, peças, equipamentos e subconjuntos. Freqüentemente, o que se pretende trabalhar quando é utilizado o arranjo físico posicional é apenas uma unidade do produto, com características únicas e baixo grau de padronização. Arranjo físico por produto O arranjo físico por produto envolve localizar os recursos produtivos transformadores inteiramente segundo a melhor conveniência do recurso que está sendo transformado. Em vez de materiais, informações ou clientes fluírem por uma operação, quem sofre o processamento fica estacionado, enquanto o equipamento, maquinário, instalações e pessoas movem-se na medida do necessário. De um modo mais formal, Cury (2000, p.395) explica o arranjo físico por produto como: [...] os equipamentos são dispostos ao longo de uma linha, segundo a seqüência das operações, levando o material ou a matéria prima, partindo de uma extremidade, a se movimentar lentamente ao longo desses equipamentos, sendo trabalhado sucessivamente até a ultimação do produto, na outra extremidade da linha. O arranjo físico por produto é usado quando se requer uma seqüência linear de operações, tornando-se uma forma de disposição muito comum na manufatura, onde há a necessidade de um rápido fluxo de processo em um sistema devido ao alto volume de produtos, possibilitando assim um alto grau de padronização. Moreira (1996, p.99) cita uma lista de características particulares ao arranjo físico por produtos, entre elas estão: É bastante adequado a produtos com alto grau de padronização, com pouca ou nenhuma diversificação, produzidos em grandes quantidades e de forma continua; O fluxo de materiais através do sistema é totalmente previsível, abrindo possibilidades para o manuseio e transporte automáticos de material, o que ocorre com freqüência; 30

31 O sistema pode se ajustar as diversas taxas de produção, embora trabalhar com produções baixas não seja conveniente; Altos custos fixos e comparativamente baixos custos unitários de mão-de-obra e materiais. Em contrapartida, o arranjo físico por produto apresenta algumas desvantagens como: a alienação do trabalho, tornando-o repetitivo; as falhas em um ponto específico da operação afetam operações futuras; e o aumento dos custos, caso haja uma queda na demanda. A Figura 4 representa o arranjo físico por produto. Figura 4 Arranjo físico por produto Fonte: Miyake (2006) No exemplo dado pela Figura 4, o processo de produção se desenvolve em um ambiente onde está instalado o arranjo físico por produto. Neste caso se dá a produção de peças para computador. As operações são realizadas de forma seqüenciada, onde a placa-mãe (produto) precisa mover-se por cada processo para ser transformado. Desta forma, pode-se então dizer que o arranjo físico por produto corresponde ao sistema de produção contínua, onde se requer uma seqüência linear de operações e cada centro de trabalho torna-se responsável por uma parte especializada do produto ou serviços. O fluxo de materiais é balanceado através dos vários centros de forma a se obter uma determinada taxa de produção ou de atendimento. 31

32 Arranjo físico por processo No arranjo físico por processo os centros de trabalho são agrupados de acordo com a função que desempenham. Os materiais movem-se de um centro a outro de acordo com o que for necessário. As necessidades e conveniências dos recursos transformadores que constituem o processo na operação dominam a decisão sobre o arranjo físico. Slack et al. (2002, p. 204) explica que o arranjo físico por processo é disposto desta maneira por ser conveniente para a operação mantê-los juntos, ou que dessa forma a utilização dos recursos transformadores seja beneficiada. Isso reflete então no fluxo de produtos e informações pela operação, percorrendo apenas o roteiro necessário as suas necessidades. As características fundamentais do arranjo físico por processo, citadas por Moreira (1996, p.101) são: adaptação à produção de uma linha variada de produtos ou à prestação de diversos serviços; cada produto passa pelos centros de trabalho necessários, formando uma rede de fluxos; as taxas de produção são relativamente baixas, se comparadas àquelas obtidas com o arranjo físico por produto; os equipamentos são principalmente do tipo propósito geral, ou seja, comercialmente disponíveis sem necessidade de projeto especifico. em relação ao arranjo físico por produto, os custos fixos são relativamente menores, mas os custos unitários de matéria-prima e mão-de-obra são relativamente maiores. O arranjo físico por processo também chamado de arranjo físico funcional é a modalidade de layout mais antiga, e também a mais encontrada em fábricas de manufatura, onde todo o maquinário de um mesmo tipo é instalado num espaço único, constituindo assim grupos especializados em cada etapa do processo, obrigando os produtos a fluírem de setor para setor. O principal objetivo do arranjo físico por processo é a reduzir os custos de operação que estão associados com o fluxo de recursos transformados ao longo da operação. (HUGE, 1992). 32

33 A Figura 5 representa a utilização do arranjo físico por processo na produção de peças para computador. Figura 5 Arranjo físico por processo Fonte: Miyake (2006) O exemplo exposto na Figura 5 é o da produção de baterias industriais. O produto deve se locomover por cada grupo do processo: corte, furadeiras, tornos, tanques, bancas de montagem, inspeção da qualidade e estampagem. Cada processo está organizado particularmente, com as máquinas e equipamentos, necessários para a realização da etapa, agrupados em conjunto. O produto só estará concluído quando passar por todos os processos. Os arranjos físicos por processo, por serem flexíveis, têm a capacidade de acomodar diferentes tipos de projetos de produtos e também etapas de processamento, podendo produzir uma maior variedade de produtos. Arranjo físico celular O arranjo físico celular é aquele em que os recursos transformados, entrando na operação, são pré-selecionados para movimentar-se para uma parte específica da operação (célula) na qual todos os recursos transformadores necessários a atender a suas necessidades 33

34 imediatas de processamento se encontram (STEVENSON, 1996). A célula em si pode ser arranjada segundo um arranjo físico por processo ou por produto (SLACK et al., 2002). Depois de serem processados na célula, os recursos transformados podem prosseguir para outra célula. Portanto, o arranjo físico celular pode ser considerado como uma tentativa de trazer alguma ordem para a complexidade de fluxo que caracteriza o arranjo físico por processo. Chase (2006, p.204) define o arranjo físico celular como sendo um grupo que aloca máquinas diferentes em células para trabalhar em produtos que têm formatos e requisitos similares de processamento. A Figura 6 representa a organização do arranjo físico celular. Figura 6 Arranjo físico celular Fonte: Miyake (2006) No exemplo fornecido pela Figura 6, percebe-se a divisão do processo de produção em células. Este tipo de arranjo físico é comumente adotado em laboratórios de pesquisa e farmacêuticos, onde há uma grande variedade de matérias primas que necessitam de processos diferencias, devido a suas diversas características. Este tipo de arranjo físico proporciona a redução no tempo de Setup 2 e uma maior flexibilidade as operações, reduzindo os tamanhos dos lotes de produção. 2 Tempo de preparação de uma máquina ou equipamento antes da produção ser iniciada. 34

35 Resumindo as características de cada tipo de arranjo físico, o Quadro 3 mostra as principais vantagens e desvantagens de cada um deles: Posicional Processo Celular Produto Vantagens Flexibilidade muito alta de mix e produto Produto ou cliente não movido ou perturbado Alta variedade de tarefas para a mão-deobra Alta flexibilidade de mix e produto Relativamente robusto em caso de interrupção de etapas Supervisão de equipamento e instalações relativamente fácil Pode dar um bom equilíbrio entre custo e flexibilidade para operações com variedade relativamente alta Atravessamento rápido Trabalho em grupo pode resultar em melhor motivação Baixos custos unitários para altos volumes Dá oportunidade para especialização de equipamento Movimentação conveniente de clientes e materiais Desvantagens Custos unitários muito altos Programação de espaço ou atividades pode ser complexa Pode significar muita movimentação de equipamentos e mão-de-obra Baixa utilização de recursos Pode ter alto estoque em processo ou filas de clientes Fluxo complexo podendo ser difícil de controlar Pode ser caro re-configurar o arranjo físico atual Pode requerer capacidade adicional Pode reduzir níveis de utilização de recursos Pode ter baixa flexibilidade de mix Não muito robusto contra interrupções Trabalho pode ser repetitivo Quadro 3 Vantagens e desvantagens dos tipos básicos de arranjo físico Fonte: Slack et al. (2002, p. 214) Além dos quatros tipos básicos de arranjo físico, Slack et al. (2002, p.210) discorre sobre o arranjo físico misto, o qual combina elementos de alguns ou todos os tipos básicos de arranjo físico em diferentes partes da operação. Cabe então a organização adotar o arranjo físico adequado a sua produção, ou então adaptá-lo e combinar elementos dos diferentes tipos de arranjo Como selecionar um bom arranjo físico A decisão de qual tipo de arranjo físico adotar raramente envolve uma escolha entre os quatro tipos básicos existentes, pois uma seleção mais criteriosa é necessária. As características de volume e variedade de uma operação facilitarão a escolha, reduzindo a uma ou duas opções (TEIXEIRA, 2003). Neste sentido, Slack et al. (2002) relaciona o tipo de 35

36 arranjo físico com: o volume; a variedade e o fluxo das operações. A Figura 7 demonstra esta relação: Figura 7 Posição do arranjo físico em relação ao volume, variedade e fluxo Fonte: Slack et al. (2002, p. 213) Através da Figura 7 é possível definir que: em produções com baixa variedade e com alto volume, o arranjo físico mais adequado é o arranjo físico por produto; em contrapartida, em produções onde haja alta variedade nos produtos, com baixo volume de produção, o arranjo físico mais adequado será o posicional. Entre os outros dois tipos explicitados, por processo e celular, cabe uma análise mais aprofundada sobre a variedade das características do produto, e do volume de produção. A decisão sobre qual arranjo físico escolher também é influenciada por um entendimento correto das vantagens e desvantagens de cada arranjo, como mostra o Quadro 3; e de outras variáveis consideradas por Chase (2006, p. 211), como segurança, valor de máquinas e materiais, o grau de instrução dos operários, características físicas dos itens, etc. Slack et al. (2002, p.213) observa também o impacto do arranjo físico sobre os custos unitários, o que mostra também a relação entre arranjo físico e os objetivos de desempenho da produção. Com a instalação do arranjo físico adequado para a produção existente, serão evitados diversos problemas, como: gargalos durante o processo de produção, baixa utilização da capacidade, excesso de material em estoque, desconforto aos trabalhadores e interrupções no fluxo das operações. 36

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